Olá! Estou passando por aqui, mais uma vez para deixar a todos os fãs de MinaNaru mais uma história. Esta pode ser considerada como drama, romance... Há várias classificações que se encaixam na trama. Espero que gostem. Como a faculdade aperta cada vez mais, estou fazendo um capítulo por semana, que pode demorar até nove dias para ser publicado, então peço que sejam pacientes e mandem bastante comentários, porque não há melhor combustível para as máquinas de fazer histórias, não concordam?

Aviso: Nada aqui além da trama e detalhes como roupas e celulares extremamente coloridos me pertence. Isso é uma fanfiction Yaoi, com temática incestuosa. Se isso te perturba, leia à vontade, mas não venha falar que eu não avisei! E ah! As únicas coisas que estou lucrando com isso, não se transformam em dinheiro, portanto, não venha me processar por ter infringido os direitos autorais ou coisas do tipo

000

Chapter 01 – Under The Bridge

Mais uma tarde se finalizava. O céu estava escurecendo rápido demais, o vento ficando gélido demais. Tudo o que podia pensar agora, era na burrada que havia feito, vindo até aqui, para conversar sobre algo que havia quebrado duas noites atrás... Ele sabia agora... E sabia que nada disso daria certo, mas talvez fosse sua vontade de deixar todo o universo funcionando direito que o fizera sucumbir mais uma vez... Pensando em todas aquelas palavras, mais uma vez não ditas, deixou-se caminhar. O shopping ficava perto. Perto o bastante para se esconder da chuva que começava a cair, pouco a pouco.

Não conseguia tirar o ocorrido da cabeça. Por que tudo parecia tão sem saída, se finalmente havia conseguido seu objetivo principal? Porque sabia, ele havia feito aquilo apenas para que se calasse, para que tudo parecesse bem novamente, para que tudo parecesse ter se resolvido. Ainda podia sentir-se trêmulo, como quando fizera a pergunta ao outro... Se lembrou. Doloroso como nunca, doloroso como sempre.

Em meio a tantos paradoxos, nem mesmo se percebeu entrar no local tumultuado, cheio de pessoas alegres, coisas coloridas e crianças felizes. Por que diabos os shoppings pareciam tão felizes até mesmo quando se tinha uma tormenta do lado de fora? Isso, além de outras centenas de questões, nunca soube se responder.

Agora se sentia um pouco melhor. Mesmo que ainda quisesse entender o motivo dele ter saído correndo. Era apenas um parque, apenas um... beijo... e... estava tão perto! Perto, tanto no sentido de recente, quanto no sentido de onde estava agora. Era como se pudesse voltar ali, repetir o momento, impedi-lo de correr daquele modo. Maldição... Agora ficaria atordoado por tempos, sem querer ir à escola, sem querer sair, sem querer nada. Talvez até mesmo adoecesse... Era frágil quando se tratava de assuntos emocionais, mesmo que por fora parecesse tão sem coração quanto aquele que havia trocado sentimentos mais cedo.

— Sasuke...

Sussurrou, parado ante uma vitrine, a mão contra o rosto, na incessante e desesperada busca por solução, por alguma maldita solução.

Não, não havia, no momento, nenhuma. Tudo o que precisava fazer, era andar. Isso. Queria andar. Ao menos assim, se deixaria espairecer, mesmo que se molhasse um pouco. Isso não importava, não mais. Não num momento como esse.

Seus passos o guiaram para fora do local. As cores foram esvanecendo aos poucos, assim como toda a gritaria, todo o tumulto, toda a alegria consumista. Mais uma vez, viu-se só, as gotas pequenas e tímidas tocando sua pele, o vento frio, e, finalmente, as lágrimas que sabia, mais cedo ou mais tarde viriam a calhar.

Em seus pensamentos, agora, apenas uma névoa cinza, cinza como o céu tenebroso, cinza, cinza chumbo, como sabia que seu coração ficaria depois disso.

000

— Minato... Você por um acaso viu as horas?

Lindos cabelos ruivos se fizeram presentes quando ela adentrou o escritório do marido. Estava preocupada, o celular na mão. Do lado de fora, estava chovendo como nunca. Talvez prelúdio de fim dos tempos, talvez não. A noite já estava pelas redondezas há, no mínimo, uma hora.

— O que aconteceu? Ele ainda não atendeu ao telefone?

— Não.

Ela respondeu preocupada. O marido, parando de trabalhar por um momento, abriu os braços, a acolhendo num abraço. Seu filho costumava chegar enquanto ainda era dia, praticamente. Logo hoje, toda essa escuridão, toda a violência das trovoadas, toda a chuva, ele havia resolvido desaparecer...

— Fique calma. Eu vou procurá-lo.

Por fim, ela se acalmou depois de alguns segundos, deixando que ele se levantasse, pegasse seu casaco e fosse rumo à garagem. Da janela, a última coisa que viu, foram os faróis traseiros do carro grande o bastante para a pequena família, potente o bastante para levá-lo em busca de seu único filho em meio àquela tormenta.

000

As ruas estavam frias demais, sua mochila, ensopada, assim como sua roupa. Ainda estava perto do shopping, assentado sob uma das pontes que tinha ali. O banco parecia pequeno demais para toda a sua mágoa, o ambiente vazio, cheio demais. Ainda estava pensando, se debatendo interiormente. Ainda podia sentir os lábios dele contra os seus. Talvez só estivesse assim por ter achado o momento perfeito demais e por estar com medo daquilo nunca mais acontecer... Ele era seu melhor amigo duas semanas atrás... Agora, era seu maior problema, aquele que amava, que jamais esqueceria... Era aquele que sabia, teria que esquecer e, ah, como isso doía...

Abaixou a cabeça mais uma vez. Estava chorando. Feito a criança que costumava ser quatro anos atrás, antes dele aparecer em seu caminho a fazer com que crescesse tanto, tão rápido... Tudo o que queria agora era alguém para quem pudesse contar, alguém por quem pudesse ser abraçado.

000

As ruas pareciam drenar toda a sua esperança; Estava ficando realmente preocupado. O único lugar onde ainda não havia procurado, era a região do shopping. Tudo bem, talvez o celular dele estivesse ruim por causa do mau tempo, mas mesmo assim, não conseguia se convencer de que tudo estava bem. Podia sentir, ou ele estava em perigo, ou estava precisando de ajuda de alguma forma...

— Naruto... Por que resolveu desaparecer justo hoje?

Questionou-se. Faltavam poucos dias para o aniversário de quinze anos do filho, e estava planejando uma festa tão boa, tão bonita! Não conseguia parar de procurar um motivo para se culpar. Não conseguia. Ele ter sumido era culpa sua, por não ser um pai melhor, por não estar sempre presente, por tê-lo tido muito novo.. Também por não ser responsável o bastante para entender os problemas do filho...

— Naruto... Apareça...

Estava realmente preocupado. Precisava encontrar seu pequeno, e precisava .

Mais uma ponte e finalmente estava na região tão rica e populosa... Nada de seu filho. Nenhum vulto semelhante, nenhum cabelo loiro encharcado com uma roda de amigos em volta brincando na chuva... Nem mesmo um sinal.

— Deus, por favor!

Clamou. Estava desesperado a esse ponto. Em seus trinta anos, nunca havia se sentido tão triste, tão ameaçado, tão necessitado de soluções...

Algo tornou o momento ainda mais estranho. Seu pé foi de encontro ao acelerador por algumas vezes e não surtiu efeito. Jogou para o canto, para o lado do meio-fio. O carro parou de uma só vez. Nunca havia passado por isso também. Por sorte, estava sob uma ponte. Desceu do carro. Seus pés tocaram o asfalto molhado. Droga... O que faria agora?

Olhou em volta. Para sua surpresa, uma coincidência clichê o bastante para deixá-lo impressionado.

— Naruto!

Exclamou.

Do outro lado da rua, seu filho estava assentado num banco. Levantou a cabeça aos poucos, revelando olhos vermelhos, olhos cheios de lágrimas, que, por pouco, não estavam mais molhados que suas roupas.

000

Bom, espero que tenham gostado do primeiro capítulo, e espero que continuem acompanhando semana que vem. Beijos a todos! E reviews são bem vindas!