Damon
Capítulo 1:
"Dreaming with a broken heart"
E eu acordei num quarto estranho, com uma música irritante praticamente gritando em meus ouvidos. A Al... Am... a garota dormindo ao meu lado suspirava em sono profundo. Ela era até bonitinha. O cabelo loiro e curto combinava com o rosto de menina e a voz suave. Chato.
A única coisa pior que ouvir alguém falar sobre seu sonho de ser modelo e atriz é ter que aguentar seu celular tocando Spice Girls às sete da manhã. O que eu não faço por uma boa... bem, o que eu não faço pra não ter que aguentar todo o momento nostalgia do Stefan e da Lexi?
"Oh, se lembra daquela vez emque seu carro quebrou e nós pedimos carona pra uma senhora e fingimos ser recém-casados? Se lembra quando nós ficamos jogando banco imobiliário até o sol aparecer? Se lembra quando roubamos um carro e devolvemos no dia seguinte com um bilhete e um cheque de dez mil dólares. Hey, Stefan, se lembra quando nós fomos no show do Village People e você conseguiu entrar no camarim deles e ficou lá por duas horas. Aliás, o que você fez em todo aquele tempo?"
Hm, Lexi, você se lembra de nós dois no banco de trás do estacionamento do show do The Clash? Noite memorável, não é? Ou pelo menos foi o que você gritou. Oh, sim, agora vem com essa história de que veio aqui pelo aniversário-to-meu-todo-santo-irmão. Até parece. Se ela quisesse comemorar realmente, ela teria sequestrado ele até Las Vegas e pago algumas strippers pra ele morder e depois apagar a mente.
Oh, espera, estamos falando do todo-santo-Stefan, a essa hora os dois devem estar jogando baralho no sofá da sala. Talvez eles estejam assistindo Glee no computador. Sem pornografia, apenas um musical em familia. Sim, porque a Lexi é como uma irmã pro Stefan, será que ele vai pensar que o que aconteceu foi incesto se souber? Hm, logo vou testar essa teoria, talvez hoje à noite, posso até chamar a Elena pra assistir Glee conosco.
Oh, sim, eu acho que prefiro ouvir Spice Girls mesmo. Ou melhor, acordar a pessoa ao lado pra ela atender essa porcaria e depois eu tomar meu café da manhã. Se pelo menos eu lembrasse o nome dela...
Oh, droga, eu acho que não pedi o nome da garota. Não importa, vou chamála de Lexi, então.
-Hey, Lexi, acorde. – eu sussurrei. Era melhor não assustá-la, eu não sabia se tinha mais alguém na casa, e estou com preguiça de limpar a cabeça de todo mundo. A garota não acordou.
-Lexi, seu celular está tocando. Hm, é a mamãe – eu olhei no visor.
Eu cutuquei-a suavemente no ombro. Nada, ela só suspirou e continuou dormindo. Eu coloquei a droga do celular no ouvido dela. Ela deu um pulo, assustada. Ótimo, café da manhã a caminho.