Dean nunca havia tirado férias. Havia comemorado o natal com Sam antes de ir ao inferno uma vez e tirado "férias" ao morar com Lisa e Ben, mas férias? Não. Férias não existia no vocabulário dos Winchesters. Tinham que trabalhar, matar demônios, fantasmas, o que quer que apareça.

Não era fácil de acreditar que tinham tirado férias agora. Claro que o mundo ainda estava uma bagunça, mas quase foram arrastados para Flórida, por que não visitar a praia um dia antes de pegar a estrada novamente? Dean até relutou, mas quando Castiel falou que seria uma boa ideia ir à praia, não recusou. E realmente, não era uma má ideia. Dean colocou seu calção e nadou um pouco, Sam tomou sol – o que fez Dean fazer inúmeras piadas sobre ele, dizendo o quão mulherzinha parecia tomando sol – mas Castiel apenas ficou sentando embaixo de uma árvore, sozinho, em silêncio. Observando.

Depois de um tempo, Castiel nem percebeu quando Dean sentou-se do seu lado em silêncio, a toalha jogada no ombro. Ele colocou a prancha de surf do seu lado e sentou-se ao lado de Castiel. Abriu uma garrafa de água e tomou um gole. Estava realmente quente naquele dia. Castiel estava segurando um picolé meio amarelado meio alaranjado na mão, segurando com curiosidade. Nunca havia experimentado um picolé e Dean havia lhe dito antes de entrar na água que ele deveria experimentar.

Castiel era quase um bebê ali. Nunca havia experimentado um picolé. Considerado estranho, já que picolés são famosos. Ele percebeu que derretia, ela chupou uma vez. Mas Castiel não sabia que podia morder o picolé. Achou que deveria só chupar, afinal, ou ele iria derreter em sua mão.

Meu deus. Dean pensou que aquilo deveria ser considerado um crime, porque era impossível não olhar para o Castiel chupando seu picolé com curiosidade. O suco na ponta sendo chupado lentamente, se transformando em um branco. Dean mal percebeu que começara a corar, porque aquela cena toda o deixava excitado. Deveria ser proibido. Um anjo desses chupando picolé indecentemente na sua frente? Realmente, deveria ser proibido. Estranho mesmo foi quando Dean engoliu seco, sentindo uma sensação lá embaixo que ele não deveria sentir ao ver o anjo chupar um picolé.

Era só um maldito picolé e Dean se sentiu excitado? Ele olhou para os lados, nervoso, e viu que a praia continuava deserta. Só Sam deitado no meio da areia tomando sol. Parecia ter cochilado um pouco. E Castiel ali do seu lado, chupando picolé indecentemente. Aquilo era um crime, um crime total. Ele engoliu seco novamente.

- Hey, C-Cas – gaguejou um pouco, mas se recompôs rapidamente – você tem que morder.

- Morder?

- É, só chupar não adianta nada – ele de um pequeno sorriso nervoso e ficou agradecido ao ver que o anjo levou seu conselho e mordeu o picolé.

Deu meia volta e se jogou no mar sem se importar pelo o olhar que o anjo lhe lançou, precisava de água fria em seu corpo todo para tirar a ideia da língua do anjo na sua cabeça. A indecência de Castiel deixava Dean louco, totalmente louco, pirado, maluco.

Só que, mais tarde, naquela noite, Sam dormiu em um quarto separado. Castiel disse para Dean que chuparia seu picolé como bem entendesse. E fez. Dean até que gostou. Ou amou, não soube dizer.


N/A: só uma ideia que tive ao ver essa foto: gallery/31243066#/d3l1whf a autora é simplesmente incrível, e ela me deu uma inspiração ótima. Eu não gostei muito do final, porém...