Bem, muitas pessoas me perguntam como foi que nos conhecemos. E é claro, como duas pessoas bem diferentes ficaram a fim de se conhecer. Eu nunca fui de ouvir histórias bobas de amor quando pequeno gostava mais de ação. Espero que vocês não sejam como eu fui. Mas de uma coisa eu sei: histórias de amor igual a essa não têm comparação.

Tudo começou realmente quando tinha catorze anos. Desde aquela época eu sabia que a obsessão de Mello por Near não era apenas para ser o número um. Eu penso que ele não queria o primeiro lugar, e sim ser reconhecido por Near.

Às vezes Mello saia do quarto à noite dizendo que ia beber água. Só que eu nunca vi uma pessoa demorar uma hora e meia para beber um copo, ele tomava o que, um ou quarenta e cinco?

Eu sabia que Mello gostava de Near (ele sabendo disso ou não) e que Near correspondia. Também sabia que eles estavam muito confusos com esse novo sentimento em que os tomou. Mesmo com os encontros noturnos deles, sabia que ainda não tinham certeza de que era amor, talvez Mello pensasse que era para tentar vencer Near em algo que era realmente novo para ele. Mas pelo visto, Near também era bom nisso.

Uma vez, Mello chegou da sua ida à cozinha chorando. Tava na cara que eles tinham brigado. Melhor, que Mello tinha brigado com ele. Essa época foi bem difícil para mim. Mello precisava de minha ajuda. Se ele estava chorando porque brigaram, então definitivamente ele o amava. Talvez já até tivessem percebido e estivessem... Namorando. Como seu melhor amigo e fiel escudeiro, o amparei. Lembro-me que disse exatamente "Mello, nunca se esqueça: o amor vence". Quando eu disse aquilo ele me agradeceu. Ele nunca tinha me agradecido antes. Near estava o mudando. Não que eu não gostasse da mudança, mas eu queria ter feito isso. Eu amava Mello mais que tudo na vida. Ele era meu melhor amigo. A única pessoa em que confiava até minha vida.

No dia seguinte, vi Mello e ele conversando em particular numa sala. Vi que ambos estavam travados e pelo jeito, iriam ficar daquele jeito até serem interrompidos. Eu queria que aquilo entre os dois acabasse e o Mello voltasse e ficasse comigo. Mas eu sabia que mesmo que isso acontecesse Mello não seria feliz, então resolvi o ajudar. Não tinha uma forma de ajudar aquela situação então fiz a única coisa que me veio à mente (apesar de ter sido ridícula). Voltei um pouco meu caminho e comecei a andar e cantarolei "tenha fé e sempre lembre-se, o amor sempre vence". Pela cara de Mello quando ouviu a música, por terem saído daquela sala quase quatro horas depois e Mello ter ido para o meu quarto jogar videogame com um sorriso bobo de apaixonado na cara, acho que o ajudou.

Tempos depois Mello abandonou a Wammy's pela morte de L. Continuei lá por mais alguns anos e sai. Near deve ter saído um pouco depois de mim.

Mas agora é que realmente começa a MINHA história de amor. Até ai, foi só uma introdução do porque irão acontecer certos "encontros".

Depois de reunir algumas informações do caso kira e descobrir o paradeiro de Mello, Near resolveu contatar com ele. Nessa época, eu já tinha me juntado a Mello para ajudá-lo. Ainda o amava, mas já estava sem o sentimento "inveja" de mim. Near combinou com Mello de se encontrarem em um hotel para troca de informações, já que podia ser fatal para ambos se o atual L descobrisse que eles trocavam informações.

Como Near era um tanto "delicado" e os agentes da SPK tinham medo de deixá-lo a sós com Mello, foi decidido que poderiam levar um segurança. O de Mello era eu e o de Near era ele...

Ele. Era simplesmente lindo. Era inteligente, forte, armado (em ambos os sentidos), muito fofo e charmoso. Quando nos reunimos na primeira vez, Mello teve de me dar um beliscão para eu fechar a boca. Me senti um retardado durante horas depois.

No final, senti que eles não tinham mais nada para conversar. Na verdade, eles tinham MUITO que conversar, mas nada sobre kira. Logo percebi que eles tentavam falar de milhares de possibilidades nulas sobre o assunto só para conseguirem ganhar mais uns minutos para ficarem juntos. E mais uma vez eu dei um de cupido do amor.

-Gevanni certo? Poderia dar uma palavrinha em particular com o senhor?

-Ah, certo.

Talvez os dois pombinhos tenham pensado que eu queria já dar em cima do fofo de paletó ou talvez tenham percebido que eu queria dar uma folga pros dois. Só sei que quando eu me virei antes de sair do quarto vi um sorriso nos DOIS. Até Near sorriu. Quando saímos, acendi um cigarro e dei uma tragada, até mesmo me esquecendo de que tinha pedido para falar com ele. Percebi que ele me observava.

-Ah que falta de educação, quer um?

-Não, não fumo.

-Ah que pena – Dei uma última tragada e joguei fora mesmo ainda não tendo nem chegado na metade. – Aqueles dois precisavam de um momento a sós, e aquilo já tava virando um tédio.

-Como assim, eles...? Ah...

-Peço para que não conte para mais ninguém. Mello arrancaria meu pescoço.

-Prometo.

Passei o resto do tempo jogando meu game boy e ele observando hora a porta do quarto, hora os corredores. Eles não demoraram muito, ficaram quase meia hora, sabiam que ficar sozinhos num quarto de hotel podia trazer suspeitas.

-Foi um prazer conhece-los senhor Mello, senhor Matt.

-É, idem

-Também Gevanni. E não precisa me chamar de senhor, parece que sou mais velho que você.

-Sim.

Near e Mello se entreolharam como se dissessem "tchau". Mesmo que soubessem que Gevanni sabia, duvido que eles ficassem mostrando seu afeto um pelo outro na frente da gente.

Mello e eu entramos no nosso carro e partimos para nosso apartamento. Mello me pareceu um tanto alegre, talvez fosse por poder encontrar Near depois de tantos anos. Mas eu também não parecia tão igual.

-Matt, esta feliz hoje, algo especial?

-Isso é que eu te pergunto, ah! Perai, eu acho que já sei a resposta.

-Se fosse com outra pessoa eu riria, mas sério, você quase babou quando viu aquele agente do Near.

-Sim cara, você não viu como ele era gostoso? Não liga, eu ainda te acho 'O' homem. – Mello não pareceu gostar do rumo da conversa. Odiava quando Matt dava em cima dele - Mas para, eu faço isso com todo homem e mulher bonita que eu sei que terei de encarar durante algumas horas. E, pensava que você iria demorar mais com o Near naquele quartinho escuro...

-MATT! O que você quer?Que eu pegue o telefone daquele cara com o Near para você é?

-Ficaria agradecido, mas eu já tenho uma lista de encontros, que tal marcar para daqui a dois meses se eu ainda estiver vivo?

Mello bufou para esconder o riso. Chegamos ao nosso "lar doce lar" e fomos direto dormir (por favor, não pensar besteira).

Lembro-me que sonhei com o Gevanni. Foi estranho. Sonhei que ele me convidou para ir a sua casa. Depois que cheguei lá eu já havia acordado. Bem, eu sempre sonho com mulheres e homens bonitos que eu tenha conhecido durante o dia. Um escapismo para meus antigos sonhos eróticos com Mello. Admito que essa psicologia de "galinha" me ajudou a esquecer Mello, apesar de ter me dado uma péssima reputação de pervertido.

O dia passou como sempre. Momentos emocionantes e tediosos. A máfia não era assim tão divertida como eu pensava.

Passaram-se dois dias após o encontro, estava um pouco curioso de quando seria o próximo. Sei lá, nos últimos anos eu não tive tempo de me simpatizar com outras pessoas. E ainda mais com um garanhão daqueles... Ta bom, eu estou aqui SÓ para ajudar o Mello, além do mais a grandes chances de morte, eu não quero me envolver demais com outras pessoas. Por isso sempre faço por diversão, e as pessoas sabem disso.

Mello chegou em casa, tinha saído para cuidar de uns assuntos (ô mente poluída a minha...). Depois do jantar (que eu fiz, pois eu sou o cozinheiro), fui conversar com Mello. E aproveitei para perguntar quando seria o segundo encontro.

-Porque quer saber Matt?

-Sei lá, to curioso, né? Isso é mó tédio.

-E ver o agente bonitão irá te entreter mais, é isso?

-E você e o Near têm sido bem rápidos né?

-Matt seu cretino, nós não fizemos nada!

-Ta, ta, mas duvido que não quisessem...

-Eu não sei como você não agarrou o Gevanni quando saíram da sala, ou será que eu não fiquei sabendo de nada?

"Puta que pariu, to com uma vontade de rachar o Mello ao meio".

-Eu estou começando a achar que você ta com invejinha, será que é isso mesmo? Eu não ligo por uma noite só...

Ah cara, eu amo provocar o Mello!Quando eu disse isso ele me empurrou e foi dormir. Quando ia fechar a porta de seu quarto o ouvi dizer "daqui a quatro dias".

Haha, eu pulei do sofá com um soco de vitória. Porque eu fiz isso eu não sei, sou incompreensível.

Naquela noite me deitei na minha cama, ansioso para o próximo encontro.

Continua...

Hello õ/

Primeira ficem português matt x gevanni desse site \o/ -dança macarena-

Eu amo esse casal :3 Fics melloxnear tem de ter esse casal!x3

Essa fic no inicio parece uma melloxnear narrada pelo Matt, mas vocês vão ver, ele é o principal! o/

Devo demorar um pouco pra postar o próximo, minha fic "Sogros" ta ocupando memória e criatividade, mas prometo continua-la XD

Bye, bye o/