Always


A pele ainda queimava onde há mais de duas horas Lily o beijara. Aquela bochecha macilenta teve a honra de sentir a maciez dos lábios rosados dela. Beijo que era só dele, só para ele e que goleiro nenhum poderia roubar.

A mão ainda suava, e o nervosismo não se abrandou em dez minutos. O abraço trouxe um contato novo – o volume dos seios encostando-se a seu peito magro despertara sensações terríveis. O sorriso tentava se firmar no rosto nervoso, tentando esconder o desejo já tão aparente.

Os olhos ainda ardiam. Embora nenhuma lágrima mais ele conseguisse produzir, sentia-se sempre em prantos. O desejo revolvido em mágoa, ódio e amor transbordava ao ver aquele vestido esvoaçar ao encontro do outro. E aquela sensação duraria muito tempo.

Duraria... Sempre.