Vou contar a historia de duas pessoas. Na verdade vocês conhecem a historia, porém vou contar com estou envolvido nela: meu nome é Miguel e sou um anjo. Sim um anjo! Eu moro no céu, conheço Deus, tenho asas e tudo mais. E como o céu é grande, ele tem vários setores e onde eu 'trabalho', é o setor chamado Anjos da Guarda de Casais ou o AGC se preferirem. Esse setor existe há muito tempo; nosso primeiro casal foi Adão e Eva! E ao longo desses anos outros casais se formaram e nós tomamos conta deles.
Vou contar um pouco sobre mim para vocês me conhecerem melhor: como já disse me chamo Miguel, sou um anjo, não tenho idade especifica, meu cargo era de mensageiro direto Dele, porém o Mesmo sugeriu que eu conhecesse a área de guarda e me transferiu para cá. É legal.
O que a AGC faz é proteger seus casais, por exemplo: quando uma pessoa se apaixona pela outra nós somos encarregados de checar se eles são compatíveis e se sim, nós os protegemos. Parece simples, mas não é. Na verdade é meio complexo ser um AGC, porque as vezes só uma pessoa se apaixona e a outra não, ou tem o amor platônico, amor entre amigos e vários outros tipos, mas para esses há os AGCdeUPS (Anjos da Guarda de Casais de Uma Pessoa Só) , AGdeAP (Anjos da Guarda de Apaixonados Platonicamente), AGA (Anjos da Guarda dos Amigos) e tem outros, como já disse.
Eu já fui anjo de vários casais e nunca vi nenhum mais complicado do que esses dois: Lisa Cuddy e Gregory House. Meu Deus!
Nós podemos ser anjo de um casal só e eu estou no mesmo casal há 20 anos! Eu meio que fui 'despedido' quando eles se separam na faculdade, mas quando eles se reaproximaram, fui chamado. Só deixamos de ser anjos do casal quando eles dizem sinceramente 'eu te amo'. Eu não posso falar palavrão aqui em cima, mas porra, esses dois ficam num cú doce do caralho! *som de trovão* Desculpa! Eu não estou reclamando, eu realmente quero que esses dois dêem certo sem muita interferência, mas parece que eles não sabem aproveitar as chances que têm. Então eu vou interferir; e vou começar dando um sumiço no Lucas. Calma que não é nada macabro!
Lucas: Como assim não está dando certo?
Cuddy: Eu me enganei pensando que essa relação daria certo, mas não deu.
Lucas: Pra você! Pra mim está ótima!
Cuddy: Não adianta Lucas, me desculpa, mas eu não quero mais – e Lucas saiu da casa e da vida dela pra nunca mais voltar.
Confesso que fiquei com dó dele, mas falei com alguns amigos meu e eles vão achar uma boa moça para ele. Agora voltando para os meus pupilos, vou fazer mais uma coisa pra ver se esses dois tomam juízo e se acertam de uma vez; eu vou descer! A gente só pode descer uma vez por casal e de todos os meus eu só desci duas vezes. E custe o que custar eles vão ficar juntos.
Já fazia dois meses que Lisa Cuddy terminara com Lucas e ela parecia feliz e disposta a ser feliz. Ela chegou ao hospital, falou com algumas enfermeiras e seguiu para seu escritório. E quando abriu a porta...
House: Quem é Miguel Fernandes e por que você vai encontrar com ele?
Cuddy: 1- O que você faz no meu escritório? ; 2- quem mandou mexer nas minhas coisas? E 3- não é da sua conta! – pendurando o casaco.
House: Se minha chefa vai fugir pra fronteira com um mexicano ilegal, eu quero saber! – sarcástico.
Cuddy: House vai trabalhar! – puxando ele da cadeira.
House: Ok – quando ela o puxou, eles ficaram muito próximos – eu vou.
Cuddy: Então vai – eles sussurravam.
Quando House ia beijá-la a secretária bateu na porta. Eles praticamente pularam com o som.
Secretária: Com licença doutora – ela não viu nada – mas o Sr. Fernandes já chegou.
Cuddy: Ok – se recompondo – pode mandar entrar.
Secretária: Tá bom – e saiu.
Cuddy ia dizer alguma coisa quando um cara lindo, alto, olhos verdes e cabelos cacheados entrou em sua sala.
Miguel: Bom dia! – sorrindo com seus dentes brancos.
Cuddy: Bom dia – quase babando.
Miguel: Você é a Dra. Cuddy, certo? – ela era mais bonita de perto.
Cuddy: Sim.
Miguel: E o senhor? – virei para o emburrado da sala.
House: House... Eu vou deixar os dois sozinhos – e saiu.
Como ele é ciumento.
Cuddy: Sente-se – apontou para a cadeira pra eu sentar – eu li seu currículo e gostei muito.
Ah sim, eu vim pra cá na 'forma' de um advogado.
Miguel: Que bom!
Cuddy: Eu já falei com o RH e o emprego é seu!
Miguel: Sério? Que legal! – eu tinha que passar que estava surpreso – quando posso começar?
Cuddy: Se você quiser ficar hoje, eu posso te mostrar o hospital, os funcionários e o resto.
Miguel: Vou adorar! Muito obrigado Dra. Cuddy!
Cuddy: De nada! – ela ficou olhando pra mim – então você é novo na cidade?
Miguel: Sim!
Cuddy: Já tem lugar pra ficar?
Miguel: Tenho! Eu aluguei um apartamento perto daqui.
Cuddy: Sei. E você veio com a família?
Miguel: Eu vim sozinho – droga! Esqueci a família!
Cuddy: Se caso você queria conversar com alguém, você sabe onde é minha sala.
Miguel: Obrigado Doutora.
Cuddy: Vamos que eu vou mostrar o hospital pra você – ela levantou.
Miguel: Vamos – fui atrás; na saída vi que Greg nos olhava de longe.
House: Quem é Miguel Fernandes?
Wilson: Quem?
House: O palhaço que está com a Cuddy – e apontou em nossa direção.
Wilson: Ah! Acho que ele é o novo advogado daqui.
House: Tem certeza?
Wilson: Sim. Por quê?
House: É que ele parece gay! – em seu humor habitual.
Wilson: O mundo é gay pra você, House!
Nos dias seguintes todas as mulheres do Princeton Plainsboro Teaching Hospital estavam encantadas pelo novo advogado, enquanto todos os homens o odiavam. E quem encabeçava o primeiro lugar de odiar o cara?
House: Eu odeio aquele cara! – jogando sua bolinha com força excessiva para cima.
13: Por quê?
House: Eu não preciso de um motivo específico para odiar uma pessoa! Por exemplo: eu odeio o Taub porque a mulher dele me odeia! E eu acho que devemos resolver isso como uma família – choramingando.
Taub: Eu acho que você está com ciúmes! – todos olharam para ele.
House: Ciúmes de quem ou o que? Tá louco!
Foreman: Acho que ele tem razão! – segurando o riso. Chase ia falar algo.
House: Abre a boca Loirinho, que eu compro uma passagem só de ida pra sua cidade natal.
Chase: Eu não ia falar do seu ciúme, mas sim da nossa nova paciente; menina, 7 anos, com dores fortes no abdômen e isso! – com uma folha na mão.
House: O que é isso?
Chase: Do nosso último paciente.
13: Aquele que ele disse que era gay?
Chase: O próprio. Ele está te processando.
House: Um gay mesmo! – pegou o papel com força.
Chase: A Cuddy está te esperando na sala dela.
House: Pra piorar isso – bufou – façam alguns exames na menina e qualquer coisa me avisa – e foi pra sala da chefa. Chegando lá...
Miguel: Bom dia Dr. House! - sim, eu sou simpático.
House: O que você quer Cuddy? - me ignorando.
Cuddy: Como você deve saber, seu último paciente está te processando por calúnia...
House: Ah o gay, sei! - debochado.
Cuddy: House, pára de ser idiota! - bufou - calúnia e danos morais e o Dr. Fernandes - deu um sorriso pra mim - vai te representar.
Já disse que vou juntar os dois a todo custo, né? Custe o que custar.
Miguel: O caso parece grave, mas as vezes um bom acordo resolve tudo! - sorri para ele.
House: Não me importo, só falei a verdade! - se defendeu.
Miguel: Acredito em você... - mas ele havia saído.
Cuddy: Esse é o House - disse sem entusiasmo.
Miguel: Ele parece ser legal! - ela olhou pra mim como se eu o tivesse xingado.
Cuddy: Legal? O House? - com a sobrancelha erguida.
Miguel: Sim. Claro que ele deve ter seus problemas, mas quem não tem! - sorri.
Cuddy: É... Ele pode ser legal em algum momento, mas garanto que são raros!
Miguel: Sabe Dr. Cuddy, as vezes a primeira impressão é a que fica - ela me olhou sem entender - sabe qual foi a primeira impressão que tive do Dr. House?
Cuddy: Qual? - curiosa.
House: Que ele é um homem triste! Perdedor de uma batalha que nem ele sabe que perdeu. A pose de durão que ele faz é só pose mesmo, por trás deve haver um homem que só precisa ser levado a serio.
Cuddy: Uau - os olhos dela brilhavam.
Miguel: Sabe o que eu achei da senhora?
Cuddy: O que? - curiosa.
Miguel: Parece que a senhora perdeu alguma coisa, algo essencial na vida, aquilo que a senhora mais aprecia; um amor! - ela arregalou os olhos - Esse amor que só uma pessoa tem, mas ela não dá valor, que só te faz sofrer, perder noites de sono. Sabe esse tipo de amor que vem em forma tão, tão... - sem saber o que dizer.
Cuddy: Avassaladora - olhou pro chão.
Miguel: Exatamente!
Sem querer ela já havia admitido que já sofreu por amor. Agora tenho que falar com esse 'amor'.
Miguel: Mas é o que eu acho - sorri - posso estar completamente errado!
Cuddy: Não... Quer dizer, sim! Você está errado. Desculpa, mas agora eu tenho que fazer um negocio ali, então...
Miguel: Eu também! - e sai.
Ah, meus pupilos...
