Disclaimer: nada aqui me pertence e eu também não ganho nada com isso. Apenas me divirto, e muito! XD

N/A: Coisinha mínima, muito meiga... Obrigada Dark, por betar... de novo! E, ah, implícitos spoilers de DH. Não que eu tenha lido o epílogo. Eu não li. Para mim, canonharrydraco. Mas esse é só um detalhe.

Biscoitos de manteiga

Biscoito de manteiga. Era exatamente o cheiro que ele sentira naquela noite. Na noite em que abraçara aquele idiota com tanta força que sentira seus braços ficando dormentes. Mas não sabia de onde viera o tal cheiro, que o levava de volta à infância. E como levada, nossa! Ele lembrava como se fosse ontem os dias em que seu pai saía e sua mãe fazia biscoitos de manteiga. Draco podia sentir o gosto nítido na sua boca, o cheiro em suas narinas. Ele amava aqueles biscoitos, mas somente os que sua mãe fazia. Ela nunca cozinhava, exceto naquelas manhãs. Suspirava só de pensar no gosto de quando ele roubava algum da forma, enquanto os biscoitos estavam esfriando. O chocolate derretido, o calor que fazia os biscoitos macios. Seu pai jamais gostou daqueles biscoitos, por isso sua mãe só os cozinhava quando ele não estava. E agora o gosto estava na sua boca, porque ele sentia o cheiro.

Draco não conseguira descobrir de onde o cheiro viera naquela noite, por mais que tentasse. Quem teria na pele o cheiro que ele mais amava? Apenas um esbarrão lhe deu a resposta. Potter. Aquele cicatriz idiota! Como ele podia cheirar feito biscoito de manteiga? Mas ele não se importou em encontrar em Harry Potter sua família porque perdera a sua. A morte de seu pai e, dois anos depois, a de sua mãe, o deixara solitário. Passou a viajar, pois não tinha mais um lar. Numa viagem a Londres, esbarrara no ombro do Potter. Sentira o cheiro. A partir daquilo, tudo foi inevitável. Mas, convenhamos, muito divertido. Conflitos eram o que mais acontecia e beijos logo após eram um pouco mais freqüentes.

Lá estava ele, morando com Potter. Lá estava seu lar. Ao lado do delicioso cheiro de biscoito de manteiga. E, incrivelmente, o idiota sabia muito bem cozinhar... Biscoitos de manteiga. Sim, Draco encontrara a felicidade ao lado do cicatriz, que cheirava a biscoitos de manteiga e também sabia fazê-los. Aquilo era, no mínimo, estranho. Mas ele não se importava. Quem se importaria? Ele amava aquele idiota. E o Potter, mesmo sendo um idiota, era uma pessoa amável... E esperta! Como ele podia fazer chantagem com os biscoitos? Hum, um biscoito por um beijo... Talvez ele possa considerar sem lutar. Talvez.

Num Natal, Harry chegara com uma surpresa. Uma menina, pequena e rosada, que passaria a morar com eles. A princípio, ele não gostou da idéia. Bem, não gostar é eufemismo, porque Draco odiou a idéia. Não olhou na cara de Potter por duas semanas, e sequer tocou no bebê por um mês. Diante da insistência do Sr. Chato, também conhecido como Potter, ele acabou por se apaixonar pela criança. Lenore era uma menina perfeita, e, incrivelmente, Harry escolhera certo. Ela tinha o mesmo cheiro de sabonete de erva doce que a mãe de Draco. Ele nunca soube se o moreno usava aquele sabonete nela ou aquele era simplesmente o cheiro da garota, mas, de qualquer modo, amava o fato de estar perto daquele cheiro. Agora sim, ele estava completo. Agora sim, ele estava em casa. Com Harry e Lenore. Aquela era a sua família.