(Às vezes parecia que era só improvisar) E o mundo então seria um livro aberto
Era um momento desesperador.
Não que qualquer outro não fosse. Mas nunca senti dessa forma. Trost estava caindo. Mikasa, e todos os outros, lutando. Você, nossa última, nossa única chance, estava encarcerado dentro d'Aquele corpo.
Eu tinha medo de você, Eren. Não porque você estava sob aquela forma, mas porque você estava se transformando em outra pessoa. Desde aquele dia, você nunca mais foi o mesmo. Também não fui. Mas você estava sendo consumido pelo ódio, mais que qualquer um. Antes, achava que você não me dizia nada sobre o mundo além de muralhas e mapas porque você não queria que eu me juntasse à Tropa. Agora já não tinha mais tanta certeza. Parecia que Mikasa e eu estávamos perdendo você para Eles, Eren, porque nada mais parecia importar para você.
Então, fiz uma aposta.
E não foram Eles, nem a lembrança da sua mãe, que te moveu. Foram as faixas de areia branca, o oceano, as montanhas de gelo. Me lembrei daquele menino de Shiganshina que havia se deslumbrado tanto quanto eu, com todos aqueles lugares que sequer poderíamos imaginar. Éramos crianças, e tínhamos fome do mundo - queríamos o mundo inteiro.
Chorei um pouco; achei que você tivesse se esquecido, Eren.
Senti sua falta.
N.A: Porque sempre que vejo essa cena, penso que a raiva é uma grande parte, mas não é aquilo que move o Eren, pelo menos não do fundo do coração. (sim, sei que soei brega agora! haha) O que vocês acham? É isso, comentários me fazem feliz.
