Resumo: Um assassino de aluguel vê sua vida desmoronar ao deparar-se com sua "encomenda" de cabelos róseos.

Conhecendo bem as duras regras do crime, sabe que se não cumprir a missão que lhe foi dada, será a sua sepultura a enfeitar o cemitério.

Ah, primeira fic postada no ff net

Um dia difícil

O relógio no fundo bar marcava 09h30min da manhã, fato que fez a garçonete fitá-lo com incredulidade, e refazer a pergunta.

- O senhor que uísque duplo?

- Exatamente. - respondeu sem tirar os olhos do jornal emsuas mãos

Sem mais delongas a mulher serviu-lhe a bebida que rapidamente foi sorvida deixando-a até metade do copo. Seus olhos observavam sem interesse a página do jornal, nenhuma noticia lhe prendia. Parecia que os jornalistas estavam sem assuntos para escrever, e resolveram falar sobre o fato de uma mulher esperar quíntuplos.

- Aff... De que me interessa isso.

Jogando o jornal em cima do balcão, apanhou as páginas que ainda não tinha lido. Logo seus olhos foram atraídos por uma reportagem que fez com que um leve sorriso brotasse de seus lábios.

"Promotora foi fundamental na prisão de Sasori, membro da Akatsuki."

Sabia que teria algo relacionado à sua encomenda na mídia. Algumas informações lhe passada, o informaram sobre como ela estava conseguindo evoluir rapidamente no recente cargo.

- Está aqui. - falou jogando algumas notas em cima do balcão, sem ao menos esperar pelo troco.

O sol que fazia fora do estabelecimento fez com que desejasse voltar. Sua pele alva em questões de segundos tomava uma coloração avermelhada.

Ignorando os olhares desejosos que lhe eram lançados por algumas mulheres, dirigiu-se apressadamente para um beco no centro de Konoha.

O local era um tanto fétido, já que homens que pareciam não agüentar chegar até em casar urinavam ali mesmo. Fazendo o máximo para não respirar, Sasuke puxou a escada de emergência. Poderia ter entrado pela entrada principal do prédio, mas estava evitando encontrar Karin, ela estava começando a confundir trabalho com realidade.

- Irmãozinho, pensei que teria que esperá-lo o dia inteiro?



Sasuke teve que segurar-se fortemente para não perder o equilíbrio e cair da janela.

- O que faz aqui Itachi?

- Nossa não está feliz em me ver? – indagou com sarcasmo.

- Se eu falar a verdade, você vai embora?

Dando de ombros, Itachi caminhou até a pequena geladeira e pegou a garrafa de leite.

- Deveria saber que bebidas alcoólicas fazem mal. – Falou ao notar que a maioria das garrafas era cerveja.

- Ah, não me diga que veio aqui para me dá lição de moral? E falando sobre isso, o que você faz aqui?Eu não lhe disse para não vir na minha casa.

- Vim-lhe entregar o relatório... Sobre a encomenda. – falou enquanto bebericava o leite.

Apanhando o envelope sobre a mesa, leu a inscrição nele.

Flor de cerejeira

- Vocês Akatsuki estão ficando frescos, hein. – sorriu cinicamente.

Ignorando a provocação do irmão, Itachi deu de ombros e disse:

- Acho que Pein deveria enviar outro em seu lugar, por acaso essa não é sua antiga namorada?

- Isso é passado. - falou frio.

Jogando a caixa vazia de leite sobre a mesa, Itachi analisou o pequeno apartamento com desprezo.

- Pensei que sua profissão desse dinheiro? Você mora numa bela lata de sardinha.

Bufando, Sasuke pegou a caixa e a jogou no lixo.

- Claro, como não pensei nisso antes. Irei morar num belíssimo hotel cinco estrelas. – respondeu irônico. – Pensei que você soubesse que não devo chamar a atenção.

-Isso não significa que você deva morar nesse... Lixo.

Respirando profundamente, Sasuke repetiu mentalmente que ele era seu irmão e não merecia levar um belo tiro na testa. Mas sua paciência já estava 

chegando ao limite, com toda aquela falação. Pensava que Itachi não era de falar muito.

- Acabou? – Perguntou como sempre, friamente.

Jogando o cabelo para trás, foi à vez de Itachi respirar profundamente e dizer:

-Seu tolo! Sabe que me preocupo com você, você é meu único irmão.

Certo! Sasuke não estava entendo mais nada. Uchiha Itachi agindo sentimentalmente. "Droga será que bebi demais?" – se indagou em pensamento.

- É você mesmo Itachi?

- Não, é chapeuzinho vermelho.

- Achei que os Akatsuki pertencessem a outro conto... Afinal aquelas nuvenzinhas. – falou com deboche.

Repetindo o gesto que costumava fazer quando eram crianças, Itachi deu um leve peteleco na testa do irmão mais novo.

- Seu imbecil, não fuja do assunto.

Jogando-se na poltrona, Itachi apontou para que o irmão sentasse no sofá.

- O cerco parece está se fechando sobre a Akatsuki, ficou mais evidente depois da prisão de Sasori.

- E?

- E, que eu quero que você ponha nessa sua cabeça-oca que não poderá viver para sempre de assassinatos. Está na hora de pular do barco, antes que ele naufrague. A Akatsuki não durará por muito tempo.

- Eu sei, mas você não deveria dizer isso para si mesmo?

- Não adianta... Você não entende.

Sob o olhar atento do irmão, Itachi apanhou o terno preto e o jogou sobre um ombro.

- Espero que não se dê conta, quando for tarde demais.

Sem esperar pelo resmungo do Uchiha mais novo, Itachi saiu.

- É o dia começou ótimo. Está faltando o que para ficar melhor?

- Oi Sasuke-kun!

- Ah... Faltava isso. – falou com desânimo ao avistar a ruiva na porta.

OoOoOoOoOoOoOoOoo

O vistoso envelope cor-de-rosa chamou atenção de Haruno Sakura assim que ela retirou a correspondência do interior da caixa postal. Era bem provável que fosse de algum fã, já que era comum ela receber cartas de estudantes do curso onde ela de vez em quando dava palestras. Mas ao separar o envelope do restante da correspondência para ver do que se tratava Sakura quase deu um pulo ao reconhecer a caligrafia espalhada pelo papel rosado.

- Idiota!

Pensava já ter deixado para trás a fase de pura raiva. No entanto, assim que ela abriu o envelope e viu o espalhafatoso cartão de feliz aniversário enviado pelo ex-marido, velhos sentimentos vieram á tona com força renovada. "Desejo-lhe muitas felicidades para você rosinha" dizia a mensagem simplesmente assinada por Sai.

Além de estúpido, ele deveria está sofrendo de amnésia: seu aniversário fora em abril, um mês atrás.

- Não é nada garota apenas um idiota! – disse a si mesma.

Retirando o roupão, pôs a blusa de lã preta sem alças e uma saia da mesma cor justa no corpo. Analisando sua imagem no grande espelho do quarto, Sakura prendeu os cabelos róseos em um coque e calçou os escarpam também preto.

- Vamos Sakura-chan! – berrava um impaciente Naruto.

- Calma baka!

Hinata noiva de Naruto observava o dialogo entre os amigos não contendo um sorriso. Para quem não os conhecia era difícil imaginar, de que se tratava do comandante da policia de Konoha e de uma promotora.

- Nossa para que tanta elegância para comer lamém? – Perguntou ao ver à amiga entrar na sala.

- Entenda uma coisa, eu sou elegante é segundo não vou apenas comer lamém tenho um assunto para resolver.

- Vamos então. – Hinata falou com sua voz quase inaudível.

Depois de meia-hora aturando Naruto falando como é bom comer lamém e ter que ficar num clima um tanto constrangedor para ela diante do casal que vez ou outra se beijava. Sakura despediu-se deles e rumou para o fórum no centro de Konoha.



- Obrigado por ter vindo Srta. Haruno sei que sua agenda e bastante corrida. – falou enquanto apontava a cadeira para que ela sentasse.

- Sim, mal tenho tempo para respirar. – respondeu sorrindo. – Mas ao que devo a esse chamado?

- Estive conversando com o Uzumaki e ele me disse sobre as ameaças que você vem recebendo.

"Não consegue ficar calado" – pensou.

- Então tomei a liberdade de comunicar isso a serviço de proteção.

- O que?!

- Isso que ouviu Haruno, não pode ser negligente com isso.

- Eu não quero ficar sendo seguida por seguranças.

- Mas ficará sendo! Ou por acaso prefere levar um belo tiro. – O chefe da promotoria falou sem retirar os olhos de seu inseparável livrinho Icha, Icha.

- Eu não tenho escolha não é?

- Não.

Bufando, Sakura ouviu atenta como seria o esquema de proteção. Seu dia estava começando "perfeito"

Nota: Baseado no livro o Diário de um killer sentimental, de Luis Sepúlveda.

Apesar de está me baseando na história dele, eu ainda não tive o prazer de ler o livro. Só achei o nome interessante.

Beijos