Olá, Twilight maníacos! Essa é minha primeira fanfic sobre a série, e espero ter leitores...
Isso NÃO É universo alternativo, é apenas uma estória não-contada (que eu emprestaria de bom grado à Stephenie, se ela quisesse) sobre o Emmett Cullen.
Twilight não me pertence, (mesmo que o Emm diga ser minha propriedade, quando pula a janela do meu quarto, à noite...) seus personagens e caracteres pertencem à Stephenie Meyer.
"Catherine Williams" é minha criação.
Beijinhos e boa leitura!
"Além da eternidade"
Para Pamela Baldessini
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Capítulo Primeiro
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O som de Edward ao piano é algo indescritível para mim. Naquele fim de tarde, eu me sentei ao seu lado, enquanto ele me mostrava sua mais nova composição. A melodia, - segundo ele, inspirada em mim – era simples e tocante, mas tão perfeita que tornava impossível crer que fosse executada por apenas um par de mãos. Mas era tocada pelo par de mãos mais frio e lindo que eu já tive a oportunidade de ver, nos meus quase dezoito anos de vida. As mãos de meu vampiro favorito, meu namorado, meu vício; Edward Cullen.
Quando ele enfim terminou, eu estava emocionada, e tenho total certeza de que eu não poderia disfarçar isso, não para Edward. Ele se virou para mim, e deu aquele seu sorriso torto arrebatador ao ver a minha expressão. Às vezes eu tinha muita raiva da maneira como ele me fazia sentir boba. Capturou as pequenas lágrimas que ameaçavam cair dos meus olhos com as pontas de seus dedos frios e pálidos, e acariciou a minha bochecha com as costas da sua mão, como sempre fazia. Novamente eu estava paralisada, perdida no deslumbramento dos olhos translúcidos, cor de Topázio, do vampiro à minha frente.
Nosso contato visual foi bruscamente interrompido pelo som da porta da frente batendo com força. Eu vi os olhos de Edward repentinamente ficando negros, e sua expressão levemente furiosa. Talvez ninguém percebesse suas sutis mudanças de humor, mas, como ele mesmo já havia dito, eu sou muito observadora. Segui o olhar dele até a entrada, e vi a figura esbelta e linda de Rosalie Hale, a "irmã" de Edward, e única pessoa daquela família que não gostava de mim.
Ela me olhou de volta, e eu senti um calafrio percorrer todo o meu corpo. A raiva de Rosalie era evidente, e eu sabia que ela não faria nada para disfarçá-la. Senti que meu corpo diminuía, e eu me tornava ainda mais baixa do que os meus vergonhosos um metro e sessenta, me tornava cada vez mais insignificante. A mão de Edward saiu da minha bochecha, vindo parar sobre a minha própria mão, e, por incrível que pareça, o gelo de seus dedos sanou meus calafrios. Não tinha a ver com a temperatura, mas com a presença dele, com o carinho dele.
Ele não tirou os olhos de Rosalie. Naquele momento eu tive total certeza de que Edward estava lendo os pensamentos dela, e não estava gostando muito do que lia. Um rosnado baixo saiu da garganta dele, por entre os dentes cerrados, e a garota-vampira de rosto angelical apenas bufou, subindo as escadas com seus passos rápidos e leves de bailarina. Dois segundos depois, nós ouvimos a porta do quarto dela e de Emmett batendo estrondosamente.
Eu voltei a olhar para Edward, um pouco confusa. Os olhos dele foram clareando aos poucos, e seu sorriso deslumbrante voltou a aparecer. Ele tornou a encostar sua mão no meu rosto, mas dessa vez me tocou com a palma, fazendo leves círculos na minha pele com o seu polegar.
- Não precisa ficar com medo da Rosalie, Bella...
- Não é medo, Edward... Não da forma como está pensando. Eu só não entendo o porquê de ela me odiar tanto...
- Eu já disse... – Edward passou a outra mão por entre seus cabelos bagunçados cor de cobre - Não é ódio, Bella, é inveja. Ela te inveja porque...
- ...Porque eu sou humana... – completei, atônita – Sinceramente, eu não consigo ver como isso poderia ser verdade! Por que alguém como Rosalie iria querer ser como eu...? – ele fixava os olhos em mim, sério – Edward, ela é linda! E eterna... E será eternamente linda... Rosalie não precisa se preocupar com o frio, ou a velhice, ou qualquer outra preocupação humana... Nem mesmo solidão, ela tem o Emmett! – Eu vi uma nuvem passar pelos olhos de Edward, quando eu disse o nome do marido/namorado/irmão de Rosalie – O que foi? – O encarei. Dessa vez eu não deixaria as coisas assim. Não antes de ele me explicar tudo direitinho. – O que o Emmett tem a ver com isso tudo?
Edward olhou para baixo, contrariado. Eu sabia que ele me guardava ainda muitos segredos, embora tenha me contado os mais importantes. Mas, dessa vez, era algo que estava me afetando. A hostilidade de Rosalie vinha transformando as minhas visitas à casa dos Cullen em experiências traumáticas. Edward sabia que teria de me contar.
No instante seguinte, ele estava em pé ao meu lado. Tomou a minha mão, indicando que eu também deveria me levantar do banco do piano.
- É uma longa história... Vamos, é melhor irmos pro meu quarto. Não quero que Rose escute o que vou te contar. – ele sussurrava.
...
Eu me sentei no sofá de couro preto do quarto de Edward. Ainda estranhava o fato de não haver uma cama, pois ele nunca dormia. Me virei para vê-lo fechar a pesada porta de mogno, mas percebi que ele já a havia fechado, e estava sentado ao meu lado, seus olhos dourados levemente confusos. Talvez ele estivesse lastimando o fato de não conseguir ler a minha mente, justo a minha, que o intrigava tanto.
Ele suspirou, preparando-se para o que, eu sabia, seria uma longa e complicada história. Mas quando eu pensei que ele fosse iniciar seu relato, lábios frios tocaram o meu queixo, para em seguida colarem-se aos meus lábios, enquanto que seus dedos mágicos acariciavam meu rosto com delicadeza. Eu fechei meus olhos, e me deixei levar pela sensação, sentindo os efeitos que ele provocava sobre a minha respiração e meu ritmo cardíaco.
Edward separou-se de mim, mantendo o toque leve de seus dedos em meu rosto, e eu, lentamente, abri meus olhos, me deparando com os dele sobre mim. Mas havia algo mais no olhar de Edward, talvez a explicação para aquele beijo inesperado. No fundo de seus olhos, eu podia ver, era... Tristeza. Uma melancolia que eu nunca havia visto nele. A culpa me queimava por dentro, por fazê-lo lembrar de coisas que, eu tinha total certeza, haviam sido muito dolorosas. Talvez ele tenha tido muito trabalho para esquecer o que iria me contar - aquilo que eu o havia obrigado a lembrar. Mas agora era tarde, e quando estava ao lado de Edward, eu nunca voltava atrás, ou me arrependia. Eu precisava saber. E Edward queria me contar.
- Bella, eu quero que me prometa que... – ele juntou suas sobrancelhas, e deixou sua voz aveludada mais séria - ...que nunca vai comentar essa história com ninguém. Ninguém, entendeu?
- Si-sim – eu aquiesci, tremendo um pouco, pela veemência de Edward. Ele falava comigo como quem fala com uma criancinha. – Eu prometo.
- Bem, isso foi há muito tempo... Logo depois da guerra, se não me engano...
- Qual guerra?! – Só depois eu percebi a ênfase que dei a essas palavras, com meus olhos arregalados.
Ele riu.
- Shhh! A Segunda, Bella. Segunda Guerra Mundial. – Eu me senti estranha, era esquisito ver Edward falando sobre tempos tão distantes, tão antigos – Não lembro bem, mas deve ter sido lá por 1949 ou 50... Quando se vive por mais de noventa anos, sem dormir, fica um pouco difícil de guardar datas com exatidão. O tempo pra mim passa de uma forma diferente do que passa pra... pros humanos... – Ele ia dizer pra você, eu tenho certeza – Mas acho que foi por essa época, não muito tempo depois do fim da guerra... O nome dela era Catherine...
- Ela?!
- Shhhh, Bella! Não me interrompa... – Ele me puxou para o seu colo, e começou a mexer nos meus cabelos. Eu passei a sentir que, talvez, aquela história tivesse tanto a ver comigo e Edward quanto tinha com Rosalie e Emmett. – Foi em uma pequena cidade, assim como Forks, no estado de Nova York... Morávamos lá, na época. Jasper e Alice ainda não estavam conosco. A mãe de Catherine era uma enfermeira mexicana, que trabalhava com Carlisle, e o pai era inglês... Ele morreu na guerra... Ah, sim... Foi há tanto tempo...
...
Mais um dia nublado para Catherine, como nublados foram todos os dias desde que ela e a mãe receberam aquela carta.
Apenas isso; uma carta timbrada, uma bandeira da Inglaterra e quatro medalhas. Tudo o que restara de John Williams. "Um soldado valoroso", essa era a sentença gravada na lápide de seu pai, que agora jazia sepultado em um lugar qualquer na França.
E agora mais isso... Não bastavam que os dias fossem nublados no seu humor, agora seriam nublados de todas as maneiras, seriam nublados ao seu redor. Deixar a Califórnia para ir se enfiar naquela inexpressiva Bloomfield, nada além de um pequeno vilarejo, encravado em Ontario County, Nova York... Quase no Canadá! Ela compreendia que sua mãe não poderia recusar aquela proposta de trabalho. Não agora que elas estavam em péssima situação financeira.
Trabalhar no consultório de um médico recém-estabelecido no local. Aparentemente não havia muitas enfermeiras por ali, já que apenas Dolores Williams atendera ao anúncio do jornal. "Precisa-se de Enfermeira em Bloomfied". Cat sabia que, quanto mais ao norte daquele país, mais brancas seriam as pessoas e, conseqüentemente, mais preconceituosas elas seriam com latinos, como ela e sua mãe. Que importava isso agora? Depois de perder o pai em uma guerra estúpida aos doze anos... Não dava a mínima para o que pudessem dizer sobre suas origens... E, de fato, era tão mexicana quanto inglesa, e sua nacionalidade era bem clara: AMERICANA, nascida na Califórnia, Estados Unidos da América.
Não fora capaz de usar esses argumentos diante da euforia de sua mãe por arranjar um emprego melhor do que o que tinha no sul. A indenização que receberam da coroa inglesa ajudou, obviamente, puderam quitar a casa aonde moravam e comprar um carro de terceira mão. Mas depois de quase cinco anos, as coisas já estavam muito apertadas... Aquele emprego era um presente dos céus! Ela mal sabia que encontraria mesmo o céu, mas não sem ir ao inferno, de novo, antes.
Catherine não disse a sua mãe que detestara o fato de ir para Bloomfield, que odiava o frio, que odiava o céu cinzento, que, definitivamente, odiava a neve. Ela apenas resignou-se. E agora estava ali, depois de dois dias de viagem enfurnada naquele carro, observando a pouca civilização que havia em Ontario County... Escola, prefeitura, uma igreja protestante, e a rodoviária... Ela sequer prestou atenção aos outros estabelecimentos do lugar, pois a rodoviária já lhe havia roubado todas as atenções.
Havia um ônibus, pronto pra sair, cujo destino era apregoado na frente em letras grandes: New York, e, próximo ao ônibus, um carro conversível... Um Porsche, branco, novinho em folha... Dentro do carro, um garoto lindo ao extremo, seus cabelos cor-de-cobre emoldurados perfeitamente com gel, a pele de um tom terrivelmente claro, expressão desligada, olhando para o nada. Recostado ao carro, estava outro garoto, aparentemente mais velho que o primeiro, mais forte e, para Catherine, ainda mais bonito, com seus cabelos intensamente negros e aspecto selvagem, indomável. Ele estava abraçado a uma garota, e ela trazia uma pequena frasqueira de viajem na mão. Ambos olhavam o nada, de maneira inexpressiva. Catherine pôde sentir o ar de despedida, embora nada no comportamento de ambos fazia parecer que estavam, realmente, prestes a se separarem.
O motorista do ônibus buzinou, e a garota deu as costas para o rapaz que a havia abraçado, deixando-o como se aquilo não tivesse importância nenhuma. Seus cabelos louros, presos em um rabo alto, chicotearam suas costas, e a saia azul rodada se movia graciosa ao redor dos seus joelhos, de acordo com os movimentos de seus passos leves e delicados. Em um segundo, ela já estava sentada em um lugar na janela, mas não olhava para fora. Sequer um aceno. O ônibus arrancou, e os dois garotos permaneciam ali, imóveis como estátuas. O moreno ainda fitava o mesmo nada, como se a garota ainda permanecesse em seu abraço, e o ruivo ainda estava lá, na exata posição de antes, como quem evitava olhar para qualquer outra coisa.
Cat não pôde ver mais nada, pois sua mãe continuou dirigindo, após a pequena pausa para perguntar aonde era o hospital. A cena de diante da rodoviária ainda estava em sua mente. Havia algo de muito surreal naquilo, mas ela não conseguia identificar exatamente o que seria... Talvez a beleza inacreditável daqueles três, talvez os movimentos suaves da garota, que parecia uma fada loura... Ou talvez o simples fato de nenhum deles parecer se importar com o que estava acontecendo. Aquela garota estava, evidentemente, indo embora, e o rapaz moreno parecia ser seu namorado, ou talvez noivo. Então, porque não houve nenhuma espécie de comoção? Nenhuma palavra de despedida, nenhum olhar apaixonado. Apenas aquele abraço, que Catherine achou tão... Frio?! Gelado, na verdade.
Não havia muito aonde procurar, Ontario County era minúscula... Em poucos minutos, estavam diante do hospital, lugar de trabalho da mãe de Cat dali em diante. Hospital era um exagero, Catherine pensou, aquilo parecia mais um consultório! Uma casa branca, de portas escancaradas e que exalava aquele cheiro insuportável de remédios e doença. Era bastante grande, para uma casa, mas não o suficiente para ser comparado aos hospitais que havia na Califórnia. Um jardim razoavelmente extenso, com alguns bancos de granito por entre as árvores... Cat ponderou que talvez não fosse assim tão terrível, com um pouco de boa vontade, poderia até mesmo suportar Ontario County... Mas, e Bloomfield? Bloomfield era apenas um vilarejo, e seria lá que morariam.
O tal doutor Carlisle Cullen, responsável pela contratação de Dolores, pedira pra que ela se apresentasse imediatamente de sua chegada. Catherine odiava a forma como sua mãe seguia ao pé da letra as recomendações, quando tinha a ver com trabalho. Não poderiam, pelo menos, visitar a casa nova antes?
Ela desceu do carro junto com a mãe, não que tivesse muita curiosidade em conhecer o "hospital", mas, depois das últimas cinco horas dentro daquele carro, iria até no inferno para poder esticar as pernas. Elas entraram, e Catherine se percebeu levemente enganada. O lugar, de fato, era bem maior do que parecia ser, por fora.
O doutor Carlisle Cullen veio encontrá-las na sala de espera, aonde uma poltrona de tom areia acabou com todo o desconforto que Cat sentira por estar em um hospital.
A garota teve de usar todo o seu auto-controle para não aparentar a sua perplexidade e surpresa ao deparar-se com Carlisle. Só pelo nome – bastante antiquado – do médico, ela havia imaginado um homem, pelo menos, uns trinta anos mais velho que ele, com barba crescida e cabelos brancos, talvez gordo e calvo.
Céus, como era bonito! Catherine teve medo de que fosse muito evidente a maneira como ela o observava, mas estava tão admirada que não podia deixar de contemplá-lo. Não que ela quisesse flertar com ele – sabia que era casado –, o observava como quem admira algo de muito incomum e extraordinário. E a surpresa que ela teve por sua juventude e aparência só fizeram ressaltar a beleza do médico.
Era como os anjos, das pinturas: Os cabelos louros e ondulados, emoldurando-lhe a testa, os olhos de um dourado turvo, escuros, incomuns, que transmitiam calma e confiabilidade, em um contato visual firme e quase hipnótico, e a pele extremamente clara, tão pálida e perfeita quanto a dos garotos que ela havia visto lá fora. Aliás, ele realmente lembrava bastante os três jovens do Porsche, no lado de fora, mas não com alguma forma de semelhança física... Tirando a palidez e a beleza, não havia nada em comum entre eles que Catherine fosse capaz de descrever em palavras. Talvez a parca iluminação da cidade apenas a estivesse confundindo, a fazendo ver beleza extrema na normalidade.
Quando despertou de seus devaneios, já estava sendo apresentada àquele que seria o chefe de sua mãe, dali em diante. Ela estranhou o fato de o médico não estender a mão para apertar a dela, ao invés disso, apenas pronunciou o nome de Cat em um cumprimento polido, dando-lhe um sorriso discreto.
Catherine tentava repassar rapidamente tudo o que tinha ouvido, sem prestar atenção, da conversa de sua mãe com o médico, não gostaria nada de parecer uma adolescente alienada. Havia qualquer coisa sobre Carlisle também morar em Bloomfield com sua família, algo sobre a casa aonde ela e a mãe morariam, e qualquer coisa sobre o colégio ginasial e as funções que a mãe desempenharia no hospital. O restante ela havia perdido, mas duvidava que fosse realmente relevante. Isso seria suficiente para fingir mais tarde, diante da mãe, que havia escutado tudo atenciosamente. E não que estivera pensando na beleza estonteante do menino moreno, lá fora.
Foi então que a recepcionista interveio
- Doutor Cullen, creio que sejam os seus filhos entrando...
O médico pareceu um pouco apreensivo, por uma fração de segundos, olhando para Catherine e Dolores. Mas virou-se em direção a porta em seguida, de onde surgiram, silenciosamente, os rapazes anunciados.
- Garotos... – Ele voltou-se para as duas visitantes - Mrs. Williams, Catherine, esses são meus filhos, Emmett e Edward.
Catherine se surpreendeu em ver os mesmos garotos da rodoviária, embora já esperasse por algo do gênero, inconscientemente. Os garotos em quem ela estivera pensando... Ou melhor, o garoto em quem estivera pensando. Sua mãe também estava levemente surpresa, mas por outro motivo; O doutor Cullen não tinha nem trinta anos, como poderia ter dois filhos da idade de Catherine?
O garoto de cabelos avermelhados, o mais jovem, analisava o rosto da mãe de Cat, e deixou que um sorriso leve aparecesse entre seus lábios, olhando para Carlisle de modo significativo. O homem pareceu ter um lampejo.
- Oh, sim... Meus filhos adotivos, obviamente.
Dolores ficou visivelmente aliviada com o esclarecimento, mas para Catherine, aquilo não fez a mínima diferença. Não importava se ele era filho de Carlisle, do presidente ou de um mendigo de rua. Cat estava perdida na contemplação do garoto moreno. Analisava cada traço perfeito do seu rosto, os cachos negros e as covinhas infantis, associadas ao corpo imenso e forte, num contraste que a deixou em transe.
...
Eu desci do colo de Edward, me sentando a seu lado no sofá negro de couro. Alguma coisa na expressão dele me assustou, e ele percebeu isso.
- Eu li a mente de Cat, naquele momento... Não havia ouvido, pois estava mais concentrado na de Mrs. Williams, mas quando a confusão da cabeça da mulher clareou, eu pude ouvir as coisas que Catherine estava pensando. – Ele desviou seu olhar, até então perdido no espaço, e o fixou em mim – A forma como o coração dela estava acelerado, olhando para Emmett... Eu senti medo, Bella, porque eu sabia... De alguma forma eu sabia... Que aquele era apenas o começo.
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Fim do capítulo
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Notas:
¹ Eu imaginei aqui um Porsche 550 Spider – Foi o carro com que o James Dean se matou... É lindo e é o meu sonho de consumo. Detalhe: o 550 só foi lançado em 1953, e a fic se passa em 1950. Então, se quiserem ser mais fieis à História, imaginem um Porsche 356 Cabriolet – lançado em 1948. Eu gosto mais do Spider, e acho que ele é a cara do Edward, já que corre bem mais que o 356.
Dedicada à Pammy – amiga querida – por ter sido quem me apresentou ao mundo de Twilight e por ter me incentivado a escrever a respeito; AMO VOCÊ
Essa fic terá, ao todo, seis capítulos, dos quais eu já fiz o roteiro. Não posso prometer nada quanto ao período das postagens, além de que farei todo o possível para escrever e postar.
Lembre que, sem o seu review, toda a minha dedicação em escrever foi em vão. Eu escrevo para os leitores e pelos leitores, meu único pagamento são os comentários que recebo.
