Introdução

Em primeiro lugar gostaria de avisar: esta fanfiction não é de minha autoria. Ela pertence a Stoplight Delight (/u/1115534/StoplightDelight), e seu título original é "We that are young" (/s/4175371/1/WeThatAreYoung). Meu trabalho é apenas de tradução e adaptação da obra, autorizada pela autora.

Quando comecei a ler "We that are young", já havia muito tempo que eu não acessava o FF. Eu já havia abandonado minha fic há meses, e sabia que a maioria do material de Fullmetal Alchemist era baseado em shippers melosos e aventuras extravagamtes – e como gosto do casal RoyxRiza, eu só encontrava fluffs. Nada contra; no entanto, eu já havia cansado de ler fanfictions. Foi para checar no material de outra ficwriter brasiuleira que topei com "We that are young", porque era o primeiro da lista, era royai e já tinha 30 capítulos.

E que capítulos! Não consegui parar de ler, e acompanhei a fanfic até o fim. Agora, estou acompanhando a segunda parte, "Shall never see so much", que até agora está indo muito bem, a exemplo da primeira. Stoplight Delight é muito gentil e respondeu todos os comentários que fiz a respeito do seu trabalho com humor e leveza. Instigada por tudo isso, li os outros trabalhos postados, one-shots que valem a pena.

Então propus fazer a tradução de sua obra. Tanto por mim, porque é uma oportunidade de desenvolver minhas habilidades de tradutora, e enriquecer meu vocabulário em inglês, quanto por vocês, leitores brasileiros, que não têm conhecimento ou paciência para ler os longos e ricos capítulos da autora. Eu mesmo tenho que deixar o dicionário aberto toda vez que vou ler, tão elaborado é o vocabulário, e ler no computador já desconfortável o bastante para decifrar inglês também.

Ela adorou a idéia, e me deu permissão de traduzir seus trabalhos para o português. Porém, me deparo com uma tarefa difícil: o trabalho de tradução.

Não uma só pessoa que não leia um trabalho estrangeiro traduzido que não reclame que "não deve ser como o original". Pior ainda são aqueles que conhecem o idioma em que a obra foi escrita, e esbravejam ao reconhecer uma palavra ou expressão que não corresponde exatamente à utilizada pelo autor. Ainda pior são os erros de tradução visíveis aos olhos de todos. O tradutor é massacrado por todos os leitores, que o acusam de deturpar a obra original, adicionando meios e modos que distanciam as versões que deveriam ser gêmeas. Eu sei, porque eu também faço isso.

Mas traduzir é um trabalho delicado e complicado. Deve ser fiel ao autor, e não à obra. Como disse Paulo Bezerra, tradutor de diversos livros – inclusive obras de autores russos, como Dostoiéviski - "A função do tradutor não é reescrever a obra, mas recriá-la de tal forma que o seu leitor sinta o autor traduzido e ao mesmo tempo não sinta que está lendo tradução." Por isso é chamada de "adaptação", também, porque deve se acomodar ao universo lingüístico e cultural do idioma de destino. É preciso que a tradução seja verossímil.

Esta é minha maior empreitada nessa área até agora e farei o meu melhor, é claro, e não me utilizarei de tradutores automáticos (coisas horríveis!). Por isso, peço a colaboração de vocês: comentários, críticas, sugestões, dúvidas e eventuais correções são muito bem-vindos, e vou ler cada um deles, responder quando conveniente e corrigir quando necessário. Seu feedback é fundamental para mim, ou estarei andando no escuro. No entanto, peço que sejam educados e façam críticas construtivas – ou seja, no flames. Insultar-me não vai adiantar nada, porque nesse caso vou ignorar completamente tudo o que você escreveu.

Obrigada pela sua atenção, e tenho um último pedido antes de começarem a leitura: se for possível, prefiram o original. É uma grande consideração com a autora e comigo, a humilde recriadora do texto.

Boa leitura!

Branca

"The weight of this sad time we must obey;

Speak what we feel, not what we ought to say.

The oldest hath borne most: we that are young

Shall never see so much, nor live so long."

"Temos de obedecer à corrente destes tristes tempos;

Dizer o que sentimos, não o que deveríamos dizer;

Os mais velhos suportam o pior: nós, que somos jovens,

Não veremos tantas coisas, nem viveremos tanto."

- William Shakespeare, "O Rei Lear". Tradução encontrada em olugardapontadelgada./2005/06/um-rei-lear.html