Então gente, essa é a minha antiga fic "O Início do Fim" ; Não tive nada para fazer nas férias e resolvi ler ela para terminar de escrever; Quando terminei de ler vi que não estava muito boa e reescrevi, acrescentei alguns detalhes e tirei outros, acho que ela não vai ficar tão parecida com a de antes, mas tenho certeza de que vai ficar melhor. Minha fanfic favorita sobre os marotos é aquela da Paula Strauch Costa - James Potter - 7º ano -, e me inspirei bastante nela. Se gostarem peço que divulguem e mandem reviews, obrigada por tudo, adoro vocês!

1. Ótimas boas-vindas.

- Pontas seu tapado! Vamos de uma vez! – gritava almofadinhas do andar de baixo da minha casa.

Era nosso sétimo ano em Hogwarts; Aluado e Sirius vieram passar as férias na mansão de meus pais, e agora, eu estou atrasado. Precisávamos pegar o expresso de Hogwarts, aquela manha, na plataforma 9 3/4 as onze e meia, e eu tentava domar meus cabelos - uma tentativa em vão, devo admitir .

- Relaxe Almofadinhas! Não vamos nos atrasar, você pode ficar tranqüilo, porque não demorará a ver sua querida Marlene! – gritei do banheiro.

Fui descendo as escadas, e estava absurdamente arrumado.

- Porque se arrumou tanto, Pontas? – perguntou Aluado.

- É, Porque? Você sabe que a Evans não te quer nem pintado de ouro! – exclamou Sirius, me deixando totalmente sem graça.

- E quem foi que disse que é por causa da Evans meu caro Sirius Black? – eu disse em minha defesa.

- E por quem mais você se arrumaria assim?

- É, você está certo, mas cale a boca! – sorri e dei-lhe um tapa na cabeça.

Os garotos já estavam encaminhando-se a porta. Meus pais nos esperavam no veículo trouxa, chamado de carro, que o eles usavam nas ruas de Londres.

- Vamos garotos! Se não irão se atrasar! – dizia minha mãe de dentro do veículo.

Todos os três carregávamos enormes malões de Hogwarts, e cada um, uma vassoura – a minha era uma Nimbus e a de Sirius também, éramos do time de quadribol, e precisávamos das melhores. Remus tinha uma Cleanswip porque voar não era sua praia. Colocamos as malas no porta-malas do carro e entramos no banco de trás.

- Muito bem garotos, tudo certo? – Perguntou meu pai, nos olhando pelo retrovisor.

- Tudo certo pai. – disse Sirius, todos riram.

Sirius chamava meus pais de pais também, pelo fato de odiar sua família e ter fugido de casa no quarto ano, o que fez meus pais o adotarem, e eu adorava isso, me fazia sentir mais irmão dele do que já era.

Uma meia hora depois chegamos na plataforma. Eram onze e vinte, tínhamos apenas dez minutos.

- RÁPIDO PONTAS! – gritava Almofadinhas – DEZ MINUTOS CARA!

- ESTOU INDO! SABE SIRIUS, IRIA MAIS RÁPIDO SE VOCÊ AJUDASSE! – gritei em resposta.

Sirius veio nos ajudar a retirar os malões do porta-malas então.

Cada um com sua mochila, seu malão e sua vassoura, estávamos prontos para embarcar.

- Tchau garotos, qualquer coisa mandem uma coruja. – disse meu pai, e então ele se foi com minha mãe.

- Temos cinco minutos, corram! – disse Aluado, quase tendo um ataque de nervos no estacionamento.

Então nós três partimos em direção ás plataformas nove e dez. Quando chegamos perto, não hesitamos, começamos a correr e atravessamos o portal.

Assim que atravessamos ouvimos:

- Última chamada: Expresso de Hogwarts! – dizia um homem gordo e baixo, com um uniforme da estação.

- Rápido! Deixamos os malões na cabine mesmo, e Merlin queira que Peter tenha pego uma! Não da tempo de colocarmos no bagageiro! – eu disse, e rapidamente entramos no vagão.

Avistamos vários conhecidos, não só da Grifinória mas de todas as casas, e várias garotas mais novas nos cumprimentaram, a final de contas, éramos os pedaços de carne mais desejados de Hogwarts; Avistamos Peter no final do corredor, cumprimentando dois garotos da Corvinal. Assim que nos viu, ele acenou e nos mostrou onde era nosso lugar..

Esperamos ele terminar sua conversa, e então entramos na cabine. Peter sentou-se e nos deixou arrumar nossas coisas.

- E aí Peter, - eu disse, colocando meu malão em um assento vazio. Sentei ao seu lado, cruzei as pernas igual uma garota e pisquei infinitamente – Como foram as férias?

- Peterzinho! – Sirius exclamou, abraçando e beijando seu rosto, fazendo-o ficar vermelho.

- Olá Peter. – Remus como sempre, muito formal e educado.

- Minhas férias foram uma mesmice James, não tive nada para fazer a não ser azarar uns sapos que não paravam de encher o saco no quintal de casa. - Peter respondeu, então olhou para aluado - Olá Remo! Como vai?

Comecei a rir, pois percebi que rabicho havia deixado almofadinhas falando sozinho.

Contamos de nossas férias para Peter, que ouvia intrigado e com inveja de não ter ido junto para a mansão.

Aluado e Almofadinhas empilharam as malas no assento onde eu pusera a minha, e lá ficaram elas.

Já faziam mais ou menos uma hora e meia que estávamos dentro do trem, então lá veio ela. Com seus lindos e ondulados cabelos ruivos e aquela pele perfeita. Lily Evans.

Ela abriu a porta da cabine, com um enorme distintivo de monitora. E então eu me lembrei de que recebera um igual no verão.

- Potter, fiquei sabendo que você é o outro monitor. Você devia ter ido para o vagão dos monitores quando entrou no trem, para ajudar na patrulha. – disse ela, com indiferença. – mas tanto faz, você não fez falta. – então ela dirigiu-se aos outros – Vão colocar logo suas vestes, chegaremos em pouco tempo. – E então ela saiu da cabine, deixando a porta aberta.

Levantei e fechei a porta, aborrecido.

- Já estou cansado de Evans me tratar assim! Como se eu fosse uma pedra em seu sapato! – disse, ficando vermelho.

- Relaxa Pontas, ela só fez pra te provocar, e ela estava certa. Você devia ter ido ao vagão dos monitores. – disse Aluado.

- Ta, eu sei, mas ela não podia ser menos.. – fiquei procurando a palavra – fria?

- James, meu querido James, Lily Evans só te despreza assim, porque te ama. – Sirius disse.

- A ta! Se Lily me amasse não me trataria desse jeito..

- Nunca ouviu o ditado "quem desdenha quer comprar"? – Remus disse.

Olhei de canto para ele e respondi:

- Parem de me iludir com essas coisas, sei que Lily me odeia e nunca vai mudar em relação à isso.

Depois disso eu me calei, assim como os outros.

O trem parou, e nenhum deles havia falado.

- Potter, preciso que você me ajude a mostrar aos alunos do primeiro ano onde devem ir. – Disse Evans, que apareceu do nada ali na cabine.

- Tudo bem, estou indo.

Então eu disse para meus amigos que fossem sem mim.

Seguimos os vagões indicando aos pequenos alunos que deviam ir ao encontro de Hagrid. Um homem enorme, com mãos do tamanho de tampas de latas de lixo.

Quando terminamos, pegamos uma carruagem junto com os dois monitores da Corvinal. Tentei puxar papo com Evans, mas ela não me deu bola, então chegamos ao castelo sem nos falarmos mais que o necessário. Quando paramos, saímos da carruagem e fomos até o salão principal, onde todos estavam reunidos para a seleção das casas dos alunos novos.

Caminhamos até a mesa da Grifinória e sentamos entre nossos amigos; - Lily Evans era a melhor amiga de Marlene McKinnon e Emmeline Vance, dividia o dormitório com as duas, Alice Avery e Hestia Jones - sentei no meio de Aluado e Almofadinhas, Rabicho sentado à nossa frente ao lado de Hestia

- Sejam bem-vindos alunos do primeiro ano, e aos outro, um bom regresso! Antes de começarmos nosso magnífico banquete, - Alvo Dumbledore começou a falar. – daremos início a seleção das casas! Professora McGonagall, traga os alunos.

Então a professora Minerva entrou no salão com os pequenos alunos do primeiro ano. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam atentamente.

- Boa noite à todos. – Minerva disse olhando para os alunos e cumprimentando o corpo docente. Então ela subiu um degrau onde havia uma pequena plataforma e um banco no meio. Olhando para os pequenos ela disse – Quando eu chamar seu nome dêem um passo a frente e venham até aqui, colocarei o Chapéu Seletor em sua cabeça e ele selecionara você a sua devida casa.

"Suas casas serão como suas famílias, se fizerem algo bom ou merecedor, ganharão pontos, se infringirem as regras, perderão pontos, entendido?"

Todos murmuraram um pequeno "sim", então ela começou com a chamada.

Mais ou menos uma hora depois, ela terminou de chamá-los e foi levar o banco e o chapéu para seus devidos lugares. Essa foi a deixa de Dumbledore:

– Tenho alguns avisos para dar. Como todos sabem, estamos passando por tempos difíceis e creio que não preciso dizer o motivo, todas as visitas a Hogsmeade serão acompanhadas por um professor, ou por alguns.. amigos em particular. Aos alunos novos quero dizer que a entrada na floresta é terminantemente proibida, a não ser que estejam acompanhados de algum professor ou de Hagrid. – neste instante ele olhou para os marotos, um de cada vez, e deu um risinho. – Os testes para o time de quadribol serão daqui um mês, falem com o capitão do time de suas casas. Devo lembrar-lhes que o capitão da Grifinória é James Potter, o da Corvinal é Louis Stevenson, a da lufa-lufa é Amos Diggory e por fim o da Sonserina é Régulo Black. Os monitores-chefes são Lily Evans, da Grifinória, e James Potter, também da Grifinória, os demais tem os nomes no quadro de avisos na sua sala comunal. Bem, é isso.. ATACAR!

E então surgirão na mesa quilos de comida, de todos os tipos. Rabicho logo tratou de encher seu prato com tudo que estava a seu alcance. Começamos a comer, então.

- Como foram as férias, Sirius? – Marlene McKinnon que estava sentada do outro lado de almofadinhas perguntou.

É o seguinte, depois de mim - James Potter - Sirius Black era, nada mais nada menos, que o cara mais desejado nas camas das garotas de Hogwarts. Com seus 17 anos, era artilheiro do time de quadribol da Grifinória, o quarto melhor aluno em DCAT e poções, e fazia as garotas suspirarem ao seu passar. Apesar de ter quase todas as garotas da escola aos seus pés, ele se importava apenas com Marlene, uma das únicas que não estava ao seu alcance. No quinto ano eu peguei os dois em um armário de vassouras no terceiro andar, depois desse dia Marlene disse a Black que nunca mais se repetiria, e assim foi feito. Apesar de Almofadinhas tentar todos esses anos, McKinnon não abriu brechas, então eles se tornaram muito amigos e Sirius voltou a ser o galinha de sempre. Sirius Black não tinha uma dona, e não teria uma tão cedo.

Eu queria poder dizer o mesmo de mim, mas depois do segundo ano meu coração pertence somente a estúpida da Lily Evans.

- Poderiam ter sido melhores sabe, Lene. – Sirius disse, dando uma piscadela.

- E por que meu caro Black? – ela perguntou, erguendo uma de suas sobrancelhas.

- Por que não aproveitei como deveria, McKinnon.

- É mesmo Black? Que pena, pois eu aproveitei divinamente bem! – Marlene adora provocar, é.

Só que Almofadinhas não foi o único afetado na história, eu sabia que Lene havia passado as férias na casa de Lily, e se Marlene aproveitou divinamente bem.. Lily também tinha aproveitado. Eu e Sirius bufamos em resposta e McKinnon nem se manifestou.

- Obrigado por me chamar para aproveitar divinamente com você Marlene

- Disponha. – ela disse, piscando para Sirius.

Sirius estreitou os olhos e eu comecei a rir, para quê eu fui fazer isso, Merlin?

- Então Marlene, a ruivinha aproveitou tão bem quanto você? – Sim, o cachorro adora me provocar.

Marlene me olhou, mordeu os lábios e respondeu:

- Não tãaaaaaaao bem quanto eu, mas aproveitou.. bastante.

Eu enfiei meu garfo em uma batata, que saiu voando do meu prato e bateu na parede, então Sirius começou a gargalhar. Maldito cachorro pulguento. Olhei para ele, bufando de raiva, ele apenas disse:

- Não adianta me olhar assim, veado, foi Lily quem se divertiu, não eu! – e continuou a rir descontroladamente.

- Caramba Sirius! Não é veado, é cervo! - eu disse.

- James, garanto que eu aproveitei muito mais, e de um jeito muito melhor. – Lene disse, passando a língua pelos lábios.

Então eu sorri da cara que Sirius fez, e bati na mão de Marlene, também agradeci mentalmente a Merlin por ter uma Melhor amiga assim.

Apesar de Lene ser minha melhor amiga, era melhor amiga de Lily também. Ela sempre soube que eu era apaixonado pela ruiva e dês do início me apoiou em relação as investidas em Lily, mas ela não cedia de maneira alguma então sobrava para Lene me consolar e fazer cafuné em mim toda vez que eu levava um fora, um tapa, um chute ou um olhar raivoso de Lils.

Ela também era tão santa quanto Sirius, então pode-se dizer que sua cabeça era tão poluída quanto a dele.

- HHHM! Monitor-chefe e capitão do time de quadribol. O que mais você pode querer Sr. Pontas? – Aluado disse, mudando de assunto.

- Simples, - respondi, comendo um pedaço de frango - eu quero a Lily, Remus meu caro – então eu sorri.

Todos riram, e então, para minha sorte:

- Potter? Você tem que me ajudar a levar os alunos do primeiro ano até o salão comunal. – minha ruivinha precisava de mim, e eu não precisava de mais nada.

- Tudo bem minha flor. – eu disse sorrindo, limpando a boca e me levantando.

- Evans, Potter. Não quero que me chame de nada a não ser Evans.

- Como quiser, Lírio. – eu disse.

Ela me olhou, revirou os olhos e saiu andando; Eu dei meu melhor sorriso meio torto, e fui com ela, acenando para meus amigos.

- Alunos do primeiro ano, aqui, por favor! – ela acenava para nossa mesa, de onde saíram várias crianças, que mais pareciam anõezinhos, todo ano eles ficavam menores, era impressionante! E Lils, ela falava com eles com uma doçura extrema, de um jeito que nunca falaria comigo. Depois que todos estavam ao nosso redor ela voltou a falar - Muito bem! Sou Lily Evans e esse tapado – ela apontou para mim - é James Potter – todos os nanicos riram - Somos seus monitores, qualquer dúvida durante o caminho, podem perguntar, responderemos qualquer coisa, então, por aqui.

Ela começou a andar, ficamos lado a lado no corredor e ela me evitando o máximo possível.

Chegamos ao sétimo andar, e os alunos do primeiro ano não paravam de perguntar coisas inúteis, do tipo "qual é o nome desse quadro?" ou "posso ir ao banheiro?" e isso estava me irritando.

- Aqui estamos, - eu disse, enquanto Lily ajudava-os a memorizar o corredor. – Lily, meu lírio, pode dizer qual é a senha?

- Como assim " Lily qual é a senha? " você sabe a senha James! Estava comigo quando falaram! – ela disse.

- É que, er.. eu não estava prestando muita atenção no momento.. – é, ela havia me pegado nessa, eu estava observando-a quando disseram a senha, seus cabelos ruivos estavam caídos sobre os ombros, e os olhos verdes como esmeraldas fitavam professor Dumbledore com muita intensidade, eu não consegui prestar atenção na senha! Então passei a mão pelos cabelos, desarrumando-os, Lily odiava quando eu fazia isso, mas era inevitável.

- Então Potter, preste atenção desta vez! – ela disse, quase gritando, virou-se então para o quadro da Mulher Gorda e disse – Salgueiro Lutador.

Então o quadro girou, e lá apareceu o buraco que ia para o salão comunal. Ah! Que saudades daquela sala, aquele sofá onde passamos a maior parte em que ficamos na sala comunal. Minha poltrona! Ah, minha poltrona, ninguém senta ali a não ser eu – e tratei de deixar bem claro para os pequenos esse detalhe - , a lareira onde meu pai às vezes aparecia para me dar broncas, a escada para o dormitório feminino! – apenas eu, almofadinhas e aluado sabíamos como entrar lá, por causa do seu pequeno.. defeito!

- O dormitório dos meninos é à direita, o das meninas, á esquerda. Seus horários estão no mural de avisos, suas malas já foram levadas para cima, se precisarem de nós, estaremos aqui, boa noite. – Lily disse como sempre, super gentil.

Quando os pequenos desapareceram, subi ao dormitório e coloquei meu pijama, desci e sentei na minha poltrona com os pés para cima, e fiquei observando o fogo.

Pensando em Lily, no último ano em Hogwarts, nas brincadeiras que eu pretendia fazer com ranhoso, nos testes de quadribol..

Então eles entraram. Marlene e Sirius rindo de algo, Remus conversando com Emmeline e Paul Colins com Hestia. Alice namorava Frank Longbotton, e não estava com os amigos. Peter estava comendo uma barra de chocolate da Dedosdemel.

- Como foram suas primeiras 3 horas como monitor-chefe vergonha dos marotos? – perguntou almofadinhas.

- Foram boas, porque eu fiquei todas as 3 horas perto da pessoa mais perfeita de Hogwarts – eu disse com o meu sorriso maroto.

- Quem? – perguntou Peter.

Olhei para ele e respondi:

- Quem Peter? QUEM PETER? Lily é Claro! – então sorri e dei-lhe um tapa na cabeça.

Todos riram.

- E você ruivinha, o que acha disso? – Sirius agora estava falando com ela, que sentou no sofá, bem longe de mim.

Todos se acomodaram nas poltronas e sofás. Almofadinhas, aquele folgado, deitou-se no colo de Lily no sofá, e me olhou com uma cara de fique-com-inveja-porque-eu-posso-e-você-não-rá e então eu bufei e fingi não prestar atenção, e nesse momento, Lils começou a fazer cafuné em sua cabeça.

- Primeiro: Eu não sou a ruivinha do Potter. – ela disse me olhando com cara de nojo. – Segundo: Eu não gostei, porque não suporto James e seu ego gigante. Terceiro: O próximo que me chamar de ruivinha sofrerá as conseqüências.

Eu e Sirius caímos na gargalhada. "O próximo que me chamar de ruivinha sofrerá as conseqüências. "

- E que conseqüências seriam essas, ruivinha? – eu disse, provocando-a.

Todos se calaram. Acho que desta vez eu ,certamente, sofreria as conseqüências. Sirius parou de rir e olhava de boca aberta de mim para Lily, - que levantava-se lentamente e tirava a cabeça de Sirius do colo – e de Lily para mim.

- As conseqüências, Potter, você vai descobrir em breve, SE NÃO CALAR ESSA SUA BOCA ENORME! – ela gritou, todos que estavam ali no salão comunal se viraram para ver.

Levantei enquanto ela avançava lentamente até mim, com a varinha em punho.

- O que pretende fazer com essa varinha, ruivinha? Me azarar? – eu disse, tirando onda.

Sirius estava sentado de boca aberta. Aluado ficou em pé, segurando o livro com cara de espanto. As meninas sentaram-se onde antes estavam Lily e Sirius e observavam curiosas.

Eu não estava preocupado, pensei em pegar a varinha, admito. Mas se eu azarasse Lily, eu nunca teria uma chance, eu deixaria ela me azarar para arrepender-se depois, era um preço que eu iria pagar.

- Nã..RUIVINHA! - ela disse, ficando da cor de um tomate, ela ficava linda com raiva. – AVÍS! – ela gritou.

Então vários minúsculos pássaros apareceram e voaram em minha direção, com os bicos pontiagudos apontados para mim.

O que a pessoa deve fazer nessa hora? É óbvio: Correr. Mas foi isso o que eu fiz? É óbvio: Não.

Eu tinha pouco tempo para pensar em algo, mas os pequenos pássaros eram muito rápidos, e então, POW. Fui atingido.

Senti uma dor infinita, várias pontas entrando em meu corpo. Tinham umas duas nas pernas, algumas nos braços, e outras no peito. Eu fiz o que qualquer pessoa faria depois de ter sido atingido por bicos pontudos.

- AAAAAAW! – eu gritei, e caí na poltrona gemendo de dor.

Almofadinhas e Aluado em um piscar de olhos estavam ao meu lado.

- Pontas, você ta bem cara? – Sirius disse em um gemido.

- Não.. nada bem! – eu disse, em suspiros.

Todos se olhavam, Lily estava boquiaberta, eu sabia que ela ia ficar assim, eu estava sangrando, pouco, mas estava. Não achei que ela fosse capaz de fazer algo assim, ainda mais com um monitor. Ela estava ferrada, e por minha causa. Apesar da dor e da raiva, eu gostava de Lily, e sabia que ela ia se encrencar por causa disso.

- Chamem a McGonagall. – disse uma aluna do sexto ano.

Lily arregalou os olhos.

- Não precisamos chama a McGonagall! – ela disse, arregalando os olhos - Potter..

Olhei para sua cara de medo e não sabia o que fazer, não sabia se deixava Peter ir chamá-la ou se ficava ali morrendo de dor e deixava Lily se safar. Com certeza seria sua primeira detenção, e seria por minha causa, não exatamente por minha causa não é, mas eu iria estar envolvido e além do mais..

- Peter, chame-a, por favor. – Disse Remus.

Peter saiu correndo pelo buraco da porta, e todos estavam boquiabertos, inclusive eu.

Olhei para Lily e ela engolia em seco, manchas de sangue estavam se formando por todo meu pijama, quando McGonagall chegasse e visse os pingos de sangue na poltrona, as manchas que davam para ver perfeitamente em meu pijama, pois era apenas uma calça de moletom cinza e uma regata branca, Lily estaria encrencada. Ela me olhava com um olhar de súplica, como se eu pudesse fazer alguma coisa. Apenas fiquei olhando de volta, com dor e culpa nos olhos, pois não sabia o que fazer.

Alguns minutos depois, Peter apareceu no buraco, seguido por Minnie. – Sirius dera esse apelido para a Prof. McGonagall no segundo ano. – Ela estava com uma cara de espanto. Certamente Peter contou o que Evans fizera, e ela não acreditou.

- O que está acontecendo aqui? – ela perguntou, e logo me viu cheio de sangue, agora minhas roupas estavam com manchas e não pingos. – Por Merlin Potter! O que aconteceu com você? – ela se espantou, eu apenas abri os braços e balancei a cabeça, não sabia o que fazer.

- Lily Evans o atacou professora. – a mesma menina de antes disse, acho que seu nome era Hayley alguma coisa.. fulminei-a com os olhos.

Minerva não acreditou. Estava espantada. Olhou boquiaberta para minha ruivinha e então disse:

- Srta. Evans! Mas o que..

- É.. é verdade professora. Potter me irritou, e eu me exaltei, me desculpe. – Lily disse, e abaixou a cabeça.

A merda estava feita, e eu não pude fazer nada para impedir. E agora? Acho que ela nunca mais vai falar comigo.

- Lamento Srta. Evans, mas terei de te dar uma detenção. Mas o que Potter fez que te irritou?

- Eu chamei-a de ruivinha. – eu disse, com cara de culpado.

- Isso não foi insulto! Nem nada do gênero, não teve motivos para a senhorita exaltar-se Lily! Não esperava isso de você, vá amanhã ás oito da noite, cumprir a detenção com Hagrid.

Cumprir a detenção com Hagrid.. com Hagrid. Meu Merlin! Ela com certeza iria para a Floresta Proibida, coitada de Lily.

Minerva saiu pelo quadro da Mulher Gorda e Lily subiu para seu dormitório com as mãos no rosto. Todos na sala estavam boquiabertos, a final de contas, Lily Evans levara uma detenção. E o pior de tudo, era por minha causa.

Olhei para a tal de Hayley e disse:

- Garota, o que você tem na cabeça?

Ela me olhou surpresa, certamente achou que estava fazendo o certo mas, ALGUÉM PEDIU PARA ELA SE METER NO MEIO?

- Eu.. eu só estava.. só te defendi James! – ela disse, meio gaguejando.

- Eu não preciso de uma aluna do quinto ano para me defender! – eu disse, meio exaltado.

- Eu estou no sexto! – ela disse, magoada.

- Pouco me importa! Você não devia ter se metido, agora Lily certamente está FURIOSA comigo! E por quê? Porque uma garota do sexto ano, intrometida falou o que não devia!

Não esperei sua resposta, apenas subi as escadas e fui para meu dormitório.

Quando cheguei lá em cima, fui direto para debaixo da cama, pegar uma caixa onde eu tinha um estoque de doces escondido; Peguei uma caixa de feijõesinhos de todos os sabores, um pedaço de pergaminho e uma pena na cômoda e comecei a escrever um bilhete:

"Querida Lily

Desculpe ter feito você pegar uma detenção, juro que não foi minha intenção, espero que isso ajude, sei que é seu preferido.

James P."

Anexei o bilhete ao pacote de feijõesinhos, peguei minha varinha e os enfeiticei para que chegassem a Lily. Fui até a janela e os soltei, depois fiquei observando os dois chegarem até a janela do dormitório feminino.

Quando estava fechando a janela, ouvi passos, olhei para trás e lá estavam Remus, Sirius, Peter e Paul.

Sem dizer nada, fui até minha cama e me sentei.

Cada um sentou em sua cama e ficaram em silêncio. Passados uns três minutos, Peter falou:

- Estou com fome.

Olhei para ele incrédulo e lhe joguei uma almofada na cara.

- Cale a boca Peter! – eu disse.

Todos me olharam e então começaram a rir.

- Babacas. – eu disse, então comecei a rir junto.

Ficamos ali parecendo cinco idiotas durante um bom tempo, até que Remus parou e disse:

- E agora, o que você vai fazer James? – todos me olharam esperando uma resposta.

Suspirei e respondi:

- De verdade? Não sei.

- Como assim "não sei"? James Potter simplesmente "não sabe"? – Sirius disse – Inédito, inédito! Remus, rápido, pegue sua câmera! Precisamos registrar esse momento!

Olhei para ele incrédulo, lhe joguei a maior almofada que eu consegui – que foi meu travesseiro – e falei:

- Cale a boca, pulguento!

Os outros três riram comigo, e Sirius apenas me fuzilou com os olhos.

- Vai ter volta Pontas, aguarde e verá! – ele disse, por fim.

O que me fez rir mais ainda.

Então Sirius levantou-se, pegou meu travesseiro, uma muda de roupas e uma toalha, jogou o travesseiro em mim e foi ao banheiro tomar banho.

- James, não sabe mesmo? – Paul disse.

Olhei para os três, e fiz que não com a cabeça. Agradeci por Sirius não estar ali nessa hora.

- Amanhã é outro dia pessoal, talvez eu pense em algo, agora eu vou dormir, boa noite.

Tirei meus óculos e coloquei-os na mesinha de cabeceira, onde havia um porta retrato com uma foto de Lily sorrindo. Escutei alguns murmúrios mas já estava desacordado. Adormeci instantaneamente essa noite.

Então, espero que tenham gostado! Se sim, por favor, deixem reviews e divulguem! Agradeço! E esqueci de uma coisa: ou postar os capítulos toda sexta ;] Obrigada 3