Meu irmão, meu pecado
Fanfiction de Sion Neblina
Romance – Yaoi
Disclaimer: Saint Seiya não me pertence, se me pertencesse os cavaleiros mais namorariam que lutariam. Todos seus direitos são da Toei Animation e Masami Kurumada. Texto feito sem fins lucrativos, apenas para diversão dos fãs.
Notas iniciais: Essa fic possui incesto, linguagem imprópria, descrição ou insinuação de sexo e teor homoerótico. Texto indicado apenas para maiores de 18 anos, e para aqueles que não se sentem ofendidos com o teor informado. Caso o que estar escrito aqui o ofenda, se poupe da tortura e feche a janela.
Sinopse: Saga se tornaria padre se Kanon não aparecesse em sua vida e a mudasse completamente. Um sério segredo do passado havia separados os irmãos na infância. Mentiras os separaram depois de adultos. Agora, 15 anos depois, Kanon está de volta, disposto a acertar suas dividas com o passado e com o, agora, Monsenhor Saga Cástor. Poderá o padre fugir dessa tentação? Ou Saga descobrirá que o pecado pode ser doce, mas perigosamente passional?
O pecado bate a porta
Prólogo
O monsenhor ergueu a taça a oferecendo aos fieis, na eucaristia, como sinal de comunhão. A igreja estava cheia naquele domingo, e algumas pessoas se acotovelavam em pé, a maioria mulheres, para ouvir o sermão do jovem padre. O cardeal sabia, mal grado seu, que aquele interesse nada tinha de religioso. Estava há um ano naquela comunidade perdida no norte da Itália, e suas missas sempre eram freqüentadas, excessivamente, pelo público feminino da pequena cidade de Molise. Falava-se muito do belo padre de longos cabelos negros azulados e misteriosos olhos verdes. O monsenhor ria do interesse exacerbado do mulheril que parecia ignorar que ele era um sacerdote e como tal, deveria viver em eterno celibato, logo se tornando alguém inacessível, impossível para elas...
"Alguém impossível, amor impossível..."
As palavras apareceram em sua mente como um machado cortando um carvalho no inverno, e o monsenhor fez de tudo para afastar aqueles pensamentos perdidos em quinze longos anos, num passado que ele gostaria de esquecer.
Prosseguiu com o final do sermão:
"Nós devemos ser implacáveis guerreiros na luta contra o desamor e a injustiça. Devemos ser solidários com nossos irmãos, amar ao próximo como fez o nosso senhor, e viver uma vida plena na vontade de Jesus..."
Os améns se repetiram, e o padre continuou o discurso:
"É de suma importância que a vontade do nosso senhor, e seu sacrifício ao dar a vida por nós, sejam levados em alta conta por todos aqueles que se dizem seus seguidores..."
Alguns suspiros e sorrisos de suas "fãs" mais assanhadas e um sorriso irônico de canto de boca do padre.
"Irmãos e irmãs amados, devemos lembrar a missão e o exemplo de perseverança e fé que foi a entrega de Jesus na cruz do calvário por nossos pecados..."
E prosseguindo o sermão que durou aproximadamente uma hora, já que o padre Saga Cástor, ao contrário de muitos outros, possuía muitas atividades fora da igreja. Encerrou a missa, passando logo para a eucaristia:
"E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós;tomai e comê-lo. Fazei isto em memória de mim."
Os comungantes fizeram a fila para receber a hóstia sagrada das mãos belas e bem cuidadas do padre.
" O corpo de Cristo..."
O primeiro comungante fez a genuflexão, e o padre depositou a hóstia em suas maos, logo ele, que era um senhor idoso e atarrancado, colocou o "corpo de cristo" dentro da boca e deu passagem ao próximo da fila.
"O corpo de cristo..."
Era uma manhã quente na Toscana e o monsenhor nunca sentira tanto calor dentro da sua batina branca e dourada; estava uma fornalha e seus longos cabelos se grudavam a sua testa suada.
"Calor? Ele perguntou enquanto soltava a fumaça do cigarro no ar, deitado no chão da garagem ,depois que fizeram amor de forma intensa e mirava de canto de olho o olhar arrependido do seminarista. Seu corpo totalmente nu e maravilhosamente escupido brilhava sob as gotículas de suor.
O monsenhor Saga Cástor afastou as lembranças de outro verão de calor tão ou mais intenso que aquele da Toscana. Não entendia por que nos últimos dias sua mente era tomada por aquelas lembranças imprópria de uma época já tão distante e há muito deixada pra trás. Ou,talvez, não quisesse entender, a ignorância, muitas vezes, é a única salvação.
"Corpo de Cristo..."
Mais um pároco a receber a sagrada hostia e então seus olhos se ergueram da moça pequenina que recebia a comunhão, para o homem alto que entrava na Igreja.
O ar tornou-se pesado, não só para o padre como para todos que estavam no local. Não houve um só olhar, estarrecido é verdade, que não se voltasse para a figura máscula que entrava pelo portal da igreja. Ele vestia uma calça jeans justa que se moldava as pernas grossas e musculosas de atleta, e uma camisa branca que levava três botões abertos, exibindo despudoradamente o tórax definido, e que contrastava com a pele que estava ainda mais bronzeada do que Saga se lembrava, os cabelos longos e repicados eram presos por um elástico num rabo de cavalo baixo e desalinhado...
"Corpo de Cristo..."
A voz do monsenhor falhou, lembrou-se de outro corpo, viu outro corpo que se aproximava felinamente do altar e exibia aquele mesmo devastador sorriso cínico que se lembrava com perfeição de detalhes. Percebeu que deveria seguir com a eucaristia, já que um pároco esperava, há muito, por sua hóstia.
O homem continuava a se aproximar, muito lentamente, seguindo a fila e sem desviar os olhos verdes dele; seu rosto era sério, mas o olhar zombeteiro não escondia a satisfação em colocá-lo numa situação embaraçosa, e ele com certeza percebia o quanto o padre estava embaraçado.
Em fim ele chegou ao altar...
- "O corpo de Cristo..." – Saga ergeu a mão, fazendo o sinal com a hóstia. O homem fez a genuflexão, mantendo os olhos fixos nos do padre que continuou com sua expressão séria; só que ao invés de oferecer a mão para pegar o pão eucarístico, ele entreabriu os lábios, obrigando o sacerdote a colocá-lo em seu boca.
- "Amém..." – sussurrou o comungante, saindo lentamente da frente do padre. O monsenhor suprimiu um suspiro e terminou a eucaristia, sabendo, por pressentimento, onde encontrar aquele que era seu olgoz, seu segredo, seu pecado...
Continua...
Notas finais: Minha primeira Fic Kanon e Saga, não sou fã de wincest, mas esse dois, tenho que confessar que tenho uma queda pelo casal e estava eu voltando para casa de mais um dia de trabalho e tive a ideia dessa fic. Juro que será curtinha. Dessa vez, Sion promete não fazer 50 capítulos e espero que gostem. E pasmem! Nessa não teremos Ikki e Shaka e nem Shun e Hyoga, só uma participaçãozinha de Milo e Camus.
Beijos carinhosos aos que leram o prólogo em especial aos que deixaram um review com crítica, reclamações, dúvidas, sugestão e se possível, elogios! O primeiro capítulo já está no forno!
Sion Neblina
