Titulo: Albus Potter e o Regresso do Senhor das Trevas
Autor: Harry Fhinnes
Género: Aventura
Prólogo: Albus Severus Potter é o filho do feiticeiro mais famoso do mundo, Harry Potter, o Rapaz Que Sobreviveu. O mundo da feitiçaria está calmo, Hogwarts foi reconstruída e tem agora a sua vida normal de aulas, desacatos entre equipas e Quidditch. Mas os sinais de um Força Negra começam a revelar-se...
I
HERBOLOGIA
Albus estava, definitivamente, sem cabeça para a aula de Herbologia. O professor falava das mandrágoras e do seu benefício para os doentes, nomeadamente para os petrificados, o problema é que Albus já ouvira essa história vezes e vezes sem conta. Albus Severus Potter era o filho de Harry James Potter, o feiticeiro mais conhecido do mundo, o Rapaz Que Sobreviveu, o Auror de Mérito do Ministério de Magia. Albus, tal como o pai, tinha uma queda muito grande para disciplinas que tivessem a necessidade de usar varinha, e, infelizmente, Herbologia não era uma delas.
O professor Neville continuava a sua palestra sobre os gritos das mandrágoras. Neville Longbottom era um homem alto e elegante, com o cabelo curto e penteado duma maneira ao jeito dos anos 60. Tinha 37 anos, apesar de manter uma aparência muito mais jovem (que ele dizia sempre serem efeitos das Tulipas-Pé-De-Fogo). Era uma pessoa muito simpática e comunicativa, era, talvez, o professor mais chegado aos alunos. Talvez por ter sido, ele próprio, um aluno em Hogwarts e conhecer todas as dificuldades e pressões a que os alunos da Escola de Magia estão sujeitos. Neville era, este ano, o Chefe de Equipa dos Gryffindor, a equipa de Albus.
Faltavam 15 minutos para o fim da aula, Albus estava ansioso para ir à sua aula seguinte, Defesa Contra as Artes Negras. No primeiro ano tinha tirado as melhores notas e no Verão passado implorou ao seu pai que lhe ensinasse o Feitiço de Atordoar, algo que não aconteceu. Harry dissera a Albus que o facto de ele ser Auror não lhe iria dar qualquer vantagem na disciplina de Defesa Contra Artes Negras, e que se ele queria aprender qualquer coisa nas férias teria de ser ele a procurar, investigar e treinar. Por isso, Albus passou metade do Verão à procura de referências acerca de Feitiço Atordoar e outra metade a treiná-lo contra os Gnomos-Chifre-de-Ouro que teimavam em aparecer no jardim de sua casa.
Apesar de ter o Detector do Ministério, Albus sabia que o Detector apenas identificava a área em que foi efectuada magia, e como vivia no mesmo sitio que o famoso Harry Potter, não havia problema em usar magia. Mas Harry não gostava disso, por isso Albus tinha de treinar o seu Atordoar em segredo e pouco tempo por dia, já que era um feitiço que cansava muito um aluno do segundo ano de Hogwarts.
5 minutos. Albus e Hugo desencadeavam o final do seu mini-duelo por baixo da mesa. Ao longo da aula, Albus tinha ficado Confundido cinco vezes, mas atirara Hugo ao chão quatro vezes. Hugo Weasley era o seu primo e o seu melhor amigo, tinha o cabelo castanho à semelhança da sua mãe, e tinha muita capacidade para a disciplina de Encantamentos, onde obterá das melhores notas. Mas, à semelhança de Albus, disciplinas onde as varinhas tinham de ficar metidas dentro dos mantos não lhe agradavam muito.
Tocou.
Albus e Hugo meteram as varinhas dentro dos mantos e arrumaram os livros dentro das malas. Albus estava já com um pé fora da Estufa 2 quando o Professor Neville disse:
-E para a próxima aula quero que, os Gryffindor, me entreguem um pergaminho de 15 centímetros sobre todas as possíveis penalidades de se usar varinhas nas aulas inapropriadas ao efeito.- Depois disse num tom amigável- Mr. Potter e Mr. Weasley, aproximem-se por favor.
Albus sentiu um aperto no estômago, deu um passo para fora da Estufa de forma a que todos os alunos pudessem sair calmamente, reparou que muitos deles olhavam com curiosidade para o seu rosto. Sabia que alguns iam tentar saber o que é que o Professor Neville queria tratar com ele e Hugo. Quando o ultimo aluno saiu, Albus respirou fundo e tentou acalmar-se.
.- O tom de voz do Professor Neville já não era assim tão amigável, era até bastante frio e seco. Albus caminhou de cabeça baixa até à mesa do Professor. Hugo já lá estava e dava para ver que ele estava envergonhado, tinha as orelhas vermelhas.
-Mr. Potter e Mr. Weasley, eu adoro esta escola, adoro-a tanto que entrei com 11 anos e nunca mais saí. Também já fui aluno, sei que há aulas menos...cativantes que outras. Notei que ambos têm uma habilidade especial com a varinha, mas isso não quer dizer que as outras disciplinas não interessem. Sabem que sou muito amigo dos vossos pais, mas isso não me impede de mandar duas corujas às vossas casas a dizer o que é que AMBOS andam a fazer na aula de Herbologia. Tenho a certeza que dois belos castigos vos seriam impostos nas férias, e desejo-vos tanto isso como vocês o desejam- A voz do professor já não era a voz calma do habitual, era agora autoritária e séria- Portanto, vamos manter este assunto entre nós e resolve-lo de professor para aluno. Dez pontos retirados aos Gryffindor, os dois para o almoço, e às sete e meia da tarde, quero-vos no meu gabinete com tinta, penas e 50 centímetros de pergaminho. Podem ir.
Hugo e Albus deram meia volta e foram para a porta. De repente, Albus sentiu uma dor de cabeça e viu, por milésimas de segundo um rosto belo, com o cabelo preto como a noite e os olhos verdes como esmeraldas, sentiu-se sem forças e encostou-se a uma das prateleiras da Estufa 2, à frente dos seus olhos apareceram vários nomes escritos:
Tom...Harry...Frederic...Albus
-Queres mais alguma coisa Albus?
-Ahhh…- começou- Professor…eu…não…tenho pergaminho.
-Então eu arranjo-te.- Disse Neville muito secamente.- Albus…está tudo bem?
Albus sentia-se cansado, provavelmente precisava de comer.
-Sim professor…até logo
E saiu.
