IN THE CENTER OF THE HURRICANE

Sinopse: Auriana Potter estava cansada de tudo. Ela não suportava mais a forma como as pessoas apenas viam a 'Menina-Que-Sobreviveu'. Como os repórteres e fotógrafos a perseguiam. Em como todos apenas esperavam que ela agisse de uma certa maneira. Auriana estava cansada disso. Tudo o que ela queria, era uma mudança. Ela queria uma nova vida, onde ninguém conhecesse a 'Menina-Que-Sobreviveu', onde ela pudesse fazer as pessoas vê-la apenas como Auriana. E o Destino finalmente parece disposto a lhe dar uma chance.

Notas: Harry Potter não me pertence. Essa é uma fanfic Harry Female, nesse caso, Auriana. Essa é uma fic cross de HP+Pokémon. Essa fic será baseada 100% no anime Pokémon, evoluções que necessitam de troca não existem. Harry Mestre da Morte. Harry Superforte. Harry Inteligente. Harry Megarico.


CAPITULO 0


Auriana olhou pela janela de seu quarto em descontentamento.

Em pouco mais de duas semanas, ela completaria 19 anos, depois de ter conseguido completar seus estudos em Hogwarts. Para sua alegria, a escola tinha sido relativamente calma, já que os únicos alunos que a incomodavam com pedidos de autógrafos e histórias sobre suas 'grandes aventuras', eram os alunos do primeiro ano. Os outros tinham aprendido, da maneira mais dura, que não havia gloria nenhuma na guerra e estavam felizes em deixá-la sozinha. Ela só gostaria que os repórteres também tivessem adquirido essa mesma sabedoria, mas não. Eles continuavam a persegui-la, querendo tirar fotos e tentado convencê-la a conceder entrevistas.

Todos queriam a 'Menina-Que-Conquistou'.

Até mesmo o Ministério.

Naquela semana, ela havia recebido uma nova leva de cartas com ofertas de empregos em várias áreas do Ministério: Departamento de Auror, Inomináveis, Execução das Leis Mágicas… todos estavam dispostos, até mesmo, em deixá-la pular a parte de treinamento em campo, afirmando que alguém como 'ela', não precisava de treinamento.

Auriana não queria nada disso. Tudo o que ela queria era viver normalmente… que as pessoas a vissem como ela realmente era. Não como 'Aquela-Que-Derrotou-Voldemort'.

Em contraste, seus 'amigos' estavam mais do que felizes em usar a fama que adquiriram na guerra, para alavancar suas carreiras. Ron tinha ingressado nas forças Auror do Ministério e já estava em uma unidade. Não foi difícil para ele conseguir fazer isso, pulando o treinamento e usando o título de 'melhor amigo de Auriana Potter'. Hermione estava trabalhando no DELMs, e não se mostrava qualquer tipo de pudor ao usar o nome de Auriana, para que seus pontos de vista fossem aceitos.

Auriana estava cansada disso. Tudo o que ela queria, era uma mudança. Ela queria uma nova vida, onde ninguém conhecesse a 'Menina-Que-Sobreviveu', onde ela pudesse fazer as pessoas vê-la apenas como Auriana.

— Eu posso lhe dar isso. — Falou uma voz feminina atrás dela.

Imediatamente, Auriana se levantou, sacando sua varinha e apontando em direção ao intruso.

Diante dela, estava uma mulher que parecia ter por volta dos trinta anos, longos cabelos castanhos cacheados e olhos negros profundos, usando uma longa veste cinzenta.

— Quem é você? — Perguntou, sua voz firme, enquanto seus olhos se mantinham atentos à figura diante dela.

— Eu sou Fate, aquela que controla as linhas do destino de homens e imortais.

Auriana piscou surpresa, encarando a mulher a sua frente, esperando que ela dissesse que era tudo uma brincadeira. Mas a expressão séria com que Fate lhe encarava, apenas dizia que aquela era a verdade.

Lentamente, ela abaixou sua varinha:

— Então, você é a culpada por minha vida ter sido uma bosta até o momento?

Fate sorriu de canto com a acusação tranquila.

— Você é um tipo diferente de mortal, Auriana. Mesmo quanto mergulhada no caos e nas trevas, você permanecesse pura e consegue converter a escuridão em luz. Alguém como você nasce apenas uma vez, a cada cinco mil anos. Minha profecia era sobre isso. Não tenho culpa se os mortais a interpretaram de modo errôneo. Apesar de ser aquela que controlas as linhas do destino, não posso forçar ninguém a segui-las. Cada criatura está atada a milhões de linhas, milhões de possibilidades. E é sua escolha qual linha seguir.

Auriana assentiu diante da explicação.

Era verdade, o futuro não estava escrito em pedra. Todos os dias, a cada segundo, o futuro mudava com base nas escolhas que as pessoas faziam. Tinha sido escolha de Dumbledore colocá-la com os Dursley, ao invés de uma família amorosa… tinha sido escolha dos Dursley tratá-la como uma pária e uma escrava… tinha sido escolha de Voldemort vir atrás dela… Auriana não queria lutar em uma guerra, ela teria ficado feliz em se manter neutra e deixar os idiotas se matarem. Ela foi forçada a isso para sobreviver. Mas ela estava cansada de sobreviver… ela queria viver.

— E aqui chegamos a minha proposta. — Falou Fate, como se ela tivesse sido capaz de ouvir os pensamentos de Auriana, algo que não deveria ser realmente improvável.

— Que proposta?

— Vou levá-la dessa dimensão para uma onde ninguém a conheça como a 'Menina-Que-Sobreviveu'. Você terá a chance de ter uma vida, de ser feliz. Uma chance de recomeçar, onde você pode ser você mesma. Nada de profecias, nada de bruxos das trevas malucos atrás de você.

Auriana franziu a testa com a proposta.

Parecia boa demais para ser verdade.

— E o que eu teria de dar em troca?

— Nada, veja isso como um pedido de desculpas meu, por ter, mesmo que indiretamente, arruinado sua vida aqui.

Auriana pensou em silêncio por alguns segundos.

Ela sabia que jamais poderia viver naquele mundo. Não com todos sempre atentos a cada menor movimento que ela fazia. Todos querendo idolatrá-la como uma deusa, quando tudo o que ela queria, era ter uma vida normal.

— Muito bem, eu aceito.

Fate sorriu, parecendo satisfeita com sua decisão.

— Você tem meia hora para escrever qualquer carta de despedida e enviá-la. Não precisa se preocupar com roupas, livros ou qualquer dinheiro. Basta deixar claro para os idiotas desse mundo, que você não vai mais ser seu brinquedinho pessoal. — Avisou Fate, antes de desaparecer.

Auriana não perdeu tempo, começando a escrever cartas para todas as pessoas que tinham algum grau de importância, junto com uma longa carta de desabafo para ser enviada para o Profeta. Ela não iria sair, antes de falar tudo o que pensava para aquele bando de abutres.

Exatos 30 minutos depois, quando ela despachou a última carta, Auriana sentiu cansada e não demorou muito para que ela caísse inconsciente no chão de seu quarto.

Quando ela acordasse novamente, ela não estaria mais naquele mundo, mas em um mundo completamente novo. Um mundo onde ela poderia ser verdadeiramente feliz. Um mundo em que ela seria Auriana… simplesmente Auriana.


Continua