Era Natal, o feriado mais odiado por mim. Esse vai ser ainda pior já que terei que ficar em Hogwarts, pois meus pais estarão resolvendo as coisas como comensais da morte.

Hogwarts toda enfeitada estava jogada as moscas exceto por uns 40, quem sabe até mesmo 50 alunos que passariam o Natal assim como eu na escola.

Estava sentado na mesa da Sonserina quando uma pessoa sentou ao meu lado. Era a Lovegood.

- Feliz Natal Draco!

- O que você está fazendo aqui? Porque não vai se sentar com seus amigos da Corvinal?

- Eles já têm companhia e você parece tão solitário.

- Não enche Lovegood.

- Ok, mas venha comigo até a sala precisa

- E porque eu iria?

- Você vai ver, vamos.

Bom, mesmo ela sendo amiga do Potter, era muito lunática e até meio ingênua, não vi mal nenhum em acompanhá-la.

Chegando lá, ela me deu um duende de porcelana em miniatura.

- Porque está me dando isso Luna?

- É Natal! Todos deveriam ganhar presentes. Eu gosto de distribuir presentes, faz bem à alma. Você me chamou de Luna pela primeira vez e não de Lovegood. – nesse momento ela deu um enorme sorriso.

Quando percebi ficamos durante pelas minhas contas umas 3 horas conversando ali.

Depois, na hora da janta, antes que ela fosse comer, chamei-a para andarmos por Hogwarts até levá-la a sala precisa.

- Entre e feche os olhos Luna.

Tinha preparado um jantar para ela. Jantamos, conversamos e em alguns momentos corei. Porque isso? Porque eu estava fazendo tudo isso por Luna e porque estava corando? Não sei, é estranho.

Liguei um rádio que achei por ali, estava tocando uma música meio lenta então tirei do bolso uma caixinha e dei para Luna.

- Oh! É para mim? O que é?

- Abra.

- Nossa! Um colar de rabanetes.

- Para combinar com seus brincos. – dei uma risada

- Eu amei! Amei ainda mais por esse ter sido a primeira vez que te vi sorrir na vida!

Ela me abraçou. Consegui sentir o calor de seu corpo quente no meu frio e minhas bochechas ficarem coradas novamente como pimentas.

Ela começou a dançar. Girei-a e quando ela voltou e ficou frente a frente ao meu corpo não pensei duas vezes, foi um momento estranho, como se eu fosse mesmo fazer aquilo automaticamente. Então a beijei.

É como se tudo tivesse congelado. Tudo e todos. Mesmo estando sozinhos agora era como se o mundo fosse só nosso e só nós estivéssemos nele.

Naquela noite foi a primeira vez que fiquei acordado pensando nela.