Notas:

Bem...eu escrevi essa fic a séculos, e graças ao encorajamento da Amy Lupin, decidi publicá-la. Ela já está toda escrita, espero publicar semanalmente.

Esse é o que eu acho que realmente aconteceu, pq sim, Drarry pra mim é canon! xP

Os primeiro quatro capítulos serão capítulos basicamente para recordar a história e reescrever alguns detalhes do meu ponto de vista, para a história ter mais lógica com o desenrolar dos fatos.

Espero que vocês relvem qualquer coisa, pq quando escrevi isso, era apenas um garotinho de dezesseis anos de idade! hahahahaha

Autor: Matthew Black Potter Malfoy

Beta: Amy Lupin

Shipper: Drarry, Ron/Mione, Fred/George, Albus/Gellert, Sirem, James/Lily(entre outros...)

Disclaimer: Eu queria muito ter feito parte da criação desse incrível mundo que me inspirou a começar a escrever, mas...a vida é injusta! :'(


Malfoy fora o primeiro garoto bruxo com quem Harry conversara. O que fora uma decepção completa. Ele já estava nervoso o suficiente, sem ter um garoto esnobe e mimado para deixá-lo ainda mais inseguro. Ofender Hagrid também não ajudara muito a causar uma boa primeira impressão.

Muitos anos depois, Harry se perguntaria se as coisas seriam diferentes, se o outro tivesse sido mais receptivo. Talvez os dois tivessem se tornado amigos. Talvez toda aquela rivalidade entre slytherin e gryffindor tivesse sido amenizada. Talvez Draco não tivesse entrado no lado errado da guerra e, quem sabe...algumas vidas pudessem ter sido salvas.

Malfoy também pensava sobre isso frequentemente. Ele passara a infância inteira ouvindo sobre como os mudbloods eram, mas ao encontrar o outro garoto - que ele pensara ser um mudblood, a princípio - ele não o achara tão diferente dos outros garotos.

É óbvio que era meio frustrante que o outro não soubesse nada sobre Hogwarts, quidditch ou qualquer outra coisa relacionada ao mundo mágico. Mas mesmo assim, Draco não podia deixar de achar o outro interessante, de certa forma. Mesmo quando descobriu que ele não era um mudblood, ele ainda continuara intrigado, por mais que fingisse o contrário. Afinal, ele nunca havia conhecido um órfão antes.

-Drarry-

A segunda vez que eles se encontraram, servira para definir a rivalidade na qual encontrariam-se engajados durante anos. O confronto entre os dois, no trem, a caminho de Hogwarts, fora o pontapé inicial para uma saga de insultos, brigas e embates sem sentido. Harry nunca esqueceria como Draco insultara a família Wesley, a família do único garoto com quem ele podia visualizar uma futura amizade. Por sua vez, Draco remoeria durante anos a forma como o outro desprezou sua oferta.

Draco não pôde entender como Harry preferia estar ao lado de um Wesley do que ao lado dele, um Malfoy. Mais tarde, ele perceberia como fora infantil naquela ocasião, mas não importa quanto tempo passasse, ele nunca admitiria. Por outro lado, Harry não conseguia conceber as atitudes do outro. Com mais maturidade, ele assimilaria toda a influência que Lucius e Narcisa tinham na vida e no modo de pensar do filho, mas naquele momento, Harry só conseguia sentir nojo de Malfoy.

-Drarry-

Draco achara ridículo a forma como Harry confraternizara com o Frei Gorducho, o fantasma de Hufflepuff. "Esse tal de Potter é mais idiota do que eu pensei!" esse seria o pensamento mais corriqueiro na mente de Malfoy, durante aquele ano.

-Drarry-

Diferente de Harry, Draco não estava nervoso a respeito da seleção. Ele achara a música que o chapéu cantara extremamente patética e sem sentido, mesmo que seu coração vibrasse em uma batida mais alerta à menção de slytherin.

Ele vira Hermione Granger se adiantar à frente de todos quando fora chamada e enfiar o chapéu em sua cabeça de forma afoita. Naquele momento ele soube que os dois nunca se dariam bem, mesmo antes de ter certeza de que ela era uma mudblood.

Quando Neville Longbottom tropeçou, a caminho do banquinho, Draco não pôde deixar de rir, mesmo sabendo que seu pai desaprovaria a atitude. Um Malfoy não deveria rir de alguém tão insignificante como aquele garoto, ele não merecia a atenção de Draco nem mesmo que fosse para caçoar dele. Mas Draco perceberia que era extremamente reconfortante pregar peças e importunar o outro, não pelo garoto em si, mas pela forma como os olhos de Potter vibravam quando ele fazia algo do tipo.

Pra falar a verdade, ele achava todos os garotos de sua idade patéticos, mesmo os que foram escolhidos para sua própria casa. Todos eles com exceção de um: Harry Potter. Por mais que o outro estivesse nervoso, havia algo em seus olhos que fazia ele aparentar ser uma pessoa bem mais velha do que um garoto de onze anos e isso intrigava Draco.

-Drarry-

Draco conhecia Snape desde que nascera, ele fora escolhido para ser seu padrinho, pois era um membro do círculo íntimo de Voldemort e seus pais sempre presaram alianças com pessoas influentes.

Ele sempre fora um bom padrinho, dentro dos padrões esperado pelos Malfoys. Mas Draco nunca havia criado um laço de intimidade muito forte com o homem. Pelo menos não até conhecerem Harry Potter. Só foi necessário uma aula com o mestre de Poções, para que Draco percebesse que o padrinho nutria o mesmo desapreço pelo garoto-cicatriz.

Em contrapartida, Draco não poderia se sair melhor em algo do que em Poções. Ele simplesmente, tinha um talento natural para a coisa, o que causava inveja até na sabe-tudo Granger. E Draco simplesmente achava revigorante a ideia de se sair melhor em algo do que a maldita sangue-ruim.

-Drarry-

Era fato. Draco era a pessoa mais insuportável do universo. Ou pelo menos era isso que Harry pensara após a farsa do duelo que o outro armara. "Como pode existir alguém tão prepotente e ao mesmo tempo tão covarde?" ele pensava no café da manhã do dia após o primeiro encontro com Fluffy. Mesmo que aparentasse estar muito satisfeito consigo mesmo e até conseguisse se enganar a respeito, ele estava fervendo de raiva do garoto esnobe na mesa de slytherin, querendo esmagar seu crânio contra a parede do salão principal.

Ele não entendia que Malfoy tinha que fazer aquilo. As regras sociais na casa de slytherin funcionavam muito bem e a principal era não deixar que um gryffindor se sobressaísse, em nada. É claro que o garoto se divertiu armando contra o outro, mas isso era um mero detalhe.

Nesse quesito, Draco não estava indo muito bem, Granger era a primeira aluna da turma e Potter o mais popular. A única coisa que ele poderia fazer a respeito era zombar dos dois e agir como se não se importasse. Contudo, perder para Potter na aula de voo na manha anterior e ainda ser humilhado com a insinuação de que ele não teria coragem de enfrentá-lo sozinho, era humilhação mais do que suficiente para armar algo que colocasse ambos, Potter e Wesley em apuros.

Qual não fora sua surpresa ao ver que Potter não só se livrara de qualquer punição, mas também estava feliz e até recebendo pacotes pelo correio coruja. "Aquilo com certeza é uma vassoura" o garoto pensou vendo como Potter e Wesley sorriam e saíam correndo às pressas pelo salão.

Draco descobriria da pior maneira que as regras não funcionavam para Potter da mesma maneira que para o resto dos mortais. Não, é claro que não. O santo Potter recebia todos os privilégios possíveis e imagináveis. Até entrar para o time de quidditch no primeiro ano - coisa que era negado a qualquer outro - ele conseguira. E mais uma vez Potter conseguira superar Draco. Mais uma vez Draco fora preterido em relação a Wesley. E a pior coisa que poderia acontecer: mais uma vez, Draco sentira em seu peito aquela dor, aquela mesma dor que sentiu no trem, a caminho de Hogwarts, a dor de ser rejeitado.

-Drarry-

Draco não sabia o porquê, mas desde o dia das bruxas, Granger havia se tornado íntima de Potter e Wesley. Agora os três só andavam juntos e os colegas de slytherin haviam apelidado eles de "o trio de ouro", o que encaixara como uma luva. Potter era o menino que sobreviveu, adorado por toda Hogwarts. Granger era a sabe-tudo, admirada por todos os professores. E Wesley...bem...Wesley não tinha nada a seu favor aparentemente. Mas o fato de ser um pobretão, acarretava a ela certa empatia por parte de alguns alunos e professores de Hogwarts. Além disso, ele desempenhava bem o papel de escudeiro do garoto-cicatriz.

Mesmo tendo perdido o completo controle da vassoura durante alguns minutos do jogo contra Slytherin, Potter conseguira capturar a snitch de forma pouco convencional, o que deixara a todos impressionados. Draco só pôde atribuir sorte ao fato, uma vez que ninguém poderia ter tal destreza com a boca.

Ele tinha certeza que alguém azarara a vassoura do garoto e por um tempo pensara que fora Flint. Mas logo percebeu que o capitão do time de slytherin não teria capacidade para fazê-lo sem ser pego. Durante alguns dias, Malfoy se pegara pensando em quem teria a audácia de fazer algo assim, mas acabou perdendo o interesse no assunto, com a aproximação das férias.

-Drarry-

Draco tentara importunar Harry quando descobrira que ele iria passar o feriado de final de ano em Hogwarts. Mas a verdade era que ele próprio não se sentira particularmente animado com a perspectiva de voltar para casa naquele Natal.

Desde que viera para Hogwarts, Lucius não o tratava mais da mesma forma. Ele vivia dizendo em suas cartas que Draco não poderia se deixar ser superado por uma sangue-ruim. Além disso, quando Potter fora escolhido para ser o Seeker de gryffindor, Potter mandara uma coruja para seu pai, pedindo que ele convencesse o conselho a revogar o privilégio concedido ao garoto. Contudo, a carta que recebera em resposta, continha apenas uma linha dizendo que o conselho não tinha tempo para lidar com as tolices infantis de um garoto bobo. Desde então, Draco só trocara cartas com sua mãe.

As previsões do garoto, no entanto, não se concretizaram. Apesar de seu pai alfinetá-lo uma vez ou outra a respeito do trio de ouro de gryffindor, Draco não teria trocado o retorno à sua casa por nada. Os outros podiam não entender, mas ele amava seus pais. Ele podia ter apenas onze anos e meio, mas sabia que faria qualquer coisa por eles e sabia que eles também fariam qualquer coisa pelo seu bem.

-Drarry-

Voltar a Hogwarts não fora algo que agradara Draco. A "febre Potter" parecia não ter fim. Era de se esperar que após quatro meses, as pessoas estivessem se cansado da estrelinha de Hogwarts. Mas, aparentemente, as pessoas daquela escola maldita não tinham muitos neurônios, ou já teriam arrumado outra coisa para se distraírem.

Foi por isso que Draco decidira ir para a partida de quidditch de gryffindor contra Huflepuff no meio da torcida de gryffindor. Para ser mais exato, na fileira atrás de Wesley e Granger.

Ele não podia se dar ao luxo de ser pego "torcendo" pela casa dos babões, por mais que toda slytherin estivesse ali fazendo o mesmo. Então aproveitaria a desculpa para infernizar a vida dos dois puxa-sacos de Potter.

Ele sabia que Granger não iria se deixar irritar facilmente, então ele aproveitou-se do elo mais fraco: Wesley. Ele só não esperava que o pobretão partisse para a agressão física, a mais de vinte metros do chão.

-Drarry-

Draco ficara tão revoltado com o que acontecera durante partida de quidditch, que decidira se vingar do trio de ouro. Ele ficara durante semanas procurando uma oportunidade de dar o troco e, após as férias da páscoa, finalmente encontrara sua oportunidade.

Ele descobrira que o meio-gigante, escondia um dragão em sua casa e que o trio de ouro estava ajudando a cuidar dele. "Esses garotos são muito imbecis mesmo!" ele pensava enquanto caminhava até a torre de astronomia, na intenção de emboscá-los. Andar com um dragão ilegal dentro do castelo com certeza valeria uma expulsão.

Draco só não contara em ser pego pela Prof. McGonagall. "O que tem de errado com essa mulher?" Ele pensava amargamente depois que retornara a sua cama. Ela não apenas achara que o garoto estava inventando a história do dragão, como ainda lhe dera uma detenção.

-Drarry-

Quando Harry se lembrasse daquela noite na floresta proibida, anos depois, ele mal se recordaria que Draco estivera lá. Toda aquela rivalidade com o outro, aquelas briguinhas infantis que os dois insistiam em travar, de repente pareciam tão bobas perto da ameaça de Voldemort retornar.

Draco por outro lado, lembrava-se de Harry. Ele se lembrava de como o outro não demonstrara medo de entrar na floresta à noite. Ele se lembrava de como o garoto de olhos verdes aceitara andar com ele na floresta sem nem pestanejar, após Longbottom ter se assustado com uma peça que Draco pregara. E mais do que tudo isso, ele se lembrava como Harry não correra deixando-o para trás, quando vira aquela coisa bebendo o sangue do unicórnio.

-Drarry-

Algumas semanas depois, quando todos ficaram sabendo do que acontecera com o trio de ouro no alçapão, Draco considerara que os três não eram mentalmente estáveis. Afinal, que tipo de garotos de onze anos de idade se achavam capazes de enfrentar um pacote de feitiços e encantamentos de bruxos experientes como os professores de Hogwarts?

Draco rapidamente pressupôs que o ser grotesco que encontraram bebendo o sangue do unicórnio era, na verdade, Voldemort. Na ocasião, ele se perguntou por que seu pai seguiria aquilo e, pela primeira vez, ele cogitou a possibilidade de que talvez seu pai não estivesse sempre certo.

Dumbledore arrumou uma maneira de dar os pontos necessários para que o trio de ouro ganhasse a taça das casas, o que não passou despercebido a Draco. Assim como toda slytherin, o garoto amargou aquela derrota durante todas suas férias. Foi então que Draco percebeu que certo garoto de olhos verdes, não saía de sua cabeça. "Mas por quê?" ele pensava todos os dias antes de apagar em sonhos confusos com o garoto-cicatriz.


Notas Finais:

Os primeiros capítulos serão contados, basicamente, do ponto de vista do Draco. Se eu fosse contar do ponto de vista do Harry, seria só Ctrl+C Ctrl+V dos livros! xP