Disclaimer: Você sabe, eu sei: Nada disso me pertence. Mesmo que eu sinta que faz parte de mim. Tudo é da Tia JK, a primeira mulher a se tornar milionária escrevendo ( Nunca vou deixar de admirá-la por isso)
N/A: Vamos colocar uns pingos nos i's. Essa fanfic aqui, comecei a escrever acho que há mais ou menos dois anos atrás. Para um projeto na seção HHR do 6v, Fawkes. Sou apaixonada por essa fic e pelo que está por vir. Primeiro porque é uma idéia meio antiga, daqueles tempos bons do fandom. Segundo porque amo escrever e já escrevi tantas partes dessa fic pelos meus cadernos e folhas que realmente preciso terminá-la.
Ela começa no exato momento que Rony deixou Harry e Hermione. Todo o cânon de JK está intacto até aí.
Ela não foi betada, o que é algo bem ruim ( hey, você que está lendo isso e é uma beta, adoraria que você betasse o resto da fic rsrsrs).
Esse capítulo é do ponto de vista de Hermione. Entretanto, terão outros pontos de vista ao longo da fanfic. O segundo capítulo, por exemplo. A narração não será a todo tempo em primeira pessoa, haverão partes que serão em terceira. ( desculpem por isso, mas ás vezes é necessário rsrs)
Sim, é uma LONG. Então, deixa sua forcinha nas reviews para que eu possa continuar firme e forte! Ajuda muitooooo mesmo a gente que está lutando para escrever e continuar nesse mundo divo que é o nosso HHR.
É isso, aproveitem e sugestões e opiniões são sempre bem vindas!
Obliviate
Obliviate. Obliviate. A palavra que se repetia na minha mente como se me perseguisse, como se fosse a única que eu conhecia. Obliviate, obliviate. Um carma, um tormento.
1. Tempestade e rochas
Fora muito difícil estar ali, onde eu estava. Perdida em algum ponto do mapa com Harry e Ron, depois de lançar sobre meus pais um feitiço de esquecimento. Mas eu jamais deixaria que se machucassem por minha causa. E o meu lugar naquela guerra estava fora de discussão. Meu lugar era lutando.
A barraca estava mal iluminada quando Harry e eu finalmente começamos a achar algumas repostas. Sempre admirei a maneira como Harry raciocinava, algo como inteligência natural, impulsiva.
Eu falava algo e a primeira frase que vinha à sua mente fazia sentido, porque ele era capaz de ligar as lembranças, analisar as palavras do momento. Suas mãos suavam um pouco, e ele ficava tão concentrado que seus olhos se focavam somente em um ponto: em mim. Ele sempre esperava a minha resposta que junto aos pensamentos dele, construíam um sentido para aquele labirinto de mistérios. Tínhamos mania de completar a frase um do outro, apenas para certificar que estávamos pensando de maneira igual.
Ron jamais gostara quando Harry e eu ficávamos a sós, ou quando começávamos a solucionar os problemas e ele não conseguia acompanhar o ritmo. Por isso, sua expressão quando nos viu fora obscura. Seus olhos se tornaram de um azul muio ácido, tempestuoso, igual ao mar que se contorce violento quando em meio à tempestade. Se me perguntassem naquela hora, eu poderia ouvir o mar batendo nas rochas, impiedoso.
Desde que éramos crianças de onze anos, eu aprendi algo sobre Ron: Ele não sabe lidar com contrariações. Algo se alarma em sua mente e ele age da forma mais impulsiva que consegue.
Ele falava de maneira rígida e Harry respondia como igual. Acusações foram trocadas, junto com a fala que fora substituída por gritos em plenos pulmões. Gritavam sobre morte, sobre o mártir de abandonar uma família – meus olhos fitaram o chão quase de imediato porque enquanto competiam a respeito de quem possuía a maior bagagem de tragédias na vida, me recordara do feitiço que havia posto em meus pais para que se esquecem de mim: Obliviate.
Será que nenhum deles entendia que a guerra que havia lá fora, era algo muito maior do que sacrifícios pessoais, ou egoísmo? Era muito maior do que paixão, ou disputa de quem é o mais sofrido. O medalhão, acendia em vermelho vivo no peito de Ron, gritei para que ele tirasse aquilo do pescoço, mas tudo o que ele fazia era urrar de raiva. E Harry, com toda a decepção que carregava dentro de si, gritava também.
Mas que inferno, eles não percebiam que não podiam se descontrolar daquela maneira? Tudo ficava pior, e o limite chegou quando eles puxaram as varinhas, conjurei um feitiço antes mesmo de pensarem na palavra estupefaça.
Em menos de dois segundos uma barreira invisível se formou, Harry e eu ficamos de um lado da barreira e Ron, sozinho, em outro. Ele me fitou rancoroso e mais uma vez, as ondas azuis tempestuosas se colidiram contra as rochas. Ron falou o meu nome, e me chamou para ir, para fujir, e apesar de ter passado a minha vida usando aquela palavra para tudo que ia de encontro aos meus conceitos de auto controle e sensatez,
eu achei aquela idéia ridícula, momentânea demais. Como a droga de todos os impulsos que Harry e Ron viviam tendo. A diferença era que eu calculava as conseqüências, eles não. E por isso me olhavam aguardando uma resposta que no fim das contas, mudaria tudo.
A chuva ressoava na barraca como se a quisesse machucar. Ferir. Da mesma maneira que Ron me olhava por ter demorado demais para responder, por afinal, ter dúvida.
Fitei Harry, e o vi sem forças, o vi sem futuro, o vi sem vida. Por que assim como eu, ele estava só. Ron tinha sua família, Ginny tinha sua família, mas Harry jamais teve, e agora, eu também não. Seus olhos tinham cor de lágrimas, assim como os meus, e houve tanta identificação ali, que me vi carregando uma cicatriz no meio da testa.
Obliviate. Obliviate. A palavra que se repetia na minha mente como se me perseguisse, como se fosse a única que eu conhecia. Obliviate, obliviate. Um carma, um tormento.
Eu não poderia ir embora, senão jamais aquelas palavras poderiam ser desfeitas, senão jamais, a minha mãe me abraçaria tão apertado que me deixaria sem ar.
E esse foi o outro motivo que não me deixou partir
_ Não Ron, n-ós... nós prometemos que iríamos ficar -
_Ah, entendi. Você escolhe ficar com ele. - Falou como se fosse uma sentença e lento demais para quem estava supostamente agindo por impulso. O mar azul escuro batera pela ultima vez nas rochas, e ele se foi.
O mundo ficara repentinamente preto e branco, e então, Gritei.
Gritei para que voltasse, gritei para que me ouvisse nem que seja pela última vez, o meu próprio feitiço de proteção em impediu de alcançar Ron a tempo, mas mesmo assim tentei correr ao seu alcance , a chuva se colava a mim, se fundia. Jamais odiei tanto Ron em toda a minha vida, nem quando ele se recusara a falar comigo em Hogwarts, nem quando beijara Lavander na minha frente. Nada se comparava aquilo.
Entrei na barraca, e chorei porque era impossível vê-lo novamente , porque era impossível vencer aquela guerra. Porque de todo o jeito, era impossível ver os meus pais novamente e porque era impossível ignorar todos aqueles sinais que indicavam que era verdade: eu havia escolhido Harry.
Quando no final da noite ele colocou de forma sutil um cobertor sobre os meus ombros, e respirou como se uma ligeira falta de ar o tomasse, não o olhei, ou disse uma palavra sequer. Mas não pude deixar de agradecê-lo mentalmente por ser tão gentil mesmo que não fosse obrigado a isso ou imposto por alguma regra social imperativa. Ele fora gentil porque assim ele o era e não havia explicações. Era Harry, apenas Harry. Não consigo dizer quanto tempo fiquei acordada, ou se dormi.
Na manhã seguinte, fora muito difícil sentir o cheiro da floresta, saber onde estávamos e não observar as sardas que se formavam cada vez mais na ponta do nariz de Ron. Fora muito difícil sequer abrir os olhos. Porque enquanto estavam fechados eu poderia pensar que Ron ainda estaria ali, com seu mau humor matutino e que Harry não estaria tão triste quanto estava.
Harry já estava acordado e terrivelmente longe. Me mexi no beliche, incerta. E tudo doeu. Doeu tanto que chorei novamente. E tentei não chorar alto o suficiente para Harry ouvir. Mas ele ouviu – sempre ouvia- e suspirou. Entrou na barraca e me fitou.
_ Ham... Hermione, eu..sabe, eu... eu poderia ter feito algo, então, e-eu pod-eria, não sei...digo..- me levantei e o abracei interrompendo sua tentativa de pedido de desculpas.
_ Você não precisa se desculpar- ele ficou surpreso com o meu abraço e relaxou imediatamente, pondo uma de suas mãos nas minhas costas.
_ Isso é patético – Continuei – Não posso simplesmente chorar o tempo todo. – falei limpando as lágrimas. E ele começou:
_ Mas você sabe, você tem todo o direito e eu sei que está realmente triste...- O interrompi pela segunda vez.
_ Ele tem razão, eu escolhi ficar aqui, escolhi você, Harry. – Ele franziu o cenho e percebi que estava confuso, mas não consegui imaginar o motivo. Então a compreensão me tomou. Ele havia tomado minha frase por outro sentido, Ron andava muito enciumado e falar em voz alta para Harry que eu havia escolhido ele, o fez pensar que eu havia escolhido gostar dele. Eu gargalhei fazendo um som estranho porque minha voz ainda estava embargada pelo choro.
_ Oh não, Harry. Não desta maneira. Você não precisa se preocupar em eu estar apaixonada por você. – falei entre risos. Ele pareceu ficar feliz por me ver rindo. Mas seus olhos ainda mostraram certa confusão e me disse:
_ Mas eu não me preocuparia se você estivesse. – quis disfarçar minha surpresa com sua resposta e ainda limpando algumas lágrimas que restavam em minhas bochechas, comentei distraída ainda tentando sorrir: _ Claro que não, Claro que não! Ah Harry, você está agora igualzinho a ele com esses comentários.
Mas Harry não gostara do que eu disse e perguntou de forma rápida se eu poderia ficar na vigia pois ele estava deveras cansado e precisava dormir. Ambos sabíamos que citar Ron dessa forma não nos traria boas sensações. Dei tapinhas em seu braço como sinal de que tudo ficaria bem. Ele me puxou para um novo abraço, suspirou em sinal de desfalecimento e me soltou. Quantos dias como aquele ainda estavam por vir?
Odiei Ron silenciosamente mais uma vez, e fui até a vigia. Prometi a mim mesma que tentaria não pensar tanto nele, que seria mais forte e que distrairia a minha mente da melhor forma que conseguisse.
Não consegui.
N/A: Esse foi o primeiro capítulo. Espero que vocês tenham entendido tudo!
Espero postar o segundo capítulo em breve.
Então, o que acharam?
sem mais ( For while, babys).
