Dúvida
Prólogo
Começo
Na turma 2105, do colégio particular de uma cidadezinha na Inglaterra , uma verdadeira zona acontecia. Bolinhas de papel voavam, adolescentes berravam para se entender, e ninguém esperava, e torcia, para que o professor tivesse faltado.
Discretamente a porta da sala se abriu e apenas um aluno percebeu. Ou fora pela falta de interesse na zona, ou fora porque se localizava na segunda fileira, na primeira carteira. O nome dele era Albus Potter, filho do famoso jogador de futebol que ganhou a Interestadual de Futsal, Harry Potter.
Um homem adentrou a sala, ele era alto, possuía cabelos loiro-platinados, olhos cinzentos e lábios carmim. Só de ver o rosto daquele homem Albus teve uma sensação de déjà vu, ele já tinha visto ele antes, mas onde?
O loiro se vestia roupas simples, porém elegantes, e seu andar era confiante. Ele largou a pasta de couro que pendurava no ombro sobre a mesa, apanhou uma caneta pilot, e escreveu no quadro algumas palavras.
D. L. Malfoy.
Virou-se para a pasta, retirou um livro muito grosso, e num movimento rápido o atirou contra a mesa, provocando um estrondo. Todo os adolescentes desordeiros levaram um susto e se calaram.
-Bom dia, Turma. – disse o professor numa voz sarcástica. – Sou o novo professor de Física de vocês... Sou o Professor Malfoy.
Um aluno curioso levantou a mão e perguntou porque os dois primeiros nomes dele eram abreviados.
O professor apenas olhou para ele com uma expressão, isso-não-foi-uma-pergunta-não-sou-obrigado-a-responder, se virou para o quadro e começou a escrever formulas e mais formulas.
Albus continuava tendo a sensação de já ter visto ele antes. E não conseguia parar de olha-lo, achando que ele era um deus, de tão belo.
-.-.-
O professor Malfoy dirigia calmamente seu Volvo prateado, com um copo descartável de café numa das mãos. Dirigia nas ruas mais ricas da cidade, onde só se havia casas de pessoas de destaque.
Posicionou o carro na entrada da garagem da casa mais elegante do bairro, uma casa que emanava poder, a casa dos Malfoy. Saiu do carro, pegou a pasta de couro e trancou o veiculo. Um pequeno cervo pendia como chaveiro, um presente de um amigo.
Ele suspirou suspirou enquanto caminhava pelo jardim bem cuidado, lembrando de tudo que já tinha feito naquela casa, naquele bairro, naquela cidade, enfim, naquela escola. Já tinha sido um aluno de Hogwarts, havia se formado naquele colégio, porém por motivos pessoais, resolveu sair da cidade para cursar uma falcudade na Alemanha.
O Malfoy também pensou se seus amigos ainda estavam vivos, se haviam costituido família, se ainda estavam lá. Os Potter, pensou amargamente, ainda estão aqui.
Uma coisa que Malfoy poderia reconhecer a distancia era um Potter, e Albus não era nenhum um pouco diferente do pai. Jogou a pasta sobre o sofá de couro, e caminhou até o quintal dos fundos. No caminho passou pela cozinha, onde jogou fora o copo descartável de café. A casa era enorme, parecia uma mansão, e realmente era, para uma pessoa.
Os pais dele morreram num acidente de avião, a 18 anos atrá Malfoy, um advogado consagrado, e Narcisa Malfoy, uma arquiteta famosa na região. Não sentiu a perda dos pais: nunca nutriu sentimentos verdadeiros por eles.
Seus nome do meio era Lucius,nome que herdara de seu pai, costumava se apresentar por aqule nome, e se recusava a retirar das profundezas de seu passado aquilo que havia se esforçado ao máximo para esquecer: seu nome, sua identidade naquela cidade, seu passado.
Abriu a porta da cozinha, que levava para o quintal dos fundos, que alias, era tão grande quanto a casa em si. Era um estábulo mesclado com um canil. Estábulo para três cavalos, e canil para dois cães, tudo aquilo se resumia em uma palavra: exagero. Os nomes dos cavalos eram: Ofélia, Madri e Áurio. Ofélia era uma linda égua puro sangue Inglesa; com pelagem clara e temperamento forte. Madri, um puro sangue espanhol, de pelagem escura, alto como um ônibus e manso. E Áurio, um cavalo Árabe pardo, mais tranqüilo que um Buda. Luc, como era chamado por colegas de trabalho, os havia adquirido na Alemanha, pois quando tinha 17 anos era jóquei por diversão, ao sair do pais germanico não resistiu e trouxe os cavalos consigo. Era o mesmo caso dos cães. Valeska e Rudolfo, uma fêmea mestiça de Labrador caramelo e um husky preto e branco, cujos olhos eram azul e branco.
Após se distrair com os cães, treinar os eqüinos, e deixar todos com um suprimento razoável de ração, feno e água , Luc decidiu tomar uma longa e relaxante ducha. Enquanto a água quente escorria seu corpo, relembrou todo o seu passado, sentiu uma amargura tremenda, tudo veio a tona, mas não como um soco, como um beijo.
-.-.-
-Então meu filho, como foi o primeiro dia de aula?- perguntou uma mulher ruiva que punha pratos sobre a mesa da cozinha.
- Não sei...
-Como assim você não sabe? –indagou um homem, que apoiava os pés sobre a mesa.
-Harry, tire já os pés da mesa!
-Ah cale a boca Giny, não enche o saco... –mesmo reclamando Harry retirou os pés de cima da mesa. Se levantou e caminhou até o sopé da porta, retirou um maço de cigarros e um isqueiro do bolso da camisa, mesmo com as reclamações da esposa acendeu a ponta do cigarro.
Mesmo indignada com a atitude do marido na frente do filho, Giny perguntou novamente:
-Então meu filho, sua sala, pelo menos, é boa?
-Não, no ano passado era trinta cabeças em três salas, esse ano entrou mais gente. Aí, contaram vinte em cada sala e na minha ficaram os restos. –Harry não conseguiu controlar o impulso de rir, atirou cigarro no chão, e o apagou com a sola do sapato. Ele seguiu até a mesa apanhou um prato, e foi a frente do fogão. Lasanha. É só isso que essa mulher sabe cozinhar. –Mas o mais estranho foi o professor, chegou passando matéria, cara estranho... Acho que o nome dele era... DL alguma coisa...
O prato de Harry escorregou de sua mão. Luc. Giny berrou, reclamando da sujeira que ele havia feito. Albus ficou olhando para seu pai sem entender.
Ele voltou... Draco...
