Eu Não Mudaria Nada em Você
Rose Weasley & Scorpius Malfoy ~ Romance ~ Por AnaLunaPotter
~Capítulo Um~
De Volta Ao Lar
Aqui estou eu, de novo, voltando à Hogwarts. Alexia está comigo, e claro, está comendo. Já me disseram que o sétimo ano é o mais pesado, o que é obvio, mas eu não ligo, estou voltando para Hogwarts e estou com minha melhor amiga! Precisa de mais alguma coisa?
- Rose, a mulher das rosquinhas passou? - Alexia perguntou, bocejando. Tinha tirado um bom cochilo.
- Passou, sim - respondi, distraída.
- E cadê as rosquinhas? - ela perguntou. Droga, esqueci de comprar as rosquinhas dessa menina. Me conhecendo como conhece, logo viu o que o meu silêncio significava e começou a berrar - Rose Weasley, onde estão as minhas rosquinhas?
- Alexia Tye, eu não comprei - respondi no mesmo tom. Isso deixou ela irritada. Não o tom, mas porque eu chamei ela de Alexia. Ela prefere que todos a chamem de Lexi.
Ficamos assim, "brigadas" por alguns segundos. Isso mesmo, segundos. Eu e Lexi não somos de brigar, convivemos juntas desde que a conheci no primeiro dia de Hogwarts. Estávamos com um pouco de medo de nos separarmos nas casas, porque fizemos amizade logo no trem. Acabamos ficando juntas na Corvinal, e Albus ficou na Sonserina com aquele trapo nojento. Lily fica na Grifinória, mas nem liga porque sempre esbarra com a gente por aí. Mas não tem ninguém nesse mundo que me conheça melhor que a Lexi, acho que nem a minha mãe me conhece do mesmo jeito que ela.
- Desculpa por gritar com você - ela se desculpou - Eu queria mesmo as rosquinhas.
Eu ri. Aquela era minha melhor amiga, obcecada por comida, mas ao contrário do que você possa pensar, ela não era nem um pouco gorda. Tinha o maior corpão, mas não era gorda (embora ela achasse que fosse).
- Será que a monitora não pode me arrajar umas rosquinhas? - ela pediu, mesmo sabendo que eu não gostava de usar meus privilégios por ser monitora para conseguir as coisas - Por favor, vai, Rose!
- Tá - bufei e saí corredor afora. Aquela velhinha não devia estar muito longe, ela andava tão devagar e parava em cada cabine. Logo a vi, no final do corredor, já batendo na maior cabine, a dos monitores.
Corri para alcançá-la, o que foi difícil porque, afinal, aquele trem estava em alta velocidade e o motorista aproveitou justo aquele momento para passar por um caminho com muitas curvas. Muito obrigada, viu?
Finalmente cheguei, pedi a droga do pacote de rosquinhas e ia me virar para ir embora quando ouvi uma voz mais que familiar.
- Já vai comer, Weasley? Acabar com esse corpinho?
Simplesmente ignorei e saí andando. Era o Malfoy, claro, querendo me infernizar. Foi sempre assim, mas este era o último ano com aquele diabrete, então resolvi me conter e não brigar. Olha como sou comportada!
- Finalmente, passei cinco minutos de tortura aqui! - resmungou Lexi quando eu cheguei.
- De nada, Lexi - disse, me jogando no banco. Mal-agradecida!
- Não se escolhe a melhor amiga - disse ela, ainda com a boca cheia.
Aquela era Lexi, e eu já sabia há muito tempo que ela não tinha jeito.
- Que tédio - ela disse, alguns minutos depois, quando o pacote de rosquinhas acabou.
- Só sei que eu é que não vou comprar mais rosquinha - nós rimos - E aí, quer falar sobre o quê?
- Hm, não sei... Já viu algum cara gostoso por aí?
- Alan Reiman, já viu os músculos que brotaram nele? - eu perguntei, agora me interessando no assunto.
- Vi! Da onde surgiram aqueles músculos e que homem é aquele? - ela pegou o ritmo.
Eu sempre me divertia muito conversando com a Lexi, a gente sempre falava de coisas banais como se fossem sérias, e das sérias como se fossem banais.
- E o Scorpius? - ela perguntou. Estava demorando pra chegar no assunto que menos queria falar agora.
- Continua o mesmo irritante - eu disse, e já esperava a deixa para contar o que aconteceu quando eu voltava com as rosquinhas.
- Eu tava falando dos músculos, boba - ela riu - Mas como eu sei que esse olhar significa te-contarei-uma-coisa-se-você-me-der-a-deixa, o que ele fez dessa vez?
Narrei o que aconteceu. Ela perguntou baixinho, quase sussurando, se eu estava chateada por causa disso. Era mania da Lexi falar bem baixo quando a gente fofocava.
- Não... Sei lá. Mais ou menos - eu estava confusa.
- Pode ter sido um elogio - ela ia voltando ao tom de voz normal.
- Acho que não, e mesmo que fosse, ele só queria que eu babasse por ele como todas as garotas do colégio para ele poder me iludir e salpicar meu coração em pedaços - eu disse, a raiva se alimentando dentro de mim. Ele era nojento demais para ser gentil.
- Continuo achando que ele te chamou de gostosa.
- Você é doente, é oficial agora - eu disse - e ainda tem a mente completamente poluída, viu, mocinha?
De qualquer forma, Lexi sabia que eu só estava brincando. Ela era minha melhor amiga sempre, e as únicas brigas que tivemos foram de mentira ou foram "brigas" de dois segundos, daquelas que a outra (Lexi, cof cof) finge que deixou alguma coisa com você e pede de volta para que vocês voltem a se falar. Dois segundos depois, hein? Imagina se ela ficasse uma semana sem mim!
Ficamos praticamente a viagem toda falando sobre gostosuras (não eram doces, se quer saber) e sobre coisas banais. E, sem que tivéssemos tempo para apreciar o tempo, chegamos ao lar da magia. Finalmente, de volta!
