O Amor De Littlefoot E Cera

Capítulo1: O Amor De Littlefoot E Cera

SINOPSE: O Littlefoot e a Cera namoram, mas a sua relação pode acabar com a chegada da Ali ao Vale Encantado.

Estava a anoitecer no Vale Encantado. O Littlefoot e os amigos estavam a brincar ao Apanha. Era a vez do Littlefoot perseguir os amigos.

"Vou apanhar-vos!"

"Isso era o que tu querias!", disse a Cera.

Ao longe, ouviu-se a chamar:

"Petrie!"

"É a minha mãe! Mim ter que ir para casa! Adeus!"

"Adeus!", despediram-se todos.

Outra voz:

"Ducky! Spike!"

"É a nossa mamã! Também temos que ir! Adeus!"

"Adeus!", despediram-se o Littlefoot e a Cera.

A Cera estava distraída e não percebeu o Littlefoot a chegar atrás dela:

"Apanhei-te!"

"Ei! Isso não vale! Eu estava distraída!"

O Littlefoot estava a sorrir para ela.

"O que foi?"

"Estamos sozinhos, Cera."

A Cera corou.

O Littlefoot aproximou-se dela: "Já te disse o quanto és linda?"

"Hoje não.", sorriu a Cera.

Os dois aproximaram-se um do outro e beijaram-se, apaixonados.

Quando se separaram do beijo:

"Eu amo-te, Cera."

"Eu também te amo."

"Cera!", chamaram ao longe.

"É o meu pai. Tenho que ir."

A Cera preparava-se para ir embora.

"Espera!", disse o Littlefoot.

"O que foi?"

"Quando toda a gente estiver a dormir, encontramo-nos na nossa gruta."

"Está bem. Até logo."

"Até logo."

A Cera ia-se embora.

"Ei Cera!"

Ela virou-se para trás e foi abordada pelo Littlefoot que lhe deu um grande beijo.

"Não adormeças."

"Nunca."

Os dois estavam parados a olharem um para o outro a sorrirem.

"Cera!"

"É melhor ir, antes que o meu pai se chateie a sério."

"É melhor. Adeus."

"Adeus!", disse ela já a correr.

O Littlefoot olhava para ela a correr: "Ela é mesmo linda."

"Littlefoot!"

"Ups! É o avô! É melhor ir andando!"

E lá foi ele.

O Littlefoot chegou ao seu ninho.

"Olá, avô! Olá, avó!"

"Olá, querido. Divertiste-te?"

"Muito, avó!"

"Ainda bem, querido."

"Littlefoot: eu e a tua avó temos uma notícia para te contar."

"A sério? O que é, avô?"

"Um voador veio ter connosco e contou-nos que a manada da Ali vem passar uns dias aqui ao nosso Vale."

"A Ali vem aí?"

"É verdade, meu querido!", disse a avó. "Vais voltar a ver a tua amiga!"

"Fixe!"

"Há, há. Sim! Agora é melhor dormires! Deves estar cansado!"

"Nem por isso, avô!"

"Bom: mas não podes ficar acordado a noite toda, não é?"

"Claro que não, avó!", o Littlefoot sorriu, lembrando-se do que tinha combinado com a Cera.

"Então boa noite!"

"Boa noite, avó! Boa noite, avô!"

"Boa noite, querido.", disse o avô.

No ninho da Cera:

"Boa noite, pai!"

"Uou! Filha! Estás com muita pressa para dormir! Cansaste-te muito?"

"Sim, pai! Estou cheia de sono!"

A Cera fingiu um bocejo.

"Então boa noite, filha!"

"Boa noite, pai!"

Mais tarde, todos no Vale dormiam. Bem: quase todos!

O Littlefoot estava deitado no ninho de olhos fechados. De repente, abre um olho. Depois o outro. Ele olhou à sua volta para ver se os seus avós estavam a dormir. Ele viu-os de olhos fecados e a ressonar.

O Littlefoot sorriu e, lentamente, caminhou para fora do ninho.

A Cera fez a mesma coisa. Abriu os olhos, certificou-se que o seu pai estava a dormir e saiu do ninho, devagar para não acordar o pai.

Os dois encontram-se à entrada da gruta.

"Alguém te viu?", perguntou o Littlefoot.

"Não. E a ti?"

"Também não."

"Vamos entrar?"

"Vamos."

Os dois entraram na gruta.

"Ainda me lembro da primeira vez que nos encontramos aqui.", disse o Littlefoot.

"Eu também."

FLASHBACK:

Estava um dia solarento no Vale Encantado.

Dois dinossauros encontraram-se numa gruta, num monte do Vale.

"Então, Cera? O que é que me querias dizer?", perguntou um Pescoço-Longo.

"Littlefoot. Não é um asunto fácil.", respondeu a Tricórnio.

"Cera! Eu sou teu amigo! Podes contar-me tudo!"

"Obrigada."

"Ora: é para isso que servem os amigos! Para se ouvirem uns aos outros!"

"Littlefoot. O que eu te quero contar é um assunto sério. Muito sério mesmo!"

"Cera. Estás a deixar-me preocupado!"

"Littlefoot. Lembras-te de quando nos conhecemos?"

"Bem: se me lembro! Estávamos sempre a discutir um com o outro!"

"Pois. No início, eu pensava que te odiava. Mas depois percebi que não era ódio."

O Littlefoot olhava sério e atento para ela.

"Eu percebi que tu eras alguém especial! Eu percebi que gostava de ti! Mais do que qualquer outro dinossauro que eu conheço!"

"Cera..."

"Deixa-me continuar! Littlefoot. Lembras-te de quando a Ali veio para o Vale Encantado?"

O Littlfoot acenou.

"Tu pensaste que eu tinha ciúmes da vossa amizade. Mas isso não é verdade."

"O quê? Então...?"

"Eu tinha ciúmes da Ali, mas por outro motivo. Eu tive medo que tu e ela se tornassem namorados!"

"Namorados? Eu e a Ali? Cera! Ela é apenas uma amiga. Eu apenas fiquei feliz por encontrar alguém da minha espécie, sem ser o avô e a avó!"

"Eu sei."

"Mas... porque é que tu não querias que eu e a Ali namorássemos?"

"Porque...", a Cera olhou nos olhos do Littlefoot. "Eu amo-te."

O Littlefoot ficou espantado: "Cera."

"Eu sei! Eu sei que nós não podemos ficar juntos! Tu és um Pescoço-Longo! E eu sou uma Tricórnio! Por isso, se me rejeitares, eu compreendo."

"Cera. Eu não te vou rejeitar."

"Queres dizer que continuas a ser meu amigo?"

"Não. Quero dizer que quero ser mais do que teu amigo."

"O quê?!"

"Cera. Eu amo-te."

A Cera olhou espantada para o Littlefoot.

"Tu... amas-me?"

"Cera. Tal como tu te apaixonaste por mim, eu também me apaixonei por ti. Eu sempre te achei divertida, especial! E com o passar dos tempos, fui-me sentindo diferente perto de ti. Eu percebi que gostava de ti mais do que como amiga! Eu percebi que te amava."

"Littlefoot."

"Os teus lindos olhos verdes, o teu lindo corpo e o teu sorriso... Também quando estás zangada, fazes o meu coração saltar com o amor que eu sinto por ti. Mas o que te torna tão especial é a tua maneira de ser. Tudo em ti deixa-me louco. E agora, ao dizeres que me amas, fizeste de mim o dinossauro mais feliz de todo o Vale!"

"Oh Littlefoot!", a Cera estava corada. Ela aproximou-se do Littlefoot. "És sem dúvida o dinossauro mais giro e fofo que eu conheço."

A Cera fechou os olhos e beijou o Littlefoot. O Littlefoot beijou-a de volta.

Os dois ficaram assim durante muito tempo.

Quando se separam:

"Eu amo-te.", disse o Littlefoot.

"Eu também te amo.", disse a Cera.

E voltaram a beijar-se.

FIM DO FLASHBACK

"Então? Porque é que querias encontar-te comigo aqui?", perguntou a Cera.

"Cera. Eu queria falar contigo sobre nós."

"Sobre nós?!"

"Cera. Nós já estamos juntos à muito tempo. Não achas que está na hora de todos ficarem a saber?"

"O quê? Estás doido? Ninguém pode saber da nossa relação! Por várias razões! Primeiro: o meu pai odeia os Pescoços-Logos! Como é que achas que ele iria reagir se soubesse que eu namorava com um?"

"Tens razão."

"E depois, nós não somos propriamente um casal normal! Somos de espécies diferentes! Ninguém ia concordar com isso!"

"Eu sei! Tens toda a razão! Desculpa! Não se fala mais nisso!"

Os dois ficaram em silêncio por algum tempo.

"Ei Cera?"

"Sim?"

"Queres aproveitar que estamos aqui sozinhos para..."

"O quê?"

O Littlefoot sorriu para ela.

"O q...?", a Cera começou a gaguejar. "Queres dizer...? Nós...? Aca...?"

"Cera. Descontrai. Deixa-te levar pelo momento."

Ela olhou para ele, séria.

O Littlefoot aproximou-se da Cera e beijou-a, fechando os olhos. A Cera também fechou os olhos e beijou-o de volta. As suas línguas começaram e explorar a boca um do outro. O Littlefoot e a Cera pressionaram os seus corpos para se juntarem.

Ao fim de algum tempo, separarm-se do beijo e olharam nos olhos um do outro, sorridentes.

Lentamente, aproximaram as suas cabeças e voltaram a beijar-se. Os dois abaixaram-se, a Cera em cima do Littlefoot.