Direitos Autorais:Naruto infelizmente não me pertence, ele é de seu criador, Masashi Kishimoto.

Advertências:Violação (ou seja, sexo não-consentido por uma das partes, estupro), violência (básicos socos, chutes e pontapés), M-preg (termo do inglês male pregnance, ou seja, gravidez masculina. Ou seja, um lindo menininho vai ficar grávido, prenho, embarazado, pregnant, entre outros XD), Yaoi (ou seja, dois menininhos lindos sendo MUITO mais do que amiguinhos e se agarrando à torto e à direito) e Lemon (relação sexual entre homens).

Pares: SasukexNaruto, SasuNaru. KabutoxSakura, KabuSaku.

Comentários Iniciais: E o primeiro capítulo de uma nova saga! Espero que curtam esta nova parte de Memórias, e não se enganem, porque as coisas sé tendem a piorar XD

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Motivo

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A pequena Ayame, tão frágil e nova, dormia acolhida nos braços de seu jovem pai. Ignorante aos fatos que ocorriam, removia-se nos braços do homem loiro, como que para lembrá-lo de sua doce existência. Durante alguns segundos dos minutos que deveria ficar enclausurado ali, ele permitia-se observar e zelar o sono de sua pequena e mimá-la mais um pouco.

Morreria por ela se necessário. Mas não continuaria naquela situação, não mesmo.

Do outro lado da mesa, Sasuke se removia, incômodo. Não gostava da atenção de pessoas sobre si, muito menos de ser o assunto preferido dos tablóides das cinco nações ninjas. Mesmo assim, se fosse para manter seu marido por perto, mandaria todo o resto do mundo para o inferno.

Era tão patético que necessitassem de um juiz para esclarecerem sua situação conjugal...

O homem mais velho via-os com muito tédio, como se já estivesse cansado de presenciar situações assim. Entretanto, um brilho de curiosidade passava às vezes por seus olhos; afinal, o Hokage e o melhor ANBU da vila da Folha estavam em processo de divórcio litigioso, e isso não era algo que se via todos os dias.

– ... e nestas condições, alego que meu cliente deve ter total acesso a seu direito constitucional sobre sua liberdade, integridade física e psicológica, e, principalmente, seu corpo – o advogado de Naruto concluiu, e sentou-se do lado dele. O loiro sorriu para o bebê, e observou de esguelha o Uchiha.

– Com a palavra a parte requerida – o juiz se pronunciou, reprimindo o bocejo.

O advogado de Sasuke, um garoto pálido de cabelos esverdeados, sorriso maldoso e olhos azul-anil, andou até a frente do juiz.

– Vossa excelência, queira analisar atentamente este caso. Meu cliente e este jovem – ele gesticulou para Naruto – casaram-se no furor de uma incandescente paixão. – Naruto riu consigo. Ah claro, e ele era um husky siberiano... – Entretanto, a vida de casado é muito peculiar, se comparada à de solteiro. O senhor Uzumaki apenas era inexperiente e imaturo o suficiente para não entender que esta nova vida acarretaria novas responsabilidades. Muito provavelmente esteve nervoso com toda esta instabilidade em sua vida, contando principalmente com o nascimento da primogênita.

Naruto desviou sua atenção para sua filha, sua vida. Ele pagava o advogado para ter atenção por ele, não? Por alguns minutos, acompanhou sua respiração regular, admirando a perfeição do rostinho branco, do cabelo negro-azulado, das mãozinhas pequenas sobre o peito. Sentia o coração dela palpitar, e sorria enternecido pela beleza da vida.

Com algo de reticência, voltou a prestar atenção no monólogo.

– ... mas como em qualquer casamento, há certos "deveres" conjugais, que devem ter acarretado toda esta situação. É certo que, pelo stress, ou outros fatores, o senhor Uzumaki poderia negar a cumprir com estes deveres, até por motivações ridículas e não-plausíveis. Em um casamento, consta este tipo de dever, e o senhor Uzumaki era consciente disto quando contraiu matrimônio. Portanto, é simplesmente estúpido se negar a tal ato. A conjunção carnal é um dos direitos e deveres dos conjugues. Sendo assim, o senhor Uzumaki não tem motivos para requerer o divórcio. E, além disso, meu cliente está disposto a perdoar a falta de seu marido, compreendendo a situação. Ele ama seu esposo e sua filha, e deseja que um motivo tão bobo e insignificante não destrua o futuro de uma família feliz. Aliás, o que deve-se lembrar neste momento é que nossa constituição e todas as nossas leis morais são fundamentadas na família, que deve ser respeitada acima de tudo. Que algo tão estúpido não faça que uma inocente criança cresça longe do pai, e que um amor tão belo não acabe assim. – O homem, triunfante, sentou-se ao lado de Sasuke.

Naruto tremeu de raiva na parte do "motivo tão bobo e insignificante". Desde quando um estupro era algo insignificante?

– Dispensados. – Estava tão perdido em si que não notou que o juiz acabara com mais uma sessão.

– E, mais uma vez, o caso Uchiha-Uzumaki tem mais uma sessão sem a solução do caso – a repórter falava, e os seguranças faziam uma barreira para que Naruto saísse do local. – Como informamos aos nossos telespectadores durante os últimos boletins deste assunto, na cidade de Konoha a dissolução de um casamento só pode ser feita de três maneiras: a primeira é com a morte de um dos conjugues; a segunda com a aceitação de ambos, chamada de divórcio amigável; e a terceira é o processo litigioso, em que um dos lados precisa apresentar um motivo plausível, que justifique a separação. O Hokage de Konoha, Uchiha Naruto, mantém um processo litigioso contra o marido, Uchiha Sasuke, requerendo o divórcio por estupro. Porém, em Konoha, nunca foi levantado se o ato de estupro é real em um matrimônio. Um dos lados, que defende o Hokage, alega que é defendido por lei o direito ao próprio corpo. Porém o lado que defende os direitos do senhor Uchiha Sasuke alega que em um matrimônio há o direito e dever do ato sexual entre os conjugues. Não existe o estupro, pois o ato do matrimônio em si faz com que ambas as partes aleguem o sexo incondicional, que às vezes é negado por uma por motivos simplórios. Portanto, o desfecho deste caso mudará a constituição do País do Fogo! Aqui é Susan Kimura, direto do Júri de Konoha! – a repórter acabou, e a câmera foi desligada.

Naruto caminhava rapidamente pela multidão de repórteres e pessoas que pediam esclarecimentos, mas não desejava falar. Olhou para trás, e viu Sasuke com seu advogado. O homem jovem sorriu e piscou, malicioso.

– De qualquer jeito, se você se divorciar, nós poderíamos nos encontrar, quem sabe... – Sasuke franziu o cenho, e Naruto leu os lábios do advogado.

Uma vertigem o atacou, e ele sentiu algo amargo no esôfago. Só de pensar naquele homem oferecido e em seu marido, juntos, fazendo algo que o próprio Naruto se negava a fazer... dava-lhe uma sensação horrível.

– Cale a boca, Michael – Sasuke disse.

Naruto sacudiu a cabeça com força. Não queria pensar naquilo. Distraía-se com as expressões de sua filha enquanto entrava na carruagem.

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Continua

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Comentários Finais

Tenho este projeto há não muito tempo, de separar as Fanfics, até porque elas têm estruturas narrativas diferentes. Enquanto a outra mostrava pedaços do presente, justificados pelo passado, esta mostra somente os acontecimentos presentes. Portanto, resolvi separá-las. Espero que tenham gostado da idéia, e quero comentários com as opiniões! Beijos!