Illy, não me mate. Ilia, não me risque de seu testamento (apesar de eu ter certeza de nunca ter estado nele desde o começo, mas não custa nada garantir), Cybi-chan, desculpe não pedir ajuda, mas sei que já estou abusando de mais de você. Esse primeiro capítulo, e os outros que seguiram dessa fic, não terão betagem por enquanto. Peço desculpas aos leitores, mas essa é uma estória que eu queria postar já algum tempo.

Agora que estão avisados, para aqueles que decidirem seguir: Boa leitura, espero que gostem.

Disclaimers: Não, não, não, não, não, os boatos que rolam por aí são falsos, Harry Potter não me pertence, e eu não ganho nada com isso. Por isso titia Rowling, pode dispensar os advogados.

Foi você quem pediu

Prólogo: A proposta da serpente.

Hoje era mais um dia de festa no mundo mágico.

Bruxos por todo o mundo esvaziavam seus estoques de uísque de fogo em meio a canções e gritos de euforia. Tudo isso tendo em mente, é claro, o causador de toda aquela alegria: o menino-que-sobreviveu, ou seria mais correto agora dizer, o homem-que-venceu?

Era o terceiro dia desde a queda do lorde das trevas, e até agora a alegria da população mágica era palpável. Quase todos os estabelecimentos estavam fechados, e praticamente todas as pessoas estavam nas ruas. Era como se todos temessem que se parassem de festejar só por um segundo, o dia seguinte (que para muitos parecia nunca chegar) seria como despertar de um sonho que era essa nova realidade longe das trevas.

Mas o que todos perguntavam era: "onde estava o causador de toda essa alegria?"

Bares, boates, festas em geral, onde estivessem, as pessoas se perguntavam onde estava o famoso homem-que-venceu. Mas ninguém sabia aonde encontra-lo, ou melhor, quase ninguém.

Coberto por uma capa negra, um individuo tentava passar desapercebido pelo festival de vestes coloridas que se transformou Londres mágica. Ganhava dos poucos transeuntes que percebiam sua presença um olhar de desconfiança - o que seria nada mais previsível - magos de aparência tão suspeita eram no mínimo mal vistos. Sempre se tem que ter em conta que a temporada de caça aos comensais da morte ainda não chegou ao fim.

Mas o sinistro individuo pouco ligava, a missão que tinha em mãos era mais importante. E se não fosse o capuz que encobria sua face, as suspeitas que suas vestes negras atraiam seriam bem maiores graças ao sorriso malicioso que se desenhou em seu rosto.

Parado em frente do lugar que estava buscando, não pode evitar torcer a boca em pleno sinal de desgosto, essa era sua expressão costumeira ao ter que encarar o que foi um dia o glorioso Largo Grimmauld, a secular casa da família Black.

A cada passo que dava, sentia uma ou outra das barreiras caírem ao reconhecer o convidado das paredes Black. "Então eu estava certo, ele está aqui" pensa o encapuzado enquanto vira a maçaneta. E com um simples click a porta se abriu. Olhou interrogante a porta se mover em um rangido irritante, e solta um bufido indignado "Destrancada... O que esse idiota tem na cabeça?"

Entrando na habitação, mas uma vez torceu a boca pelo que viu.

As paredes estavam manchadas pelo mofo, e descascadas em varias partes, as marcas do tempo não eram clementes. O teto e os quadros eram abrigos dos finos e acinzentados fios das varias teias de aranhas. E as grossas camadas de poeira eram espalhadas em cada canto ou móvel, o terror de qual quer alérgico.

O visitante apenas se resignou a lançar um olhar incrédulo para todo aquele panorama "sete anos, sete anos usando esse lugar como base, e aparentemente não passou pela cabeça de ninguém fazer uma faxina".

- MALDITOS SANGUES RUINS, MESTIÇOS DOS INFERNOS, QUE SUAS CARNES PUTREFEM NAS CHAMAS DA IRA DE MEU SENHOR, HÁ HÁ HÁ HÁ, IMBECIS IMPUROS, QUANDO MEU LORD VOLTAR QUERO VER QUANTO TEMPO MAIS VOCÊS CONTINUARAM COM ESSA CANTORIA INFERNAL!!!!!!!

Uma voz irritante bradava seus já repetitivos impropérios. O visitante precisou de apenas alguns passos para se por diante do infame quadro da sra Black.

- QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ MALDITO? MAIS UM DESSES INSUFRIVEIS SANGUES RUINS QUE INVADEM MINHA CASA? OU SERIA UM BASTARDO TRAIDOR DO SANGUE COMO MEU ESTÚPIDO FILHO? HEIM? HEIM? DIGA!!!

A honrada matriarca Black se cala quando o encapuzado ergue o tecido que cobre o seu rosto, mas apenas por segundos, para repô-lo logo em seguida. Sorrindo docemente (se era possível) as feições da dama se modificaram drasticamente.

- Hó, é você meu doce menino, por favor, se sinta em casa – faz uma respeitosa mesura dentro de sua armação – ora, mas que bobagem digo, se antes de mais ninguém essa casa é sua por direito.

O encapuzado apenas assente com a cabeça. Não era algo agradável contrariar o quadro. E se virando de forma esvoaçante, se dirige às escadarias.

Agora faltava pouco.

Evitando tocar no empoeirado corrimão, o encapuzado sobe elegantemente por cada degrau rangente, e segue pelo corredor que já percorreu antes tantas vezes.

Parado na frente de um dos quartos, puxa o ar profundamente, para soltá-lo logo em seguida, teve que repetir varias vezes esse processo antes de entrar. "Espero não me arrepender do que estou prestes a fazer".

O quarto era iluminado pela luz trepidante da lareira. Em frente das chamas estava uma grande poltrona que exalava um forte cheiro de mofo, assim como cada móvel daquela casa. Ao lado dela havia uma mesinha de centro que mantinha uma garrafa de uísque de fogo pela metade, e um copo quase vazio logo ao lado. Um pouco abaixo, mais precisamente em cada pedaço de chão próximo à poltrona, jaziam dezenas de corpos de magos vestindo vestes negras, um com uma expressão de terror mais grotesca que a outra.

Sufocando um riso de deprecio, o encapuzado caminha silenciosamente por entre os corpos, dom que adquiriu em meio à guerra. Ao ver uma pálida e ociosa mão se erguer da poltrona em direção ao copo, não pensou duas vezes. Sacou sua varinha, e lançou uma maldição sem proferir qualquer palavra. Esse era outro dom que desenvolveu bastante bem durante a guerra. Algo como magia sem palavras fora necessário diante de sua posição de espião.

A maldição atinge ruidosamente o copo erguido, e ao se estraçalhar, pedaços de vidro rasgaram a pele de seu dono, mas esse nem sequer gemeu, apenas disse em uma voz arrastada:

- Se queria um trago, era só pedir. Não precisava ser tão destrutivo, mas o que eu podia esperar de um pirralho mimado como você?

O encapuzado anula o curto espaço restante entre ele e a poltrona ainda com a varinha erguida. E encara o atual dono legal da casa, o mago mais procurado do mundo mágico, Harry Potter. Retirando novamente o capuz, se abaixa ate ficar na altura do rapaz de cabelo negro, o pega bruscamente pelo colarinho, e o beija.

Foi algo forte, intenso e rápido, e no fim, tendo em seus lábios avermelhados um sorriso malicioso, o visitante afasta o rosto do seu anfitrião, sem deixar antes de afaga os cabelos revoltos do moreno, consciente que tal ato sempre desagradava o leão.

- Também estou feliz em te ver Potty-Pooh – o loiro se senta no braço da poltrona.

-Urgh, já disse que não me chame assim Malfoy.

- E por que não? – o loiro sorri maldoso – se essa foi uma das poucas idéias boas que saíram da cabeça oca de nossa adorável Pansy.

- É... e a ultima.

O murmúrio de Harry selou o quarto em um silencio incomodo ao se lembrarem de um de seus tantos amigos falecidos.

- E então? – o moreno quebrou o silencio – O que está fazendo aqui?

- Hum... Se eu não te conhecesse muito bem, eu diria que você não está muito disposto a receber convidados – ergue os braços em sinal de rendição – se bem que com aquelas barreiras de merda que eu encontrei lá fora, não parecia que você queira muito o contrario. – olha novamente para os corpos esparramados no chão – Não é mesmo?

Um sorriso desprovido de humor se desenha na face do moreno

- Creio que idiotas não precisem de convites – Harry chuta um dos braços próximo aos seus pés – se facilito ou não a entrada deles, não é a questão – sua voz era grogue.

- ... – o loiro ergue uma sobrancelha – quanto você já bebeu? Ou seria melhor perguntar quanto você ainda não bebeu? Você já não está falando coisa com coisa. Fora que se eu fosse um comensal, a esta hora você já estaria morto. Mal sentiu minha presença quando entrei.

- Se você fosse um comensal – o moreno diz ligeiramente risonho – estaria fazendo companhia a seus amiguinhos aí em baixo no momento que colocou os pés nesse quarto. Porque será que mesmo depois da queda de titio Voldy eles acham que ainda tem alguma chance contra mim?

- Você quer um motivo? É só escolher: Vingança, rancor, ganância. – dá entre ombros – Sabia que você é uma das cabeças mais procuradas no sub-mundo? Aparentemente não é só para ter dar prêmios e estatuetas que as pessoas estão te procurando.

- Humpf, só vou me dar ao trabalho de me apresentar em qualquer uma dessas homenagens quando a festa de cerimônia for a do meu funeral.

O moreno suspira cansado, não conseguia ver razão para festejar. Entendia os outros, e não os culpava. Suas vidas foram poupadas, e o que lhes restava de família estava com eles nessa festa que não tinha fim. Mas e ele? No momento em que matou Voldemort, sua vida foi liberta de um grilhão que o prendia desde que tinha um ano de idade. Mas quando a adrenalina da batalha sumiu, e o cheiro de sangue empestou o ar que o rodeava, percebeu que não tinha mais com quem comemorar.

Todos se foram.

Primeiro Sirius, logo Dumbledore. E enfim começou a guerra real, e as baixas pareciam correr diante de seus olhos de forma alucinantemente diária. Tonks, Moody, Remus (o ultimo dos marotos), George, Fred, Snape, Neville, Luna, Giny, Seamus, Dean... E assim seguiu, e seguiu, e seguiu, até que na batalha final ocorreu os dois sacrifícios que faltavam: Ron e Hermione.

Era irônico, no fim, a única mão que lhe restou para que se erguesse do meio dos destroços e corpos que aquela guerra criou, era a mesma que rejeitara no começo de tudo aquilo. No fim, o único sobrevivente, alem dele próprio, foi o segundo espião chefe da ordem da Fênix, seu eterno rival e atual amante, Draco Malfoy.

O moreno pega a garrafa de qualquer jeito e a leva para a boca.

- Quer parar de beber por um maldito segundo que seja? – o loiro perde a paciência e com um tapa arremessa a garrafa no chão – se você quer se matar por que não facilita as coisas e usa a porcaria da sua varinha.

- Por que achei que entrar em coma alcoólico seria mais divertido – seus olhos vermelhos encaram com fúria a Draco.

O loiro apenas suspira, e aponta sua varinha para o moreno.

- linfacero.

Uma rajada de luz branca atingiu o moreno no peito em um feitiço de limpeza interna. Algo que ele e bêbado salvador do mundo mágico desenvolveram há alguns anos para momentos... Delicados como aquele.

Harry pisca algumas vezes ainda confuso. Olha para os estilhaços em meio a bebida no chão, e logo para o rosto do loiro, e bufa irritado.

- Já disse que não quero que use mais esse feitiço em mim, odeio essa droga de dor de cabeça que vem depois – leva as mãos a cabeça – parece que essa merda só adianta a ressaca.

- Esse efeito colateral foi idéia sua – o loiro sorri de maneira malvada – segundo soube, o bom samaritano leonino antes de patenteá-la não queria incentivar o alcoolismo... ou qualquer baboseira do gênero – abana a mão como quem não considerou a questão antes, quanto menos agora.

- Estúpida moral gryffindor... – murmura Harry enquanto se levanta lentamente.

- Estúpida moral gryffindor. – repete o loiro risonho seguindo Harry até o banheiro, onde o moreno procura a poção para a ressaca em uma estante.

- Como você me achou? – Pergunta o gryffindor sem se virar para Draco

- Como não achar? Você mesmo lançou um boato de sua localização na Travessa do Tranco dois dias atrás. – o loiro olha para trás na direção dos corpos estirados no chão – então é assim que o herói do mundo mágico festeja a nova era? Atraindo inocentes comensais para decorar seu piso?

- Não – Harry ergue um frasco e o aproxima o máximo possível de seus olhos para ler o rotulo – é assim que o herói do novo mundo se livra do lixo que se arrasta da velha era. – e bebe a poção em um só gole – Argh, horrível, não poderia ser pior nem se tivesse sido feita pelo próprio Snape... – seus olhos se enchem de certa melancolia e murmura – velho grasnento.

Draco finge não ouvir a ultima parte.

- O ministério está atrás de você.

- Todos estão atrás de mim – se senta em cima da pia

- Querem te dar a ordem de Merlin, entre outras medalhas, sem falar de um posto no ministério – bufou irritado – ou seja...

- Ou seja... – revira os olhos e completa com o obvio – querem por uma coleira em mim antes que eu perceba que sou o mago mais poderoso do mundo, ops... – faz uma careta de desagrado – tarde demais. Esses idiotas só querem ter certeza que um novo lorde das trevas não vai subir ao poder. Corja de paranóicos.

- Não me diga, se eu não tivesse uma carta escrita em punho por Dumbledore atestando que eu era um espião eu já teria levado o beijo do dementador há três anos atrás.

- Como o Blaise.

- Como o Blaise – Draco se senta ao lado do moreno – pena que ele mudou de lado apenas depois da morte do valho senil.

- Humpf, como se fosse adiantar alguma coisa na época, Zabini foi atingido por tantos malefícios atordoantes que mal pode abrir a boca, e antes que qualquer um pudesse exigir um julgamento...

- ... ele foi beijado. – Draco estremece ao se lembra os olhos vazios de seu amigo de infância.

- Não é com esse tipo de pessoas com quem eu quero festejar.

- Prefere os convidados que estão no quarto?

- Pelo menos eles admitem que atacam pelas costa – Harry se levanta da pia e se vira para o espelho, sua aparência era deprimente – depois de três anos convivendo com cobras, se aprende a lidar com veneno.

- E se você não tivesse mais que lidar com ataques traseiros? – o loiro para por um segundo para analisar as palavras que acabara de dizer e solta uma pequena risada – Foi só eu ou isso soou mal? – sorriso malicioso. – Essa foi uma péssima escolha de palavras.

- Espere dez minutos até a poção fazer efeito, quando os zumbidos saírem e meus ouvidos, eu posso até pensar em te responder. – Harry sai do banheiro e volta para o quarto.

- Vamos Potty-potty, vocês gryffindors, sempre acreditam em segundas oportunidades, e se eu te der uma?

- Não sou mais gryffindor Malfoy, deixamos essa bobagem de casas desde que saímos de Hogwarts, pensei que a essa altura do campeonato já teria compreendido.

- Que seja Potter, a casa é sua... Mas apenas pense comigo. Seja qual for a sua função por aqui ela já foi cumprida, então por que não te mandar para outro lugar?

- Talvez por que tanto faz eu estar aqui, como em qualquer lugar do mundo. Não existem muitas pessoas que não me reconheçam. – o moreno se joga na cama de qualquer jeito e descansa a cabeça nos travesseiros.

- E se eu puder te mandar para um lugar onde ninguém te reconheça? – Draco se senta ao lado do corpo relaxado do moreno

- Uma ilha deserta? – Pergunta sarcástico.

- Uma outra dimensão.

- Hn? – o moreno se senta em um pulo e encara o outro – tá brincando né?

- Pensa só, um novo mundo, uma nova chance, ninguém vai te reconhecer, pois você não existe lá. Pode fazer novos amigos, cursar novamente a escola, dessa vez com calma. Se houver conflitos, os problemas serão totalmente dos habitantes de lá, você se mete se quiser. Se estourar o Armagedon, você pode assistir da primeira fila, nada te prende.

- A vontade de se livrar de mim é tão grande que você quer me despachar para um universo alternativo? Cara, e isso por que você é o único amigo que me sobra. – se deixa cair novamente sobre os macios travesseiros – pelo menos você foi original dessa vez.

- Qual é Potter – soca o ombro do outro arrancando dele um grunhido incomodo – você sabe que assim como eu sou o único que te sobra, você é o único que me sobrou – o loiro esparrama seu corpo sobre o corpo do homem ao seu lado e o beija – mas você mesmo já me disse que nosso relacionamento não passa de uma trepada rápida entre uma maldição e outra... deliciosa, devo acrescentar – mordisca o lóbulo do moreno – mas não é o suficiente para um leão sentimentaloide como você, eu não posso te dar aquilo que você precisa, e para ser sincero, nem quero, tenho fobia a relacionamentos, e o nosso tá de pé a três anos, brrrr – finge estremecer – por isso guarde o anel de casamento.

- Hó, você partiu meu coração – Harry dramatiza enquanto envolve a cintura do amante e o comprime contra o seu corpo.

- Serpentes. É a nossa especialidade.

- Então desde já suponho que não pretende me acompanhar.

- Tenho o império Malfoy para tocar para frente, levando em conta que o ministério esta salivando para por as garras no meu patrimônio desde que Lucius morreu.

- E não queremos dar esse gostinho para eles, correto?

- Nunca! Fora que com o fim da guerra eu tenho que retomar o meu papel de playboy mais requisitado da sociedade mágica.

- Que partido... Mas até que não é ma idéia...

- Hey, esse papel já é meu.

- Não, idiota – mordisca um pouco mais forte o pescoço de Draco – a idéia da viagem de dimensões. Acho que já vi um livro sobre isso na seção proibida quando eu e a Mione...

Ao se lembrar da amiga seus olhos se nublam. Bastou isso para que Draco se convencesse que fez bem em sugerir a viagem para o amigo, manda-lo para um lugar onde as sombras da morte de tantos seres queridos não o perseguissem era o mais acertado.

- E por que você acha que eu vim para cá? – Draco se desvencilha dos braços de Harry, que o solta um pouco relutante, deixando o loiro se levantar da cama – eu já tenho todo o ritual pronto. Não é nada que não possa ser revertido, podemos manter comunicação, e posso transferir sua conta para o Gringotts de lá.

- Gringotts? Eu não ia mudar de dimensão?

- Sim, mas nem tudo vai ser diferente, apenas alguns detalhes.

- Tipo...

- Isso, minha cara serpente honorária, é surpresa.

- Vindo de você? – se senta na beira da cama – antes enfrento um hipogriffo desembestado.

- Interpretarei isso como um "Sim querido Draco, confiaria minha vida a você até de olhos fechados"

- Hunpf... Ouvidos seletivos esses seus... De qualquer forma, isso parece interessante, e você disse algo a respeito de escola.

- Claro, os melhores anos da vida de um mago, pensei que você poderia beber uma poção para rejuvenescer, e se passar por um estudante do... hm... 5o ano está bom para você?

- Mas os ingredientes para essas poções são ilegais.

Draco retira de dentro de suas vestes um frasco com uma poção púrpura, e um sorriso sarcástico se desenha no rosto do moreno.

- Comensal...

- Cara rachada.

Harry se levanta e bebe a poção. Soltando pequenos grunhidos pela dor de ter seus ossos encolhendo, se dobra até a altura de seus joelhos, envolvendo-os nos próprios braços. Era uma dor similar a que sentiu ao beber a poção polissuco. Quando tudo chegou ao fim, a figura tremula e arfante no meio do quarto tinha a mesma forma de um Harry que cursou o 5o ano. O moreno se vira vacilante para um espelho de corpo inteiro que ficava próximo a sua cama e se analisou.

- Tem certeza que você acertou na dose? – Harry diz com sua voz ligeiramente mais fina – Eu pareço ter doze anos ao invés de quinze.

- Não jogue a culpa na minha poção se nessa época você era um anão – Draco, agora bem maior que o moreno, o abraça por trás e beija a curva de seu pescoço – fora que você ficou uma gracinha em tamanho de bolso.

- Pedófilo... – um sorriso malicioso dançou na face infantil.

- O que posso fazer São Potter? Você desperta o que há de pior em mim

- Bem, antes que outras coisas suas despertem – o pequeno Harry se afasta de Draco para sacudir a própria varinha e encolher suas roupas ao tamanho apropriado – é melhor começarmos logo o ritual.

- Estraga prazeres.

Harry ignora os resmungos do loiro e após de afastar uns poucos moveis, se coloca no meio do quarto.

Sem perguntas sobre a natureza do conjuro, sem duvidas se aquilo poderia feri-lo ou mata-lo.

Sem sequer titubear no momento de encarar de forma determinada os frios olhos acinzentados de Draco.

Sem sequer o menor resquício de medo.

Harry deu o seu presente de despedida para o loiro, algo que poucos tiveram disposição de regalar ao príncipe de slytherin: uma confiança plena e incondicional. Draco, antes de se concentrar no que ia fazer, não pode evitar de sorrir ligeiramente diante daquilo.

O slytherin ergue a varinha e recita um conjuro em italiano, velas se materializam. Começa a recitar algo em francês, e um pentagrama se desenha ao redor do moreno. Quando começa a falar algo em português lusitano uma coluna de luz se ergue ao redor de Harry. E a ultima coisa que Harry ouve antes de ser puxado por um turbilhão de luz, foi o loiro recitar algo em latin, como se a língua mãe selasse o que suas filhas deram inicio.

Draco observa com o coração apertado seu ultimo amigo partir, algo entalou em sua garganta, e tudo o que conseguiu murmurar foi um receante:

- Boa sorte... Meu amor.

Continua.

Nhaaa, minha primeira fic de Harry!!!!

Draco: Correção, mugle, sua primeira fic de Draco Malfoy.

Luana:Hum... Loiro, você sabe que o moreno com o nome escrito em todas as capas dos livros é o protagonista, né?

Draco: Humpf, pura estratégia de marketing, tão clichê "peguem o menino órfão e coloquem como principal", mas é só fachada, eu sou o verdadeiro astro da estória, tuuudo gira entorno de mim.

Luana: E falando em ego... De qualquer forma, você ainda terá um papel importante nessa fic.

Draco: Eu sempre sou impor...

Luana: Eeeeee, Harry vai precisar mais do que nunca da sua presença.

Draco: O que você vai fazer com o Har... er... Potter?

Luana: Preocupado Malfoy?

Draco: Para nada...

Luana: Então você não vai se importar em esperar o próximo capitulo.

Notas: Obrigada a todos que leram esse primeiro capitulo, e como dei a entender logo no começo, eu não sou muito boa em gramática, e não tenho beta para essa estória, por isso peço que me desculpem, e relevem o que lerem de errado por hora. E que se alguém puder se oferecer para ser minha beta, eu agradeceria muito, não só para essa como para minhas fics de Gudam. E claro, por favor comentem, um incentivo não faria mal.