Tree Houses And Daises
Por Little0bird
Traduzida por Serena Bluemoon
Tradução autorizada pela autora!
Disclaimer: A Autora, Little0bird, não possui Harry Potter, apenas o plot desta fanfiction. A tradutora, Serena Bluemoon, não possui nem o plot, nem Harry Potter, apenas o trabalho de traduzir. Nenhuma das supracitadas ganha qualquer coisa além de satisfação pessoal e comentários.
Avisos:
1) Vou tentar manter a maioria das traduções dos livros, mas uma coisa ou outra eu vou manter no original. Qualquer dúvida quanto aos termos originais, só perguntar.
2) Vou manter os títulos dos capítulos no original, por que gosto mais deles assim. Se quiserem que eu comece a traduzi-los, é só pedir.
3) Nomes mantidos no original, por que é o tipo de coisa que não se traduz. Não souber quem é pelo nome original, só perguntar.
4) Essa fic tem várias partes que não dependem, necessariamente, da outra. Se quiser manter a ordem, esta se encontra no meu perfil.
5) Freqüência de atualização: uma vez por semana.
Espero que gostem, e comentem.
Capítulo 1
Daisy Chain
Hermione desceu para a cozinha com os pés descalços, segurando sua sandália em uma mão. Ela tinha subido para colocar uma saia e estava indo caminhar com Ron. Era quase o final de julho e o tempo estava começando a esquentar, por isso tinha decidido tirar a calça jeans e colocar a saia. Ron a estava esperando no jardim.
- Olá. – ela falou ofegante.
- Olá. – Ron respondeu um pouco timidamente.
Essa era a primeira vez que eles ficavam realmente sozinhos desde a batalha, há um mês.
- Bem, vamos? – Hermione gesticulou para o portão.
Ron balançou a cabeça.
- Tem um monte de repórteres por aí. – ele disse desanimadamente. – Quando estávamos na escola, eu costumava invejar a fama de Harry. – admitiu. – Agora, eu daria qualquer coisa para ser desconhecido de novo.
Ele se virou para os estábulos; estava dentro dos feitiços que Bill e Harry tinham colocado quando a família voltou para casa. Podia não ser o tipo de caminhada que Ron tinha imaginado quando convidou Hermione para dar uma volta depois do almoço, mas era melhor do que ficar preso dentro de casa. Caminhou pelo jardim, atravessando o pesado cheiro das flores de sua mãe, depois pelo canteiro de ervas, com seu cheiro de lavanda e sálvia.
- Onde estamos indo? – Hermione perguntou curiosamente.
- Atrás dos estábulos. Vê aquele carvalho ao norte? – Ron apontou para um carvalho antigo, com galhos grandes.
- Sim.
- Bill e Charlie construíram uma casa na árvore, quando eu era pequeno. No verão em que Ginny nasceu.
- Uma casa na árvore, Ron? – Hermione o olhou ceticamente.
- Foi arrumada durante os anos. – falou timidamente.
- Tenho certeza de que é adorável.
Quinze minutos de caminhada os levou até o carvalho. Ron subiu os pedaços de madeira pregados ao tronco e abriu a porta que levava para o interior da casa. Andou ao redor, forçando um pouco o chão, para ver se ainda estava firme.
- Está tudo certo, Hermione, pode subir! – a cabeça de Hermione passou pela porta.
- Hmm. Está precisando de uma boa limpeza. – falou e apontou a varinha para o chão. – Scourgify! – murmurou e a pilha de folhas secas e outras sujeiras sumiu.
Ron bufou.
- Quando você tem nove anos e quer um lugar para chamar de seu, algumas folhas e um pouco de sujeira não importam de verdade. – ele conjurou um cobertor e se sentou sobre ele. Bateu no lugar ao seu lado, convidando Hermione a se sentar. Ela tirou as sandálias e se sentou ao lado de Ron graciosamente. – Então...? – Ron pigarreou.
- Então? – Hermione sorriu para ele.
- Quando você vai para a Austrália?
- Mês que vem.
- Como vai chegar lá?
- Com umas doze Chaves de Portal. – a boca de Ron se abriu. – Daqui para a Espanha. De lá para a Costa do Marfim. Depois, Yêmen, Sri Lanka, Malásia. De lá, eu vou para Perth, Austrália, e depois da Sydney e, por fim, Canberra. Até lá, o Ministério Australiano já deve ter encontrado meus pais e eu vou poder reverter o feitiço de memória e nós vamos pegar um avião de volta para Londres.
- Um avião trouxa? Quando tempo isso vai levar?
- Muito tempo. Horas.
- Quantas?
- Acho que quase vinte e quatro.
- Merlin, isso é um dia todo! – Ron se espantou.
- Acho que quando eu voltar, vou preferir Chave de Portal. Não demoraria tanto, mas meus pais vão ter bagagens.
- Quanto tempo até você voltar? – Ron perguntou tentativamente.
- Umas duas semanas. Talvez mais. Nós vamos ter de fechar qualquer coisa que eles tenham lá. – Hermione se encostou em Ron. – Eu vou te escrever, enquanto estiver longe. – ofereceu.
- Você já estaria de volta quando eu recebesse as cartas. – Ron ressaltou.
- Você está certo. – suspirou.
Ron afastou uma mecha de seu rosto.
-Que tal isso... Amanhã nós vamos até o Beco Diagonal, até a Floreios e Borrões, e compramos alguns diários. Nós vamos escrever neles enquanto você estiver fora, e quando você voltar, nós os trocamos.
- Eu retiro. – Hermione disse.
- Retira o quê?
- Você tem a carga emocional maior que uma colher de chá. – Ron riu e levou a mão dela até sua boca, depositando um beijo na palma. Hermione emoldurou sua bochecha e mordeu o lábio, pensando.
Oh, apenas pare de pensar, Granger, e faça!, pensou. Hermione puxou a boca de Ron para a sua e o beijou. Ron se remexeu e puxou Hermione para seu colo, suas mãos se enroscando nos cabelos dela.
- Caramba. – murmurou quando se separaram. – Isso foi brilhante! – roçou seu nariz no dela. – Podemos fazer mais disso? – Hermione sorriu e apenas o beijou em resposta.
Ron sentiu uma vontade irrepreensível de sentir a pele dela, as pontas de seus dedos subindo por sob a blusa de Hermione, dedilhando formas aleatórias na base de sua coluna. Ela mordiscou seu lábio inferior, e guiou a mão de Ron até seu estômago.
Sentindo como se estivesse segurando sua vida em suas mãos, Ron deslizou um pouco sua mão para cima, até as costelas dela, enquanto movia sua boca pelos centímetros de pele exposta do pescoço dela. Querendo ver e sentir mais, Ron desabotoou a camisa dela.
Estava tão focado em Hermione que não sentiu quando ela tirou a barra de sua camisa de dentro de sua calça, e deslizou as mãos por seu estômago, as pontas dos dedos flutuando incertos sobre o botão de sua calça, antes de decidirem subir novamente.
Depois de poucas horas, o estômago de Ron roncou, lembrando-os que era quase hora do jantar. Hermione riu, e gentilmente se soltou de Ron.
- Devemos estar um desastre. – ela comentou, tentando ordenar o cabelo.
Mordendo o lábio, Ron olhou ao redor da casa da árvore. Viu uma folha que entrara pela janela, enquanto estavam ocupados. Pegou a varinha, que tinha caído do bolso de trás de seu jeans. Tentando se lembrar de tudo o que conseguia sobre Transfiguração, transformou a folha em uma fita que combinava com o a blusa de Hermione.
- Isso vai ajudar? – perguntou, esticando uma mão com uma fita azul marinho na palma.
- Eu... – pela primeira vez, Hermione ficou sem palavras, enquanto assentia e tirava a fita da mão de Ron, usando-a para prender o cabelo.
Ron voltou a colocar a barra da camisa dentro da calça, e observou Hermione abotoar a camiseta, e colocar as sandálias. Ofereceu uma mão para ajudá-la a se erguer.
- Seus lábios estão inchados. – comentou, dedilhando-os com um dedo.
- Os seus também. – ela respondeu, lhe dando um último beijo, antes de descer a escada.
-x-
A próxima vez que foram para a casa da árvore, Ron se encontrou deitado de costas, sem camiseta, com os lábios de Hermione correndo por seu peito. Estava mais do que um pouco surpreso. Não tinha achado que ela seria do tipo hedonista. Nunca. Também nunca achara que ela usaria uma calcinha vermelha, mas a barra do jeans dela tinha escorregado um pouco na outra noite, revelando uma calcinha vermelha de renda. Imaginou se o sutiã fazia par. Ron ofegou suavemente quando Hermione encontrou um ponto particularmente sensível. Ela foi mais para baixo.
- Mione?
- Hmmmm? – Ron se mexeu quando o resmungo vibrou contra sua pele.
- O que está fazendo? – perguntou.
- Contando suas sardas. – ela murmurou contra seu umbigo, roçando os lábios na linha que levava até seu...
- Mas eu não tenho nenhuma sarda aí. – ofegou. Achou que sua cabeça estava prestes a explodir.
- Bem, então, eu vou ter que examinar cuidadosamente, não é? – ela praticamente ronronou.
- Mione, espere! – Ron apertou os dentes. Seu corpo estava implorando que deixasse que ela fizesse o que bem entendesse, e sua mente... Hermione descansou o queixo em seu peito.
- O quê?
Ron estava respirando pesadamente.
- Apenas... Me dê um minuto... – afastou as mechas de cabelo que cobriam o rosto dela. – Não acha que estamos indo um pouco rápido demais? – perguntou com incerteza.
- Depois do ano que passamos juntos? – Hermione lhe deu um olhar estranho.
- Mione, a primeira vez que nos beijamos foi há um mês. – Ron atestou. – Lembra? Você estava lá.
- Eu me lembro. – respondeu. Hermione se sentou e ficou de costas para Ron, passando os braços ao redor dos joelhos. Ron fechou os olhos. Não era que isso que tinha imaginado acontecer. Sentou-se e colocou as mãos nas laterais do quadril dela.
- Eu só quis dizer; você tem certeza de que é isso que você quer? – disse contra o cabelo dela.
- Sabe há quanto tempo eu estou apaixonada por você? – Hermione perguntou abruptamente.
Assustado, Ron respondeu:
- Não.
Hermione se encostou a ele.
- Segundo ano. Talvez desde o primeiro ano, depois que você bateu na cabeça daquele ogro. – piscou rapidamente, tentando não chorar. – Eu odiava quando você e Harry brigavam, por que eu te amava, e ele era como o irmão que eu nunca tive. – uma lágrima correu por sua bochecha e caiu na gola de sua camiseta. – Eu confundi MacLaggan no sexto ano. – confessou.
- Eu sei.
- Eu absolutamente odiei te ver com Lavender. – disse raivosamente. – Eu vomitava um pouco todas as vezes que eu os via juntos.
- Eu mereci aqueles pássaros, também.
- Quando você voltou para a floresta de Dean, eu quis te beijar até seus lábios caíssem e bater na sua cabeça com a minha bolsa ao mesmo tempo.
- Definitivamente mereci o último. – Ron lhe deu um beijo sob a orelha. Ergueu seu queixo para poder beijá-la na boca. – Primeiro ano. – murmurou.
- O que tem? – Hermione tinha se virado dentro dos braços dele, de modo que pudesse encará-lo, suas pernas enroscadas nas dele.
- Quando você me disse que eu estava com uma sujeira no nariz. – afastou o cabelo dela. – Eu fui um tolo por não te convidar para ir ao Baile de Inverno comigo. Você estava tão... Além de linda. – as mãos de Ron tinham trabalhado nos botões da blusa dela. Com medo de respirar, afastou o tecido dos ombros dela. Sutiã roxo hoje. Sorriu e dedilhou o contorno do sutiã, na curva do seio dela. As mãos de Ron foram para as costas de Hermione e, com uma pergunta muda, pediu permissão. Ela assentiu. Ron notou a respiração escassa dela.
Conseguiu abrir o sutiã e afastou as alças dos ombros dela.
- Oh. – a boca de Ron ficou seca. Puxou Hermione para si e a beijou, maravilhado com a sensação da pele dela contra a sua.
Empurrou-a até que ela estivesse deitada sobre o cobertor. Seus lábios correram pelos ombros dela até seus seios.
- Ron, o que você está fazendo?
- Contando suas sardas. – ofegou.
- Mas eu não tenho...
- Acho que vou ter de investigar, não é?
No caminho de volta para a casa, Ron parou para juntar um buquê de margaridas, que tinha crescido perto do estábulo. Silenciosamente, o ofereceu para ela. A mão de Hermione se fechou ao redor da haste.
-x-
- Vou partir em dois dias. – ela disse, enquanto caminhavam até o final dos estábulos. Ron encolheu os ombros. Ele sabia que isso ia acontecer, mas não tinha de gostar. – Não está falando hoje? – Ron encolheu os ombros novamente. Hermione bufou em exasperação. Isso é o bastante, pensou. Ela soltou a mão de Ron e parou.
Ron parou e se virou. Ela estava parada no meio da grama alta, cercada por delicadas margaridas brancas, o sol fazendo seu cabelo brilhar. Deus, ele a queria. Tinham passado quase todas as tardes na casa da árvore, chegando perto, mas não mergulhando de cabeça em nada. Ele não permitia. Mas não hoje. Hoje, Ron jogou a precaução para longe, esquecendo-se de tudo o que Molly tinha enfiado em sua cabeça.
Puxou Hermione para si, e caiu na grama, deixando-a cair sobre si. Brigou para passar a camiseta pela cabeça, até que ele afastou suas mãos e tirou o tecido suave de algodão. Ele tentou ser gentil, mas não hoje. Hoje ele ia se certificar de que ela não o esqueceria na Austrália. Os dedos dela procuraram freneticamente pelo botão de seu jeans, e abriu o zíper. Ron a ajudou a empurrá-lo até seus pés, onde os chutou para o lado. Estava descalço hoje, como fizera quando mais novo.
- Você está usando muitas roupas. – resmungou, enquanto passava a blusa de Hermione pela sua cabeça, e a jogava para o lado. Enquanto se focava em se livrar do sutiã dela, ela tirou o jeans.
- Espere. – ele ofegou. Sentando-se, tirou as sandálias, jogando-as na direção da árvore, antes de afastar o jeans. Os dedos de Ron se enroscaram ao redor da calcinha dela e a puxou por seu quadril e coxas. Hermione segurou sua boxer.
- É claro que você tem uma boxer dos Cannons. – ela comentou, sorrindo.
- Agora é realmente a hora de comentar a minha escola de cueca?
- Absolutamente. – Ron se remexeu, de modo que Hermione estava sentada sobre seu quadril, com uma perna de cada lado de seu corpo.
- Tem certeza de que quer isso? – ele perguntou.
- Sim. – amaldiçoando sob a respiração, Hermione encontrou seu jeans e tirou algo do bolso de trás. – Contraceptivo Trouxa. – disse em forma de explicação, antes de abrir e o colocar em Ron.
- Aí está algo que Hogwarts precisa ensinar... Um feitiço contraceptivo. – Ron murmurou, antes de ofegar com a sensação das mãos de Hermione ao redor de si.
- Ron?
- Mione?
- Cala a boca. – era a última coisa que Ron se lembrava de ouvir sobre o som do sangue correndo por suas orelhas, quando Hermione começou a se mover.
Não se lembrava de girá-los, deitando-a de costas, mas lá ela estava, gemendo seu nome, com as pernas enroscadas ao redor de sua cintura. Tudo o que ele via era seu rosto, todo que sentia era seu corpo, tudo o que ouvia era o som de sua voz.
Ron viu o desenho dos raios de sol passando pelas folhas com os olhos cerrados, e sentiu o calor acertar sua pele nua. Distraidamente, penso que se não se vestissem logo, teriam algumas queimaduras vergonhosas. Conseguia sentir o cheiro de grama esmagada sob suas costas, e o cheiro de Hermione sob seu nariz.
Espontaneamente, o pensamento saiu por sua boca, antes que conseguisse se parar.
- Por que você está comigo? – murmurou.
- Que tipo de pergunta é essa? – Hermione se soltou de Ron e se sentou, olhando feio para ele. Ela puxou os joelhos contra o peito, e descansou a testa neles.
Cuidadosamente não a tocando, Ron se sentou.
- Você pode ter quem você quiser. Você é inteligente, bem, brilhante, linda, mais fiel do que eu jamais fui, e ainda assim você está comigo, o maior idiota que já passou por Grifinória.
- Mas eu não quero outra pessoa. – ela disse, a voz abafada. Ron se bateu mentalmente.
Ótimo, pensou, agora eu a fiz chorar.
- Mione, sinto muito, não quis te fazer chorar.
Ela ergueu o rosto lavado em lágrimas dos joelhos.
- Bem, você fez. – ralhou. Quando Ron a abraçou, ela chorou ainda mais. Ela disse algo que Ron não conseguiu entender.
- O que foi? – perguntou.
- Eu amo você, e se você não consegue entender isso, então talvez eu não devesse voltar!
- Não, Mione, por favor... – Ron se bateu mentalmente mais uma vez. Pegou sua camiseta, e a usou para secar o rosto de Hermione. – Eu sinto muito, de verdade. Eu apenas não entendo o porquê... – parou de falar, usando os dedos para secar uma nova lágrima.
Hermione fungou, e pegou a camiseta, usando-a para secar o rosto e assoar o nariz. Ron fez uma careta, mas era sua própria culpa.
- Precisa ter um motivo? Não há nada; nenhum livro que eu possa ler, nenhuma Runa que possa traduzir; que explique por que eu te amo, seu idiota absolutamente irritante! – respirando fundo, ela segurou o rosto dele entre suas mãos. – Você é tudo para mim.
Ron piscou.
- Oh. – inclinou-se para beijá-la. – Quando Bellatrix estava com você, eu pensei que meu coração ia despedaçar. – ele fechou os olhos, se lembrando dos gritos. – Quase o fez. – as mãos de Ron se enrolaram no cabelo dela. – Merlin me ajude, eu amo você.
-x-
Dois dias depois, Hermione se fora. Ron pegou seu diário e foi para a casa da árvore. Abriu o livro fino, e encontrou uma margarida entre as páginas. Hermione deveria ter feito isso. Ele fizera a mesma coisa com o dela.
Abriu na primeira página, e encontrou um bilhete, na letra bem desenhada de Hermione.
Ron,
Estarei de volta mais rápido do que pensa.
Prometo.
Amor,
Hermione.
Ele sorriu e começou a escrever.
Continua...
Tradução do título do capítulo: algo como "coroa/corrente de margaridas".
