Capítulo 1- Irmão mais novo
Um domingo incomum instalara-se naquele magnífico palácio de cristal e diamantes. O pouco Sol que propiciara uma agradável tarde nos jardins floridos, onde três jovens, Isaias Lion, Juliana Vogel e Felix Farias, se despediam de seus amigos.
Estes três jovens finalmente teriam seu destino mostrado a todos, pois iriam para a Inglaterra, para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
- Vocês têm certeza que querem ir pra lá? – perguntou uma garotinha que estava sentada no colo de Felix – Com tantas mortes acontecendo?
- Já lhe dissemos que sim minha irmã. – disse Felix – Primeiro, não temos medo de Voldemort, segundo, ficaremos com nossos parentes ou então em um lugar escolhido por Dumbledore e terceiro, estamos sob a proteção de Dumbledore, portanto não temos com o que nos preocupar.
- Que bom que vocês confiam em mim. – disse Dumbledore enquanto ajeitava os óculos sorrindo – Espero que estejam prontos à noite para irmos para a Inglaterra. Agora Isaias , como você não conseguiu um lugar para ficar, gostaria de saber se você aceita ficar na sede da ordem.
- Com prazer professor! – respondeu Isaías imediatamente.
- Então quando chegarmos no ministério você ficará na sala de Arthur enquanto levarei os garotos para suas casas e irei pegar o Harry para a leitura do testamento de Sirius.
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Enquanto isso na Inglaterra, um jovem acorda assustado com o som de algo batendo em sua janela. Ele é Harry Potter, o menino-que-sobreviveu, o escolhido que acaba de receber o maior jornal bruxo até o momento, O Profeta Diário.
- Toma aqui os dois sicles. – disse Harry rouco enquanto observava o jornal em busca de notícias sobre Voldemort, mas não demorou muito para perceber o que aquela enorme foto do ministro estava fazendo ali.
"Fracassado ou obrigado? Por Nívea Dultz.
Depois dos últimos acontecimentos no ministério da magia, onde vários comensais da morte foram presos e o próprio Você-sabe-quem deu as caras por lá, muitos bruxos estão questionando se Cornelius Fudge é o ministro ideal para representá-los frente à guerra que irá se iniciar contra as forças das trevas.
Vários entrevistados disseram que o atual ministro é um real incompetente e que a situação só chegou a esse ponto, porque ele é um fraco, sedento de poder. No entanto, alguns sonhadores chegaram a afirmar que o Ministro Cornelius Fudge está agindo de tal maneira por efeito da maldição Imperius.
Segundo o Conselho Bruxo, dirigido até o momento por Alvo Dumbledore, o ministro está sendo investigado e caso sejam encontradas provas ele será deposto."
- É parece que Fudge está encrencado. – disse Harry enquanto observava uma coruja das torres com emblema de Hogwarts chegar.
-Já? Dumbledore deve estar com pressa esse ano, não faz nem uma semana que voltamos de Hogwarts. O que será que tem nela? –disse Harry abrindo-a e começando a ler.
"Harry,
espero que esteja passando boas férias, e que os Dursley estejam te tratando bem. Bem, essa carta é para tratar de um assunto de interesse de seu falecido padrinho Sirius..."
Ao ler este nome Harry sentiu uma pontada no peito, afinal tinha se lembrado do incidente no ministério, no entanto, continuou a ler.
"...Harry acredite você não foi culpado da morte dele. Mas bem, o Sirius ao morrer deixou um testamento passando toda a fortuna dos Black para você, incluindo a sede da ordem, o Bicuço e o Monstro. No entanto, como você deve se lembrar a Sra. Narcisa Malfoy também era uma Black portanto ela deveria receber a herança também, mas nós da ordem interferimos em parte no processo e a única coisa que ela poderia ficar seria a casa dos Black(onde fica a ordem), visando que isto causaria um grande embaraço a ordem gostaria que você, quando for receber a herança entrasse em contato com o Monstro para enfim acabarmos com esse processo.
Acreditando que você irá aceitar, estarei aí daqui a dois dias para buscá-lo e levá-lo ao ministério para terminarmos com isso tudo.
Atenciosamente,
Alvo Dumbledore."
Ao terminar de ler aquela carta ele não soube o que fazer, ele havia herdado toda a fortuna dos Black, mas ia ter de enfrentar um processo contra os Malfoy e encontrar o verme do Ministro. Foi então que Harry viu pela janela seu primo Duda e os amigos dele conversando baixinho, provavelmente armando alguma, foi ai que lhe surgiu uma imensa vontade de segui-los.
Harry saiu correndo do quarto, descendo de três em 3 degraus a escada e passando tão rápido para o fundo da casa que nem seus tios perceberam sua saída. Quando chegou ao lado de fora viu que Duda e seus amigos estavam indo para o Largo das Magnólias. Chegando ao parquinho de lá ele ouviu um grito e várias risadas em um canto afastado, esgueirando-se até uma árvore ali perto viu o que eles faziam. Duda e seus amigos estavam espancando um garotinho de no máximo 11anos, de cabelos negros e revoltos e bastante magro, que chorava e gritava desesperadamente, Harry começava a sentir o sangue ferver quando algo estranho aconteceu, uma luz forte ofuscou a visão de todos e segundos depois os amigos de Duda estavam todos jogados no chão a uns 5 metros do garotinho, que olhava aturdido para eles. Logo Harry entendeu, aquele não era um garoto comum, ele era um bruxo.
Segundos depois Duda levantou rapidamente dando um soco no queixo do garoto dizendo:
- E agora? Aprendeu a me respeitar?
- Vai ver se eu to em sua casa! – resmungou falho o garoto
- Ora seu! – disse Duda levantando o punho que foi segurado por Harry
- Que feio Dudoca, batendo naqueles que tem respostas à altura pra você? – soltando o punho de Duda e pulando na frente do garoto
- Moço! Por favor, me ajude! – disse com uma voz esganiçada atrás de Harry
Harry não queria se meter em confusão, mas não podia negar um pedido de ajuda, ainda mais que era contra Duda.
- Está bem. Mas não saia de trás de mim. – disse Harry – Duda! Deixe esse garoto em paz! Ele é igual a mim, possui "aquele" segredo.
- Segredo? – resmungou baixinho Duda aturdido – Não pode ser aquele homem monstruoso disse que você era o único em um raio de quilômetros.
- Ele estava certo, este garoto ainda não foi pra "lá"! Agora dêem o fora daqui!
- Como ousa falar assim com o Dudão! – disse um garoto de uns 17 anos, mas com corpo de 20.
- Quieto, Jacob! – gritou Duda – Deixe-os em paz vamos para o outro lado do Largo.
Duda se virou e saiu andando pesadamente para o outro lado enquanto seus "amigos" gritavam com ele. "O que ouve Duda?; Você tem medo dele é?;Não sejam ridículos! Eu apenas não quero problemas com meus pais!"
Harry ainda os olhava sério quando se virou e fez uma pergunta ao garoto.
- E então? Você está bem?
- Estou sim, só uns cortes, nada demais. Obrigado moço, pela ajuda. Agora acho que já vou, tenho que encontrar comida e um lugar para dormir – disse saindo
Harry sabia que aqueles cortes eram fundos, e também sabia o que era passar fome, afinal seus tios já o tinham proibido de comer durante vários dias no passado, além do que passar a noite em um banco de praça não deve ser nada confortável.
- Espere garoto! Venha, vamos a minha casa. Esses ferimentos estão muito fundos e você pode comer lá. Além do que temos algo a conversar.
- Sério moço? – disse o garoto sorridente
- Claro!Agora vamos, já está ficando tarde. – disse Harry
Eles andaram um pouco e logo já estavam na casa dos Dursley subindo a escada para o quarto de Harry quando Petúnia apareceu.
- O que é isso moleque? Trazendo mendigos para casa! Ponha-o para fora! – esbravejou Petúnia Dursley.
- Você não tem nada haver, e nem que se preocupar com quem eu trago para essa casa, que também é minha! E não me incomode mais! – disse Harry pondo o garoto para dentro do seu quarto e batendo a porta na cara de sua tia.
- Muito bem garoto! – disse Harry virando-se para o armário e pegando uma caixa com algodão e uma poção para curar pequenos ferimentos – Você tem pais?
- Não.
- Ninguém de sua família mora aqui por perto?
- Não, estão todos mortos, só sobrou eu...
Harry olhou para ele com carinho, afinal eles eram bem parecidos...
- Qual é mesmo o seu nome? – voltando a por poção nos ferimentos
- T-Thiago. – disse enquanto gemia com o ardor da poção
Harry sorriu, era o mesmo nome de seu pai.
- O meu é Harry, Harry Potter. – disse olhando para ele – Olha eu sei que você deve estar com fome e provavelmente precisando descansar, mas precisamos conversar – Harry deu uma para estratégica e disse – Thiago, você é um bruxo.
Um silêncio constrangedor se instalou no lugar até que Thiago disse ofegante:
- E-e-eu s-sou o-o quê?
- Um bruxo Thiago- repetiu pegando umas mudas de roupa antigas dele no armário.
- Não pode ser! Isso não existe! – disse balançando a cabeça negativamente.
- Não é porque você sofreu tanto que é magia não existe. Me diga, você nunca fez nada acontecer quando você estava apavorado ou zangado? Algo como o que aconteceu no parque?
Thiago olhou pela janela. Pensando melhor ele já tinha feito cada coisa estranha pra se defender.
Thiago olhou para Harry, sorrindo, e viu que ele ria abertamente.
- Viu? – disse Harry – Você é um bruxo! Agora venha, vá tomar um banho e ponha essa roupa enquanto pego alguma coisa pra você comer e depois você pode dormir em minha cama. Há propósito, acho melhor você morar comigo a partir de hoje, você estará melhor protegido aqui. Agora sou seu irmão mais velho. – completou sorrindo Harry.
- Obrigado Harry! Disse o garoto pulando da cama e dando um abraço "molhado" de lágrimas em Harry.
Naquela noite, Thiago dormiu muito feliz, como ele a muito tempo não dormia afinal tinha escapado do Duda, ganho comida e uma cama quentinha, descobriu ser um bruxo, e havia ganho um irmão mais velho, ah como aquela noite foi perfeita.
