Conhecíamo-nos a muito tempo, talvez mais do que eu pudesse me lembrar, mas nunca fomos realmente amigos. Na verdade ninguém do meu grupo era amigo, tudo era movido por interesse. E é assim que o mundo funciona. Mas agora, deitada nos lençóis dele, eu me pergunto se não existe algum embasamento emocional.
Não. Isso é idiotice. É tudo puro sexo. Instinto e desejo fumegando e exteriorizando. Porque não existia uma só alma, ou toda aquela besteira de borboletas e olhar no fundo dos olhos. No fim, éramos só duas pessoas buscando prazer e esquecendo o mundo num orgasmo. Blaise e Pansy. E, apenas, sexo.
