Nota da Autora: Essa fanfic é, na verdade, a fanfic "Presente – uma questão de ponto de vista". Essa fic foi a primeira que escrevi e com o passar do tempo fui notando certos defeitinhos e falhas, tais coisas me impediam de conseguir concluir a fanfic apesar de já ter toda a trama desenrolada na minha cabeça. Percebi que o único modo de conseguir ir em frente era reescrevê-la do início. Espero que apreciem.
Just Fee and Nothing Else.
Tempus Ex Machina
Uma trama de futuro e passado.
and Nothing Else.
Obs: Os jovens titãs não me pertencem, infelizmente. Ares e Nightstar pertencem a "Rahkshi500" e a fanfic "Life in Peace", com algumas alterações para se adequarem a minha fic. Os gêmeos (Katee e Zach) e a Vi (Violet) pertencem a limey404 (.com/) com a devida alteração na idade para se adequar ao tempo da fic.
Sinopse: Não existem finais felizes, eles são algo reservado apenas as novelas das oito. No mundo real os heróis são demasiados humanos para serem considerados supers, mesmo aqueles que tem poderes especiais. Há um futuro negro, um ditador, velhos guerreiros e um punhado de jovens que cometem muito erros na tentativa de acertar.
Introdução – Aqui, onde tudo (re)começa
Os anos são imperiosos, não poupam ninguém. Homem ou herói, as areias do tempo correm para todos. O metal oxida, a poeira se acumula, tecnologias tornam-se obsoletas, tanto rugas quanto fios brancos se apoderam das faces jovens, os rebeldes de ontem são os conservadores de hoje e os namorados casam-se e têm filhos que é o único jeito seguro de ficar para sempre no mundo.
30 Anos no Futuro...
Agora se tivéssemos o poder/ De trazer para casa nossos vizinhos da guerra/ Eles poderiam nunca ter perdido um Natal/ Sem mais fitas em suas portas – Waiting on The World to Change – John Mayer
Nos corredores vazios duas figuras indistintas se esqueiram pelas sombras estando atentas a todos os ruídos da casa a dormir. O pai não se encontrava, mas se estivesse ali provavelmente roncaria em seu quarto de casal ou jogado no sofá da sala. Os gêmeos dormiam o sono pesado das crianças pequenas, que conseguem ter uma boa noite de sono restaurador mesmo com os maiores problemas acontecendo no mundo do lado de fora do quarto. A filha do meio não dormia, mas também nada escutaria estando tão preocupada com seus demônios internos como estava. Os agregados, que toda família possui, não dormiam exatamente; um se debruçava cansado sobre o teclado docomputador com plantas e planos lhe servindo de travesseiro enquanto o outro estava fora, cuidando dos próprios assuntos ou dos assuntos de terceiros. E, para completar o quadro, dois leitos perfeitamente arrumados denunciavam nossos insones fugitivos que acabavam de arrombar a tranca de uma determinada sala onde agora entravam.
Um único objeto se encontrava ali, uma máquina feita de aros presos uns aos outros em uma pequena plataforma e um complexo painel de controle sobre uma mesa de aço. Ali estava a panacéia de todos os problemas, ao menos, era o que os jovens acreditavam em sua ingenuidade.
- Espero que o Cib não pegue a gente... – murmurou uma garota de uns 15 anos, bem baixinha, com a pele verde acinzentada, olhos arroxeados e com cabelos verdes no estilo rastafari – Porque você sabe, né? Nenhum deles concorda com o que vamos fazer... Podemos acabar estragando tudo, piorando as coisas!
- Vai vacilar agora, maninha? – sorriu o garoto de pele muito pálida com cabelos roxos dotados de uma mexa verde que simplesmente não se assentava com o resto do cabelo e olhos verde esmeralda, se você reparasse bem poderia ver um canino mais pontudo aparecendo sob os seus lábios – Onde está sua coragem? A sua decisão? O seu...
- Arre! Você sabe muito bem onde eles estão! – exclamou ela cruzando os braços e se apoiando na parede – O.K., você tem razão. Nós temos que tentar, mas você sabe o que o Tio Cib diz sobre isso...
- Eu sei... – ele dá um muxoxo – "Regra de ficção científica número um: Nunca mexa com o passado ou os macacos acabarão dominando o mundo!" – ele suspira – Ele disse isso todas as vezes em que eu propus a nossa idéia... Mas, o que está acontecendo com você, Ártie? Pensei que já estava tudo acertado? – enquanto diz isso digita as coordenadas na estranha máquina – Amarelou?
- Não, sr. Ares... Eu não amarelei... Primeiro porque eu sou VERDE, segundo porque eu não estou nem um pouco a fim de ter as minhas moléculas desintegradas em um protótipo de viagem temporal maluco de um pirado que trabalhava pro nosso inimigo!!!! – berrou a garota completamente descontrolada.
Ares conjura uma mordaça de energia telecinética negra em torno da boca de Ártemis – Shhhh... Você não quer que nos descubram, quer? – a jovem acena negativamente com a cabeça – Você não gostaria que todos aqueles que morreram por causa dele estivessem vivos? Que todos aqueles que se separaram e brigaram por causa dele estivessem unidos novamente? Você não gostaria que vivêssemos em tempos mais tranqüilos... Onde cada dia não fosse uma guerra pela vida? – nos rostos dos jovens se vê lágrimas que teimosamente se desprendiam de seus olhos... Ártemis acenou afirmativamente com a cabeça e Ares voltou a regular a máquina.
Tempo presente...
A Irmandade do Mal foi derrotada, definitivamente, e a vida dos titãs era a mais tediosa possível, pois desde que eles se tornaram um grupo tão grande e forte menos vilões e malucos se atreviam a encará-los tanto que, me atrevo a dizer, que os nossos heróis jovens favoritos estavam perdendo um pouco da sua forma e se acostumando a essa boa vida.
- Que tédio! Não aparecem mais vilões decentes por aqui, ultimamente só temos enfrentado ladrões de galinhas. – fala um entediado Ciborgue enquanto se espreguiçava. – Parece que espantamos todos os vilões decentes que havia na cidade!
- Tem razão... Até o Slade não está dando as caras ultimamente... – comenta Robin enquanto olhava pela milionésima vez um dos monitores que scaneavam a cidade – Era de se esperar que depois daquela aparição ele voltasse aos velhos negócios! - derrepente algo interfere nos aparelhos eletrônicos da torre. As portas automáticas abrem e fecham continuamente, os computadores entram em pane, os radares enlouquecem e um enorme campo eletro-magnético se forma no meio da sala abrindo uma fenda no tempo-espaço contínuo.
- O que é isso?! – fala Ciborgue se levantando com certa dificuldade, seus computador central também estava dando problemas.
- Deve ser um novo golpe do Slade! – nem é preciso explicar quem falou isso não é?
- Espere! – berrou Mutano colocando-se junto ao titã metálico – Parece que tem vozes saindo daí de dentro...
- Nem vem Ares... Eu não vou primeiro! – os titãs ouvem uma voz feminina através do portal e se aproximam.
- Hei! Eu sou o irmão mais velho! Então eu MANDO você ir primeiro!
Os titãs se entreolham espantados e todos agora já estão em posição de ataque, Ciborgue, em particular, se aproxima ainda mais com o seu canhão sonico preparado para dar um tiro no que quer que seja.
- Por isso mesmo... É sua obrigação me proteger!
- E por acaso você nunca ouviu falar em "as damas primeiro"?! – exclamou a voz masculina.
- E você nunca ouviu falar em direitos iguais?!
Silencio. Os cinco heróis aguardavam ansiosos o densenrolar da situação, mas com um certo ar de riso contido pensando em que espécie de vilões seriam esses que discutiam de maneira tão hilária.
- Par ou impar então? – ofereceu a voz masculina.
- Ok, mas não vale ler minha mente! Impar!
- Par!
- Droga! – exclama a voz feminina.
Mais um momento de silêncio. Ciborgue se aproxima mais um pouco mais até que...
BAM!!!!
Uma garota verde sai de dentro do campo e cai em cima do nosso titã metálico, logo seguida por um garoto pálido-acinzentado...
Ninguém consegue falar nada de tão espantados com tal aparição, a semelhança desse jovens com certo membros da equipe não passa desperbida, apenas olham de queixo caído.
- Err... Oi... – cumprimenta a garota com um sorrisinho tímido.
