Os habitantes de Zelda são seres completamente evoluídos mentalmente, porém seu físico, ou seja, seus corpos são completamente deformados e os dá a aparência de monstros o fator que impulsionou a criação de um aparelho capaz de modificar a imagem de quem o possuísse, algo como ilusão de ótica. O planeta não tem governante, sua fé os liga a Zeus, um poderoso Deus da mitologia Grega que séculos atrás alguns habitantes que diziam ter visitado o planeta Terra trouxeram gravuras e livros sobre tal assunto, desde então nenhum deles tiveram contato com humanos, eles sabiam que existia vida fora de Zelda, mas nunca ousaram sair de lá. A poderosa estátua de Zeus no centro do planeta foi palco de batalhas incrívei ponto principal para adoração de fiéis. Nunca, em história nenhuma houve fecundação entre seres de outra espécie e Zeldas, eles não tinham relações sexuais, sua descendência vinha de inseminações artificiais muito bem elaboradas, o foco era não originar fetos com algum tipo de deficiência ou doença.
Alguns sábios diziam que o dia que o soberano chegasse para comandá-los e torná-los a raça perfeita, a estátua de Zeus se partiria em duas por um raio e todos saberiam que a criança destinada havia chegado. Nunca se soube de onde essa noticia se originara, nem se era verdadeira.
Abril de 1980 – Zelda
Uma jovem Zelda que aparentava ter uns vinte anos se aproximava da estátua de Zeus, suava muito e sua barriga estava dilatada. Seus tentáculos com uma coloração rosa pareciam que desabariam a qualquer momento, mas uma atração muito forte a puxava para cima. Subiu e parou no colo do poderoso Deus que estava sentado em uma poltrona e segurava algo como uma lança.
- Oh meu Senhor, quanta desgraça há de cair sobre mim por ser tão imprudente e desonrá-lo subindo até aqui.
Nesse momento algo começou a surgir do meio dos tentáculos da jovem criatura, um choro estridente de criança denunciava o que estava acontecendo. Ela faria um parto no colo da estátua!
- OLHEM LÁ! – algum curioso que passava por ali apontou na direção da criatura que não se agüentava em pé. Todos que passavam no lugar olharam.
- PERDÃO DEUS! – pegou a criança no colo e olhou com olhos piedosos a figura majestosa diante de si.
Rapidamente nuvens negras tomaram conta do céu do local. Ouviam-se somente burburinhos dos curiosos ali presentes.
- Uma criança anormal! Blasfêmia. – alguém na multidão disse. O pavor instalado em sua voz.
Outras berravam palavras sem nexos. Todos estavam curiosos e enraivecidos com a criança que acabava de nascer. Os mais sábios souberam identificar sua aparência humana, mas isso não foi suficiente para calar a sede de curiosidade de todos. Como podia ser possível uma humana nascer de um Zelda? Impossível.
Trovões começaram a assustar a população, mas ninguém ousava parar de olhar a figura imponente de Zeus que parecia erguer-se sobre todos.
- Deus. Piedade. – a criatura implorava com a criança em braços. – N-n-não tenho c-cul-p-pa. – algumas lágrimas escuras saiam de seus olhos, a criança em seu braço enxugou-as com a mão gorducha e pequenina.
Outro estrondoso raio assustou a população, foi então que lentamente, um raio caiu sobre a cabeça de Zeus provocando uma pequena rachadura, que logo foi crescendo e crescendo, partindo a escultura em duas. A estátua não desabou como alguns imaginavam, permaneceu na mesma posição, apenas se via uma pequena fresta que dividia as partes.
O céu clareou e deixou a todos bestificados.
- Deus nos poupou. – alguém no meio da multidão disse.
- OLHEM, ELA E A CRIANÇA ALI! – todos olharam para o pontinho rosa.
- Olhe o que fizeram, causaram a ira de Deus, devemos matá-las. – alguém disse.
- NÃO. – outra pessoa disse. – Ela é A Soberana. Não vêem?
Alguns soltaram um "Oh" enquanto outros gemeram com a possibilidade. Nenhum único ser daquele lugar não sabia sobre tal assunto, era algo aguardado por uns e descartado por outros.
No lugar onde mãe segurava filha reinava o silencio, a criança parecia perceber o tamanho do estrago que causara, apenas observava o rosto da mãe. Esta gemia coisas sem nexo.
- Como assim? Filha? Eu nem. Estava grávida. – levou uma mão ao rosto como que para lembrar-se de alguma coisa que estivesse faltando. – O que...
Quando ia dizer algo, a criança em seus braços se solta e cai sentada no colo de Zeus. A criatura observa atentamente a outra.
- Uma menina?
- Sim. – a criança simplesmente responde fazendo com que a criatura desmaie.
Abril de 2000 - Zelda
Dia 23
- Sakura-sama. – uma jovem de cabelos compridos e escuros se curvou perante uma jovem de longos fios róseos. – Tem certeza que não deseja comemorar seu nascimento? Amanhã faz vinte anos. – sorriu meiga.
- Hinata, conversamos sobre esse assunto pelo menos umas dez vezes hoje. – penteava seus cabelos com os dedos e olhou a garota.
- Hai. Desculpe. – curvou-se novamente. – Jiraiya-sama deseja vê-la, está no escritório. – e com isso saiu do quarto.
- O que aquele velho tarado quer? – pensou alto.
No dia de seu nascimento, um grande acontecimento mudou a rotina de todos os habitantes de Zelda, a partir daquela data eles viviam para ser governados por uma criança que mal nascera. Uma criança dotada de habilidades incríveis e desconhecidas. A mulher que deu a luz a ela se matou. Dizia firmemente que não era mãe da pequena criança, que não havia sido fecundada, nem inseminada por laboratório algum. Ninguém acreditava, óbviamente, todos presenciaram o nascimento da pequena, sentindo-se pressionada ela se suicidou e a criança passou para os cuidados de um famoso cientista e sua companheira Tsunade.
Tsunade ensinou muitas coisas úteis para a jovem e a nomeou Haru no Sakura, Flor de Cerejeira da primavera tal a estação que a pequena nasceu, a cor de seus cabelos lembravam muito as flores de cerejeiras e por isso o nome Haruno Sakura. Quando pegou certa idade Jiraiya passou a tentar espia-la quando estava se trocando ou tomando banho. Foi proibido por Tsunade de se encontrar com ela sozinho.
Sakura andou pensativa pelos corredores do imenso local onde morava. Usava uma calça de couro preta e uma regata vermelha, por precaução colocou um casaco, também preto, Jiraiya é muito engraçadinho e poderia querer tentar algo pervertido com ela.
- O que deseja Jiraiya-sama? – abriu a porta marfim do escritório. – Tsunade-sama? – assustou-se. – Hinata não me disse que a Senhora desejava falar comigo também. – aproximou-se dos dois que estavam sentados em poltronas diferentes.
- Sente-se, precisamos ter uma conversa. – dessa vez Jiraiya estava sério.
Ela se sentou e escutou o que os dois tinham a dizer, e o assunto não a agradou nem um pouco.
Mais tarde em seu quarto ela refletia sobre sua missão, sobre seu nascimento, e todas as coisas estranhas que sempre aconteciam a ela.
- Por que eu sou a escolhida? – fechou os olhos e entrou na escuridão, uma escuridão extremamente perturbadora.
Abril de 2000 – Terra
Dia 23
- Parabéns meu filho. – uma mulher abraça o filho. – Ah! Sasuke. Como estou orgulhosa. – beija a face dele.
- Sem dramas dona Mikoto. – o rapaz moreno chamado Sasuke retribui o abraço da mãe.
- Mas... – fez biquinho. – Agora você é realmente um policia federal. Seu pai se estivesse vivo também estaria orgulhoso.
A face do jovem se contorceu numa careta, falar de seu pai morto não era muito bom. O lembrava de como queria ser alguém digno e respeitado. Agora se tornara alguém assim, mas seu pai não estava lá para ver.
- Cadê Itachi? – Mikoto seguiu pelos corredores. O moreno foi junto.
- Teve que cobrir uma matéria de ultima hora. Parece que alguém da região leste viu um óvni ou algo do tipo. – pegou uma maçã verde de uma cesta sobre o balcão, sua mãe estava preparando algo no fogão, algo delicioso a julgar pelo bom cheiro. – Besteira! – bradou. – Quem acredita em algo assim? Eu não. – riu.
- Nunca se sabe. – foi a única coisa que sua mãe disse.
Abril de 2000 – Zelda
Dia 24
Sakura comemorou seu aniversário em seu quarto. Dispensava qualquer visita, fosse Tsunade ou suas criadas. Suas fiéis servas eram as únicas permitidas a entrar em seus aposentos.
- Sakura-sama. – uma loira pronunciou o nome de forma sutil. – O que houve? Tsunade-sama mandou preparar uma nave com suprimentos para pelo menos dois anos. Ordenou que nós também nos preparássemos, pois iríamos viajar para a Terra. A TERRA! – dessa vez soltou um gritinho.
- Ino, não grite. – uma mocinha que usava dois coques na cabeça repreendeu a outra.
- Desculpe Sakura-sama. – Ino curvou-se em sinal de respeito.
- Eu irei lhes contar já que isso afetará suas vidas também. – mais duas garotas juntaram-se a elas e formaram um circulo no meio do quarto. Todas se sentaram no piso frio.
- Acontece que... – fez uma pausa dramática. – estou em idade de procriar. – Permaneceram imparciais quanto a esse assunto, não era novidade que fêmeas Zeldas deviam continuar a linhagem procriando aos vinte anos. – Mas eu não farei isso nos laboratórios de nosso planeta, de acordo com escrituras sagradas dos livros secretos A Soberana nascida no colo de Zeus deve viajar até o planeta Terra e se acasalar com um "humano" portador de genes perfeitos.
Todas pensavam e ninguém ousou falar algo. Quem quebrou esse silêncio foi Hinata, a morena de olhos perolados. Sua voz saiu fraca e baixa, porém todas ouviram.
- E como saberemos quem é o portador de genes perfeitos? – perguntou.
- Por isso precisarei da ajuda de vocês. – sorriu ternamente. – Quem mais teria as habilidades e ousadia de vocês? Conto com a ajuda de todas. – sorriu mais amplamente.
As quatro jovens tinham a aparência de garotas humanas, pois foram criadas em laboratórios a partir dos genes humanos de Sakura qual ninguém soubera explicar o porquê da mutação genética, nenhuma delas sabiam desse segredo apenas a jovem soberana que prezava pelo bem estar delas mais que tudo. Elas eram como uma família, uma feliz família que nunca tivera.
- Ten Ten! Me ajuda com meu cabelo, onegai. – a Haruno deixou seu olhar cair sobre a morena. – Pode diminuir o comprimento dos meus fios? – puxou o rabo de cavalo frouxo por sobre o ombro.
- Claro que sim Sakura-sama.
- Ótimo, me cansei desse cabelo comprido, corte-o bem curto!
As meninas se entreolharam, não estava certo sobre o pedido de sua majestade, seu cabelo rosa era perfeito, bem cuidado e lindo. Teria ela se revoltado com alguma coisa? Elas não sabiam ninguém sabia. Tão inocentes, mal sabiam que na Terra adolescentes que se rebelam contra algo fazem coisas piores, tsk!
Abril de 2000 – Terra
Dia 24
- Itachi-niisan, não sente calor com esse manto gótico estranho? – Sasuke mordia uma maçã enquanto observava o irmão mais velho descer as escadas indo direto para o hall da casa.
- Sacrifícios meu caro, tudo pelo meu estilo. – sorriu.
O moreno arqueou as sobrancelhas, seu irmão era demasiado estranho. Usava um sobretudo preto com nuvens vermelhas e o seu cabelo comprido lhe davam uma aparência gótica, ficava pior quando ele colocava lentes vermelho sangue para imitar algum personagem daqueles desenhos japoneses.
- Okaa-san me contou que foi promovido Sasuke, espero que agora pare de agir feito uma criança e se torne um homem de verdade. – debochou do mais novo. – Eu já vou indo, parece que o pessoal lá do beco viu um ET noite passada, preciso documentar isso. – seu olhar adquiriu um brilho sádico. – Até.
- Baaka, como pode acreditar em coisas como essas? Impossível existir ET's. Simplesmente impossível.
xoxoxo
- NARUTO! Você tem até dois segundos para tirar essa cueca da minha cadeira! – vociferou certo homem com cabelos prateados.
- Mas, mas Kakashi-sensei...
- Sem mais. O que pensa que está fazendo trazendo todas as suas coisas para a Sede seu idiota? – falou tudo com mais calma.
- Eu fui expulso de casa, não tenho dinheiro suficiente pra pagar uma pensão. – choramingou.
O homem chamado Kakashi suspirou. Colocou a mão sobre os olhos e pareceu pensar por meio minuto.
- E você se instalou na minha sala?
- Aham.
- E pelo que vejo está muito bem acomodado, estou certo?
- Com certeza, aqui é muito bom, não tenho que pagar contas e tudo mais. – cruzou as mãos, seus olhos azuis começaram a brilhar freneticamente. – Eu sabia que o Senhor me deixaria ficar aqui! – abraçou as pernas do outro.
Este por sua vez se controlava internamente para não fazer o garoto voar com apenas um chute.
- Naruto, eu te dou não dois segundos, mas sim um e meio. Pra. Você. Dar. O. Fora. Daqui. Entendeu? – saiu batendo a porta atrás de si.
O rapaz Naruto passou a mão em seu cabelo loiro e suspirou. Iria ter que procurar um de seus amigos pra pedir ajuda ou então passaria a morar embaixo da ponte que ficava o esgoto mais podre do mundo. Quanto sofrimento...
