02 de Julho de 2010.
Resumo: Jensen fez Misha de gato e sapato; agora era hora de dar o troco. Continuação de "Quem é a mulherzinha agora?".
Avisos: Conteúdo adulto! Slash! Ou seja, sexo entre dois homens, também conhecidos como Misha e Jensen. Se não gosta, sugiro que procure outra fic pra ler. Tenho outras bonitinhas, também. Spoilers de "Quem é a mulherzinha agora?", você precisa ler aquela pra entender de onde esta saiu.
Thata diz:
Olha, nem tinha pensado em fazer uma continuação. Ia ficar daquele jeito e pronto. Mas, como eu poderia não fazer, não é mesmo? Jensen vem, faz o que quer com o Misha e vai embora sem dizer nada? Nem pensar! Então, nessa fic, vou vingar meu moreno-anjo preferido. Jensen vai se arrepender de ter cruzado nosso caminho.
Agradecimento especial a Galatea Glax e Carol, por serem meus termômetros. Só postei por causa de vocês. Então, galera que vai ler isso aqui, se acharem ruim, culpem as duas por me fazer acreditar o contrário, certo?
Para Carol Camui e Sam Morgado
que numa tarde no Twitter, postando plots pra fics Misha/Jensen,
me deram inspiração para começar esta fic.
Cont. Quem é a mulherzinha agora?
Vingança é um prato que se come... Quente!
Capítulo Um
Misha Collins acordou dolorido e desconfortavelmente jogado no chão do corredor que levava a seu quarto. Depois que Jensen saíra, ficara jogado ali, incrédulo, por muitos minutos. Quando o sono lhe possuiu, se sentiu muito cansado para ir até sua cama. Enroscou-se no tapete que havia por perto e adormecera ali mesmo.
Agora, algumas horas depois de toda aquela ação da madrugada passada, seu pescoço e costas doíam. Ele levantou calmamente, segurando-se à parede. Sentiu uma pontada em um lugar estranho, que nunca tinha sido utilizado de forma tão bruta quanto na noite passada, e fez uma careta.
Caminhou até o banheiro, passo atrás de passo. Precisava de um banho. Sentia-se sujo, maculado. Por mais prazeroso que tivesse sido, aquilo não era certo. Misha não era gay. Jensen não era gay. E o que tinham feito noite passada... Jensen usara-o só para provar um argumento?
Sentia-se a mais podre das criaturas. Porque gostara. Porque gemera, aprovara, incentivara. Ele tinha beijado Jensen. Começara a arrastá-lo para seu quarto. Misha nunca faria isso em seu juízo perfeito. Mas quem é que poderia ficar em seu juízo perfeito diante a presença de Jensen Ackles?
Afundou-se na banheira, fechando os olhos e tentando não pensar em nada. Inútil, pois as cenas voltavam com força à sua cabeça. O jeito como os lábios de Jensen violentaram os seus, como o jogara na parede, como provara sua pele... Aquelas ações voltavam com mais lucidez do que quando aconteceram.
Misha afundou a cabeça dentro d'água, abafando todos os sons do mundo acordado lá fora. O silêncio que a água abrigava fora bem-vindo e Misha quase suspirou. Precisava clarear as idéias. Era muita coisa para ser processada.
Depois de alguns minutos de molho, Misha saiu, se enxugando e enrolando a toalha na cintura. O espelho estava embaçado e ele passou a mão no vidro para limpá-lo. O que viu o deixou chocado e mudo por instantes: manchas roxas por todo o seu pescoço e colo. Dentadas, chupões, beijos avassaladores... Ele não devia ter deixado Jensen brincar com ele.
Passou a mão nas provas criminosas em cor púrpura. Estava ferrado.
Atacou o guarda-roupa, procurando por alguma coisa que escondesse a maioria delas. A última coisa que precisava eram pessoas encarando e perguntando o que acontecera. Pensando bem, quem seria idiota o suficiente para perguntar? Que outra coisa podia ser?
Achou um suéter de gola alta e se enfiou nele rapidamente. O bom de se morar em Vancouver era o clima frio. Misha agradeceu aos céus por estarem em pleno inverno. Se Jensen tivesse esperado o verão para... Não, ele não queria nem pensar.
Terminou de se vestir e olhou o espelho que havia no quarto. Ainda havia marcas à mostra. Lembrou-se de um kit de maquiagem que tinha ganhado de um dos maquiadores. Alcançou-o na gaveta da cômoda e ficou olhando o pequeno estojo preto. Ele não sabia nem por onde começar.
Pegou um pouco de base – com o dedo mesmo, por falta de coisa melhor – e esfregou a pasta por cima de um dos machucados. Depois de alguns minutos empenhado à tarefa, tinha conseguido escondê-los superficialmente. Qualquer pessoa que encarasse seu pescoço por mais de cinco segundos conseguiria ver os rastros da noite passada.
Enquanto pegava suas coisas e se dirigia à garagem do seu prédio, ele rezava silenciosamente para que ninguém resolvesse reparar nele naquele dia.
O caminho todo foi assombrado por Jensen e suas características mais tentadoras. Sua boca, sua pele, seu cheiro, seus olhos verdes escurecidos pelo desejo... E cada segundo que Misha gastava pensando no loiro, fazia sua raiva crescer.
Jensen não tinha nenhum direito de povoar seus pensamentos daquele jeito. Misha era um homem. Heterossexual. Que gostava de mulheres. Que era casado com uma mulher.
Gemeu baixo quando lembrou de Victoria. Ela era uma mulher tão maravilhosa e paciente... Não merecia ser enganada daquele jeito. Pensando bem, Misha nem sabia o que aquilo era ainda. Nem sabia se existiria alguma coisa que fosse impedi-lo de continuar a viver sua vida normalmente. Estava se torturando à toa.
Ele parou de pensar. Não o levaria a lugar nenhum. Encostou o carro na portaria, dando bom dia ao homem gordinho e grisalho, Jerry, que sempre puxava assunto com Misha. O moreno não podia estar mais agradecido por ter uma distração.
Jerry lhe entregou uma prancheta, que ele assinou enquanto sorria por um comentário que escutara do outro. Quando olhou para cima para se despedir, sentiu os olhos grandes e castanhos do porteiro em seu pescoço. Ele olhou do roxo para Misha, dando um sorriso cúmplice, balançando a cabeça em aprovação.
Misha se despediu e dirigiu para longe dali o mais rápido que pôde. Se aquilo era indicação de como seu dia seria, ele estava fortemente considerando a hipótese de voltar pra casa, alegando doença.
Misha parou o carro em uma vaga no estacionamento do estúdio, olhando para frente enquanto desligava o carro. Encostou a cabeça no volante, fechando os olhos e respirando fundo. Precisava enfrentar aquele dia com a cabeça erguida. Comentários iam surgir, olhadelas de lado também... Ele só precisava ficar calmo.
Saiu do carro, decidido, começando seu dia de trabalho.
Thata diz: E aí, gostaram? Não? Reviews pra eu ficar sabendo!
