Anime: Inu-Yasha
Autor: Prímulla
Título: O Fulgor dos Deuses
Gênero: Romance/Aventura
Esses personagens não me pertencem, são exclusivos do talento primoroso de Rumiko Takahashi, tomei emprestado apenas pra escrever essa fic, que não tem nenhum fim lucrativo, apenas a finalidade de diversão.
O Fulgor dos Deuses
(por Prímulla)
Capítulo I - O despertar
Ela emergiu lentamente do lago, os longos cabelos negros moldando-lhe o rosto de pele muito clara e de uma beleza sensual, evidenciada na boca delineada com cuidado, rosada, convidativa... As longas madeixas negras desciam pelos ombros delicados, pousando nos seios redondos, firmes, cobrindo-os como um véu tênue que descia pelas curvas esbeltas do corpo dela, parando na altura da cintura fina, roçando suavemente nos quadris redondos. As coxas dela eram delgadas, pernas longas, bem torneadas, os pés delicados... Era a mais pura e luxuriante visão na forma de mulher, que pousava sobre as águas do lago como se tocasse o mais firmes dos solos.
Então, ela começou a caminhar, movendo-se com a leveza de uma brisa fresca da estação, exalando um odor cítrico, misturado a flores, vento, água, terra e fogo.
Ele sentiu a boca seca, o coração acelerar enquanto um suor frio descia por seu corpo quente, deliciosamente atormentado pela imagem dela. Tudo nela era perfeito, gostoso de olhar... Os olhos dele se fixaram no rosto lindo, presos no olhar profundo dos olhos oblíquos dela que tinham um tom azul profundo, capaz de esquentar-lhe ainda mais o sangue e roubar-lhe um pouco mais do ar, deixando-o arfante, quase sem poder respirar tamanha era sua excitação.
Ela estava quase junto dele, ele já podia lhe sentir o calor do corpo, imaginar a suavidade da pele dela. Ele enlouquecia lentamente com as imagens sensuais que lhe tomavam a mente enquanto ela se achegava mais e mais... Os lábios, que pareciam ter sido desenhados para saciar os mais proibidos dos desejos, estavam levemente entreabertos, convidativos, deliciosamente perturbadores...
-- Miroku... - ela sussurrou com a voz rouca, provocante, ele não resistiu mais, puxando-a com volúpia pra junto dele.
-- Miroku!!! - de repente a voz tornou-se mais clara e evidentemente irritada, então, uma bofetada vindo do nada lhe acertou o rosto, despertando-o. A linda mulher havia sumido e ele viu que abraçava Sango com força. Ela se preparava para bater nele novamente, ele a soltou imediatamente, recuando. A exterminadora o fitava com o rosto muito corado, parecendo-lhe um tanto quanto estranha... Havia algo no olhar dela... POWFT!! Ele sentiu o rosto arder com a bofetada dela. Nossa como ela tinha a mão pesada... - Seu tarado! O que pensa que está fazendo?! - ela perguntou muito brava, afastando-se dele.
-- Ah,... Eu estava sonhando... Desculpe... - ele balbuciou ainda atordoado pelo tapa e pela lembrança da mulher do seu sonho. Seu corpo ainda ardia, febril... Sango o fitou ainda mais incrédula, assustada e algo mais ardia nos olhos castanhos da exterminadora. Novamente aquele olhar... Seria...
-- Xiii, o que ta acontecendo com você Miroku? - perguntou Shippou surgindo do nada.
-- Shippou!?! Você tava ai? - perguntou Sango agora totalmente desconcertada e ainda mais corada. - Há quanto tempo você está ai?
-- Ah, desde que você tava olhando pro Miroku com uma cara assim - Shippou fez uma carinha apaixonada e até coraçãozinho circulavam seu rosto. Miroku arregalou os olhos e Sango ficou ainda mais corada.
-- Sango... - ele falou com doçura.
-- Não é nada disso! Você estava muito agitado, gemendo, e pensei que estivesse tendo um pesadelo ou algo assim, o Shippou está exagerando! - ela se defendeu de pronto. - Não me preocupo mais! - sentenciou com cara de brava.
- Tudo bem, pode se preocupar comigo Sango... - disse Miroku passando a mão no traseiro dela. Sango arregalou os olhos e POWFT! Uma bofetada certeira atingiu o rosto do monge. - Ai, minha mão ainda vai me matar... - ele disse com um sorriso amarelo, a marca da mão da Sango estampada no rosto dele.
- Seu tarado imoral! - resmungou Sango enquanto se afastava dos dois pisando duro.
-- Xi, hoje o povo ta sensível... - Shippou disse com cara de inocente. - Mas afinal por que você estava gemendo Miroku?
-- Ah, é um sonho que eu ando tendo - ele suspirou com um sorriso sonhador. - Esse sonho me persegue desde que nós começamos essa jornada na Montanha Sem Nome, às vezes, eu sonho até acordado... Ai, Ai... É um sonho tão bom...
-- É mesmo? E que sonho é esse?
-- É...
-- Safadeza de certo! - disse Inu-Yasha sentado num galho da árvore a qual Miroku estava recostado.
-- É verdade - Miroku concordou de pronto. - Mesmo assim é muito bom...
-- Era safadeza com a Sango? - perguntou Shippou curioso.
-- Claro que não! Mas a Sango é linda e...
-- Bah! Quanta sandice! Essa montanha é amaldiçoada, isso sim! - respondeu Inu-Yasha com a cara amarrada. Algo realmente parecia estar incomodando o meio youkai.
-- Não sinto nenhuma força maligna aqui, Inu-Yasha.
-- Não interessa o que você sente, esse lugar deve ser evitado, todo youkai sabe disso! Eu disse para não virmos! Seremos amaldiçoados!
-- Não sabia que você era supersticioso, Inu-Yasha - disse Miroku divertido.
-- O Inu-Yasha está certo, os youkais evitam a Montanha Sem Nome - disse Shippou muito sério. - Espero que a gente possa partir o quanto antes daqui...
-- Não há nada de errado com essa montanha e a Sra. Kaede disse que somente aqui podemos encontrar as ervas necessárias para tratar os enfermos do vilarejo e impedir que a febre vire uma epidemia - ponderou Miroku.
-- Diga o que quiser senhor Monge, mas será melhor deixarmos essa montanha o mais rápido possível - disse Inu-Yasha olhando o horizonte, as mãos ocultas dentro da manga de seu casaco. Ele estava realmente preocupado, aquela história não acabaria nada bem...
&&&&
Kagome viu Sango irritada, a exterminadora estava com um humor pior que o do Inu-Yasha, se é que era possível tal coisa... As duas, em companhia de Kirara, caminhavam pela floresta que crescia em abundancia na Montanha Sem Nome, elas procuravam as ervas para tratar das pessoas do vilarejo. Era uma busca demorada, pois as ervas certas eram difíceis de serem achadas. A vovó Kaede tinha apenas umas poucas folhas que ela e Kikyou haviam colhido há mais de 50 anos e por isso, Kagome poderia identifica-la sem muita dificuldade, uma vez que Kagome aprendia rapidamente sobre as plantas medicinais, quase como te tivesse um dom secreto.
-- Sango... Ta tudo bem? - perguntou Kagome preocupada com a amiga.
-- Ta! - ela disse entre dentes, enquanto puxava com força as folhas de um arbusto perto dela. - Não tou brava porque o Shippou ficou bisbilhotando e dizendo que eu tava com cara de apaixonada pro Miroku, tão pouco tou brava porque o Miroku fica suspirando acordado, de certo, pensando em safadezas...
-- Ah, é isso - Kagome sorriu. - Ta tudo mundo agitado desde que chegamos nessa montanha - ela comentou acariciando os pêlos macios de Kirara. A fiel companheira de Sango também se mostrava inquieta, como se aquele lugar exercesse algum poder sobre os youkais. - Até o Inu-Yasha tem receio desse lugar.
-- Ele lhe disse por que? - perguntou Sango curiosa.
-- Ele me disse que os youkais evitam esse lugar, que é amaldiçoado... Nem o Myoga quis vir com a gente, ele também não queria deixar o Inu-Yasha vir, mas por fim o Inu-Yasha veio.
-- Ele veio por sua causa Kagome - disse Sango sorrindo de leve. - É evidente que ele se preocupa com você e por isso ele veio, mesmo contrariando todo o receio dele em relação a essa montanha. Se o Miroku fosse assim...
-- Assim como Sango? - agora era Kagome que estava curiosa.
-- Não importa. Acho difícil imaginar porque os youkais evitam essa montanha, aqui é um lugar tão tranqüilo e bonito - ela completou fitando a paisagem ao redor delas.
A montanha Sem Nome, como era conhecida, tinha uma paisagem bucólica, com pássaros e árvores altas. Havia muitas flores, de todas as cores, formas e tamanhos. Tudo ali enchiam os olhos com beleza e tranqüilidade. Aquele lugar poderia ser tudo, mas era quase impossível imagina-lo amaldiçoado!
As duas se deixaram encantar pela beleza do lugar, vez ou outra colhiam flores de cores vibrantes, distraídas de tudo. Foi quando elas encontraram o lago. Era o mais sereno e encantador lago que elas já tinham visto. A água era tão azul quanto o céu e pequenas flores amarelas nasciam junto às pedras polidas do lago.
- Nossa!! - exclamaram as duas ao mesmo tempo. - Isso aqui é um sonho... - disse Sango realmente encantada com o lago.
-- Ai, podemos tomar banho! - exclamou Kagome radiante. - Vou chamar o pessoal!
&&&&
-- Bah! Não acredito que nos arrastou aqui por causa desse lago! - exclamou Inu-Yasha ainda com a mochila de Kagome nas costas e a bicicleta dela em uma das mãos.
-- Não reclama, esse lugar é perfeito pra gente passar a noite.
-- Passar a noite?! Você não colheu ervas suficientes ainda? - indagou Inu-Yasha apontado uma cesta cheia de ervas.
-- Precisamos de muitas, para não ter que voltar aqui mais tarde - explicou Kagome impaciente.
-- Isso não é bom, o Myoga disse pra gente não ficar aqui à noite - disse Shippou com cara de assustado.
-- Não tem nada aqui, parem de serem supersticiosos! - disse Kagome. - Não é verdade Miroku? - ela perguntou olhando pro monge. Miroku fitava o lago com o olhar fixo no azul infinito das águas, que ficavam cada vez mais escuras conforme a noite descia sobre a Montanha Sem Nome. Ele parecia nem perceber a discussão de Inu-Yasha e kagome, tamanha era sua concentração. - Ei, Miroku! - chamou Kagome mais alto. Ele então, pareceu despertar, pois ele a olhou com ar interrogativo. - O que foi? - ela indagou com o cenho franzido.
-- Ah... É o lago, ele...
-- Xi, o Miroku ta outra vez sonhando acordado... - disse Shippou.
-- Pensando em safadeza, isso sim! Depravado! - resmungou Sango irritada.
-- O lago é mesmo lindo, só que eu e a Sango é que vamos tomar banho primeiro - sentenciou kagome de pronto já esquecida da cara estranha do monge. - Por isso vamos esquecer essas tolices de maldição! Isso é crendice! Por isso, vocês rapazes, vão cuidar das coisas enquanto eu e a Sango, que demos o maior duro pra colher essas ervas, vamos tomar um banho bem refrescante. E nada de ficar nos espiando!
-- E por que nos iríamos ficar espiando vocês? - indagou Inu-Yasha com cara amarrada. - Até parece que vocês são lá grande coisa... - POWFT!! Sango e Kagome acertaram Inu-Yasha com dois socos poderosos. Um galo imenso apareceu na cabeça dele.- Maldição! Vocês me bateram, por quê?!!
-- Você ainda pergunta? Que atrevimento! - gritou Kagome.
-- É melhor a gente ir indo Inu-Yasha, acho que você tocou em algo muito delicado. Vamos, temos o que fazer - disse Miroku, já se afastando. Inu-Yasha ainda resmungou algo mais, porém, seguiu o monge, deixando as meninas com Kirara.
&&&&
Ele estava diante do lago. A lua refletia nas águas escuras e silenciosas como uma aparição prateada dentro da mais densa escuridão. Estava tudo quieto, nem uma brisa soprava. Nada, somente o silêncio e a escuridão. Mas afinal o que ele esperava encontrar naquele lago? Estava enlouquecendo. Eram apenas sonhos. Então, por que ele se sentia imensamente atraído para aquele lugar? E que coincidência era aquela, um lago igual aos seus sonhos? Só faltava querer que a mulher saísse de dentro do lago...
Ele sorriu e sem que pudesse controlar seus pensamentos, ele viu-se invadido pelas imagens sensuais dela, intensas e quase tão reais quanto à quietude da noite e a escuridão do lago. Eram pensamentos inadequados a um monge, porém, eram por demais desejados por ele. Ele desejava tocar a pele acetinada dela, correr seus dedos pelos longos cabelos negros dela, enquanto sua boca afogava-se na doçura quente e úmida da boca dela... Ele queria envolve-la em seus braços e aplacar o calor flamejante do corpo dele nas curvas esbeltas dela, sentindo as pernas delgadas prende-lo num circulo de pura luxúria e entrega... Ele desejava, ele queria aquilo com uma intensidade alucinante. Ele estava quente, arfante, tudo nele ardia de desejo...
Então, de repente, uma brisa cortou o ar, agitando as folhas das árvores e movendo as águas quietas do lago em pequenas e ritmadas marolas que suspiravam junto à margem do rio e, ele pode sentir o cheiro de terra, água, vento e fogo, que lhe embriagou os sentidos, despertando-o ainda mais para os desejos de sua carne. Um suspiro escapou-lhe dos lábios e querendo aplacar tamanho fervor, ele entrou no lago, molhando as pernas e descansando seu cajado nas águas frias. E como mágica o vento tornou-se mais intenso e agora ele podia sentir um odor cítrico que o deixou ainda mais excitado.
Era o cheiro dela... E foi quando ele viu as águas do lago se agitarem e tal como nos seus sonhos, ela começou a surgir de dentro do lago. Os longos cabelos negros moldando-lhe o rosto de pele muito clara e de uma beleza sensual, evidenciada na boca delineada com cuidado, rosada, convidativa... As longas madeixas negras que desciam pelos ombros delicados, pousando nos seios redondos, firmes, do tamanho exato das mãos de um homem, como um véu tênue que descia pelas curvas esbeltas do corpo dela, parando na altura da cintura fina, roçando suavemente nos quadris redondos, as coxas delgadas, que abrigavam entre elas o centro de toda feminilidade, as pernas longas, bem torneadas, os pés delicados... Exatamente como em seus sonhos! Ela emergiu do lago e sobre as águas caminhou até ele e quando ela estava bem pertinho dele, os lábios dela se curvaram em um sorriso malicioso, que o fez quase se desfazer diante de tanta beleza.
-- Você veio - ela sussurrou antes de beija-lo na boca de jeito nada casto! Miroku viu o mundo girar enquanto ela o segurou pela nuca, prendendo-o nas mais deliciosas das prisões...
Continua...
N/A: Oi! Essa fic será em capítulos (minha primeira tentativa em escrever assim, por isso, peço que tenham paciência comigo! .)
E para isso, tive ajudas valiosas pra desenvolver esse texto, então, queria agradecer em especial a Letícia Himura, que nunca me deixa desanimar, tendo excessiva paciência com minhas dúvidas, ajudando-me e muito a colocar no papel minhas idéias, sendo muito importante todo o apoio e revisão feita por ela, além de ser uma super, hiper amiga do coração! Agradeço as amigas Ruby, Miko-sun e Naki-chan que me deram toques importantes quanto a detalhes na fic e por serem amigas maravilhosas. Rin-chan por me incentivar a escrever essa fic, lotando minha cx de msg com imagens, curiosidades e tudo que pudesse me estimular a escrever. Adoro vcs meninas! E também ao Calerom que me deu direção no texto com seus excelentes comentários e idéias.
Pri imensamente agradecida a todos vcs!
E aqueles que não estão nessa imensa lista de agradecimentos, agradeço por lerem minha fic! Espero que possa diverti-los.
E por favor, mande-me reviews!
Arigatou!
Autor: Prímulla
Título: O Fulgor dos Deuses
Gênero: Romance/Aventura
Esses personagens não me pertencem, são exclusivos do talento primoroso de Rumiko Takahashi, tomei emprestado apenas pra escrever essa fic, que não tem nenhum fim lucrativo, apenas a finalidade de diversão.
O Fulgor dos Deuses
(por Prímulla)
Capítulo I - O despertar
Ela emergiu lentamente do lago, os longos cabelos negros moldando-lhe o rosto de pele muito clara e de uma beleza sensual, evidenciada na boca delineada com cuidado, rosada, convidativa... As longas madeixas negras desciam pelos ombros delicados, pousando nos seios redondos, firmes, cobrindo-os como um véu tênue que descia pelas curvas esbeltas do corpo dela, parando na altura da cintura fina, roçando suavemente nos quadris redondos. As coxas dela eram delgadas, pernas longas, bem torneadas, os pés delicados... Era a mais pura e luxuriante visão na forma de mulher, que pousava sobre as águas do lago como se tocasse o mais firmes dos solos.
Então, ela começou a caminhar, movendo-se com a leveza de uma brisa fresca da estação, exalando um odor cítrico, misturado a flores, vento, água, terra e fogo.
Ele sentiu a boca seca, o coração acelerar enquanto um suor frio descia por seu corpo quente, deliciosamente atormentado pela imagem dela. Tudo nela era perfeito, gostoso de olhar... Os olhos dele se fixaram no rosto lindo, presos no olhar profundo dos olhos oblíquos dela que tinham um tom azul profundo, capaz de esquentar-lhe ainda mais o sangue e roubar-lhe um pouco mais do ar, deixando-o arfante, quase sem poder respirar tamanha era sua excitação.
Ela estava quase junto dele, ele já podia lhe sentir o calor do corpo, imaginar a suavidade da pele dela. Ele enlouquecia lentamente com as imagens sensuais que lhe tomavam a mente enquanto ela se achegava mais e mais... Os lábios, que pareciam ter sido desenhados para saciar os mais proibidos dos desejos, estavam levemente entreabertos, convidativos, deliciosamente perturbadores...
-- Miroku... - ela sussurrou com a voz rouca, provocante, ele não resistiu mais, puxando-a com volúpia pra junto dele.
-- Miroku!!! - de repente a voz tornou-se mais clara e evidentemente irritada, então, uma bofetada vindo do nada lhe acertou o rosto, despertando-o. A linda mulher havia sumido e ele viu que abraçava Sango com força. Ela se preparava para bater nele novamente, ele a soltou imediatamente, recuando. A exterminadora o fitava com o rosto muito corado, parecendo-lhe um tanto quanto estranha... Havia algo no olhar dela... POWFT!! Ele sentiu o rosto arder com a bofetada dela. Nossa como ela tinha a mão pesada... - Seu tarado! O que pensa que está fazendo?! - ela perguntou muito brava, afastando-se dele.
-- Ah,... Eu estava sonhando... Desculpe... - ele balbuciou ainda atordoado pelo tapa e pela lembrança da mulher do seu sonho. Seu corpo ainda ardia, febril... Sango o fitou ainda mais incrédula, assustada e algo mais ardia nos olhos castanhos da exterminadora. Novamente aquele olhar... Seria...
-- Xiii, o que ta acontecendo com você Miroku? - perguntou Shippou surgindo do nada.
-- Shippou!?! Você tava ai? - perguntou Sango agora totalmente desconcertada e ainda mais corada. - Há quanto tempo você está ai?
-- Ah, desde que você tava olhando pro Miroku com uma cara assim - Shippou fez uma carinha apaixonada e até coraçãozinho circulavam seu rosto. Miroku arregalou os olhos e Sango ficou ainda mais corada.
-- Sango... - ele falou com doçura.
-- Não é nada disso! Você estava muito agitado, gemendo, e pensei que estivesse tendo um pesadelo ou algo assim, o Shippou está exagerando! - ela se defendeu de pronto. - Não me preocupo mais! - sentenciou com cara de brava.
- Tudo bem, pode se preocupar comigo Sango... - disse Miroku passando a mão no traseiro dela. Sango arregalou os olhos e POWFT! Uma bofetada certeira atingiu o rosto do monge. - Ai, minha mão ainda vai me matar... - ele disse com um sorriso amarelo, a marca da mão da Sango estampada no rosto dele.
- Seu tarado imoral! - resmungou Sango enquanto se afastava dos dois pisando duro.
-- Xi, hoje o povo ta sensível... - Shippou disse com cara de inocente. - Mas afinal por que você estava gemendo Miroku?
-- Ah, é um sonho que eu ando tendo - ele suspirou com um sorriso sonhador. - Esse sonho me persegue desde que nós começamos essa jornada na Montanha Sem Nome, às vezes, eu sonho até acordado... Ai, Ai... É um sonho tão bom...
-- É mesmo? E que sonho é esse?
-- É...
-- Safadeza de certo! - disse Inu-Yasha sentado num galho da árvore a qual Miroku estava recostado.
-- É verdade - Miroku concordou de pronto. - Mesmo assim é muito bom...
-- Era safadeza com a Sango? - perguntou Shippou curioso.
-- Claro que não! Mas a Sango é linda e...
-- Bah! Quanta sandice! Essa montanha é amaldiçoada, isso sim! - respondeu Inu-Yasha com a cara amarrada. Algo realmente parecia estar incomodando o meio youkai.
-- Não sinto nenhuma força maligna aqui, Inu-Yasha.
-- Não interessa o que você sente, esse lugar deve ser evitado, todo youkai sabe disso! Eu disse para não virmos! Seremos amaldiçoados!
-- Não sabia que você era supersticioso, Inu-Yasha - disse Miroku divertido.
-- O Inu-Yasha está certo, os youkais evitam a Montanha Sem Nome - disse Shippou muito sério. - Espero que a gente possa partir o quanto antes daqui...
-- Não há nada de errado com essa montanha e a Sra. Kaede disse que somente aqui podemos encontrar as ervas necessárias para tratar os enfermos do vilarejo e impedir que a febre vire uma epidemia - ponderou Miroku.
-- Diga o que quiser senhor Monge, mas será melhor deixarmos essa montanha o mais rápido possível - disse Inu-Yasha olhando o horizonte, as mãos ocultas dentro da manga de seu casaco. Ele estava realmente preocupado, aquela história não acabaria nada bem...
&&&&
Kagome viu Sango irritada, a exterminadora estava com um humor pior que o do Inu-Yasha, se é que era possível tal coisa... As duas, em companhia de Kirara, caminhavam pela floresta que crescia em abundancia na Montanha Sem Nome, elas procuravam as ervas para tratar das pessoas do vilarejo. Era uma busca demorada, pois as ervas certas eram difíceis de serem achadas. A vovó Kaede tinha apenas umas poucas folhas que ela e Kikyou haviam colhido há mais de 50 anos e por isso, Kagome poderia identifica-la sem muita dificuldade, uma vez que Kagome aprendia rapidamente sobre as plantas medicinais, quase como te tivesse um dom secreto.
-- Sango... Ta tudo bem? - perguntou Kagome preocupada com a amiga.
-- Ta! - ela disse entre dentes, enquanto puxava com força as folhas de um arbusto perto dela. - Não tou brava porque o Shippou ficou bisbilhotando e dizendo que eu tava com cara de apaixonada pro Miroku, tão pouco tou brava porque o Miroku fica suspirando acordado, de certo, pensando em safadezas...
-- Ah, é isso - Kagome sorriu. - Ta tudo mundo agitado desde que chegamos nessa montanha - ela comentou acariciando os pêlos macios de Kirara. A fiel companheira de Sango também se mostrava inquieta, como se aquele lugar exercesse algum poder sobre os youkais. - Até o Inu-Yasha tem receio desse lugar.
-- Ele lhe disse por que? - perguntou Sango curiosa.
-- Ele me disse que os youkais evitam esse lugar, que é amaldiçoado... Nem o Myoga quis vir com a gente, ele também não queria deixar o Inu-Yasha vir, mas por fim o Inu-Yasha veio.
-- Ele veio por sua causa Kagome - disse Sango sorrindo de leve. - É evidente que ele se preocupa com você e por isso ele veio, mesmo contrariando todo o receio dele em relação a essa montanha. Se o Miroku fosse assim...
-- Assim como Sango? - agora era Kagome que estava curiosa.
-- Não importa. Acho difícil imaginar porque os youkais evitam essa montanha, aqui é um lugar tão tranqüilo e bonito - ela completou fitando a paisagem ao redor delas.
A montanha Sem Nome, como era conhecida, tinha uma paisagem bucólica, com pássaros e árvores altas. Havia muitas flores, de todas as cores, formas e tamanhos. Tudo ali enchiam os olhos com beleza e tranqüilidade. Aquele lugar poderia ser tudo, mas era quase impossível imagina-lo amaldiçoado!
As duas se deixaram encantar pela beleza do lugar, vez ou outra colhiam flores de cores vibrantes, distraídas de tudo. Foi quando elas encontraram o lago. Era o mais sereno e encantador lago que elas já tinham visto. A água era tão azul quanto o céu e pequenas flores amarelas nasciam junto às pedras polidas do lago.
- Nossa!! - exclamaram as duas ao mesmo tempo. - Isso aqui é um sonho... - disse Sango realmente encantada com o lago.
-- Ai, podemos tomar banho! - exclamou Kagome radiante. - Vou chamar o pessoal!
&&&&
-- Bah! Não acredito que nos arrastou aqui por causa desse lago! - exclamou Inu-Yasha ainda com a mochila de Kagome nas costas e a bicicleta dela em uma das mãos.
-- Não reclama, esse lugar é perfeito pra gente passar a noite.
-- Passar a noite?! Você não colheu ervas suficientes ainda? - indagou Inu-Yasha apontado uma cesta cheia de ervas.
-- Precisamos de muitas, para não ter que voltar aqui mais tarde - explicou Kagome impaciente.
-- Isso não é bom, o Myoga disse pra gente não ficar aqui à noite - disse Shippou com cara de assustado.
-- Não tem nada aqui, parem de serem supersticiosos! - disse Kagome. - Não é verdade Miroku? - ela perguntou olhando pro monge. Miroku fitava o lago com o olhar fixo no azul infinito das águas, que ficavam cada vez mais escuras conforme a noite descia sobre a Montanha Sem Nome. Ele parecia nem perceber a discussão de Inu-Yasha e kagome, tamanha era sua concentração. - Ei, Miroku! - chamou Kagome mais alto. Ele então, pareceu despertar, pois ele a olhou com ar interrogativo. - O que foi? - ela indagou com o cenho franzido.
-- Ah... É o lago, ele...
-- Xi, o Miroku ta outra vez sonhando acordado... - disse Shippou.
-- Pensando em safadeza, isso sim! Depravado! - resmungou Sango irritada.
-- O lago é mesmo lindo, só que eu e a Sango é que vamos tomar banho primeiro - sentenciou kagome de pronto já esquecida da cara estranha do monge. - Por isso vamos esquecer essas tolices de maldição! Isso é crendice! Por isso, vocês rapazes, vão cuidar das coisas enquanto eu e a Sango, que demos o maior duro pra colher essas ervas, vamos tomar um banho bem refrescante. E nada de ficar nos espiando!
-- E por que nos iríamos ficar espiando vocês? - indagou Inu-Yasha com cara amarrada. - Até parece que vocês são lá grande coisa... - POWFT!! Sango e Kagome acertaram Inu-Yasha com dois socos poderosos. Um galo imenso apareceu na cabeça dele.- Maldição! Vocês me bateram, por quê?!!
-- Você ainda pergunta? Que atrevimento! - gritou Kagome.
-- É melhor a gente ir indo Inu-Yasha, acho que você tocou em algo muito delicado. Vamos, temos o que fazer - disse Miroku, já se afastando. Inu-Yasha ainda resmungou algo mais, porém, seguiu o monge, deixando as meninas com Kirara.
&&&&
Ele estava diante do lago. A lua refletia nas águas escuras e silenciosas como uma aparição prateada dentro da mais densa escuridão. Estava tudo quieto, nem uma brisa soprava. Nada, somente o silêncio e a escuridão. Mas afinal o que ele esperava encontrar naquele lago? Estava enlouquecendo. Eram apenas sonhos. Então, por que ele se sentia imensamente atraído para aquele lugar? E que coincidência era aquela, um lago igual aos seus sonhos? Só faltava querer que a mulher saísse de dentro do lago...
Ele sorriu e sem que pudesse controlar seus pensamentos, ele viu-se invadido pelas imagens sensuais dela, intensas e quase tão reais quanto à quietude da noite e a escuridão do lago. Eram pensamentos inadequados a um monge, porém, eram por demais desejados por ele. Ele desejava tocar a pele acetinada dela, correr seus dedos pelos longos cabelos negros dela, enquanto sua boca afogava-se na doçura quente e úmida da boca dela... Ele queria envolve-la em seus braços e aplacar o calor flamejante do corpo dele nas curvas esbeltas dela, sentindo as pernas delgadas prende-lo num circulo de pura luxúria e entrega... Ele desejava, ele queria aquilo com uma intensidade alucinante. Ele estava quente, arfante, tudo nele ardia de desejo...
Então, de repente, uma brisa cortou o ar, agitando as folhas das árvores e movendo as águas quietas do lago em pequenas e ritmadas marolas que suspiravam junto à margem do rio e, ele pode sentir o cheiro de terra, água, vento e fogo, que lhe embriagou os sentidos, despertando-o ainda mais para os desejos de sua carne. Um suspiro escapou-lhe dos lábios e querendo aplacar tamanho fervor, ele entrou no lago, molhando as pernas e descansando seu cajado nas águas frias. E como mágica o vento tornou-se mais intenso e agora ele podia sentir um odor cítrico que o deixou ainda mais excitado.
Era o cheiro dela... E foi quando ele viu as águas do lago se agitarem e tal como nos seus sonhos, ela começou a surgir de dentro do lago. Os longos cabelos negros moldando-lhe o rosto de pele muito clara e de uma beleza sensual, evidenciada na boca delineada com cuidado, rosada, convidativa... As longas madeixas negras que desciam pelos ombros delicados, pousando nos seios redondos, firmes, do tamanho exato das mãos de um homem, como um véu tênue que descia pelas curvas esbeltas do corpo dela, parando na altura da cintura fina, roçando suavemente nos quadris redondos, as coxas delgadas, que abrigavam entre elas o centro de toda feminilidade, as pernas longas, bem torneadas, os pés delicados... Exatamente como em seus sonhos! Ela emergiu do lago e sobre as águas caminhou até ele e quando ela estava bem pertinho dele, os lábios dela se curvaram em um sorriso malicioso, que o fez quase se desfazer diante de tanta beleza.
-- Você veio - ela sussurrou antes de beija-lo na boca de jeito nada casto! Miroku viu o mundo girar enquanto ela o segurou pela nuca, prendendo-o nas mais deliciosas das prisões...
Continua...
N/A: Oi! Essa fic será em capítulos (minha primeira tentativa em escrever assim, por isso, peço que tenham paciência comigo! .)
E para isso, tive ajudas valiosas pra desenvolver esse texto, então, queria agradecer em especial a Letícia Himura, que nunca me deixa desanimar, tendo excessiva paciência com minhas dúvidas, ajudando-me e muito a colocar no papel minhas idéias, sendo muito importante todo o apoio e revisão feita por ela, além de ser uma super, hiper amiga do coração! Agradeço as amigas Ruby, Miko-sun e Naki-chan que me deram toques importantes quanto a detalhes na fic e por serem amigas maravilhosas. Rin-chan por me incentivar a escrever essa fic, lotando minha cx de msg com imagens, curiosidades e tudo que pudesse me estimular a escrever. Adoro vcs meninas! E também ao Calerom que me deu direção no texto com seus excelentes comentários e idéias.
Pri imensamente agradecida a todos vcs!
E aqueles que não estão nessa imensa lista de agradecimentos, agradeço por lerem minha fic! Espero que possa diverti-los.
E por favor, mande-me reviews!
Arigatou!
