Naruto é do Kishimoto. Sasuke é de quem quiser, do Sai eu nem quero saber... Só tenho olhos para a Akatsuki e seus membros gatésimos, mesmo.

(Ironia)
10. Muro

O que ele mais queria era ver a menina de olhos bonitos do outro lado.
O que o impedia? Um alto muro entre as duas casas.

x-x-x

- Ei, mãe. Mãeee! – chamou o menino insistente, puxando a manga da blusa da mulher. – Quem é aquela menina?

- A filha dos nossos novos vizinhos, pequeno. Vem, vamos entrar. Está frio. – disse ela, tentando levar o filho de volta para dentro. Não entendeu direito a excitação dele; aliás, sequer percebeu o quanto seus olhos ficaram brilhantes.

- Os olhos dela são bonitos. – comentou para si mesmo, baixinho, ao notar o belo tom de verde dos orbes dela.

o.o.o

Crianças são teimosas. Algumas são mais dóceis do que outras, mas ainda assim, continuam teimosas. No caso dele, isso havia vindo em grau maior.

O muro que dividia as casas era alto. Branco, descascado e escorregadio. Perdeu a conta de quantas vezes tentou subí-lo, só para ter um vislumbre daqueles olhos de novo.

Não somente dos olhos. Da face embonecada, dos cabelos azuis... de tudo.

No entanto, o muro ainda estava lá.

o.o.o

As gotas de chuva ainda pingavam do céu. As nuvens continuavam carregadas. E relampejava...

Mas o céu, que deveria estar cinza, estava tingido de um vermelho sádico. Como o fogo que subia até ele. Ou como o sangue que era espalhado por todos os lados, manchando o chão.

De uma forma ou de outra, estava tudo vermelho.

O pânico veio assim que viu os cadáveres dos pais no chão da sala. Havia saído um pouco antes para dar uma volta... Ouvira um grito, e a curiosidade foi maior que o medo.

Correu para os fundos, esbarrando em alguém de repente. Caiu, já se preparando para correr de novo...

Percebeu que era ela. Ofegante, assustada, fragilizada... Ergueu os olhos para ele. Os mesmos olhos que ele teria gostado de ver durante todo aquele tempo de paz momentânea.

Ela se encolheu, afastando-se dele.

- Ah! C-calma! – disse, num tom tranquilizador. Ela irrompeu em lágrimas.

- E...E-eu... – murmurou. Meio grosseiramente, por causa do medo e de todo o resto, pegou a manga da camisa e limpou o rosto dela.

- Seus pais também...?

Ela apenas assentiu.

- Eu sou Nagato. E você? – perguntou.

- K-Konan.

Era um nome lindo, pensou ele.

- Vem. Vamos nos esconder, conheço um lugar. – disse, estendendo a mão. Ela pegou e apertou forte. E numa cumplicidade única, se levantaram e saíram dali.

O muro estava quebrado. Mas era somente o primeiro dos muitos que barrariam seu caminho.

x-x-x

O por quê da ironia: bem, o fato é que ele queria que o muro quebrasse para ele poder ver a Konan. E quando isso aconteceu, foi o início de todo o sofrimento dos anos seguintes. Um fato bom, que acabou sendo ruim.

Se bem que ele nem tem do que reclamar, já que eles iam ficar juntos pro resto da vida mesmo...hueheueh 8DD

Enfim, entrei pro desafio do 30cookies. Tava sentindo uma vontade doida de escrever one-shots, mas pensar em tema pra escrever... não fui feita pra isso, definitivamente! E meu vício por PeinKonan tá tipo no auge do impossível, então já viu, né.

Bom, é isso. Beijos, e até os 29 restantes!

Revieeeews :3