(I know it's a bit complicated to take time to translate, but I know that if you have time to do it, you won't regret it. I thank you immensely for reading).


In a Heart Beat

Autora: Juliana Alves

Categoria: Major Crimes, Shandy, Romance, Angst, Drama

Advertências: Spoiler 6º Temporada

Classificação: T

Capítulos: ?

Completa: [ ] Yes [x] No

Resumo: A ausência de Sharon estava afetando a todos, mas Andy era o mais fragilizado de todos. O perigo de Stroh os rondando também não ajudava, porém em meio a grande tribulação a esperança brilhou.

Disclaimer: Todos os personagens desta obra são pertencentes ao criador de Major Crimes, James Duff. E a emissora TNT. Essa obra não possui fins lucrativos, ficando apenas no mundo das Fanfictions. E um pequeno protesto para mostrar que dava para ter terminado de outro modo.


Capítulo 1

Rusty olhou ao redor totalmente anestesiado, mas ele ainda podia sentir as lágrimas escorrendo pelo rosto, ele sentia a mão de Andy apertando sua perna. E acima de tudo ele podia sentir a pressão esmagadora no peito, como se alguém apertasse seu coração mais e mais a cada segundo.

Aos poucos o zumbido em seus ouvidos foi diminuindo e ele ouviu o choro de Amy e as fungadas de Tao. Provenza estava ao lado de Cami, ambos calados e com lágrimas nos olhos. O menino percebeu que assim como ele, todos pareciam perdidos e com toda razão, Sharon era a cola que os mantinham unidos e a bússola que os guiavam. E agora ela se foi.

O médico ainda estava ali, a cabeça baixa e brincando com as mãos sem saber ao certo o que fazer. E quando os minutos se arrastaram lentamente ele se virou para sair.

"Eu quero vê-la". A voz embargada de Andy encheu o ambiente silencioso e eles se encolheram com a percepção do que ele pediu.

Rusty o encarou com medo, ele não tinha certeza sobre isso. Andy quase colapsou há pouco. O menino não sabia se o tenente teria a força e o coração de ver sua amada sem vida.

"Vo-você tem certeza, Andy?" O loiro teve que perguntar, ele já havia perdido sua mãe e não sabia se resistiria perder a figura paterna que Andy se tornou.
"Eu preciso vê-la".

O médico estava a ponto de protestar, ele conhecia a ficha médica do homem mais velho e a ansiedade tomou conta dele. Porém, ele sabia que negar a visita poderia ser pior.

"Eu preciso de alguns minutos". Dr. Torres balbuciou. "Eu o chamarei".

Andy afirmou e viu o médico se afastar. Os outros não falaram nada, apenas esperaram, pois ninguém estava preparado para sair dali. Eles eram uma família e naquele momento eles seriam a rocha que manteria Andy e Rusty firmes. E por estarem tão concentrados neles se assustaram ao verem Patrice entrar na sala de espera com Emily e Rick.

Emily encarou Rusty a procura de respostas e quando o menino abaixou a cabeça com lágrimas nos olhos ela sabia o que tinha acontecido.

"Não". O sussurro dela quase não foi ouvido, mas as lágrimas começaram a banhar seu rosto.

Rick olhou confuso para o irmão e desviou o olhar para Andy, como se não quisesse acreditar na má notícia. O Tenente então se levantou, ele ainda estava tonto, mas lembrava da promessa que havia feito para Sharon e era sua responsabilidade se manter forte pelas três crianças. Agora suas crianças mais que nunca.

"Como ela está?" A pontada de esperança foi ouvida na voz de Rick e isso foi ainda mais doloroso.

"Eu sinto muito, Rick". A voz embargada de Andy fez o jovem dá um passo para trás.

"Não, isso... mãe tem que estar bem. Ela estava bem, nós falamos com ela hoje. Ela disse que estava bem". Cada palavra foi dita com embargo e dor. Rick não queria acreditar que sua fortaleza tinha ido embora.

"Rick.." Emily implorou, ela estava soluçando agora, Rusty estava ao seu lado a abraçando, mas os três precisavam estar juntos agora.

"Não.. eu.. Mãe.." As palavras se tornaram totalmente incoerentes e ele finalmente se deixou desmoronar. As lágrimas e os soluços encheram novamente a sala e Andy se aproximou e o abraçou apertado. Ambos tentando se confortar.

Emily foi até eles e Andy estendeu um braço para ela que se aproximou de bom grado. A imagem fez Amy voltar a chorar, pois um mês antes eles se abraçavam do mesmo modo, mas era num momento feliz, no casamento de Sharon e Andy onde ela sorria brilhantemente para eles. E assistir isso era doloroso demais.

Enquanto o choro diminuía, o médico apareceu e informou que tudo estava pronto. Que eles podiam vê-la. Provenza encarou o amigo e em seus olhos havia uma pergunta silenciosa sobre se ele conseguiria suportar. E Andy afirmou que ficaria bem.

"Eu quero ir". Rick falou imediatamente. Emily se colocou ao seu lado e Andy sabia que tinha que levá-los. Rusty estava em dúvida, ele não queria lembrar dela em cima de uma cama de hospital, mas não queria perder a oportunidade de se despedir.

Andy se dirigiu para o quarto e foi seguido pelos jovens. Ao entrarem na sala estéril, Andy congelou, toda a força que havia juntado para chegar ali foi saindo de seu corpo lentamente. Ele não estava preparado para vê-la assim, não daquele jeito.

Rick se aproximou dele com o rosto tão assustado que lhe lembrou um garotinho de 5 anos. Emily e Rusty permaneciam um pouco atrás chorando silenciosamente. O tempo pareceu se arrastar lentamente enquanto eles observavam a mulher mais importante de suas vidas imóvel.

Nenhuma das crianças se atreveu a chegar muito perto, eles tinham medo de se aproximar e perceber que tudo isso era real, a negação ainda batia em seus corações. Vendo isso, Andy pediu que eles saíssem, ele precisava fazer isso sozinho.

Quando se viu só, o Tenente pegou uma cadeira e a colocou ao lado da cama de Sharon. Com cuidado ele pegou a mão dela e se encolheu ao sentir a frieza de seus dedos, lágrimas voltaram a molhar seu rosto e ele não conseguiu segurar os soluços que sacudiram seu corpo. Sua mente tentava entender como isso aconteceu, como ele teve tão pouco tempo para mostrar seu amor, ela nunca teve a oportunidade de se tornar sua esposa verdadeiramente, ele não conseguiu mostrar o quanto ele podia ser bom como marido. Andy tinha certeza de que dessa vez ele conseguiria fazer do jeito certo.

Mas eles estavam num ponto sem retorno, ele a perdeu e isso doía como um inferno. Ele enviou uma oração silenciosa a um Deus que ele voltou a questionar, para que recebesse sua amada e o ajudasse a passar por tudo isso. Andy estava duvidando que conseguiria ser forte suficiente para as crianças.

"Sr. Flynn, é hora de ir". A voz do médico o assustou, o outro homem estava ao seu lado com o braço em seus ombros e Andy quis saber quando ele entrou para ampara-lo. "Eu não posso deixá-lo colapsar aqui. Eles precisam de você".

Dr. Torres apontou para a porta e Andy encarou os três jovens que pareciam completamente perdidos. Afirmando que entendia ele se levantou e limpou a garganta para tentar recuperar um pouco de controle. O médico deu um passo para trás e assistiu o Tenente se abaixar e beijar pela última vez os lábios de sua amada.
"Eu amo você, Sharon. Sempre irei. Não se preocupe, eu cuidarei de nossas crianças". Com um beijo em sua testa ele saiu do quarto e se juntou aos jovens.

Dr. Torres fechou a porta e respirou fundo, ele ainda estava trêmulo e seus olhos picavam pelas lágrimas não derramadas, seu coração doía com toda a comoção das últimas horas e ele se perguntou novamente se isso era o certo a se fazer.

"Espero que valha a pena". Ele sussurrou quando ouviu a porta do quarto se abrir novamente.

"Tudo dará certo, não se preocupe". Torres não conseguia sentir confiança nesse homem, ele estava fardado e as estrelas brilhavam em sua lapela, mas ele não conseguia encontrar o respeito devido.

"Espero que sim, eu não quero ser você se alguma coisa acontecer com ela. Sua família é uma força a ser reconhecida". O médico não estava apenas falando do marido e das crianças, ele falava da equipe toda. E o homem parecia saber disso, mas tentava desesperadamente manter a autoridade. "Agora se me der licença, eu tenho trabalho para fazer. E espero que você vá embora".

O homem afirmou e saiu dali, mas olhou uma última vez para a Comandante Raydor, ele realmente esperava que desse tudo certo. A força dessa mulher estava adormecida por enquanto e ele não sabia se teria a coragem de enfrentá-la verdadeiramente.

Horas haviam se passado agora, cada um da equipe se despediu e falou novamente que sentia muito, eles estavam tão exaustos quanto qualquer um e Andy agradeceu por permanecerem por tanto tempo. Sanchez apenas afirmou que ela era família e eles permaneceriam juntos.

Patrice e Provenza permaneceram para ajudar com as inúmeras papeladas que apareceram para Andy assinar, e claro se mantiveram firme para a família. Quando enfim a última folha foi rubricada, Provenza se voltou para seu amigo.

"Vocês devem ir para casa".

"Eu não sei se consigo". Andy falou baixinho.

"Você terá que ir em algum momento, Andy. Eu não quero voltar aqui porque algum de vocês colapsou".

"Eu não quero deixá-la só". Andy tentou mais uma vez. Ele sabia que estava sendo teimoso e irracional, mas era mais forte que ele.

Patrice ao perceber que a conversa seria longa se ofereceu para levar os jovens para casa e esperar lá até que o Tenente mais velho viesse com Andy. Assim que o pequeno grupo se retirou, Provenza voltou sua atenção para o homem desolado em sua frente.

"Andrew, eu sei que dói. E não posso começar a imaginar o que você está sentindo. Mas você precisa ser forte para aquelas crianças. Eu estou aqui para ajudá-lo, você sabe que pode desabafar comigo, mas fazemos isso depois". Provenza ficou com a voz um pouco embargada e mesmo que ele tentasse se manter forte ele havia perdido uma amiga também. "Ela se foi, meu amigo, e precisamos seguir o caminho. Era isso que ela queria".

"Eu sei, eu.. eu sei que você está certo. Mas dói tanto, dói mais do que qualquer outra coisa que senti. Eu fico pensando... eu não tive tempo o suficiente. Eu.." A voz dele quebrou no meio da frase e ele voltou a chorar. Andy encarou suas mãos onde segurava firmemente a aliança e o anel de noivado de Sharon. "Eu não tive tempo suficiente, Louie, eu não tive tempo".

Provenza não soube o que dizer, apenas pousou a mão no ombro do amigo e tentou deter as próprias lágrimas. Ele não sabia o que fazer, a vida era injusta e sem lógica e totalmente sem controle, ele tinha as mãos atadas.

"Eu sei, mas infelizmente não podemos fazer nada. Agora vamos! Patrice vai começar a se preocupar".

Eles seguiram toda a viagem de carro sem falar nada, ambos perdidos em pensamentos. Quando chegaram ao condomínio o porteiro expressou seu pesar com um olhar triste e Andy percebeu o que aconteceria nos próximos dias, ele era um viúvo agora e isso quebraria seu coração.

Assim que chegou em casa ele encontrou Rusty e Rick na sala, ambos silenciosos olhando para o nada. Andy podia ver Emily na varanda, ela fungava de vez enquanto e Patrice parecia estar na cozinha.

A vontade de chorar voltou a apertar o coração de Andy, ele podia ver as flores ainda espalhada pelo apartamento, o cheiro de Sharon ainda era persistente no ar, os sapatos que ela usou no dia anterior ainda estavam atrás da porta e se ele abrisse o closet sabia que encontraria seu cardigã.

"Ei, vocês chegaram". Patrice apareceu na sala com um pequeno sorriso, mas seus olhos não escondiam a tristeza do dia.

"Sim, eu estava pensando que poderíamos ficar um pouco". Provenza olhou preocupado para Andy.

Mas antes que Patrice confirmasse seus pensamentos, Andy encarou a ambos e respirou fundo.

"Não.. vocês podem ir. Ficaremos bem. Vai ser difícil, mas ficaremos bem". Andy tentou sorrir um pouco, mas não teve sucesso.

Emily que ouvia tudo saiu e se colocou ao lado do padrasto e o abraçou pela cintura. Ela podia senti-lo trêmulo ou era ela que se sentia assim, ela não tinha muita certeza agora. Porém, naquele momento eles se segurariam, literalmente.

"Ficaremos bem, Louie". Ela sussurrou e sorriu, mesmo que os olhos estivessem vermelhos e lacrimosos. "Qualquer coisa nós temos o número de vocês".

"Oh, sim.. Mãe fez questão de termos o número de todos vocês". Rick falou com um pequeno sorriso.

"Parece ser ela". Patrice falou com um sorriso. "Vocês têm certeza que podemos ir?"

"Claro, ficaremos bem".

A despedida foi feita rapidamente e Provenza foi até Rusty e instruiu o menino a ligar se alguma coisa saísse do controle. Quando os quatro se viram sozinhos se encararam por um momento, sem saber o que fazer.

"Eu vou.. acho que vou tomar um banho". Andy falou e apontou para o quarto.

Emily afirmou e viu o padrasto seguir para o quarto de casal. Ela assistiu o homem mais velho parar na porta do quarto e respirar fundo, a mão que segurou a maçaneta estava trêmula, mas ele deu um passo à frente e entrou. Virando-se para seus irmãos ela quis saber como seria os arranjos de dormir, se eles conseguissem dormir.

"Você pode me ajudar aqui?" Rusty perguntou a Rick. Emily observou os irmãos tirar a mesinha de centro e colocar do outro lado da sala.

Os dois meninos então seguiram para o quarto e voltaram com o colchão da cama de Rusty. Eles colocaram no meio da sala e Rick sorriu um pouco.

"Meu Deus, Mãe ia ficar louca se visse isso". Os outros sorriram, mas a pequena alegria acabou rapidamente e eles se viram com lágrimas nos olhos.

"Vamos nos acomodar, acredito que não conseguiremos dormir". Emily falou e tentou engolir o nó na garganta.

"Você acha que Andy quer se juntar a nós?" Rusty perguntou um pouco inseguro.

"Eu vou chamá-lo". Emily foi até o quarto e bateu na porta.

A jovem esperou o convite, mas não ouviu nada. Então ela abriu a porta lentamente e a cena que viu cortou seu coração. Andy estava na cama chorando abraçado ao travesseiro de Sharon e ela podia ver o cetim da camisola que ela normalmente usava. Emily tentou suprimir as lágrimas, mas em vão, aqui o perfume dela era mais aparente, os objetos ao redor do quarto pareciam zombar deles e isso a deixou ainda mais emotiva.

"Andy.." A voz dela falhou e isso fez o Tenente virar para olhar a enteada. "Vamos para sala, eu sei que você não vai conseguir dormir. Estaremos melhor juntos".

Ele estava a ponto de recusar, mas os olhos dela brilhavam de lágrimas e ela parecia tão perdida. Ele não poderia deixar seus filhos sozinhos, não agora que ele havia prometido que cuidaria deles.

"Estarei lá em um minuto".

Demorou pouco mais de cinco minutos, mas ele enfim foi para a sala. E ao ver a pequena bagunça ele parou em seus trilhos.

"Crianças, se Sharon estivesse aqui vocês não ouviriam o fim disso". Ele apontou para o colchão.

"Nah.. ela se juntaria a nós". Rick falou do lugar dele.

"E faria você fazer pipoca enquanto ela e Emis procurariam algum filme brega". Rusty sorriu ao lembrar de momentos parecidos.

"Vocês têm razão. Ela adoraria isso". Andy sentou no sofá e respirou fundo. "Ela contou uma história sobre uma certa noite de natal, acho que você se lembra, Rick".

"Ah não, Mãe contou sobre a queda?"

"Você pode ter certeza que sim". Rusty falou e se jogou no colchão.

Os quatro começaram a relatar a história com lágrimas nos olhos, mas com pequenos sorrisos no rosto. A dor ainda estava presente, abrasadora em seus corações e eles estavam longes de abandonar aquele sentimento. Mas por enquanto eles fingiram que ela estava atrasada, que ela chegaria em breve. Que ela voltaria para casa.

Uma semana depois…

Andy encarou o espelho e respirou fundo, aqui estava ele, com sua melhor roupa preta, preste a enterrar sua amada e ele não estava preparado para isso.

Rusty parou na porta do quarto e o encarou, já havia passado uma semana e eles não estavam preparados para dizer adeus.

"Você está pronto, garoto?" Ele sussurrou.

"Sim".

"E seus irmãos?"

"Esperando na sala".

Eles saíram lado a lado, e se encontraram com os outros. Emily se colocou ao lado de Andy e arrumou um pouco a gravata que estava torta. Os três homens a encararam surpresos, eles podiam ver Sharon em cada gesto da mulher mais jovem e isso deixou a situação ainda mais difícil.

"É melhor irmos ou não conseguiremos sair daqui". Andy pigarreou e abriu a porta para eles saírem.

Assim que chegaram na igreja eles congelaram no lugar, a igreja estava cheia de pessoas que amavam e respeitavam Sharon Flynn. Andy não estava preparado para isso e sentiu que não conseguiria chegar até os bancos próximo ao altar. E ao ver o caixão ele sentiu o mundo girar um pouco, Rusty que estava ao seu lado o segurou.

"Nós conseguimos, Andy. Por ela. Temos que ser forte". Andy ouviu as palavras e afirmou. Com passos pequenos eles chegaram até o local onde deveria ficar a família.

A missa e as palavras do Padre Stan foram ditas com pesar e garganta embargada, o sentimento de todos eram um só, tristeza por ela ter ido tão de repente. Quando enfim a benção final foi dita a equipe de Sharon se levantou e se puseram ao lado do caixão, todos fardados e com o coração apertado.

Rick e Rusty se separaram de Andy e Emily, e se colocaram à frente do caixão. Julio e Tao estavam logo atrás, seguidos por Buzz e Nolan. Os seis seguraram as alças e seguiram pelo mesmo corredor que meses atrás tinha sido um dia tão feliz. Eles ainda estavam em estado de negação, mas precisavam fazer isso, por Sharon, pela comandante que os guiaram nos últimos anos.

Assim que chegaram às escadas foram saudados por duas fileiras de policiais, Mason estavam ao final do corredor.

"ATENÇÃO!" A voz dele se elevou e o som das botas dos policiais se posicionando no lugar ecoou.

"BATER CONTINÊNCIA". E novamente a ordem foi atendida com precisão.

Todos ao redor em suas posições observaram a equipe colocar o caixão no carro funerário. Ninguém ousou respirar mais forte enquanto via as lágrimas ao redor.

"BAIXAR BRAÇOS". Eles seguiram a ordem e esperaram serem dispensados.

Logo depois todos se dispersaram para seguirem até o cemitério onde se reuniriam para o último adeus.

Quando Andy e os três jovens se preparavam para entrar num dos carros designado para a família, Jack Raydor apareceu para falar com eles.

"Pai? O que faz aqui?" Emily questionou surpresa.

Rick que estava ao lado de Andy sentiu o tenente ficar tenso com a presença do outro homem. Eles sabiam que Jack poderia fazer uma cena, principalmente porque eles viam o olhar embriagado do advogado.

"Eu vim prestar minha homenagem a sua mãe". Jack falou com pesar e eles viram que naquele momento ele estava sendo sincero, ele parecia um pouco mais sóbrio do que eles pensavam. "Você sabe, não era porque não estávamos mais casados que eu não a amava".

"Você quer ir com a gente?" Rick perguntou incerto, ele não sabia se Andy gostaria disso, mas o outro homem era seu pai e eles viam que ele estava sofrendo também.

"Não, eu vou depois". Ele assentiu em agradecimento. "Eu só quero dizer que.. eu sinto muito, Flynn. Eu realmente sinto muito. E obrigado por ser o marido que nunca fui para ela e por cuidar das nossas crianças".

"Obrigado, Jack". Andy estendeu a mão para ele em sinal de paz, eles podiam ser civilizados em pró dos jovens e principalmente em honra a mulher que amaram. "Você pode se juntar a nós se quiser".

"Eu estarei lá, não se preocupem comigo". Ele falou e se afastou.

Os quatro assistiram Jack ir embora e se entreolharam incertos, mas entraram no carro e seguiram para o cemitério.

Assim que chegaram lá, o local parecia ainda mais cheio, os homens em azul estavam esperando com pesar, mesmo aqueles que ainda a via como a bruxa má da FID, ela era um deles agora mais do que nunca.

O padre voltou a seu posto com mensagens de conforto, o Tenente Provenza e a DDA Hobbs fizeram um pequeno discurso sobre a grande mulher que tinha sido a Comandante Raydor.

Antes do caixão descer, Julio e Amy se aproximaram com a bandeira dos Estados Unidos e começaram a dobrar em saudação a oficial em serviço. Andy passou o braço pelos ombros de Emily quando ela começou a chorar, ao longe ele podia ouvir as ordens de Mason e os tiros de homenagem e dessa vez ele deixou as lágrimas caírem sem restrição.

Quando enfim o triângulo da bandeira terminou, Julio se aproximou de Andy e o entregou com lágrimas nos olhos. Foi nesse momento que eles viram as roldanas do caixão mexer e lentamente descer à cova.

Rusty começou a chorar, a primeira vez que eles viam realmente o menino expressar esse tipo de emoção. Rick, que também já tinha o rosto banhado de lágrimas, abraçou o irmão. Foi então que eles ouviram um canto suave, alguém tinha começado a entoar Amazing Grace, e a comoção foi ainda maior. Dessa vez ninguém conseguiu segurar o choro.

Sharon Raydor acabava de deixar essa vida.


Continua... (Por favor não me abandonem, eu prometo que vai valer a pena)