Ola a todos!

Atendendo a pedidos aqui está a continuação de Good Girl Go Bad!

Espero que voces curtam.

Não se esqueçam dos reviews!


Capítulo 1

Sem pânico. Sem pânico.

Ah Kami, ela ia ter um surto de pânico a qualquer momento. Hinata não acreditava que isso estava acontecendo com ela! De todas as pessoas de Konoha, por que ela?

Ontem a noite deixar uma boate com o melhor amigo do ex-namorado dela parecera uma ótima idéia. Hoje de manhã já não parecia tanto assim...

E a questão era essa no momento. Como ela ia sair da cama sem que Sasuke acordasse?

Ela não ia ter coragem de encara-lo depois da noite anterior. Ela não acreditava nas coisas que tinha dito ou feito! Ela tinha simplesmente se oferecido para ele! Ah Kami, ela nunca ia superar isso...

Mas ela ainda tinha que sair dali, antes que ele acordasse. Pelo som da respiração dele, Sasuke estava dormindo profundamente. Talvez esse fosse o exato momento para sair dali.

A luz do dia iluminava o quarto e Hinata podia ver seus sapatos no chão, mas ela sabia que o vestido tinha ficado na entrada da casa. Como se as coisas não pudessem piorar...

Talvez ela pudesse... Se enrolar no lençol e ir até a sala da frente? Ela olhou de relance para o lado e viu que Sasuke tinha uma parte do lençol em volta de sua cintura. Sem chances ai.

Bom, ela teria que ir sem roupa até la. Mas fazer o que né?

Ela começou a se levantar silenciosamente, o lençol cobrindo seus seios, até que uma voz a parou.

-Fugindo na manhã seguinte?

Hinata congelou no lugar onde estava.

Ela ouviu Sasuke suspirar.

-Você não está tendo uma crise de consciência né? –ele perguntou.

Hinata queria morrer de vergonha. Então ela enterrou o rosto no lençol.

Ela ouviu a risada rouca de Sasuke.

-É, você está.

Ela continuou com o rosto coberto, mas pelo movimento no colchão era fácil deduzir que ele estava se levantando.

Hinata abaixou um pouco do lençol bem a tempo de ver Sasuke acordado (e totalmente nu), caminhando em direção ao armário. Ele não tinha um pingo de vergonha pela falta de roupas. Mas também, alguém com tanta perfeição não poderia sentir mesmo vergonha.

Ele abriu a porta do armário e pegou uma yukata, jogando para Hinata.

-Você pode vestir isso. –ele falou, virando-se para pegar outra.

-Não precisa. –ela falou sem convicção.

-Sim, precisa. –ele falou tranqüilo, enquanto vestia uma yukata –Nós vamos conversar e tomar café da manhã e embora eu não tenha nada contra nós fazermos isso com você sem roupa alguma eu sei que você não ia conseguir.

Hinata queria morrer de vergonha.

-Sasuke-Kun...

-O que aconteceu com apenas Sasuke? –ele provocou.

-Eu não sei o que eu estava fazendo ontem a noite. –ela falou mortificada.

-Eu ouso dizer que você sabia muito bem o que estava fazendo.

O cretino estava se divertindo com tudo aquilo. Hinata queria mata-lo por isso.

-Eu...

-Se vista e me encontre na cozinha. Daí nós poderemos conversar. –ele falou, com finalidade, e deu as costas a ela, saindo do quarto.

Hinata respirou fundo. Tudo bem. Talvez fosse realmente uma boa idéia eles conversarem. Sasuke devia estar com uma péssima impressão dela. Ele devia estar achando que ela era uma oferecida, ou pior, mais uma daquelas meninas que ficavam se arrastando por ele. Hinata se recusava a ser qualquer uma das duas coisas.

Ela se vestiu com a yukata de Sasuke. Ela se sentiu pequena dentro da roupa, mas isso já era esperado. Ela não encontrou uma escova de cabelo, apenas um pente ali e teve que se esforçar para escovar seu cabelo com ele.

Quando ela chegou na cozinha Sasuke estava na pia fazendo alguma coisa. O apartamento dele era obviamente de solteiro, a cozinha sem todas as coisas necessárias, mas que um homem obviamente não saberia usar.

-Sente-se. –ele falou sem se virar do balcão, onde ele mexia em alguma coisa.

Hinata percebeu que no fogão havia uma chaleira, provavelmente esquentando água para o chá. Ela puxou um dos banquinhos altos que havia próxima a bancada que separava a cozinha da sala e sentou-se ali.

Sasuke veio até onde ela havia se sentada e depositou um prato com torradas na frente dela.

-Eu não sou de cozinhar, então você vai ter que se contentar com um café simples. –ele falou.

-Não tem problema. –Hinata falou, baixo.

Sasuke suspirou, mas não comentou nada, enquanto voltava para pegar a água quente. Ele despejou a água em duas xícaras e trouxe ambas para a bancada, mas ao invés de ficar do outro lado, como Hinata esperava, ele sentou-se bem ao lado dela.

-Agora, relaxe. –ele falou –Eu não vou morder você. –ele deu um sorriso maldoso –Agora.

Hinata corou terrivelmente.

-Sasuke-Kun, nós precisamos conversar. –ela falou, nervosa, mas felizmente sem gaguejar –O que aconteceu ontem foi...

-Inesperado. –ele falou, cortando ela –Deliciosamente inesperado, eu devo admitir.

Hinata sentiu um certo prazer nisso, mas ela se lembrou que essa não era a questão no momento.

-Eu não sei onde eu estava com a cabeça. –ela tentou de novo.

-Você queria se vingar do seu ex. –Sasuke falou, como que para lembra-la –Acontece. Mulheres adoram vinganças...

Hinata estava começando a ficar frustrada com ele.

-A questão... –ela falou, a beira de perder a paciência –É que foi um erro de uma noite e eu adoraria que nós colocássemos isso no passado.

-Não vai rolar. –Sasuke falou, tranqüilamente, como se aquilo encerrasse a questão.

Ele deu um gole no seu chá. Hinata piscou uma vez, então outra. Isso só podia ser brincadeira.

-O que você disse? –ela perguntou incrédula.

-Exatamente o que você ouviu. Não vai rolar fingir que nada aconteceu ontem. –ele falou tranqüilamente.

-E o que você sugere? –ela perguntou, levemente irônica.

-Que a gente continue ficando. –ele falou com simplicidade.

Hinata olhou para ele como se o moreno tivesse ficado louco.

-Você quer que a gente tenha um caso? –ela perguntou chocada.

-Se é assim que você prefere chamar. –ele deu de ombros –Eu não to falando de um compromisso sério, Hinata. Eu estou falando de uma coisa entre nós. Pela diversão, pelo prazer.

Ok, a última parte lançou um arrepio no corpo de Hinata, mas ela não ia admitir isso de jeito nenhum.

Ela não ia negar que a proposta era tentadora. Porque era. E muito. Só de lembrar as sensações que Sasuke tinha trazido para ela ontem seu corpo já se esquentava em antecipação. Mas mesmo assim... Ela era romântica. Ela nunca entrava em relacionamentos sem realmente gostar da pessoa.

Mas também, não era por isso que ela estava nessa situação? Por que ela se importara com Naruto mais do que ele com ela?

Ela não tinha exatamente um sentimento que a ligasse a Sasuke. Até onde ela sabia tesão não era um sentimento. Ela o respeitava e admirava, e uma vez ou outra ela até sentira medo dele, mas fora isso não havia mais nada que ela pudesse dizer sobre ele. Ela não sabia quase nada sobre a vida dele, os gostos dele. E não importava como Sasuke quisesse chamar isso. Eles iam entrar num relacionamento.

Hinata respirou fundo.

-Você deve estar me confundindo com alguém, Sasuke-Kun, -ela falou por fim – Eu não sou assim. Eu não faço essas coisas... –ela falou levemente corada, lembrando das coisas que eles fizeram na noite passada.

E Sasuke pareceu ter lido a sua mente, porque um sorriso maldoso enfeitou o rosto dele.

-Ah você faz sim... –ele provocou.

Dessa vez quando Hinata corou foi visível para qualquer um.

-Eu não sou assim. –ela repetiu, e quase tremeu quando viu ele descer de seu banco e se aproximar dela -Você vai se cansar de mim logo. –ela argumentou.

Ele separou levemente as pernas da morena, para que ele pudesse se acomodar entre elas e ficar mais perto.

-Você pode se cansar de mim antes. –ele argumentou de volta, roçando o nariz no dela –O mundo pode acabar no meio tempo... Que tal deixar isso para quando acontecer? –ele sugeriu, roçando o lábio no queixo dela.

Hinata teria xingado se ela tivesse voz. Ele a estava fazendo se sentir mole, entorpecida.

-Sasuke...

-Por que você não toma um banho para relaxar? –ele sugeriu, agora mordiscando o queixo dela. –Eu adoraria te dar um banho.

Ela adoraria que ele desse um banho nela. Mas essa questão não podia ser resolvida assim, vamos tomar um banho e tudo está ótimo. Porque não estava. Ela ainda não tinha concordado com aquilo.

-Eu...

-SASUKE! ABRE ESSA PORTA! –a voz de Naruto soou na porta de entrada, enquanto ele esmurrava a mesma.

Hinata quase pulou de sua cadeira. Sasuke bufou entediado.

-SASUKE! EU SEI QUE VOCÊ TA AI. –ele bateu de novo na porta.

Hinata mordiscou o canto do lábio.

-Deixa comigo. –Sasuke falou, mais preocupado com a interrupção do que com os berros dos amigos.

-Ele parece agitado... –Hinata falou preocupada.

-Quando ele parece calmo? –Sasuke rebateu se dirigindo a porta –Fique ai quietinha e me espere. –ele pediu.

Ele nem precisava ter falado isso. Hinata não estava nem um pouco a fim de ver Naruto. Muito menos vestida numa yukata de Sasuke.

-Sasuke, abra essa porta agora ou eu vou... –Naruto parou de falar de repente quando a porta se abriu.

-O que? –Sasuke perguntou, encostado no batente da porta, totalmente calmo, quase entediado.

Naruto estreitou os olhos.

-Você deixou a boate ontem com a Hinata. –não era uma pergunta.

-Talvez. –Sasuke falou tranqüilo.

-Sasuke! Eu quero que você saiba que a Hinata não é como essas meninas com quem você brinca! –Naruto falou, irritado –Se você machuca-la eu vou...

-Mais do que você já machucou? –Sasuke rebateu –Eu acho difícil.

Isso calou Naruto na hora.

-Você não devia estar com sua nova namorada? –Sasuke continuou –Pode deixar que eu cuido da Hinata agora. –quando ele viu que Naruto abria a boca para retrucar ele o cortou –Tenha um bom dia. –e bateu a porta na cara do amigo.

-Isso era mesmo necessário? –Hinata perguntou desconfortável.

-Depois de tudo o que ele fez para você, você ainda tem pena dele? –Sasuke perguntou, arqueando a sobrancelha.

-Não é isso! –Hinata protestou –Eu só não vejo necessidade de esfregar na cara dele.

-Como ele não viu necessidade de esfregar na sua cara ontem na boate? –ele rebateu sarcástico.

Era impossível discutir com ele, além de extremamente enfurecedor.

-Eu acho melhor eu ir embora. –ela falou num suspiro.

-Não, você não vai embora. –Sasuke falou voltando a se aproximar dela.

-Você não manda em mim! –ela rebateu.

-Verdade. –ele cedeu tranqüilo –Mas... Eu sou uma pessoa insistente e você não sai daqui sem me dar a resposta que eu quero. –dessa vez quando ele se inclinou sobre ela foi a língua que ele passou pelo pescoço dela.

Hinata se perguntou o que mais ele seria capaz de fazer com aquela língua...

-Vamos. –ele falou mordiscando a orelha dela -Eu preciso te dar um banho.

Hinata corou, mas não conseguiu esconder seu gemido de prazer quando ele começou a beijar a linha do maxilar dele.

-N-não será necessário... –ela falou sem convicção.

-Acredite, é extremamente necessário. –ele falou, levantando-a e carregando-a em direção ao banheiro.

E Hinata desistiu de lutar contra. Não tinha razão. No fim das contas Sasuke tinha razão em tudo: Naruto não a respeitara, ela não tinha porque respeita-lo. E sentimentos só traziam complicações. Estava na hora de se divertir um pouco.

Por isso quando Sasuke a colocou no chão ela não teve nem um pouco de pudor em beija-lo. E quando ele soltou a yukata dela ela fez a mesma coisa com a dele, deslizando a mão pelo peito firme dele, o abdômen definido.

Ele a empurrou para dentro do box e Hinata arqueou as costas ao sentir a água gelada cair nela. Ela ouviu Sasuke dar uma risada rouca e voltou a beija-lo.

Ele a prensou contra a parede, deslizando as mãos pelas costas dela, passando pela bunda, até que ele segurou as coxas dela e num movimento único puxou-a para cima. Hinata envolveu a cintura dele com as pernas. E então ele estava dentro dela, naquele lugar onde só ele podia chegar. E Hinata estava perdida entre a sensação fria do azulejo em suas costas e do homem quente entre suas pernas.

Sasuke passou a língua pelo pescoço dela, roubando algumas gotas de água que ali estavam.

E quando ela gozou, com o nome dele em seus lábios, Hinata teve certeza de uma coisa: pelo tempo que durasse ele ia ficar com ela.