Um Homem de Familia – Parte 3

Autoras: Buka e Natália

Resumo: Carter e Abby estão a um passo da felicidade. Que caminhos eles devem seguir para que todos os seus sonhos se concretizem?

Notas:

1) ER e seus personagens são propriedade da Constant Productions, Amblim Television, NBC e Warner Channel. Não há nenhuma intenção de violação de direitos autorais.

2) Reproduções ou publicações desta estória só com autorização das autoras.

3) Elogios e críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas ofensas não. Se tiver algo a dizer, por favor, seja educado!


Feliz. Eu nunca pensei que poderia sentir tanta felicidade em toda minha vida. De um tempo pra cá eu e Abby estamos mais apaixonados do que nunca. Agora sim, eu sinto que ela recuperou a confiança em mim. Nós ja voltamos a dividir o seu apartamento. Eu sempre achei que a sua casa que tinha a cara de ser o meu lar. Todos ja sabem da nossa volta e eu nunca pude imaginar que iriam ficar tão felizes com isso. Todos os dias eu falo pra ela ter cuidado pois a Julie pode estar pra vir a qualquer instante. Ela só faz rir. Mal sabe ela do que eu já vivi ao seu lado.

Hoje eu acordei mais cedo pra preparar o nosso café da manhã. Deixo tudo pronto e quando volto ao quarto ela ainda esta lá, dormindo o mais profundo sono. Eu me aproximo beijando o seu corpo, tirando o lençol de cima dela e beijando sua barriga.

"A Julie ainda não chegou de viagem John.." – ela falou tentando abrir os olhos.

"Eu sei, mas ela vai chegar, eu sei que vai" - eu abri a janela deixando a luz invadir o quarto e incomodar os olhos dela- "você vai ficar grávida, Abby, vai..."- eu ainda falava quando ela se levantou, indo em direção ao banheiro.

"Um dia, John, quem sabe..."- ela ainda temia um pouco isso, eu sentia. A gente sempre falava sobre isso, mas eu vi a resistência dela. Essa idéia ainda era um pouco nova pra ela, e apesar da minha insistência, ele nunca se esquecia da camisinha e por via das duvidas, tomava a pílula religiosamente.

"Vem tomar café" - eu chamei, logo que ela saiu do banheiro, apos ter escovado os dentes e penteado o cabelo.

"Já vou..."- ela disse, agora lavando o rosto- "que horas você vai trabalhar?"- ela perguntou, finalmente saindo do banheiro e indo na minha direção, pra cozinha.

"Depois do almoço, e você?"- eu respondi, abrindo a cadeira pra ela sentar e pegando o leite fervido.

"No meio da tarde.."

"Hum.." – eu pensei alto.

"Nem vem John... eu mal acabei de acordar.."

"Eu não falei nada demais!"

"Mas pensou que eu te conheço.. e hoje eu vou sair com Susan pra procurar algumas coisas pro novo bebê dela.."

"Ela vai ter dois e nós não temos nenhum.." – eu fiz um bico e ela ficou me encarando.

"Que ideiazinha mais fixa hein!"

"Com você eu quero ter onze filhos pra termos o nosso time de futebol particular."

"Você quer uma mulher toda estragada? Com tudo fora do lugar?"

"Você nunca ficará assim.. e mesmo que ficasse.. eu amaria você do mesmo jeito..." – eu me aproximei pra beija-la.

"Ei, não se anima não"-ela me repeliu- "já disse, acabei de acordar!"- ela comia rapidamente as torras com mel.

"Nossa, calma" - eu levantei as mãos- "não precisa ter medo, não..."- eu sorri a ela, que ia terminando o café e indo até a pia.

"Não é isso, bobo" - ela lavou as mãos e me deu um abraço forte- "mas agora eu tenho que ir, combinei com a Sue as 9 e já estou atrasada..." - ela foi indo de volta para o quarto.

"Sue, bebê da Sue"- eu citei com descaso- "e eu?"- eu fiz "carinha de anjo", como ela chamava.

"Você!" – ela olhou pra mim. – "posso falar mais tarde?" – ela me beijou indo em direção ao banheiro.

"É ne! É o jeito!" – eu me sentei na cama e ouvi ela ligando o chuveiro.

Ela não fechava mais a porta pra tomar banho, agora eu fazia o que quisesse na hora que eu bem entendesse. Mas hoje, exclusivamente, eu decidi não atrapalhar o seu banho. Vou até a sala, examino a geladeira e decido sair pra fazer umas compras. Volto ao quarto e ela ja estava enrolada na toalha, escolhendo uma roupa.

"Você também vai sair?" – ela perguntou quando eu abri minha gaveta.

"Sim.. eu também tenho minhas Sues.. meus bebês..."

"Ah é, é?"- ela arqueou as sobrancelhas, escolhendo e colocando a roupa, colocando-a em cima da cama- "você vai ver"- ela desenrolou a toalha e foi colocando a calcinha. Eu examinei cada pedaço do seu corpo que estava incrivelmente perfeito hoje. Ela ia continuar a falar a respeito do meu comentário, mas eu a cortei, babando...

"Você está muito gostosa hoje..."- eu falei, vidrado nos seios dela. Ela me percebeu e colocou as mãos, se cobrindo.

"Ei, que coisa! Você tá muito tarado hoje, Carter!"- ela vestiu o soutien e a blusa logo em seguida, começando a andar pelo quarto apenas de blusa e meia.

"Tarado?"- eu ia começar a argumentar- "você sabe quando foi a última vez que a gente transou?"- eu perguntei, inconformado com o descaso dela.

"Anteontem?"- ela voltou a arquear as sobrancelhas, agora acompanhado de uma cruzada de braços.

"É!"- eu disse num tom mais alto, como se fosse a coisa mais anormal do mundo.

"Eu devia entrar em greve de sexo só pra ver como você ia ficar.." – ela falou vestindo a sua calça.

"Você não vai fazer isso comigo não ne!" – eu me desesperei largando a roupa que tinha escolhido no chão.

"Vou pensar no seu caso." – ela falou se olhando no espelho.

Eu tentei forçar algumas lagrimas, mas eu era um pessimo ator. Me aproximei dela no espelho e fiquei olhando com cara de piedade.

"O que foi agora?" – ela virou olhando pra mim.

"Faz greve não.. por favor! A Julie tem que nascer um dia!"

"Se você fizar enchendo o meu saco, não vai ter Julie, Ana, Maria... ninguém!"

"Ai, que mau humor" - eu sentei de novo na cama e peguei a roupa que a pouco tinha jogado, vestindo-a em seguida- "eu vou sair que eu ganho mais..."- eu terminei de me arrumar, fui até o banheiro, dando uma borrifada de KAIAK e saindo do quarto.

"Ei!"- ela me seguiu até a sala- "precisa disso tudo?"- eu vi aquele rostinho enciumado que ela fazia sempre.

"Aham" - eu segurei o riso, pegando minha carteira em cima da mesa da sala.

Ela se encontrava no meio do corredor, cheirosinha, vestida e descalça com a maior cara incrédula. Eu não ia ceder, adora quando ela fazia essa carinha pra mim. Os resultados eram ótimos depois. Eu fui até ela e dei um beijo. Detalhe: no rosto! Vi a expressão dela se zangar mais e quando eu estava quase abrindo a porta, a campainha tocou.

Eu ia abrir a porta, como um ato natural, mas ela se correu na minha frente, abrindo a porta mais rápido do que eu pudesse pensar. Susan olhou para nós e sorriu, já percebendo o clima.

"Ops, cheguei em má hora..."- contraditória, sentou no sofá e encarou a nós dois.

"Que nada..." – eu falei sorrindo. – "pelo menos eu deixo minha mulher com alguém de confiança.. pois eu estou saindo..." – eu falei indo ate a porta e acenando pras duas.

Abby, como sempre, colocou as mãos na cintura e ficou me encarando.

"Como assim? Vai sair dessa forma!"

"Que forma?" – eu parei segurando a porta.

"Você sabe..."

"Mais tarde a gente conversa Abby... eu agora tenho tanta coisa importante a fazer."

Ela se sentou ao lado de Susan. Eu tinha certeza que elas iam passar o tempo todo falando mal de mim.

"Ah... e por favor, não falem tanto de mim.. eu sei que sou irresistível.. mas a minha beleza cansa com tantas mulheres aos meus pés."

As duas me deram aquele olhar matador e eu sai pela porta antes que elas viessem me devorar vivo.

Continua...