LEIA! A fanfic foi deletada porque ela não estava conseguindo ser encontrada, então eu decidi republicá-la e evitar mais problemas.
Sumário: Foi só uma droga de uma aposta entre irmãos. Como, raios, tudo isso começou a acontecer?
Naruto não me pertence. Mas eu pertenco à yeahrebecca (uyy)
Presente para yeahrebecca.
O monstro não foi betado. MHUHAUHUAHAU! /HAVE FEAR
O curioso caso do bebê morcego
Prologue to the Exorcist
Itachi levantou a sobrancelha ao ver aquele monte de louça a ser lavada e nenhum Uchiha Sasuke pronto para fazê-lo. Na verdade, ele estava em seu quarto, assistindo a um filme de terror barato, absorto em seu mundinho particular de serial killer. O mais velho suspirou, tentando não ter uma crise nervosa que o impedisse, ao final, de ir trabalhar no outro dia. Sem mais escolhas, fez o que um responsável faria.
- Sasuke, venha aqui. – disse, um pouco mais alto que o seu tom normal.
Não demorou muito para que seu irmão mais novo chegasse à sala, acompanhado daquele seu rosto entediado de peixe morto – a face genética dos Uchiha. Sasuke tinha as mãos nos bolsos, num estilo incrivelmente comum de garoto de dezesseis anos.
- O que você quer? – uma pena que ele nenhum deles conseguiu receber nos genes a meiguice da mãe; faz certa falta.
- Você deixou um monte de louça para ser lavada.
- A empregada vai fazer isso.
O Uchiha mais velho respirou fundo, tentando chegar ao ponto essencial daquela conversa.
- Por que deixar para a empregada fazer amanhã o que você pode fazer hoje?
Sasuke lhe deu o olhar – aquele olhar que ele, definitivamente, aprendeu com Uchiha Madara. O olhar superior que pergunta à outra pessoa se ela era naturalmente idiota ou insuficientemente incapaz de pensar sozinha.
- Porque é para isso que ela é paga, obviamente.
Itachi controlou-se para não fechar seu punho no rosto do mais novo. Ele era uma criança traumatizada; perdeu os pais muito cedo; o irmão não fez um bom trabalho e foi uma indiscutível idiotice deixá-lo com o faraó supremo, Madara.
- Estou dizendo que, se você tem condições de fazê-lo, você deveria fazer.
- E por quê? Você não faz as tarefas de casa, e poderia.
- Isso não vem ao caso. Estou dizendo, apenas, que você deveria ganhar alguma responsabilidade antes do dezoito anos para não se perder completamente na vida. – e não se tornar um serial killer, Itachi disse para si mesmo.
Sasuke não conseguiu reprimir um sorriso cínico. Droga, Madara o corrompeu demais.
- O quê? Vai me dar um cãozinho? – e soltou uma risadinha assustadora, antes de se virar de costas e voltar ao seu quarto – Boa noite, Itachi.
O erro fatal de Uchiha Sasuke foi, definitivamente, não notar o sorriso fúnebre que havia no rosto do irmão indicava certo perigo à sua sanidade.
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O som da lapiseira batendo contra a mesa de mogno no escritório estava deixando Kisame insano. Encarou mais uma vez o amigo. Itachi estava absorto em seus pensamentos, enquanto fingia ler, com seus óculos especiais, um documento que parecia ser importante. Uma, duas, três batidas seguidas e rápidas e mais cinco lentas, como se ele estivesse prestes a chegar a uma conclusão.
Isso deixou Kisame certamente alerta. Havia alguma coisa má no jeito como aquele som ecoava pela sala e isso era um verdadeiro problema. Respirou fundo, dando a si mesmo instruções de como se dirigir ao amigo. Encheu o peito, levantando o rosto e abrindo a boca, pronto para falar.
No entanto, a lapiseira rolou dos dedos longos do Uchiha e Kisame perdeu a vontade de falar. E de viver. Os olhos negros do mais velho cravaram-se nos do amigo e ele não conseguiu conter aquele sorrisinho maldito.
- Hey, Kisame, a Konan continua sendo ativista?
Konan. Esse nome não lhe era estranho. Mas então a imagem da única mulher que com eles andava pela faculdade, lhe veio à mente. Cabelos azuis, olhos frios, um corpo delicioso e aquelas pernas suculentas... Uma saudade tremenda do passado abateu Kisame por um momento enquanto ele se lembrava de uma noite em que passara com ela. Aqueles seios fartos contra o seu...
Kisame endireitou-se, tossindo um pouco. Péssimo lugar para aquelas lembranças.
- Sim, acho que sim. Digo, acho que vi uma ou duas fotos dela em revistas de defesa dos animais.
- Ótimo. – o sorriso aumentou – Pode me fazer um favor e ligar para ela e marcar um encontro?
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Konan já esperava pelo pior quando o maitrê indicou a mesa e a imagem de um moreno divino de cabelos negros apareceu. Foi uma verdadeira surpresa para ela quando Kisame ligou em seu escritório – ela sempre teve medo de como ele conseguia encontrá-la, mesmo se ela mudasse de país – e pediu a ela que marcasse um almoço com Itachi, porque ele queria muito conversar com ela.
A voz do antigo "colega" de faculdade era um pouco sombria e, no misterioso código deles, Kisame mais voz sombria era igual à Itachi tramando algo perigoso – uma equação certamente fácil para os ex-membros da Akatsuki. E, minha nossa, como isso a assustou.
Por isso mesmo estava andando de um jeito estranho. Na verdade, parecia estar marchando e, uma mulher marchando num vestido preto básico, não era uma coisa que se via todo dia. Parou ao lado da mesa e Itachi lhe sorriu, levantando-se e beijando-a no rosto. Droga, ele estava tão bonito quanto antes. O maitrê puxou a cadeira e ela sentou-se, visivelmente abalada.
- Como vai, Konan?
A mulher sorriu, polidamente. Uma pena que sua resposta não foi tão bonita assim.
- Com medo do por que um Uchiha resolveu falar comigo tão urgentemente. O que você quer?
Itachi sorriu um pouco, conformado.
- Direta como sempre. Então, vamos ao que interessa: você continua a cuidar de animais?
Konan levantou as sobrancelhas. "Cuidar de animais" não era bem a palavra ideal para o que ela fazia. A mulher era, simplesmente, uma das mais importantes ativistas do mundo. Perdera a conta de quantas vezes abraçou uma árvore para que ela não fosse derrubada, assim como perdeu a conta de quantas vezes foi presa. Sem falar nos inúmeros processos e, ah sim, em como ela fazia questão de defender os animais a todo custo.
- Não cuido de animais, muito embora tenha vários locais ideais para os animais poderem viver, sem terem problema com os homens.
- Claro, claro. – e Itachi estava claramente desinteressado nisso – Você teria algum projeto em que, não sei, uma criança de dezesseis anos poderia cuidar de um animal, de preferência que não seja domesticado?
Silêncio. Enorme silêncio.
- Você quer incluir seu irmão menor e serial killer em um dos meus projetos?
- Basicamente.
- Para quê, posso saber?
- Para que ele ganhe responsabilidade.
Konan levantou-se, de súbito. Estava zangada, e isso até mesmo as mesas mais distantes podiam notar. Meu deus, ela ia explodir, alguém sussurrou.
- Cuidar de um animal indefeso, Uchiha Itachi, não é uma brincadeira de criança para que ela aprenda a ter responsabilidades. É preciso ter uma tremenda força de vontade e não se importar com horas de sono!
Um sorriso macabro se formou no rosto de Itachi.
- Já lhe falei que eu pretendo investir bastante em suas ONGs, se você me ajudar?
A mulher estreitou os olhos, voltando a se sentar.
- Vai precisar de muito dinheiro para que me drible.
Itachi apenas sorriu, enquanto tirava um talão de cheque e uma caneta do bolso.
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Konan tem de admitir que, quando leu os números no cheque, ficou de boca aberta. Sacrificar um animal era uma crueldade que ela nunca se deu ao luxo de fazer, mas sacrificar um animal e salvar milhares era uma coisa que, realmente, poderia tentar.
- Você quer um animal selvagem, basicamente?
Itachi apenas meneou a cabeça, em concordância.
A mulher respirou fundo, a mente ainda contando o quanto isso lhe custaria. Doeria, mas dor era uma coisa necessária para os humanos. E também para os animais.
O Uchiha pareceu notar essa leve hesitação nos olhos da amiga e completou:
- Já disse que essa quantidade vai ser mensal? Isto é, até que Sasuke ganhe a responsabilidade que eu julgar necessária?
A mente de Konan quase pifou ao ouvir isso. E quando ela suspirou pela última vez e entregou um sorriso ao outro, já estava com tudo preparado.
- Eu tenho o projeto perfeito para ele.
Dane-se o pequeno animalzinho indefeso; dane-se os princípios; dane-se o sorriso assombroso do Uchiha enquanto ele escolhia a comida e o vinho. Era dinheiro demais para se recusar.
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Itachi chamou Sasuke mais uma vez, porém era muito tarde. Isso acarretou em um Uchiha carrancudo e que pisava forte demais pelo apartamento.
- O que você quer a essa hora, seu maldito? – e estreitou os olhos, nervoso demais para não se temer. Itachi sentiu um leve arrepio pela espinha; prova de que aquele menino seria o próximo Uchiha Madara, se o outro morresse.
- Apenas fazer uma aposta com você.
- Uma aposta?
- Sim. – e andou até o irmão, com as mãos nas costas, extremamente calmo – Lembra-se quando você me perguntou se eu ia lhe comprar um cãozinho?
Sasuke encarou o teto, tentando pensar. O sono e o cansaço não lhe deixavam fazer isso muito depressa, então Itachi abusou dessa fraqueza do irmão e continuou, interrompendo a fraca linha de pensamento do menor.
- Pois bem. Eu achei o bichinho perfeito para você.
Isso Sasuke assimilou rápido demais.
- Como é que é?
- Encontrei o bichinho perfeito – e tentou não rir nesse momento – para você criar e poder se tornar muito responsável.
- Eu não quero um bichinho.
- Oh, mas isso não é questão de querer. É questão de saber apostar.
- Não compreendi.
- Claro que não. – e afagou aqueles cabelos cheios de gel. Ele dormia mesmo com aquela gosma toda na cabeça? – Enfim, o fato é que, eu quero apostar com você. Eu acredito que você não tem condição nenhuma de manter esse bebê vivo até que ele se recupere e ganhe maioridade e maturidade o suficiente para poder viver por aí nesse belo e estragado mundo.
O menor duvidou quando Itachi disse a palavra "bebê", mas não quis perguntar isso, agora.
- E se eu conseguir manter esse ser vivo... Vivo?
- Faço o que você quiser, naturalmente.
-... Até mesmo se aposentar das empresas Uchiha?
Isso quase causou um derrame em Itachi, e foi o suficiente para Sasuke. Tremendo, de nervoso ou de raiva, ele apenas continuou.
- Até mesmo... Isso.
Um sorriso maldoso passou pelos lábios de Sasuke.
- Então estamos combinados. – e virou-se para voltar ao seu quarto, mais uma vez.
- Não está nem interessado em saber o que vou pedir de você?
- Não.
- Nem qual é o bichinho?
Sasuke virou-se apenas para revelar um sorriso cruel e otimista ao irmão.
- Pode mandar até um elefante, irmão. – e se foi.
Itachi segurou a risada bem demais. Um elefante? Quem disse que seria tão fácil assim?
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Uchiha Sasuke estava comendo calmamente seu café-da-manhã quando sua vida acabou, o seu mundo desandou e o seu universo ruiu. Tudo com uma única ligação do porteiro, uma "pode mandar subir" do seu irmão e um toque na campainha de um desconhecido.
Então uma mulher muito bonita e de olhar cansado entrou segurando um bebê pequenino e uma grande bolsa de criança que o seu irmão prontamente segurou para ela. Ela e Itachi se cumprimentaram e Sasuke realmente pensou que ela era uma das amantes do irmão que engravidou e viria morar com eles, agora – sério, ele precisava parar de assistir novelas.
- Bom dia, Sasuke. – ela sussurrou, como se o conhecesse de longa data.
- Bom dia, hã...
- Konan. – Itachi corrigiu – E esse é o seu novo trabalho como babá. – e apontou para o serzinho nos braços da mulher.
Um silêncio se instaurou entre os três, mas logo foi cortado pela risada brusca de Sasuke.
- Você só pode estar brincando! Você disse que era um bichinho, não um bebê! – e cruzou os braços, como se o outro estivesse derrotado.
Itachi começou a rir. E isso surpreendeu até o imã de vaquinha na geladeira.
- Mas é um bichinho. – ele disse, tentando parar de rir – Só que também é um bebê.
Sasuke não captou, porém Konan, que já estava assustada o suficiente para ouvir dois Uchiha gargalharem, simplesmente aproximou-se do mais novo e lhe entregou o embrulho de pano com o cuidado. O silêncio voltou a se instaurar, mas o sorriso de Itachi continuava ali.
Inicialmente, Sasuke confessa, ficou com medo de que fosse um bebê de verdade. Mas então, tomando coragem, afastou o pano do rostinho da criatura e se deparou com uma espécie de rato gigante e modificado. Era como um chihuahua, só que menor e mais feio... E mais magro também. Pensou em gritar, jogar aquele troço no chão, subir em cima da cadeira e gritar mais ainda, porém apenas ficou em silêncio, o lábio tremendo de maneira incontrolável.
Então a patinha da criatura saiu de dentro do pano e tentou alcançar o que, ele pensava, ser a sua nova mamãe. Sasuke, ainda atônito, pôde notar cada detalhe daquela mãozinha – um estudo comprova que pessoas com medo enxergam melhor. E parecia com uma mini-garra, bem escura e que era meio que grudada em uma asa delicadinha. Fã de Jurassic Park, ele lembrou-se que parecia, incrivelmente, com a asa de um pterodáctil. Depois só foi fazer as contas.
Asa de pterodáctil mais rato era igual à...
- Isso é um morcego? – perguntou, o rosto deformado em uma careta de repugnância.
- Não. – Konan sussurrou, séria e incrivelmente profissional – É um bebê morcego.
Itachi bateu as costas na porta, rindo mais uma vez, mas não havia muita graça naquilo. Pelo menos, na opinião de Sasuke.
N/A.: FELIZ ANIVERSÁRIO REBECCA! *esperou para postar quando deu meia-noite* AEAEAE, EU CONSEGUI ESCREVER 8DDD A idéia me surgiu quando eu estava assistindo ao Fantástico e passou uma reportagem sobre um casal que cuidava de morcegos machucados, como se fosse um hospital de morcegos. E como eu gosto de morcegos, fiquei super apaixonada. Aí apareceu a imagem de um bebê morcego super fofinho e eu fiquei "OWN, MÃE, EU QUERO UM MORCEGO!". Quando eu fui, dormir, porém, minha imaginação me pregou uma peça e foi assim que nasceu essa fanfic.
Presente para yeahrebecca, porque ela é foda e me deu PCP. Enfim, é uma long, muita coisa vai rolar, e espero que gostem!
Reviews ou seu coração na minha escrivaninha e seu corpo para o IT.
(e ganha PM se não mandar comentário e favoritar. Porque cansei de ver o pessoal fazer essa putaria, e eu não fazer nada)
