Capítulo 1: Ajuda.

Loke's POV

Lá estava ela, radiante em mais uma manhã. Passava a escova delicadamente em seus cabelos loiros enquanto observava sua imagem no espelho. Eu sabia que era errado observar ela o tempo todo, mas não conseguia evitar.

Lucy saiu do apartamento e foi de encontro com Natsu e Happy, que a esperavam na esquina de sua rua. Caminharam juntos para a guilda discutindo sobre qual missão iriam fazer. Natsu parecia estar empolgado, e Lucy parecia feliz. Sempre estava feliz quando estava com ele. De certa forma eu gostava de saber que ela estava bem, mas triste por não ser eu a causa disso.

Ao entrarem na guilda, Happy e Lucy correram até o quadro de missões, mas Natsu parou para conversar com Lisanna. Lucy e Happy concordaram em pegar uma missão em Hargeon, por ser razoavelmente perto e o tempo no trem ser menor. Isso facilitaria para Natsu.

Porém quando levaram a missão, Natsu disse que não poderia ir. Lisanna precisava da ajuda dele em uma missão com Elfman, e ele se dispôs a ajudar. Era compreensível, afinal desde que Lisanna voltara, eles não fizeram muitas missões juntos. Mas isso não impediu Lucy de se sentir desanimada. Eu vi em seus olhos e suas reações o quanto aquilo havia machucado ela.

Happy aceitou sem problemas e foi propor a Charles de irem juntos a uma missão. Lucy olhou ao redor e pensou em chamar outra pessoa, mas parecia perdida com essa idéia. Por fim Gray, que viu a cena de longe se propôs a ir com ela. Lucy se animou novamente. Os dois chamaram Erza e ela aceitou. Mostraram a Mira a missão e marcaram de sair no dia seguinte.

Passaram o resto da tarde na guilda discutindo detalhes da missão. No final da tarde Lucy decidiu ir para casa. Se despediu de todos e começou a caminhar para o apartamento. Fora da guilda, Natsu esperava por ela para conversar.

Natsu's POV

Eu não sabia o que estava fazendo. Apenas senti necessidade de conversar com ela sobre o que aconteceu. Lissanna havia me convidado para ajudar em uma missão especial, e eu aceitei por parecer divertido, mas quando disse a Lucy ela pareceu chateada. Não gostava de pensar que isso fosse culpa minha.

- Hey, Lucy! Vamos dar um passeio? – perguntei.

- Claro! – ela disse animada.

Caminhamos até uma área onde só tinha um lindo gramado verde. Lucy deitou-se na grama e começou a observar as estrelas que já tomavam conta do céu escuro.

- Olha Natsu, uma estrela cadente! – ela disse apontando, eufórica.

- Então faz um pedido. – respondi gentilmente a ela.

Ela fechou os olhos por alguns segundos e depois me olhou sorrindo.

- Pronto! Você já fez o seu? – ela questionou.

- Eu não tenho muito o que pedir. Não acho que a estrela me ajude a encontrar Igneel. – respondi desanimado.

Ela rolou até onde eu estava deitado e me deu um abraço, me fazendo corar.

- Não se preocupa. Vamos encontrar ele juntos! – ela sorriu para mim.

Depois de algum tempo observando as estrelas decidimos ir embora. Vimos de relance Mira e Lisanna caminhando de volta para Fairy Hills. Observei Lissanna por um momento e corei. Ela não parecia ser a mesma menininha de antes. Lucy percebeu que eu estava olhando e abaixou a cabeça. Parecia meio triste.

- Luce, você está brava comigo? – perguntei enquanto caminhávamos lado a lado até seu apartamento.

- Não Natsu... – disse ela me dando um sorriso forçado – Porque a pergunta?

- Porque você pareceu chateada quando eu disse que não ia poder ir à missão...

- Mas está tudo bem Natsu. Gray e Erza vão comigo, e Happy vai em uma missão com Charles e Wendy.

- É só que... desde que Lisanna voltou eu e ela não fizemos muitas missões... isso me deixou um pouco chateado, pois ela era a pessoa mais importante pra mim. – eu tentei explicar a ela, mas por alguma razão ela desviou o olhar imediatamente.

- Eu entendo Natsu. – disse seca.

- Mas você vai ficar bem sem mim? – perguntei sem pensar. Me arrependi assim que terminei a pergunta.

- Claro Natsu. Afinal, somos amigos, não temos a obrigação de estarmos sempre juntos, não é? – ela disse e me deu um sorriso meio triste.

Não entendi o que aquele sorriso significou, mas doeu a forma como ela disse isso. Quer dizer, as pessoas sempre brincaram dizendo que ela era a "minha garota" porque sempre estivemos juntos... E eu gostava disso de certa forma. Principalmente porque significava que éramos especiais um para o outro. Amizade é algo que ela tinha com todos os outros da guilda. Então éramos como quaisquer outras pessoas da guilda?

- Você tem razão. – respondi um pouco chateado.

Caminhamos mais um pouco, conversando sobre outros assuntos aleatórios e decidimos fazer uma missão juntos quando voltássemos.

– Bem, de qualquer forma, se cuida amanhã. – disse me despedindo.

- Você também!