Capítulo Um: Como Eu Arranjei uma Namorada de Mentira
Por Sirius Black
Ahhh o Natal! Como eu amo o Natal! A neve caindo, as pessoas sorrindo, elfos cantando, dinheiro sendo gasto aos montes com presentes... Nada deixa meu humor mais... Sombrio.
Eu simplesmente não suporto o Natal. Nem um pouco. E neste final de ano, eu suporto o Natal menos ainda, visto que James e Lily iam passar as festas de fim de ano juntos, e eu, como um amigo fiel e leal, não quis atrapalhar, por isso, iria passar as festas em Hogwarts. Sério, meu humor está tão sombrio que nem eu estou me aguentando. Somente duas pessoas da Grifinória resolveram ficar na escola para as festas esse ano, eu e minha melhor amiga, Marlene McKinnon. Ela resolveu ficar porque o namorado dela, Mike Chang, também resolveu ficar por aqui, e é isso que ela tinha ido fazer, encontrar Mike Chang próximo à torre da Corvinal, enquanto eu tentava ler o livro que Lily havia me dado de presente em frente à lareira. Não que ler fosse um dos meus passatempos favoritos, mas nas atuais circunstâncias, era o que tinha pra fazer.
Até que Lene irrompeu no salão comunal se acabando de chorar. Chang, é claro. Coloquei o livro de lado e andei até ela apressado. Lene era minha irmãzinha, desde sempre eu cuidara dela e ela de mim, porque morávamos perto em Londres, e cada vez que eu brigava em casa, saía para a casa dela. Era algo que eu fazia desde sempre. Então ela me fazia um chocolate quente com marshmellows, me olhava com aqueles olhos amarelados (os olhos dela são os olhos mais incríveis que eu já vi, são castanhos, praticamente amarelos e amendoados, e me fazem lembrar dos olhos de um gato), dava um beijinho na minha testa e mandava eu me recostar nela enquanto ela mexia no meu cabelo. Quando me mudei para a casa de James, a única coisa da qual eu sentia falta eram essas tardes com a Lene. Agora, obviamente, minha irmãzinha precisava de mim e eu não ia desapontá-la.
– Lene! — chamei, fazendo-a parar e começar a vir na minha direção. Ela praticamente se jogou nos meus braços abertos, soluçando desesperada. — Ei! O que foi, irmãzinha? — falei enquanto alisava seus cachos negros entre os dedos.
Lene continuou soluçado, aparentemente desesperada demais para responder. Eu a guiei até o dormitório masculino, e a fiz sentar na minha cama, e esperei até que ela se acalmasse para perguntar, de novo, o que havia acontecido.
– Ah, Sirius, porque os homens são assim?
– O que foi que ele fez? — perguntei, enquanto em minha mente se passavam vários métodos bem dolorosos de se matar Mike Chang.
– Ele tinha outra, Sirius. Outra! Aquela corvinal loira que dava em cima dele no começo do nosso namoro. Jenny... — ela cuspiu o nome da garota com escárnio. — Flagrei os dois se comendo no corredor. Me sinto tão idiota!
– Calma, Lene. Vai passar...
– Você não entende, Sirius! Ele dizia que me amava, me dava flores e mandava bilhetinhos entre as aulas... Eu achei mesmo que... Bom, você sabe... Ele estava me pressionando, então hoje eu estava indo lá para... — ela puxou a gola da blusa, mostrando um detalhe do sutiã preto de renda — Eu ia... Você sabe. Achei que ele realmente gostasse de mim. Como eu sou idiota.
Lene havia me contado que o cara estava pressionando ela para que ela... Bem, digamos, dormisse com ele. Disse para ela que ele estava sendo idiota, e ela disse que não, que era normal e que todos os garotos são assim. Ela estava certa, claro, eu também sou assim, embora normalmente e não precise insistir muito, mas isso não vem ao caso. O fato é, Mike Chang era um otário. Eu sempre disse isso para a Lene, mas ela dizia que era só ciúmes, e agora eu estava certo e não podia nem me gabar disso. Abracei Marlene mais forte. Não conseguia entender... Como alguém podia fazer isso com uma garota como a Lene?
– E eu gastei todas as minhas economias naqueles malditos ingressos para o show idiota que ele queria. Pena que eu já dei o presente, senão, juro que eu venderia aquela porcaria. Agora ele vai no show com a Jenny. Usando o meu dinheiro. Isso não é justo!
Fiz com que Marlene se deitasse no meu colo, e mexi nos cabelos dela, como ela fazia comigo. Escutei todas as queixas dela. Ela me contou todos os podres de Mike Chang, amaldiçoou ele e a tal da Jenny, amaldiçoou a si mesma por ser tão boba, jurou nunca mais confiar em um homem, e por fim, agradeceu a Merlin por ter descoberto tudo antes que ela tivesse, nas próprias palavras dela, perdido o lacre de segurança.
Eu fiquei ali, escutei, concordei com ela, xinguei, aplaquei sua raiva e ri de algumas coisas. Até que me veio uma ideia luminosa.
– Marlene... Porque você não se vinga dele?
Ela se sentou e me encarou, os olhos amarelos brilhando na meia luz.
– Tipo, colocar fogo nas roupas dele, ou inventar uma maldição que faça o júnior dele ficar pra baixo pra sempre?
– Pior...
– Pior que deixar ele brocha pra sempre?
– Bom, não sei, mas com certeza é mais simples e mais garantido.
– O que?
– Você vai fingir que é minha namorada.
– O que?
– Isso mesmo. Nós fingimos, na frente da escola toda, ele vai ficar em choque, com certeza vai querer voltar com você, e aí, você despreza ele, na frete de TODO MUNDO.
– Você é maligno, Sirius. Mas não tenho certeza se isso vai dar certo. Porque ele viria rastejando atrás de mim?
-vEu sou o cara mais cobiçado da escola. Você estar comigo eleva seu status de popularidade. Quando ele nos ver juntos, vai sentir o que você sentiu, e mais, vai achar que ele não foi nada para você, porque você trocou ele muito rápido. Ele vai querer você de volta, para mostrar para todos quem é o macho alfa.
– Macho alfa...
– Confia em mim, Lene. Nós vamos fazer ele se arrastar aos seus pés... E então... Você esmaga a cabeça dele!
– Ou as bolas...
– É. Ai, você é má. E então, você topa?
Marlene pensou por um instante, mas eu sabia que ela já havia aceitado pela expressão no rosto dela.
– Está bem. Mas... Enquanto estivermos fingindo, você não pode dar mole para nenhuma outra garota. Se seremos "namorados", —ela fez aspas com os dedos — você não pode me trair. Ou então todos vão me chamar de corna mor de Hogwarts.
– Certo. Começamos amanhã...— falei, sorrindo radiante.
– Sirius?
– Que é?
– Obrigada.
– De nada...
Boom, ta aí uma fic delirante, mas que eu prometo que será divertida...
Agradecendo a Yuufuu minha mana que betou...
A fic está completa então, sem demora para postar hahaaaa...
Bom, é isso, espero mesmo que gostem... BEIJOOSS
Próximo capítulo...
Como eu atraí algumas maldições
Por Marlene Mckinnon.
– Mas e o Chang?
– Você não viu, ruiva? Ele me trocou pela Jenny Robbins. Sirius me consolou e nós acabamos... Você sabe... – eu falei isso dando a entender que eu havia dormido com Sirius. Não sabia o porquê, mas me dizer aquilo me pareceu espetacular. Como se eu estivesse realmente segura do que estava fazendo. A cara da ruiva traduziu tudo: os olhos dela se arregalaram mais do que eu achava humanamente possível, e ela baixou a voz.
– Mas não faz nem uma semana que você está saindo com ele! Você enlouqueceu?
– Ah Lily, não é algo tão grandioso assim... – falei, me afundando em mentiras – Além do mais, Sirius é meu amigo, confio nele.
