O Expresso de Hogwarts

Harry viu o trem se afastar. Após ele partir, ele caminhou para sair da estação.

Harry voltou a ver a parede que levava à estação e ficou paralisado.

- Harry, o que foi? - lhe perguntou preocupada Gina.

- Pensei que tinha visto Duda. - respondeu Harry, dando-se conta do estranho que soaria para todos.

- Duda? Se refere ao seu primo Duda? - perguntou Rony

- O filho de seus tios, os Dursley? - questionou incrédula Hermione. - Mas isso não pode ser. O que faria um trouxa como ele por aqui?

- Não sei. - respondeu Harry.

Sabia que aquilo era muito estranho, jurava que aquele que ele havia visto passar ali era Duda.


Alvo e Rosa ficaram um momento parados na metade do corredor.

- Acho que devemos ir procurar uma cabine. - comentou Rosa.

- Sim, vamos.

Os dois passaram por várias partes do trem, até chegar na úlltima, que continha uma cabine mais ou menos vazia. Só tinha dois garotos. Um garoto alto, magro e de cabelo negro enquanto que o outro era louro, grande e robusto.

- Desculpe, vocês ficariam incomodados de sentarmos aqui? - perguntou em um tom um pouco mandão, o mesmo que sua mãe tinha. - O trem já está cheio.

- Não tem problema. Sentem-se. - respondeu o menino magro.

Alvo e Rosa puseram seus baús no guarda baús da cabine e se sentaram.

- Oi, meu nome é Jacot. William Jacot. - disse o garoto de cabelo negro.

- O meu é Weasley, Rosa Weasley. Seu sobrenome é ingles? - perguntou a garota.

- Não tenho certeza. - respondeu o garoto. - Eu vivi em tantos lugares com minha mãe que não tenho certeza de onde somos.

- Isso é verdade! - comentou o garoto louro. - Antes de vocês entrarem estava contando de quando viveu em Paris. Ah, não me apresentei. Sou Harry Dursley.

- Seu nome é igual o do meu pai.

- E como você se chama?

- Eu sou Potter. Alvo Potter.

- Você é filho do famoso Harry Potter? - perguntou surpreso William. - Eu sei tudo sobre seu pai. Toda sua fascinante história. Na minha casa temos aproximadamente quinze de suas biografias. Eu tenho que dizer que a minha favorita é escrita por Julia Katherin Rawling.

- Minha mãe acha que é a melhor escritora que existe atualmente! - disse Rosa em um tom que parecia dizer: se minha mãe diz, é verdade.

- Por acaso é uma escritora de livros mágicos? - perguntou Harry Dursley.

- O que, não conhece ela? - Rosa perguntou em tom incrédulo.

- Não. - Harry respondeu de imediato. - O que acontece é que sou filho de trouxas.

- Ah! Isso explica...

- Mas não pensem que nosso amigo não sabe nada de magia. -interrompeu William. - Antes de que chegassem estava contando o que sabe, e é mais do que qualquer trouxa deveria saber.

- Eu sei graças a minha avó e meu pai - disse Harry. - Mesmo assim não me explicaram como é que sabem.

- Bem, talvez conheçam algum mago. - sugeriu Al.

- Não. Eu não acho. - Harry comentou pensativo.

- Bom, me parece que não vamos decifrar a menos que perguntemos a seus pais, e como isso não é possível, vamos mudar de tema. - sugeriu Rosa.

Os quatro jovens seguiram falado de outros temas, como por exemplo:

- São uns óculos de expectro! - exclamou William colocando uns óculos psicodélicos que saíram de seu baú.

- E para que servem? - questionou Harry Dursley.

-Pois o nome mesmo explica isso. - disse William. - O significado da palavra espectro...

- Tem certeza que não é parente de Luna Lovegood? - interrompeu Rosa.

- Luna Lovegood?

- É uma conhecida da família. - explicou Alvo. - Tem umas ideias, assim... Fora do normal.

- Acaso se referem à diretora de O Pasquim?

-Sim, a ela.

- Eu queria ser um parente seu! - exclamou emocionado William, ainda com os óculos de espectro colocados. - Vocês a conhecem? Nem consigo acreditar!

Alvo estava a ponto de dizer que qualquer dia a apresentaria quando se abriu a porta da cabine. Duas meninas entraram e ocuparam os lugares restantes sem nem a menos pedir e se voltaram para os demais.

- Por favor, podem agir normalmente. Estamos fugindo de um maldito Don Juan.

A menina que tinha falado era magra e de estatura média. Tinha finas feições e olhos de cor castanho claro, do mesmo tom que seu cabelo, que era longo e naquele momento estava solto. Sua acompanhante era mais baixa e um pouco gorda, mas seu rosto parecia bondoso e amável.

- Um Don Juan?- perguntou desconfiada Rosa.

- Sim! - respondeu a menina que havia falado anteriormente. - O encontramos enquanto que ele dava em cima de uma menina. Parece que chamamos sua atenção e ela aproveitou para escapar.

- Ai! E pensar que é nosso primeiro dia. - disse a outra garota.

- Esperem. São do primeiro ano?

- Sim, peraí, não tinha me apresentado. Sou Rawling. Alice Rawling. - disse a menina mais magra.

- E eu sou Smith. Sandy Smith. - Disse a outra.

Os demais jovens se apresentaram e quando o último o fez, a porta da cabine voltou a se abrir. Na porta tinham dois meninos, um era louro e de feições angulosas, enquanto que o outro era idêntico a... William.

Alvo, Rosa e Harry ficaram com a boca aberta, olhando alternativamente a Wiliam e ao menino que se encontrava na porta. Enquanto isso, Alice e Sandy olhavam o garoto com repulsa, nojo e medo.

- Então estão aqui, gatas! - exclamou o garoto. Mesmo que fosse fisicamente igual a William, seu porte era diferente, assim como seu tom de voz. Sem dúvidas parecia mais confiante do que qualquer outra pessoa que já tinham conhecido.

- Ainda nem começou o ano e já está pensando em arrumar uma namorada. - disse William desde seu assento.

- Então está aqui! E feito um idiota ficando com esses óculos de espectro estúpidos.

- Bem, ao menos não estou espantando essas garotas.

- Eu não diria isso. - disse frialmente o outro. - Isso elas que devem julgar.

- Melhor irmos. - falou o garoto que o acompanhava.

- Espera! Você é Escórpio Malfoy, não? - perguntou curiosa Rosa.

- Sim. - respondeu o outro, surpreso pela garota conhecer seu nome.

- Assim que conhece o amigo Escórpio. Pois eu sou Justin Jacot. Com um pouco de sorte nos veremos na Sonserina, gatíssima.

E, dizendo isso, ele se foi.

- Por acaso é seu irmão? - perguntou Harry.

- Sim, é meu fabuloso irmão Justin. - ele lhe respondeu em um tom um pouco amargurado, enquanto que tirava os óculos de espectro.

-Ai! Mas se são idênticos. - disse surpresa Alice.

- Sim. - falou William como se quisesse encerrar um assunto desagradável. - Tentaram dizer ao meu irmão para lhes deixarem em paz?

-Não, não fizemos isso. - respondeu sinceramente Sandy.

- E acaso é tão facil? - perguntou com receio Alice.

- Sim, tão simples lhe pedir isso. Muitas vezes ele é chato, mas se você pede por favor as coisas ele faz. Mas quando tenta falar por mal...

- Espera. - interrompeu Rosa. - Realmente ele faz isso? Normalmente, quando uma pessoa deseja algo não se vai deter mesmo que alguém peça.

-Bom, não sei o que você acha. - contestou um pouco chateado William. - Mas eu vivo com ele a onze anos, assim devo saber do que falo. Alem do mas, não é que as deseje, é simplemente uma maneira de se divertir. Ele gosta de flertar com garotas, mas se vê que as chateia, ele se detém. Mas se o fazem ver isso por mal jeito...

-Ok, então pediremos amavelmente na próxima vez que os virmos. - disse Sandy sorrindo.

Nesse momento chegou o carrinho dos doces e se fez uma pequena confusão, já que todos queriam comprar algo. A senhora se afastou com o carrinho um pouco menos cheio e os bolso bastante mais cheios.

-Nossa, não imaginei que fosse tão caro! - comentou Harry, que tinha sido o que menos tinha comprado, exceto Alice, pela qual, segundo suas próprias palavras, estava de dieta.

-Bem, se ficar com fome pode ficar com um pouco do que eu comprei. -lhe disse William, o que parecia que mesmo que fosse magro comia bastante, pois havia comprado muitas coisas.

Nesse momento a porta da cabine se abriu e de lá saiu nada mais, nada menos que Tiago.

Alice e Sandy abriram a boca, mas ao parecer só Alvo se deu conta desse pequeno detalhe.

- Nossa! Vejo que já fez muitos amigos, Al. Agora me dê um pouco de espaço.

Alice empurrou Alvo contra Harry, ao parecer sem nenhuma consideração. Parecia desesperada para Tiago sentar-se ao seu lado.

- Obrigada! - agradeceu o garoto enquanto que se sentava. - Agora as apresentações. Eu sou o irmão mais velho do pequeno Al, Tiago Potter.

Os demais se apresentaram. Alice e Sandy muito emocionadas ao parecer. O último a se apresentar foi William, que havia voltado a por os óculos de espectro.

-Jacot? Não teria nada a ver com...?

Naquele instante preciso a porta da cabine voltou a se abrir. Tinham dois meninos. Um era alto, amplo de ombros, de cabelo negro e feições faciais muito atrativas. O outro garoto também era alto, só que um pouco mais baixo que o outro. Tinha os olhos rasgados e sua pele era bronzeada.

-Então é aqui que está o famoso Potter! - disse o primeiro menino.

- Fazendo amizade com os do primeiro ano? - inquiriu o outro. - Uma tática muito boa. Talvez eles você entenda quando te falem.

Os dois começaram a gargalhar, mesmo que ninguém mais tivesse achado a piada engraçada.

-Vejam, Jacot e Towers, nesse ano eu não penso em aturá-los nada. Assim que..

-E o que vai fazer? Se o único que você serve é para capturar o pomo de ouro.

-Eu acho que então estão só com inveja. - deu sua opinião Rosa.

-Inveja? Melhor te calar sua estúpida. - disse o garoto dos ombros largos. - Potter não tem nada que nós pudéssemos invejar. Nós dois viemos de famílias muito antigas

- E o que isso tem a ver? - perguntou Harry.

-Pelo visto você é um daqueles idiotas que vêm de família trouxa. - comentou o menino dos olhos rasgados. - Afortundamente minha família, os Towers, nunca se misturou com lixo como vocês.

Houve uma leve risada na cabine, que mais pareceu um riso disfarçado.

-Quer compartilhar a piada? - questionou ameaçadoramente o menino Towers.

-Se você se atrever a fazer algo a meu irmão eu te mato! - ouviram uma voz detrás dos garotos.

Todos se voltaram para ver e perceberam que era Justin, que dava a Towers um olhar fulminante.

-E você o que te mete, pirralho? - lhe ofendeu o menino dos olhos rasgados.

- Eu, cuidado Mark, que é meu irmão! - exclamou o garoto Jacot.

-Esse pirralho é seu irmão? -inquiriu chateado Mark.

-Sim, de quem me orgulho. - respondeu o garoto. - Em outra partida, esse. - apontou para William com a cabeça. - Não tenho nada que me orgulhar, senão me envergonhar.

William se avermelhou por trás dos óculos de espectro, os outros puderam perceber, mas não abaixou sua cabeça.

-Sabe que eu não gosto que fale mal de William, Jason. - Ameaçou Justin. - É melhor que me acompanhe.

-Aonde? - perguntou interessado Jason Jacot.

-Você já vai ver! - exclamou Justin.

-Está bem. Até logo T.P. - se despediu Jason. - E espero que entra na Sonserina, William. Seria a primeira coisa boa que faria na sua vida.

E dito isso os três garotos foram embora.

Tiago fechou a porta da cabine.

-Assim que você é irmão de Jason Jacot. - ele falou em tom ambíguio.

-Meio irmão. - aclarou William. - Mesmo pai, mãe diferente. Para mim é quase um desconhecido, já que meus pais se separaram quando eu tinha quatro anos. Justin e eu fomos viver com nossa mãe, e mesmo que Justin visite sempre o meu pai, eu não gosto de fazer o mesmo. Meu pai acha que falta muito para eu ser um bom mago.

- Ao parecer seus irmãos gostam da Sonserina. - comentou Harry.

-Sim, Jason porque o único que pode dizer é Sangue Puro, enquanto que Justin pensa que não há nada melhor que ter uma grande astúcia e ambição.

-Mas na Sonserina é que entrou a maior parte dos bruxos das trevas. - disse Sandy.

-Isso é verdade! - afirmou Rosa.

-Sim, mas se quer continuar vivendo não mencione isso a Jason. - William alertou. - E quanto a Justin, ele opina que se deve que muitos não sabem usar de maneira adequada sua ambição.

- Já pensaram em que casa gostariam de entrar? - pergunto Alice.

-Grifinória. - responderam sem duvidar Alvo e Rosa.

-Não me perguntem, não sei muito. - disse Harry.

-Eu gostaria de entrar na Lufa-Lufa. - respondeu Sandy. - Sei que não é a casa mais famosa, mas me parece um bom lugar para estar.

-Se eu pudesse queria ir para a Corvinal. - revelou Alice. - Opino que a inteligência é a maior arma que você pode ter.

Alvo esteve tentado a dizer que o Chapéu Seletor levava em consideração as preferências de cada um, mas não lhe pareceu oportuno revelar um segredo que seu pai havia lhe confiado.

-E você, William?

-Não sei - respondeu o garoto-. Eu gostaria de estar na Sonserina para agradar meu pai e meus irmãos, na Lufa-Lufa porque todos lá são trabalhadores, na Corvinal porque acho o mesmo que Alice e também na Grifinória porque isso demonstraria que não sou covarde, pois os que são sorteados ali são os valentes.

-Ei, isso que você falou é mesmo uma confusão - comentou Harry.

- Me parece que você tem que ordenar as suas prioridade. - disse Rosa

-Bom garotos, eu poderia ficar com vocês mas tenho outras coisas a fazer. Assim que até logo. - expressou Tiago e saiu da cabine.

-Que irmão tão simpático você tem! - disse Alice quando Tiago já tinha saído.

-Se nota que você não o conhece. - falou Alvo.

-Mas os outros dois garotos não me pareceram tão amáveis. -comentou Sandy-. Esse Towers e o Jason Jacot têm uma aura maligna.

-Pois assim maligna não acho. - Rosa disse. - Mas sim me parecem o tipo de garotos que não quero ter problemas. Meu primo Tiago já parece ter problemas com eles. Por que não nos contou nada?

- Suponho que quis se fazer de durão. - disse Alvo. - Não se preocupe Rosa, meu irmão sabe se cuidar sozinho.

O resto da viagem foi muito mais ameno. Os garotos seguiram falando até a hora que o trem parou na Estação de Hogsmeade, e meia hora antes Alice e Sandy se dirigiram aonde estavam seus baús.

- Bom, nos veremos logo. - disseram ao se despedirem.