Floresta Encantada

A rainha Aurora e o Rei Felipe haviam passado muito tempo esperando pelo nascimento de sua filha, Mary. Agora, que ela estava ali ao alcance das mãos, tudo que queriam , era dar ao reino uma festa para comemorar a chegada da pequena princesinha. Arranjos enfeitavam o castelo tornando junto com muitas luzes, aconchegante e acolhedor novamente, já que aquele reino havia passado por inúmeras batalhas que todos esperavam que ficasse no passado.

- Eu queria lavandas, Zangado ! – Aurora reclamou. – E não margaridas!

- Me desculpe, é que o Atchim tem alergia a lavandas. Você se importa?

Aurora bufou insatisfeita. Ainda havia muito o que fazer.

- Tudo bem – Ela disse – Deixa pra lá. Ainda está tudo bagunçado !

A rainha começou a andar de um lado para o outro, checando se haveria comida para todos, se as velas não estavam queimando ninguém. Felipe tentava acalmar a esposa, dizendo que daquele jeito não sobreviveria para a festa.

- Aurora – Felipe disse, pegando Mary dos braços de Mulan – A festa é para Mary e ela é um bebê. Tenho certeza de que não vai se importar se estiver faltando alguma coisa, que não sejam brinquedos ou leite.

Aurora fez uma careta.

- Pode não levar isso à sério Felipe, mas essa é a festa de recepção da nossa princesa para grande parte do reino mágico. E você não está fazendo nada para me ajudar!

Aurora correu pelo salão novamente, gritando com os anões que ajudavam na decoração.

- Ela é só uma mãe muito coruja – Mulan disse – Tenha paciência, Felipe.

- Aurora não dorme direito há muito tempo. Espero que ela melhore. É melhor eu ajudar a organizar essa bagunça. Pode? – Ele entregou o bebê nos braços de Mulan.

- Você é uma graça. – Ela disse para a menina, que mostrou um sorriso sem dentes.

- A guerreira está amolecendo? – Disse Eric, o rei do reino próximo ao de Felipe e Aurora.

Mulan sorriu.

- Não é só porque eu luto que eu não tenho sentimentos. Ariel também já lutou bravamente e agora é mãe do Francis. Aliás onde ele está?

- Deve estar dando leite à ele. De novo.

- Ele vai ser um garoto forte. Como o pai.

- Estou contando com isso!

- Mulan, coloque Mary no berço, as fadas chegaram ! – Aurora gritou.

Mulan caminhou até o meio do salão e deitou a menina no berço dourado e rodeado por flores. Era hora de Mary ser reconhecida como a futura rainha do reino encantado.

As trombetas tocaram.

- Sua alteza real, rei Felipe!

Felipe subiu até seu trono e ficou de pé na frente dos convidados.

- Obrigados à todos que vieram até aqui hoje. Sou imensamente grato por terem nos apoiado em tantas batalhas. Acredito que finalmente é a hora de um final feliz para todos.

Todos aplaudiram o rei. Mas a comemoração não durou muito, as janelas do castelo se abriram com força.

- Eu não contaria com isso.

Malévola, a bruxa mais temida de todas, desceu como dragão e olhou para todos demonstrando superioridade quando retomou sua forma original.

Zangado, um dos anões, entrou em sua frente.

- O que está fazendo aqui? Não aprendeu até hoje que se não foi convidada, não deve aparecer?

Malévola derrubou o anão no chão com um simples estalar de dedos. Felipe e Eric desembainharam suas espadas.

- Eu adoro fazer surpresas – Disse a bruxa. – Qual é o problema nisso?

- O problema é que a sua energia é perversa – Disse a Fada Azul – E receio que você não veio nos trazer nenhum presente feliz. Como fez da ultima vez com Aurora.

- Você não podia estar mais certa, queridinha. – Ela disse irônica, e gargalhou em seguida.

- Não vai chegar perto de Mary – Disse Felipe – Você é má Malévola, e só sabe trazer tristeza à esse reino.

- É o que eu sei fazer de melhor – Ela disse – E não se preocupe, Felipe. Eu não preciso chegar perto da criança para amaldiçoa-la.

Todos arfaram.

- Vocês já estiveram no comando desde reino por tempo demais. Eu devo ser a rainha! E quando esta menina completar dezesseis anos, ela vai trazer caos e destruição. Todos irão cair e eu irei vê-los se curvar aos meus pés!

- Cale-se ! – Aurora disse – Não vou deixar que faça mais nada a essa família. Você esta banida, Malévola. Para sempre!

A fada estendeu a varinha e tentou deter a bruxa, mas ela desapareceu em fogo antes que seu feitiço ou qualquer outra coisa a atingisse, deixando um sorriso triunfante no ar e um cheiro de enxofre de seu bafo de dragão.

- Fada Azul ! – Felipe disse – Por favor, diga que essa maldição não pode atingir Mary! Tudo aquilo não passou de encenação?

- Receio que não - A fada disse – Profecias nunca são evitadas. Temo que o futuro de Mary esta em perigo.

- Mas deve ter algo que você possa fazer? – Aurora disse.

- Bem – Azul disse – Existe a coisa mais poderosa que quebra qualquer maldição: O amor verdadeiro. Mary irá encontrá-lo; e quando isso acontecer, o bem vencerá.

- Oh! Graças! – Aurora disse. Felipe a abraçou.

- Vai ficar tudo bem – Eric disse, olhando para eles. – Contem conosco para ajuda-los.


Storybrooke

Henry fechou o livro e o colocou em cima da escrivaninha que ficava ao lado de sua cama. Seu interesse por contos de fada havia aumentado no ultimo verão e isso estava enlouquecendo sua mãe. Ele não tinha culpa; a ficção parecia bem mais interessante do que a realidade pacata da pequena cidade de Storybrooke.

- Henry – Ele ouviu batidas na porta. O garoto puxou o cobertor sobre a cabeça e fingiu já estar dormindo, pois já havia há muito passado da hora de ir para a cama e ele não tinha percebido, pois estava lendo, como sempre.

- Henry – Ele ouviu de novo. Sua mãe entrou no quarto. – Não tente me enganar, vi a luz acesa.

Ele tirou os olhos do cobertor fazendo cara de culpado.

- Aconteceu algo na rodovia, tenho que checar – Disse Emma. Ela era a xerife e todos os casos eram dirigidos a ela.

- O que aconteceu?

- Encontraram uma garota – Ela respondeu – Está desmaiada, vão leva-la até o hospital. Parece que outra desconhecida chegou na cidade.

Henry imediatamente sentiu sua curiosidade aguçar. Isso significava mais alguém sem memória enviado para aquele mundo. Mas quem?

- Posso ir junto? – Perguntou.

- Vai adiantar eu falar que não? – Emma levantou as sobrancelhas.

Ele balançou a cabeça negativamente.

- Vem, vamos logo.


Ela devia ter mais ou menos dezesseis anos. Era muito branca ou talvez estivesse apenas pálida. Os cabelos escuros emolduravam o rosto sonolento.

- De onde será que ela veio? – Emma perguntou.

- Não sei – respondeu Doutor Whale. Ainda não acordou desde que chegou.

Henry tirou seu livro da mochila.

- Acha que ela esta aqui? – Perguntou.

- Não sei garoto – Emma respondeu – Porque você não lê, enquanto eu resolvo isso?

Henry suspirou, mas acabou concordando e foi se sentar na recepção no hospital. Ele tirou seu livro de contos da mochila e olhou curiosamente para a capa, como se ela pudesse revelar qual seria a próxima história.

Uma grande aventura estava chegando.


N/A: Olá Frarys e Oncers ! Esse foi o primeiro capitulo do meu crossover das duas series. Espero muito que tenham gostado! Postarei um por semana e vocês estão convidados para acompanhar a história.

Um beijo da Cami