Disclaimer: Os personagens pertencem a Stephenie Meyer. Essa história é de autoria de TKegl, e a tradução têm seu consentimento.
Sinopse completa: Após os Cullens deixarem Forks, uma reviravolta do destino leva Bella para Chicago em 1918. Ela pensa que é uma segunda chance para construir uma vida com Edward, mas quando ela o encontra, ele não é bem o que ela esperava. Será que Bella pode criar o futuro que está esperando?
"Para aqueles de nós que acreditam na física, essa separação entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, embora tenaz."
-Albert Einstein
Prólogo: Sobre Pele Quente e Pensamento Positivo
Eu nunca entendi realmente a frase "meu coração preso na minha garganta" até aquele momento.
Pois lá estava ele.
E ele parecia exatamente o mesmo.
E ele parecia completamente diferente.
Eu estava no portão, minha mão trêmula repousava sobre a madeira pintada, assimilando a visão dele. Seu cabelo era o castanho-avermelhado que eu lembrava, mas em vez de explodir descontroladamente ao redor de sua cabeça, ele tinha o domado com algum tipo de gel ou pomada. Ainda assim, algumas mechas rebeldes escaparam, caindo sobre sua testa suada enquanto ele trabalhava.
Ele havia tirado o paletó e a gravata – eu podia vê-los jogado sobre o parapeito da varanda – e arregaçado as mangas de sua camisa branca. Os músculos de seu antebraço contraindo e soltando conforme ele trabalhava a pá no solo do jardim. Meus olhos vagaram por seu corpo, capturando flashes de imagens no meio do meu choque – as pregas nítidas na frente de sua calça, a mancha de sujeira acima do joelho, o sapato marrom arranhado empurrando com força sobre a lâmina da pá.
Ele fez uma pausa, levando a mão enluvada até sua testa, para enxugar o suor, franzindo para o toco teimoso na frente dele. De repente, ele se contraiu, como se percebesse que estava sendo vigiado.
E ele se virou na minha direção.
E eu, ofeguei.
Eu sempre adorei os olhos dele – sendo pretos pela sede ou âmbar quando saciado. Mas esses olhos não eram nenhum dos dois.
Eu sabia que não seria, este não era o Edward que eu conhecia.
Ainda assim surpreendeu-me vê-lo em pessoa. Para ver, em vez de topázio, âmbar ou preto, um rico verde escuro.
Carlisle havia me dito que eles tinham sido verdes.
Agora eles me olhavam desconfiados, e então curiosos.
Até agora, ele não disse nada. Ele ficou ali, me observando. Seu olhar mergulhando para baixo brevemente antes de encontrar o meu novamente. Ele avermelhou ligeiramente, com um sorriso encabulado iluminando suas feições.
Droga. Ele estava me checando.
Eu tentei soltar uma respiração, mas o aperto no meu peito tornou impossível.
Eu não podia nem culpar o maldito corset desta vez.
Ele manteve-se, segurando a pá frouxamente, e assistindo enquanto eu levantava a trava do portão com a mão trêmula, e então lentamente me aproximava dele. Bebi-o sofregamente, depois de ter sido privada dele por tanto tempo. A cada passo o buraco no meu coração reduzia um pouco mais e quando eu estava diante dele, era como se nunca tivesse existido.
Edward.
Mesmo sem perceber, eu estendi a mão e seus olhos se arregalaram de surpresa. Hesitei apenas brevemente antes de acariciar sua bochecha com meus dedos trêmulos.
Sua pele não era pálida... nem fria... e nem dura.
Era macia... e quente. Seu rosto estava raspado, mas sua barba começava a crescer novamente, fazendo cócegas em meus dedos. Meus dedos percorreram seu rosto até seu cheio, lábios rosado.
Eu podia sentir seu hálito quente na ponta dos meus dedos e meu corpo estourou em chamas, como sempre fazia quando eu estava perto dele. Mesmo após todo esse tempo, meu corpo se lembrava. Mesmo que fosse diferente, ele se lembrava.
"Edward," eu sussurrei.
Ele respondeu quietamente, "Desculpe," e meus dedos formigaram com a vibração de sua boca. Porque embora a sua voz tivesse perdido a qualidade musical que eu conhecia tão bem, o tom de veludo ainda envolvia em torno de suas palavras de maneira familiar.
Seus olhos se trancaram nos meus e meu coração parou de novo, minha mão caiu ao meu lado e uma lágrima escorreu pelo meu rosto com as próximas palavras que escaparam de seus lábios.
"Eu te conheço?"
N/T: Recebi autorização para traduzir essa fic a alguns meses atrás, mas só agora tive tempo para começar a trabalhar nela. Se gostaram do prólogo e estiverem interessados em ler me deixem saber, incentivo é sempre bom...
