N/A: Fanfic escrita para o Projeto "Long Time No See" da sessão Ron/Hermione no fórum 6v.
Agradeço a Lise pela betagem e sugestões. =D
Quem tem medo?
por Doom
"Acredite se quiser, mas o primeiro beijo de Ron Weasley foi dado por Hermione Granger."
Prólogo
Arthur Weasley estava contente. Na verdade, estava radiante. Pela primeira vez em algum tempo ele podia andar pelas ruas de Londres sem temer que coisas horríveis pudessem acontecer a qualquer momento de distração.
É claro que fazia isso há pelo menos oito meses, mas era tão mais emocionante agora que estava ao lado do Sr. Granger, o que permitia uma extraordinária visão de todos os artefatos e objetos trouxas e suas intrigantes funcionalidades, coisa que ele jamais teria visto ao fazer suas compras de natal no Beco Diagonal.
Apesar de certa vez ter passado um de seus preciosos natais na fria enfermaria do Hospital St. Mungus, nenhuma outra data parecia mais feliz ou adequada para visitar o mundo dos trouxas do que aquela. Segundo o Sr. Weasley, era extremamente interessante observar as decorações das casas, lojas, praças e pontos turísticos de Londres e como os trouxas conseguiam que tantas luzinhas coloridas funcionassem ao mesmo tempo sem o auxílio de magia.
E as lojas de brinquedos! Eram as suas favoritas, com trenzinhos barulhentos andando em círculos eternamente, bonecas de diferentes modelos e com milhares de funções e principalmente as miniaturas dos meios de transportes trouxas que eram controlados por controles remotos. Brilhante!
- O que isso faz? – perguntou, apanhando um objeto qualquer na prateleira.
- Você faz uma pergunta, chacoalha, vira, e ela responde.
- Fascinante! – exclamou o ruivo - Como ela sabe a resposta?
- Bem, é considerada uma bola mágica. – o Sr. Granger coçou a barba castanha - Não sei como vocês a chamariam.
- Você é o presente ideal para Molly? – perguntou o Sr. Weasley, dando uma chacoalhada e virando animado o objeto. - Não conte com isso. – Leu e seu sorriso murchou.
- Não acho que vai encontrar um bom presente para sua família nesta loja. – disse, dando tapinhas em seu ombro.
- Eu suponho... – e devolveu o objeto. – O que sugere? Ah! Podíamos ir aqueles lugares enormes com várias lojinhas, sabe? É supermercado? Shopping? Não me lembro o nome. Ou aquelas barraquinhas que eles montam de vez em quando.
- A feira?
- Isso mesmo. Lá tem alguma coisa boa?
- Nada que não seja perecível. – comentou o outro, achando o entusiasmo do ruivo realmente engraçado.
- Pere... O que? E por acaso você sabe onde eu posso saber mais sobre aqueles macrondas, hein? Ah! Uma loja de ferramentas. Puxa vida, era isso que eu estava tentando me lembrar. Que tal? Olhe! O que é aquilo? – e sem esperar resposta, correu para onde tinha visto o que quer que fosse.
O Sr. Granger talvez estivesse um pouco irritado com tantas perguntas, mas não deixava de responder nenhuma das que sabia. Ele por vezes chegou a desejar que o Sr. Weasley fosse um de seus pacientes, sentado numa cadeira do seu consultório e de boca aberta, o que o impediria de falar por algum tempo.
Ou não. Aliás, ele suspeitava que fosse arriscado levá-lo ao seu escritório, onde havia tantos objetos e máquinas peculiares que ele sabia explicar exatamente para que servia. Infelizmente, não tinha escolha.
- Arthur! – chamou, estranhando que se sentia à vontade o suficiente para usar o primeiro nome do Sr. Weasley. – Desculpe avisar sobre isso só agora, mas tenho que dar uma passadinha rápida no meu escritório antes de continuarmos com as compras. Você se importa?
- Claro que não... Robert. – respondeu Arthur, analisando um novo objeto em suas mãos – E isto?
- Acho que podemos encontrar algo bem melhor. – disse, colocando a galinha de borracha de volta na prateleira. – Vamos?
- Pode me ensinar a dirigir?
- Você não sabe?
- Não no chão.
O Sr. Granger sorriu sem graça para o caixa que ouvia a conversa enquanto apanhava a carteira para pagar pelos presentes que havia escolhido. O Sr. Weasley também riu e murmurou um "É uma piada" para o rapaz que provavelmente não acreditou, considerando as vestes que ele usava.
- Obrigado. – disse Robert, apanhando as chaves do carro no bolso. – Quem sabe outro dia, Arthur. Isso pode demorar.
- Bem pensado. – ponderou o ruivo - Molly me mataria de se eu me atrasasse para o jantar. Na verdade, me mataria se soubesse que vim comprar os presentes por aqui.
Os dois caminharam até o carro do Sr. Granger e após um pequeno passeio de carro - que pareceu um pouco longo demais para Robert - ele estacionou em frente a um grande prédio branco com janelas redondas de grades azuis marinho e uma porta pequena e vermelha na frente. Arthur saiu do carro um pouco atrapalhado com o trinco e estacou, observando surpreso o consultório.
- É aqui que você trabalha? – perguntou, com um enorme sorriso no rosto.
- Desde que me formei. – respondeu, procurando a chave correta. – O que foi?
- Acabei de pensar no melhor presente para nossos filhos.
E aí? Estão curiosos? Espero que sim.
Não se preocupem. O próximo cap vem logo.
Deixem reviews e façam uma autora feliz.
