Disclaimer: O anime/mangá Sailor Moon pertence a Naoko Takeuchi, minhas fanfics não possuem fins lucrativos, nem mesmo os personagens que criei baseando-me nos originais.

Oi pessoal, aqui estou eu de novo! Bem, essa é uma fanfic que, na verdade, já domina os pensamentos da Lulu aqui há muito tempo, para falar a verdade, há anos. Quem lê "Uma nova chance para um Diamante despedaçado" perceberá que são praticamente os mesmos personagens, com a adição de alguns novos, mas a história, por sua vez, é diferente e não possui ligação alguma, então aqueles que começarem a ler essa aqui não precisam buscar informações nas outras, apesar da semelhança em certos pontos são paralelas.
Ana-chan, não se preocupe, não abandonarei a outra fic! Agora teremos duas com a nossa Crys-chan e Didi-kun, e também outros personagens... Espero que goste! ^^

Um agradecimento especial para Cat-chan, que já deu uma lida lá no Nyah!Fanfiction, obrigada pela review, espero que goste do decorrer dessa história aqui, fico muito feliz com o seu apoio, é sempre um incentivo ler seus comentários e sugestões, muito obrigada e feliz ano novo atrasado !

Bem, é isso aí, começemos a história...


Algumas pessoas dizem que quando nascemos, estamos destinados a alguém, a essa pessoa o nosso amor é designado a partir do primeiro instante em que a vemos, é inevitável como a morte. Bem, a isso muitos chamam de destino.

Destino... É aquilo o que há de mais imutável em todos os confins do Universo, muitos acreditam que se somos destinados a algo, não temos escolha a não ser cumprir essa sina, se nascemos para amar alguém, o nosso coração a ele pertencerá, e isso nem mesmo a morte pode evitar, pois cada vez que dois seres que se amam são separados, a força daquele sentimento arrebatador os une em uma nova vida, e assim procede, para que de alguma forma, sempre possam se reencontrar e consumar o tal destino... A esses amantes, chamamos de almas gêmeas...

Destino, amor, almas gêmeas para a eternidade – pessoas acreditaram por muito tempo, veemente, na veracidade de seus significados, talvez porque não acreditassem que pudessem ter alguma escolha...

Essa é a história de uma jovem princesa que por muito tempo viveu à sombra da imagem de uma mulher que fizeram-na acreditar ser seu espelho, até o dia em que olhou através daquele reflexo e viu quem realmente era, e também, a quem amava...


A minha queda será por você

Capítulo 1- Nova Era.

Era um belo dia ensolarado, quando os raios dourados tocavam a superfície da terra, os botões de rosas desabrochavam, em cada um deles estava o prelúdio da primavera, estação tão estimada naquele reino.

Há muito tempo não se guerreava naquele belo planeta, a família real pôde enfim descansar das batalhas e dedicar-se ao povo e ao prolongamento da linhagem. Rainha Serena e Rei Endymion prosperaram em seu reinado, até que a pequena dama, sua filha, chamada carinhosamente de Rini, atingiu a maturidade, foi o momento em que a soberana de cabelos dourados passou a coroa para a sua herdeira e decidiu-se viver apenas como uma humana normal, sem os poderes do cristal prateado. Ela e seu marido, desvencilhados da juventude eterna que a joia sagrada proporcionava, envelheceram como pessoas normais e se foram com os anos, junto a eles as guerreiras de seu tempo também optaram pelo descanso.

Nem todos aceitaram bem a escolha de seus antecessores, principalmente a rainha recém-coroada, todavia, respeitaram o desejo de seus veteranos uma vez que acreditavam com toda a força de suas almas que um dia eles voltariam, mesmo que em outros corpos, em uma nova era a qual eles seriam necessários.

As guerreiras que se foram deixaram que suas sementes estelares ficassem na Terra, com o tempo cada uma delas gerou lindos bebês, meninas que ao longo da idade mostrariam os poderes que herdaram. Em época semelhante, a bela governante reencontrou um amor de adolescência, um jovem que tornara-se um belo homem, que finalmente poderia zelar pelos sonhos das pessoas sem necessitar estar encerrado em um mundo onírico para fazê-lo. Não houve demora para que o belo guardião, Helios, pedisse a mão de Rainha Rini, e muito menos tempo após o casamento foi necessário para que gerassem um novo membro da família real da Lua Branca – uma linda menina – a qual batizaram de Crystal.

Quando Rini deu a luz a criança, ao segurá-la pela primeira vez nos braços seu coração pareceu parar por um segundo. Os olhos da pequenina eram de um tom azul oceânico estonteante, da mesma forma que os daquela que um dia a segurara da mesma forma nos braços. Naquele momento ela teve certeza de que a profecia criada em anos havia se concretizado: Aqueles olhos eram o de sua mãe, Rainha Serena.

Foi assim que Crystal passou a ser adorada por todos daquele reino, aquela pequena garotinha mais tarde seria uma linda princesa, e excepcional rainha tal qual sua avó fora... Não haveria de ser diferente, afinal de contas, aquela pequenina só poderia ser a reencarnação de Sailor Moon.

… E assim, quinze anos se passaram.


- Princesa Crystal! Princesa Crystal! - Vozes femininas ecoavam pelos jardins do enorme palácio.

- Mas que irresponsável! Mais uma vez, resolveu escapar das aulas de história do Milênio de Prata!- Uma jovem de longos cabelos dourados falava em tom indignado.

- Como se fosse tão interessante, ela que está certa, e também, sendo princesa, as punições de Sailor Wind são menos severas, eu tenho inveja, isso sim! - Uma outra, de cabelos negros, também longos e lisos, retrucava ao cruzar os braços, demonstrando impaciência.

Enquanto as duas discutiam sobre o possível paradeiro da princesa, uma que estava calada entre elas, se afastava em passos vagarosos. A jovenzinha não costumava falar em demasia, era muito tímida. Diferente das outras, seus cabelos não eram tão longos, alcançavam a metade das costas e nas pontas faziam cachos, os fios eram vermelhos e quando os raios solares os tocavam, ganhavam um brilho alaranjado.

- Majestade, sinto muito perturbá-la, mas já é a terceira vez este mês, a princesa demonstra claramente o seu desinteresse. - Diferentemente das outras, não parecia tão jovem mas sim uma mulher, seus cabelos prateados caíam sobre os ombros, a voz era grave e quase inexpressiva.

- Ah, Wind... Essa minha filha, sempre aprontando alguma! Por que tem que ser tão rebelde? - A bela soberana, sentada em seu trono, apoiou a cabeça sobre uma das mãos.

- Querida, não leve tão a sério. Esqueceu-se de que há pouco nossa Crystal completou 15 anos? A adolescência é a idade da rebeldia! - O homem de cabelos azuis claros tocou-lhe o ombro, tentando acalmá-la.

- Sim Helios, mas em algum momento ela tem que aprender a ser responsável! Se não for agora, quando será? O tempo passa rápido, daqui a um tempo ela encontrará seu par e estará sentada aqui em meu lugar! - suspirou – Ah, Crystal... Francamente!


Longe dos domínios do palácio, no centro de um bosque onde a relva era alta, de pés descalços, ela corria e rodopiava tocando as folhas verdes com as pontas dos dedos. Trajando um vestido de tecido nobre lilás, mas não tão luxuoso quanto o de sua mãe, erguia a sua saia sutilmente quando à beira de um rio se encontrava, encostava um dos pés na água e chutava pequenas gotas para longe, aquele gesto simples a fazia rir como se fosse a brincadeira mais divertida do mundo. Quando o calor do sol parecia esquentar a sua cabeça, ela sentava à sombra de uma grande arvore e descansava por um momento, toda a vez que escapava para aquele lugar o qual batizara de seu "jardim secreto" sentava sempre embaixo da mesma árvore. As pessoas pareceram esquecer daquele pequeno paraíso com os anos, já que o que mais tinha naquele reino eram belos jardins e naquele bosque não havia novidade alguma. Além da relva, das flores, do rio que surgia de uma pequena nascente ao norte, havia apenas uma pequena cabana de madeira que mais parecia um balcão abandonado, algum dia uma pessoa solitária deveria ter vivido ali, quando ainda havia diferenças nítidas de classes em Tóquio de Cristal, em horas de chuva era lá que a princesa se refugiava.

O tempo passou, quando a princesa despertou de seu cochilo deu-se conta de que o sol já começara a se esconder por trás das colinas. Em um pulo, procurou seus sapatos, calçou-os desajeitadamente e correu rumo ao palácio, seu lar. Antes de adentrar os portões reais guardados pelas enormes paredes de cristal, tratou de bater toda a saia do vestido para ter certeza de que nenhum resto de grama nela ficaria.

- Crystal, se divertiu bastante?

- Mamãe, me desculpe, eu sei que...

- Cale-se! - A voz da rainha ecoou pelas paredes revestidas de cristal, e mesmo as três meninas que ouviam com dificuldade por trás da porta até então, deram um pulo e sentiram um breve arrepio percorrer as suas espinhas.

- Querida, acalme-se... - O rei tentou abrandá-la.

- Helios, por favor, você é muito condescendente, Crystal não é mais criança – fez uma breve pausa, como se buscasse fôlego para não perder a compostura, e tornou a fitar a menina – Sabe que daqui a alguns dias faremos um baile onde a apresentaremos para a sociedade, não é mesmo?

- Sim, mamãe... - a menina abaixou a cabeça.

- Você sabe a importância que tem para esse reino? Quando completar a maioridade, será rainha, minha filha. - a mulher se aproximou – Dentro de você, há a alma de alguém que foi muito amado nesse reino...

- Vovó Serena.

- Sim, exatamente, querida! Sabe por quantos anos esse reino esperou por isso? Todos a veneram e esperam muito de você, é uma grande responsabilidade ser princesa e herdeira do trono, você precisa aprender a se comportar para ser uma boa governante. Entende isso?

- Sim...

O pai assistia calado, mas notava certa tristeza no semblante da menina, aquilo apertava o seu coração mas não poderia tirar a autoridade da mãe também, e de certa forma, o sermão não estava errado, em algum momento a garota haveria de cair em realidade, e ele, como sempre, a infantilizava demais.

- Então, querida, seja mais sensata, sei que no momento parece um fardo mas algum dia você aprenderá a amar esse destino, é uma dádiva de poucos minha filha, não pense que foi fácil para mim no início, eu era apenas uma menina desastrada e agora, veja só! Você também pode conseguir, e não fará isso sozinha – finalmente um sorriso se abriu naqueles lábios – Alguém muito especial aparecerá em sua vida, tenha certeza, saberá quem ele é assim que o vir.

Crystal abriu um pequeno sorriso, durante anos sua imaginação foi alimentada com fantasias sobre um príncipe que surgiria repentinamente, todos lhe diziam que assim que se encontrassem, saberiam que foram feitos um para o outro. Sonhava com as palpitações de seu coração no momento em que o visse, consolava-se em sua imagem para esquecer-se do quão amargo era ter que desempenhar um papel o qual não havia escolhido e não poder ser quem gostaria, mas quem havia de ser.

O sermão se findou em um abraço entre pai, mãe e filha, quando apartaram-se, a princesinha foi para o quanto se deitar. Já de camisola, sentada sobre a cama, fitou a lua cheia que refletia pelo vidro da enorme janela, seus olhos azuis, vidrados naquela imagem branca, expuseram o pedido que vinha do fundo de seu coração apertado.

- Onde quer que esteja, se você realmente existe, por favor, apareça para mim... - sussurrou.

Naquele momento, mesmo o céu estando límpido e repleto de estrelas, alguns trovões misteriosamente dele desceram e tocaram pontos diferentes daquela bela terra, em seguida, nuvens surgiram misteriosamente e um temporal se iniciou mas foi tão fugaz quanto as trovejadas.

- Mas que coisa esquisita … - A garota de cabelos longos e dourados disse,em outro quarto, olhando de sua janela.

- Ah Marine, é só uma chuvinha... - A morena estava sentada na ponta da cama.

- Chuvinha forte o suficiente para te deixar com medo e vir pedir para dormir aqui, dona Reiko! - Sorriu de lado, brincando.

- Ah, não tire sarro de mim, só vim até aqui porque dava para ver melhor os trovões! - Cruzou os braços e virou o rosto para o lado, de birra.

Além das meninas, ninguém pareceu levar aquele pequeno incidente tão à sério de fato. E quem levaria? Chuva nunca foi considerado algo ruim, ainda mais em um lugar como aquele onde havia tantas flores, tanta vida...

O dia não amanheceu tão ensolarado quanto o outro, haviam algumas nuvens finas cobrindo o céu mas ainda assim alguns raios cálidos alcançavam a paisagem deixando-a tão bela como sempre esteve. Era fim de semana, as garotas estavam livres para fazer o que quisessem. Marine, como sempre estudiosa, foi desfrutar da enorme biblioteca do palácio, Reiko resolveu ir à cidade comprar novos vestidos, estava entusiasmada com o baile que daqui a uns dias haveria e com os prováveis rapazes belíssimos que conheceria, a menina ruiva, a qual chamava-se Hina, isolava-se em um coreto de vidro escondido em meio ao enorme jardim, dentro dele havia um piano branco de cauda o qual, desde pequena, ela tocava sem nunca ter sido ensinada, era autodidata,e enfim, a princesa fazia o de sempre, escapava daquela redoma de cristal e corria para os campos de sua liberdade, mesmo que momentânea.

Era um dia diferente, passara a noite pensando na conversa que tivera com os pais, pensara sobre seu sonho, sobre suas responsabilidades e de todos os devaneios, o que mais a atormentava era pensar que ela não tinha o direito de escolha.

" Quem eu sou afinal?" - Enquanto pensava, desacelerou os passos, caminhou vagarosamente até a árvore onde costumava descansar sobre as grandes raizes.

Seus pensamentos foram cortados quando reparou que alguém havia tomado o seu lugar naquela manhã, e era um homem. Deu um pulo para trás e pôs as mãos sobre os lábios, de olhos arregalados e nas pontas dos pés aproximou-se arredia.

Ele parecia estar dormindo, seus cabelos eram claros como o céu em dias sem nuvem, suas roupas eram brancas, apenas com alguns detalhes em azul escuro na camisa, usava também uma capa escura, presa por pedras preciosas. Era lindo... Não, mais que isso, era estonteante como uma divindade!

Palpitações, quase taquicardia, parecia que seu coração escaparia pela boca, colocou uma das mãos sobre ele e assustou-se, parou por alguns segundos e só tornou a aproximar-se do estranho quando já sentia-se capaz de respirar. Ajoelhou-se diante dele, ainda fazendo movimentos sutis, seus olhos azuis não mais estavam arregalados, e seu rosto ficara rosado. Aproximou uma das mãos do rosto dele, a pele era pálida e fria, por um momento chegou a perguntar-se se estava vivo. Notou algo escuro em sua testa coberta pelos fios da franja que tinha, ela os afastou e finalmente notou que ali havia uma insígnia como a dela, mas invertida e da cor das sombras, uma lua negra.

Não demorou para que os olhos violetas, lentamente, se abrissem, ainda transparecendo a turbidez de um sono que perdurara por anos. Como uma estátua, ela apenas o fitou, havia recolhido a mão e ruborizado ainda mais. Ele emitiu um baixo grunhido e colocou uma das mãos sobre o abdome, parecia sentir dor, Crystal olhou para os lados sem saber o que fazer, e enquanto ela fazia isso, o homem virou o rosto lentamente e enfim a notou, os olhos dele fitaram diretamente os dela, tão azuis como aqueles que ele um dia havia visto, e que por eles se apaixonara.

Fitando-a daquela forma lembrara-se dos últimos momentos de sua vida com nitidez, e até onde podia recordar havia morrido naqueles braços, da mesma criatura sentada ao seu lado agora, mas o cenário era totalmente diferente do que ele estara, havia uma luz que incomodava a sua vista, e o chão onde jazia era fofo, tinha um cheiro doce, desconhecido.

- Sailor Moon? - semicerrou os olhos para tentar enxergá-la com mais nitidez, até que uma pontada perto de suas costelas o fez sentar de súbito, colocando uma das mãos ali.

- O que você tem? - ela perguntou assustada, aproximando-se mais dele, ficando em uma posição onde a luz solar a iluminava melhor e não mais ficava contra a sua silhueta.- Quem é você? O que houve? Como veio parar aqui?

- Não... - Olhando-a melhor, apesar do rosto idêntico, de cada traço fiel, e mesmo dos olhos, principalmente, que eram os mesmos que uma vez o arrebataram, não era ela. Os cabelos eram castanhos escuros e ondulados, não eram presos em odangos, mas apenas em marias-chiquinhas altas,mas não tinha dúvidas de que elas haviam sim algum parentesco, afinal a lua dourada na testa da menina era tão evidente quanto o seu belo brilho – Você não é Sailor Moon, não pode ser. Então, quem é?

- Bem... - suspirou, até mesmo ele conhecia sua avó, realmente deveria ter sido uma mulher e tanto – Sou Crystal Tsukino, sua neta.

-... Neta? - Ele arregalou os olhos, desacreditado.

- Sim, você não é o primeiro e me achar tão parecida com ela, na verdade, é isso o que todo o reino pensa, inclusive acreditam que eu seja a sua reencarnação... - ela sorriu um pouco desajeitada.

- Sailor Moon está morta? - O homem pareceu ainda mais surpreso, e ao mesmo tempo, descontente.

- Puxa, por quanto tempo esteve dormindo? - Ela arregalou os olhos e os piscou rapidamente.

O estranho baixou o olhar, naqueles olhos púrpuras uma certa melancolia transbordava, ainda que sutil, a mão que estava sobre o abdome caiu até alcançar a grama, parecia tão confuso, tão perdido... A jovem não pôde resistir, e nem quis, mesmo temerosa, tocou aquela mão fria, que pareceu esquentar levemente com aquele simples toque. Virou o rosto e tornou a esbarrar com aqueles olhos azuis, pareciam preocupados, talvez quisesse dividir a dor para não parecer tão pesada... Mas que compaixão!

- Não fique assim, ela teve uma vida muito feliz e decidiu que era hora de descansar. - abriu outro sorriso como se quisesse confortá-lo. - Bem, é sua vez de se apresentar!

- Eu era o príncipe do décimo planeta do sistema solar, Nemesis... Chamo-me príncipe Diamante.

- Nossa, você veio de longe... O que faz aqui?

- Nunca ouviu falar sobre mim e minha família? - Fitou-a confuso, era estranho acreditar que todo o estrago que fizera no passado não teria sido lembrado pelas gerações futuras.

Ela balançou a cabeça negativamente, seu semblante parecia confuso.

- … Você tem para onde ir? - Perguntou, fitando-a ainda com aquele ar de timidez, confusão e curiosidade.

- Não – mirou a grama.

- Então venha comigo! Posso falar com minha mãe e levá-lo para o palácio, e aí... - falava empolgada.

- Não! - a interrompeu – É melhor não, acho que sua família não apreciaria a minha presença.

- Mas...

- Não. - Ele insistiu.

Ela ficou em silêncio, pôs a mão no queixo e tentou pensar em algo, deu um pequeno pulo quando pareceu ter uma ideia e abriu outro sorriso, um mais empolgado.

- Já sei! Venha comigo! - Levantou-se depressa e estendeu a mão para ele.

Sem compreender, levantou-se sozinho sem aceitar a ajuda da menina, não estava acostumado com aquilo, apenas ficou de pé ao lado dela, esperando ser guiado. Sua cabeça parecia girar, naquele momento nem mesmo tentava buscar algum sentido para aquilo, pois sabia que não encontraria nenhum.

Sem cerimônia, talvez ainda movida pela empolgação, ela segurou a mão dele e o puxou na direção daquele galpão que ela conhecia, quase arrastado ele seguiu seus passos afoitos. O príncipe não conseguiu conter certo desprezo no olhar ao se deparar com aquele lugar mofento, o teto era de madeira, o chão parecia possuir apenas serragem, capim, e possuía aquele aroma forte, as janelas nem vidros tinham, era um lugar realmente humilde, mas por enquanto teria que se contentar com aquilo.

- Eu sei que não é grande coisa, mas é o que posso arranjar no momento, posso arrumar para você, trarei algumas coisas do palácio, trarei comida, trarei...

- Por quê? - A interrompeu mais uma vez.

- O quê? - Ela o olhou.

- Por que está sendo tão gentil? Não faz ideia de quem sou e do que fiz no passado à sua família, talvez se soubesse não estaria sendo tão boa agora. - fitava o teto.

- Você disse que fez no passado, então já passou ué – falou como se fosse algo tão simples quanto dar nó em sapato – Mas podemos fazer assim, enquanto eu venho aqui lhe trazer as coisas, você pode me contar o que fez e eu o que aconteceu durante esses anos em que não esteve presente. O que acha? Pode ser divertido!

Arqueou uma das sobrancelhas e virou-se de frente para ela, sentia-se instigado por aquela tamanha inocência esbanjada naquela voz e nos sorrisos.

- Como se chama mesmo? - Olhava-a, analizava-a em todos os aspectos, tentava entendê-la e também, desvencilhar a imagem daquela menina de sua Sailor Moon, já que exceto os cabelos, todo o resto parecia igual, mesmo o tom de voz. Se bem que, além do dia de sua morte, dificilmente a mulher que amava fora tão gentil como essa menina agora era.

- Crystal, e você é o príncipe Diamante. Que engraçado! - riu brevemente.

- Por que é engraçado?

- Nós dois temos nomes de joias, que coincidência. - Disse em tom brincalhão.

- É verdade... - Não riu, mas pensou no mesmo.

Seria mesmo uma coincidência?

Continua...


Então, pessoal... Esse é o primeiro de alguns capítulos que já tenho prontos, espero que tenham gostado! Essa é uma história que já passa pela minha imaginação há muito tempo, anos para ser exata. Acho que criei esse universo fabuloso (quase estilo Disney) quando tinha uns 12 ou 13 anos, em parte sofri influências de A Casa das Sete Mulheres, admito. A minha fanfic " Uma nova chance para um Diamante despedaçado", apesar de possuir algumas semelhanças com essa, não há ligação.

Príncipe Diamante: E lá vem mais um drama onde ela nos expõe.

Lulu: Bem que estranhei que vocês não tinham invadido meu espaço ainda... Não se preocupe, Didi, você não será o único a sofrer aqui!

Saphiro: Já vi que vai sobrar pra mim...

Lulu: Ok, bem, continuando... Comecei a redigir essa história no começo das férias, apesar de fazer tanto tempo que a criei. Somente agora organizei suficientemente as ideias para passar para a escrita (até quadrinhos já tentei fazer XD), o que posso adiantar é que alguns personagens da série Sailor Moon ainda vão aparecer por aqui, além dos Black Moon! Ana-chan, espero que goste! Não se preocupe, não abandonei a outra fanfic, agora temos duas oportunidades de ver Didi e Crys juntos, de formas diferentes! Agora estou esperando ansiosamente pela sua fic, Sailor Moon Cronicles of Time!

Rubens: Puxa-saco.

Lulu: Ok, gente, aguardo ansiosamente por comentários! Um beijo grande!