Reflexão
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Talhado em mármore branco era o seu túmulo. Mas se Pell estivesse morto, ele saberia.
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Resposta ao desafio de casais inativos proposto por Nanase Kei.
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"Pell... eu ainda não posso aceitar a sua morte. Eu não posso derramar uma única lágrima. Por que será? Pell..."
O túmulo está ali. É o mais belo túmulo que Chaka já viu. Talhado em mármore branco, com todas as honras que somente nobres e reis deveriam possuir. Mas ele merecia tudo isso, não é? Merecia tudo isso e muito mais, conclui Chaka enquanto toca a peça gélida do mármore. No topo, reluz a figura de uma ave altiva e corajosa, como o próprio Pell.
Mas há algo errado. Há algo extremamente errado, conclui Chaka. Ele não sente muito pela morte de Pell, porque simplesmente não pode aceitá-la. Não sente muito, porque ele deve estar vivo, porque não pode estar morto. Não pode. Se.. se.. Pell estivesse morto, Chaka saberia. Ele sentiria o vazio tomar conta de seu peito, ouviria a voz dele despedir-se uma última vez. Ele... ele saberia.
Mesmo que seja improvável – quase impossível, na verdade – que esteja vivo, Chaka sabe que ele não está morto. Se o perguntassem como sabia, não saberia responder. Simplesmente sabia e pronto.
Seus olhos se encontraram com o céu. O céu que Pell tanto amava sobrevoar, o céu que ganhara tantas vezes para invadir seu quarto no meio da noite para que cometessem pecados, insânias que nenhum ser humano deveria cometer. Para que sentissem os lábios um do outro, seus toques, o calor dos corpos. Para que juntos alcançassem o ápice, subissem ao paraíso e descessem novamente para retornarem às suas vidas. Chaka tinha a impressão de que se olhasse por mais algum tempo, o veria cortar o ar com sua elegância, sempre sorrindo. Não viu.
Não seria naquele dia, pensou. Viu o sol desaparecer no horizonte e concluiu que era hora de retornar ao palácio para ver se a princesa e o rei precisavam de seus serviços, mesmo que estes tivessem insistido para que descansasse. Provavelmente sabiam o quanto ele sentia a ausência de Pell, mesmo que não comentassem nada. Não importava, afinal.
"Até logo, Pell." Murmurou para o túmulo, caminhando na direção do palácio novamente.
"Até logo..." Sussurrou a voz, aproximando-se da construção de mármore. "Meu túmulo..." Acariciou a pedra devagar e olhou na direção do horizonte. Se Chaka tivesse olhado para trás uma única vez, veria que estava certo.
N/A:
Então, depois de enrolar anos-luz com uma fic que eu comecei no ano passado, resolvi criar vergonha na cara e concluir. O lance é o seguinte: eu e a Nana simplesmente reparamos que não tem diversidade aqui no fandom de OP. Em grande parte, nós duas somos as culpadas (Junto com o Lyan 8D) por só postarmos ZR (MAS PORRA, É UM CASAL TÃO PERFEITO E CANNON D8), mas isso são detalhes.
Resolvemos nos redimir e entramos nessa de pegar casais pouco utilizados aqui. E, porra, se vocês vissem a minha lista, sentiriam pena de mim. Não, que tipo de desalmado pede pro seu nakama fazer HacchiCamie? JyaburaKaku? Pra não falar em outros.
Enfim, eu retratei o momento do mangá onde o Chaka vê o túmulo do Pell, a frase que começa a fic é do mangá mesmo. E eu mesclei com o anime, que pelo que me lembro, é o Chaka que vê o próprio túmulo. Mas é melhor eu parar com a N/A antes que ela supere a fic.
Adendo: Não tinha Pell e Chaka no fandom, gente! Tive que pedi-los como personagens D8
Tenham dó de mim e me deixem reviews, please. D8
