Disclaimer: Disclaimer: Saint Seiya não pertence, mas sim à Masami Kurumada, Toei e Cia.
Então... estava lá eu, toda feliz e alegre, vendo um twitter chamado CantadasFodas... (parte do conteúdo é bem dispensável), enquanto conversava com a Maho e a PaulaSammet...
Aí eis que eu vejo nesse twitter uma paródia de um trecho dessa música do Claudinho e Bochecha, e eu lembro da música original (mas na verdade, na versão da Adriana Calcanhoto)... e ai ai ai... uma nova idéia brilhou na minha cabecinha maluca de ficwriter...
Então, agora, nesse praticamente final de férias, sem eu ter atualizado muita coisa, e completamente sem inspiração, eu resolvi escrever essa pequenina oneshot...
N/A: Suprimi uns versos da letra da música na fic, porque simplesmente não convém pelo contexto da história (crianças). Também alterei algumas (várias) coisas na história do mangá/anime, para dar um tom mais interessante à história.
Fico Assim Sem Você
Avião sem asa, fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola,
Piu-Piu sem Frajola
Sou eu assim sem você
Era mais um dia de treino no Santuário, onde as crianças estavam recebendo um treinamento inicial, para depois, serem encaminhadas a seus locais definitivos de treinamento.
Shura estava ansioso para descer ao Coliseu novamente. Torcendo os dedos de nervoso, ele esperava seu Mestre terminar de preparar o café da manhã, para poder comer e descer aos treinos. Assim que El Cid de Capricórnio terminou de preparar seu cereal com leite, o pequeno Shura pegou a colher e começou a devorar sua tigela.
- Shura, coma devagar. Desse jeito você vai passar mal.
- Fi, Feñor, Meftre. – disse o menino, com a boca cheia.
- E não coma com a boca cheia, Shura. Diós... porque tanta pressa? – El Cid questionou, ao notar tanta ansiedade no pupilo.
Shura tentava obedecer ao Mestre, mas a ansiedade para vê-la era maior.
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço*
Sou eu assim sem você
Quando finalmente se viu livre para descer para o Coliseu, o pequeno capricorniano desceu correndo as escadarias. Shura era um menino muito sério e responsável para seus apenas sete anos, porém seu temperamento sempre tão calado e sisudo ia para o espaço quando pensava que iria vê-la.
O coração batia acelerado, ele ficava inquieto, saía correndo escadarias abaixo, as mãos suavam e o estômago parecia revirar. Os olhinhos ficavam meio arregalados. Era como se ele não fosse a mesma criança.
El Cid e os outros Cavaleiros de Ouro estavam acostumados a lidar com crianças hiperativas, brincalhonas, extrovertidas e falantes, como Milo, Aiolia, Aldebaran ou mesmo os gêmeos Saga e Kanon, embora Saga fosse mais calmo que seu irmão.
Mas ver Shura desse jeito... era muito difícil. Os olhinhos negros se arregalaram e percorreram toda a arena do Santuário procurando pela garotinha.
Tô louco pra te ver chegar*
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração
Ela não demorou muito a chegar, acompanhada da Mestra, uma amazona que ele não sabia o nome e nem se tinha armadura. Era uma garotinha de cabelos encaracolados, num tom esverdeado, contrastante com a pele clarinha e os olhos tão verdes quanto duas esmeraldas. Tinha a mesma idade de Shura, porém, às vezes, parecia ser muito mais velha do que realmente era.
A pequena Shina tinha um temperamento forte e mesmo sendo uma criança, não deixava de responder a altura a qualquer coisa que lhe falavam. Era inteligente e muito astuta. Se destacava por aprender rápido, sejam técnicas de luta, sejam estratégias de guerra ou quaisquer outros assuntos.
Shura arregalou os olhos quando a viu entrando na arena.
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas
Pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
A espera longa que começara desde que ele havia deixado o Coliseu no dia anterior, enfim, acabara. Mas ele torceu os dedos, nervoso, e desviou o olhar, quando ela se virou para ele. Já com cara de poucos amigos.
Shura caminhou tentando evitar cruzar o olhar com o dela, se dirigindo até onde estavam outros garotos, como Milo, Camus e Shaka. Milo estava encapetado naquele dia, fazendo diabruras e provocando Camus, que tentava ao máximo permanecer indiferente as travessuras do pequeno escorpiano.
Shaka apenas permanecia do lado, observando tudo, impassível. Shura se aproximou e disse um olá meio nervoso e tímido. Milo o cumprimentou com grande alegria, típico de si. Camus acenou com a cabeça e Shaka fez o mesmo. Porém os olhos do espanholzinho ficavam procurando a menina de cabelos verdes do outro lado da arena.
Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Quando Shura finalmente conseguiu se aproximar, foi com bastante cautela. Chegou de mansinho, fingindo que só ia beber água e lavar o rosto, mas os olhinhos ficavam mirando a menina que estava do seu lado no bebedouro coletivo.
Meio encolhido, ele ficou bebendo água, até que percebeu que ela estava saindo. Então, parou de beber água e virou para ela. Abriu a boca para falar algo mas não conseguiu. Os olhos correram nervosos. Quando percebeu que ela iria embora, se aproximou e falou timidamente.
- O-oi... – a voz saiu quase inaudível.
- Hum? – a garota virou-se para ele. – Ah... é você.
- Er... ahm... é... s-sou eu... – ele baixou os olhos instintivamente.
- O que é que você quer, hein? Porque você fica me olhando desse jeito!
- Ah...? Q-que... que jeito? E-eu não fico te olhando de jeito nenhum...
- Fica sim! – a menina pôs as mãos, fechadas em punhos, na cintura e inclinou o corpo para a frente, assumindo uma postura acusatória. – Olha, eu não sei o que você quer, mas é melhor você parar de me olhar assim! Tá!
- M-mas... e-eu não to fazendo nada! – a garganta dele ficou seca.
- Você fica me olhando, o tempo todo, com essa cara de bobo, idiota!
- E-eu não sou idiota! Nem bobo!
- É, sim! É um bobo, idiota, fedido e feio!
-Ei! E-eu não sou fedido nem feio! Nem... nem bobo, nem idiota!
- É sim! Bobo, feio, fedido e idiota!
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Foi quando as crianças começaram a se amontoar em uma rodinha perto dos bebedouros, que El Cid e os outros Cavaleiros foram ver o que acontecia. Shura estava caído no chão, com Shina tentando estapeá-lo e o menino tentava amparar os tapas, pondo as mãos na frente do corpo, ao mesmo tempo que tentava empurrar a garotinha com os pés, em débeis chutes.
Shura e Shina foram apartados. As outras crianças, levadas por seus Mestres. El Cid levou Shura pela orelha escadarias acima, enquanto Shina era levada para a parte reservada as Amazonas no Santuário. O menino espanhol levou uma bela bronca de seu Mestre, ao mesmo tempo que a menina italiana ouvia um sermão da sua Mestra.
Shura ficou mortificado, quando El Cid fora embora de seu quarto, colocando-o de castigo. Ele esperara o dia inteiro para vê-la. Acordara super cedo, muito ansioso para poder ver a menina italiana que arrebatara seu coraçãozinho de criança nesses últimos dois meses e quando, finalmente conseguira uma chance de poder falar com ela, os dois brigaram de sair no tapa. E para piorar tudo, ficara de castigo por conta disso.
O menino estava mortificado. Se encolhia na sua cama e derramava lágrimas amargas de tristeza. Mas ao mesmo tempo, ficava pensando em como conseguir conversar com a menina, se aproximar e fazê-la entender que gostava dela. No dia seguinte, ele ia roubar uma rosa do jardim de Peixes e ia levar para ela!
Mas e se ela não gostasse dele?
Ele ia fazer ela gostar dele!
Por que é que tem que ser assim
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil alto-falantes
vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Ele precisava conseguir se aproximar dela de novo. Precisava mostrar que gostava dela! Amanhã! Amanhã mesmo! Pensava ele.
Amanhã, ele iria vê-la de novo. Eles teriam treino amanhã! Mas... ainda eram onze horas da noite... ele precisava vê-la! Amanhã... amanhã... mas será que o tempo não podia passar rápido? Ou será que o Tempo queria brincar consigo, e fazer os segundos, os minutos e as horas demorarem uma eternidade para passar?
Mas... amanhã! Se ele dormir, a noite passa rápido! E quem disse, que ele ia conseguir dormir, agora? Com tanta ansiedade para poder ver ela de novo?
XxxxxxxX
Oi gente!
Vocês, por favor, me perdoem... eu não tenho conseguido escrever as outras fics que eu tenho começadas... Be My Valentine é meio que uma exceção, mas ela eu ainda estou aguardando para escrever, que é para conseguir amadurecer melhor a idéia e elaborar mais o capítulo... Eu acho que eu estou mais cansada nas férias!
Enfim... foi meio que um surto de inspiração logo na primeira semana, mas... agora... gente, eu não estou conseguindo escrever nada... e olha... eu passo muito tempo durante o dia tentando amadurecer as idéias para os capítulos das fics que preciso atualizar... é sério... é durante o banho, enquanto arrumo a cozinha, enquanto estou arrumando meu quarto, limpando... mas... mas... mas... não tem saído nada! (se mata)
Essa fic foi um lapso, assim, sabe? Foi algo muito inesperado e de momento. E como Oneshots são facinhas de escrever... poxa... saiu! Droga! E eu preciso atualizar todas as outras!
Bom, eu espero no entanto, que vocês tenham gostado... acho que estava faltando assim, uma fic beem levinha, meio divertida, assim, e tudo o mais, né!
Aguardo as reviews...
Beijos!
