Esclarecimento
Esse fanfic não é de minha autoria. Bom, explicarei melhor.
A história não é minha e sim de Nicola Mackenzie.
O livro "Um Vizinho Perfeito", o qual eu pego pra fazer o fic, já foi lido por mim há muito tempo, em 2004 ou 2005. Na época, nem sabia o que era fanfic.
Quando descobri, em 2006, o que era fanfic, surgiu a idéia de passar essa história pra um fic. Porém, não sabia se podia, até que li alguns fics que são feitos em cima de um livro, como esse que tô fazendo.
Bom, a história vai ser igualzinha, mas vou modificar algumas coisitas. Na verdade, vou acrescentar.
As características físicas dos personagens tem nada a ver com os de Rin e Sesshy. Então, lógico, vou mudar quando falar na história. Entre outras coisas que, quando for passando os capítulos, falarei u.u
Por enquanto é só... Ah! Como não achei personagens de Inuyasha pra substituir alguns do livro, coloquei outros nomes que não estão no anime. Portanto, não achem estranho quando lerem um nome que não faz parte de Inuyasha. Hehe
E imaginem que Rin tem uns 22 e Sesshoumaru 27. ;)
Bom, divirtam-se! :D
Os personagens de Inuyasha pertencem à Rumiko Takahashi.
Um Vizinho Perfeito
Capítulo I
Rin Koyoma leu com interesse o nome do destinatário no envelope que iria entregar em seguida. Não precisava se esforçar muito para adivinhar o que aquele homem fazia sozinho nas montanhas de Daisetsu. Lembrava-se perfeitamente do que a televisão noticiara semanas atrás.
Sesshoumaru Yokoyama passava por um período de grande sofrimento, e agora, com certeza, estava se escondendo por uns tempos naquele local deserto, até considerar-se pronto pra enfrentar novamente o mundo. Ela não o culpava por buscar um pouco de isolamento nas terras da antiga Fazenda do Velho Myouga. Faria o mesmo se tivesse sido abandonada pelo noivo...
Preparou seu pequeno avião anfíbio para o pouso e aterrissou na margem do rio, perto de um pequeno ancoradouro. Olhou em volta e suspirou. Não havia ninguém ali para recebê-la.
Rin resignou-se. Apesar da fria acolhida, pelo menos podia apreciar a beleza do lugar. O novo morador reformara completamente o velho bangalô, tornando-o ainda mais aconchegante. Estava tudo tão convidativo que ela correu para tocar a sineta, curiosa de ver mais detalhes da reforma.
Entretanto, ninguém apareceu. Onde estaria Sesshoumaru?
Deu a volta na casa e admirou os canteiros recém-plantados de margaridas brancas e amarelas e de outras flores da estação. Era tudo tão bonito que parou por um momento para apreciar a natureza e o silêncio.
Naquele instante, ouviu golpes de machado vindos da floresta, o que a fez entrar na mata. Lá havia uma grande pilha de madeira cortada, indicando que ele pensava em permanecer na casa por uma longa temporada.
Rin parou a certa distância e ficou observando-o. Sesshoumaru era muito mais bonito em pessoa do que na televisão. Os cabelos prateados e longos estavam mais brilhantes por causa do sol.
De repente, Sesshoumaru voltou-se para colocar mais duas achas de lenha na pilha. E imediatamente a viu!
- Quem diabo é você? – Sesshoumaru perguntou, parecendo irritado.
Rin teve de engolir em seco, antes de responder. Aquele homem impressionava muito mais pessoalmente do que na televisão.
- Sou o carteiro – declarou ela, sorrindo da forma mais cativante possível. – Tenho uma correspondência para você.
Estendeu-lhe a carta, e Sesshoumaru foi a seu encontro.
- Suponho que saiba quem sou.
- Claro. Sesshoumaru Yokoyama. Tenho de ler os nomes para entregar a correspondência – afirmou Rin, ainda sorrindo.
Algumas mechas de seus longos cabelos lisos e negros haviam escapado do boné que ela usava. Então, apreoveitou aquele momento para ajeitá-los, pois não sabia o que fazer com as mãos.
Sesshoumaru guardou a correspondência num bolso sem abri-la, comportando-se de modo completamente diferente dos destinatários habituais, que abriam de imediato as cartas.
- Vou instalar uma caixa de correspondência em frente ao ancoradouro – anunciou ele, sem agradecer. – Assim, da próxima vez, basta deixar as cartas lá.
Rin gelou por dentro.
- Não me importo de entregar pessoalmente as cartas. Gosto de ver se todos estão bem ou se precisam de alguma coisa. E posso trazer suprimentos, além da correspondência. Se quiser algo, é só me avisar...
- Não vou precisar de nada – ele falou, incisivo.
- Oh! – ela exclamou, decepcionada. Depois, recuperando o bom humor, acrescentou – Bem, já é meio-dia. Eu geralmente lancho em seu ancoradouro.
Fez uma pausa, esperando de Sesshoumaru o convite para o almoço, mas ele não o concretizou. A situação seria engraçada, se não fosse incômoda. Ela queria ficar, ele estava ansioso para que se fosse.
Aquilo deixou Rin ainda mais curiosa e interessada. Aquele homem precisava de ajuda.
A noiva não devia tê-lo abandonado, Rin pensou, indignada. Devia ter ficado ao lado dele no julgamento, e não se afastado para depois atirar-se em seus braços quando fora considerado inocente.
Durante o julgamento, toda a imprensa divulgara a história da vida de Sesshoumaru. Pelos jornais, Rin ficara sabendo que ele era órfão e que se esforçara muito para chegar à faculdade de engenharia.
Após vários anos de sucesso, chegara à posição de gerente-geral. Foi nessa época que a empresa em que ele trabalhava, a Babs, fora comprada por uma companhia maior. Decorrido pouco tempo, um ponte caíra, ferindo gravemente três operários. Sesshoumaru fora acusado de substituir material bom por outro, de qualidade inferior.
Depois de um ano e meio de investigações e de um lento julgamento, sua inocência fora provada. Os agentes descobriram que fora o filho do dono da empresa, irmão da noiva de Sesshoumaru, que fizera a substituição, embolsando a diferença nos preços e alterando os dados para culpar Sesshoumaru.
Durante todo o tempo de angústia, entretanto, Sesshoumaru não deixara nenhuma de suas emoções transparecer, agindo com uma classe impecável.
- Não pode achar outro lugar? – indagou Sesshoumaru, interrompendo as reflexões de Rin.
- Outro lugar... Ah, para lanchar! Esperava que me convidasse. Há algo cheirando maravilhosamente bem em sua cozinha.
Rin decidira que ele tinha de ter um amigo, e esse amigo deveria ser ela.
- Sinto muito, mas...
- Venho aqui geralmente às terças e sextas, e sempre almoço no ancoradouro – interroumpeu ela.
- Mas não pretendo convidá-la para almoçar...
Rin deu meia-volta, retornou para o ancoradouro e subiu no avião. Não precisava de ordens para partir, já se sentia suficientemente insultada. Grande parte de sua compaixão acabara naquele momento.
No entanto, acabou decidindo comer ali no cais, contrariando a vontade de Sesshoumaru. Afinal de contas, lanchava ali todas as terças e sextas, sempre que o tempo permitia. Dando de ombros, pegou a sacola plástica do lanche e desceu novamente do avião.
Sesshoumaru estava na porta da frente do bangalô, observando-a, porém Rin não se deixou intimidar. Acomodou-se na beira do ancoradouro, tirou o sanduíche e a limonada da sacola e acenou para ele, num desafio. Em seguida, passou a concentrar-se na comida.
Suspirou ao se levantar para voltar ao avião. Se fosse outro homem, não se preocuparia tanto, mas aquele...
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Rin sobrevoou o pequeno campo de pouso perto da casa em que morava com o irmão. Certificou-se de que não havia nenhum animal por ali e depois preparou-se para aterrissar.
Amava aquela região, que se estendia desde as montanhas, no leste, com depressões que atingiam dois mil metros.
Nascera em Nagoya, mas deixara aquele Estado havia dois anos, quando ganhara a vaga para entregar a correspondência naquela remota região das florestas nacionais.
Quando crianças, ela e Yahiko, seu irmão, adoravam passar as férias ali com o tio, um ermitão que construíra aquela casa enquanto trabalhava em uma mina abandonada, em busca de ouro. Estranhamente, encontraram um sacola com pepitas na casa após sua morte. Como, porém, nada mais foi achado na mina, todo mundo quisera saber onde ele descobrira tanto ouro.
Ao chegar, seu irmão não estava. Jogou os mantimentos que trouxera para o fim de semana na cama e voltou ao campo de pouso para pegar mais coisas. Quando acabou tudo, resolveu fazer rosbife ao molho madeira para o jantar.
No fim da tarde, quando acabou a tarefa, Rin disse para si mesma:
- Meu rosbife ficou tão bom quanto o seu, Sesshoumaru!
- Falando sozinha? Este é o primeiro sinal de loucura - ironizou o irmão, entrando em casa naquele momento - Como foi a viagem?
- Como sempre – respondeu, enquanto tirava a assadeira do forno.
- O que acha de cortar meu cabelo? Já está muito comprido, quase não posso enxergar – exagerou o irmão, do banheiro, enquanto lavava o rosto.
- Pode esperar até depois do jantar?
- Pelo aroma da comida, quero comer já! – disse ele, vindo do banheiro e sentando-se imediatamente à mesa. Rin colocou a travessa de rosbife ao molho madeira na mesa.
Jantaram conversando sobre trivialidades. Quando estavam lavando a louça, Yahiko perguntou:
- De quem você falava quando cheguei?
- Falava de nosso novo vizinho. Ele se chama Sesshoumaru Yokoyama.
- Esse nome não me é estranho...
- Não se lembra de um reportagem no suplemento de domingo, há alguns meses? Ele era o engenheiro...
- Ah, sim! Foi acusado responsável pela queda daquela ponte.
- Bem, Sesshoumaru agora está morando no bangalô do velho Myouga.
- Não diga! Outro patinho feio, outra alma ferida a quem você, minha queria irmã, deve consolar e amparar, até que esteja pronto para enfrentar o mundo novamente.
- Sesshoumaru não parece nenhum patinho feio. Aliás, está muito mais para urso selvagem do que pra qualquer outra coisa. Ele é assustador! – afirmou Rin, rindo.
- Ah, já entendi! Você e ele... – o irmão arriscou, logo após uma pausa.
Terminaram de lavar a louça e Rin foi cortar o cabelo do irmão. Após terminar, ele foi tomar banho, e depois de colocar mais lenha na lareira, Rin acomodou-se na velha cadeira de balanço. Conhecia muito bem o bangalô em que Sesshoumaru estava instalado. Fora lá com frequência no último outono, quando o velho Myouga partira para um asilo por insistência da família. A casa ficara vazia e esquecida durante todo o inverno, e no início da primavera tudo se achava praticamente destruído. Havia uma lareira na sala principal, lembrava-se, e um pequeno corredor dali até a cozinha. No corredor ficava o espaçoso depósito de lenha.
Enxugando o cabelo com uma toalha, Yahiko entrou na sala e aboletou-se numa poltrona perto da lareira. Ao perceber o ar meditativo da irmã, indagou-lhe:
- Afinal, houve alguma coisa entre você e o novo morador das redondezas?
- Não, nada – respondeu ela, um tanto surpresa com a pergunta inesperada. – Apenas estou preocupada com ele. Não parece em condições de ficar sozinho. Está muito... muito vulnerável.
- Escute, minha irmã, sei que não é de minha conta, mas você não sabe nada sobre esse homem, exceto aquilo que leu nos jornais. Não desperdice seus bons sentimentos com alguém que realmente não conhece.
- Yahiko...
- Ele pode não ter feito nada de ilegal, porém, pelo que me consta, pode muito bem ser um oportunista, ou um caçador de fortunas. Já pensou nisso?
Rin encarou o irmão, chocada. De fato, jamais pensara naquela possibilidade.
- Está vendo? – Yahiko continuou – Você sempre vê o lado bom das pessoas e nunca suspeita que elas tenham segundas intenções. Gostaria que encontrasse alguém a sua altura. Ele, com certeza, não a merece.
- Não se preocupe, pois não vou cair como um patinho na lábia dele – Rin tranquilizou o irmão – Mas Sesshoumaru pode contar com minha amizade.
Se ela não pudesse ajudá-lo, teria de descobrir alguém que o fizesse. Talvez Yahiko estivesse certo. Quem sabe fosse melhor se afastar, para que Sesshoumaru encontrasse seu próprio caminho de volta a civilização, pensou.
Quando deixou a casa de Yahiko, porém, não resistiu em passar na casa de Sesshoumaru. Aquele homem já ocupava demais seus pensamentos.
Dessa vez ele foi mais afável com sua chegada. Sesshoumaru deu-lhe um rápido sorriso.
- Queria saber se você realmente não precisa de nada mesmo.
- Juro pra você que não – ele falou, meio irônico.
Rin suspirou.
- Bem, agora tenho de ir. Tentarei não perturbá-lo de novo. Se precisar de alguma coisa, amarre um fita vermelha na caixa do correio ou deixe um bilhete. Continuarei vindo aqui, mesmo que não haja nenhuma correspondência.
- Tudo vai ficar bem comigo! – falou ele, de modo meio rude.
- Ótimo! – despediu-se Rin, subindo no avião e ligando o motor.
- Qual seu nome? – ele gritou do lado de fora.
- O quê? – ela voltou à porta para poder escutá-lo
- Seu nome. Qual é seu nome?
- Rin Koyoma.
Sorriu, sem saber se ele escutara ou não. Acenando, fechou a porta de avião e taxiou para decolar.
Bom, como alguns podem perceber, eu respostei a história e, por isso, perdi os reviews :'(:'(:'(
Tava meio difícil de entender, tava confuso... até eu mesma fiquei meio confusa quando fui reler :P
Então, para uma melhor leitura, cá está a fic respostada. ;)
