Disclaimer:Todos os personagens pertencem a Stephenie Meyer e a história pertence a Arlynn Presser , a mim só pertence a adaptação.
Capitulo 1 – Uma americana em Paris
25 de agosto
algum lugar do oceano Atlântico
Querida Alice,
Ainda não consigo acreditar que estou de verdade — e finalmente — a caminho de Paris. Quando papai me deixou no aeroporto hoje cedinho ainda era noite, e eu me sentia tão sonolenta que mal conseguia raciocinar.
Na verdade todas as poucas energias que eu tinha naquele momento estavam sendo utilizadas para não pensar em você sabe bem quem: Emmett Cullen.
Na noite passada Emmett convidou Tanya Denali para uma festinha particular. Só eles dois. Eu os vi da janela do meu quarto perambulando pela varanda da piscina. Chegaram até a dividir uma espreguiçadeira — como se os Cullen não tivessem muitas! Talvez, a intenção dos inocentes pombinhos fosse só economizar espreguiçadeiras.
Tanya, com seu rosto perfeito de modelo, seus cabelos loiros impecáveis descendo como uma cascata dourada até a altura do queixo, e um vestido tão justo e cavado que beirava a indecência. Você conhece a Tanya, sempre provocante... Fiquei tão furiosa! Afinal, era a minha última noite em Forks antes de ir embora por um ano inteirinho. Idiota que eu sou. Tinha pensado que talvez, só talvez, Emmett me convidasse para uma festa íntima de despedida.
Tudo bem, sonhe, sonhe, Isabella... Como se eu pudesse competir com Tanya Denali!
Quando Emmett e Tanya começaram a se beijar, bati minha janela com força e puxei a cortina de rolo para baixo, já tinha visto o suficiente.
Aí tentei fazer o que você me sugeriu uma vez: escrever num pedaço de papel os piores defeitos de Emmett. Mas não consegui me lembrar de nenhum — a não ser seu interesse por Tanya. Então, em vez dos defeitos, comecei a listar tudo o que adoro nele. Acabei escrevendo quatro páginas inteiras! E teria escrito mais, mas minha caneta ficou sem tinta. Coloquei a lista num envelope junto com uma foto de jornal de Emmett em seu uniforme de rúgbi.
Para falar a verdade, quase dei um pulo na casa dos Cullen na noite passada. Eu estava voltando de umas compras de última hora (ouvi um desagradável boato de que não dá para conseguir manteiga de amendoim decente na França, e resolvi fazer o meu estoque) quando dei de cara com Edward Cullen, que saía para dar a sua corrida diária. Edward me pediu que passasse lá mais tarde para dizer tchau, depois que eu terminasse de fazer as malas.
Eu tinha decidido ir, mas mudei de idéia quando percebi que Tanya já estava lá. Não fazia o menor sentido ir só para ver o Edward. Eu o vi todos os dias no semestre passado inteiro — ele era da minha classe —, e neste verão continuamos a tropeçar um com o outro no lago ou em passeios de bicicleta. Edward sabe que sou fissurada no irmão dele, e acho que isso o deixa meio constrangido.
Tenho uma leve suspeita de que o Edward nunca nem sequer saiu com uma garota. Você não acha? Quando não está estudando, está correndo. Emmett e Edward são tão diferentes! É difícil acreditar que sejam irmãos, e muito menos que Emmett tenha só um ano a mais do que Edward.
Bom, chega de falar de mim e da minha patética e inexistente vida amorosa. Estou indo para Paris! Escreva logo. Já morro de saudades de você.
Com amor,
Isabella
10 de setembro
Rive Gauche
(que quer dizer "margem esquerda"!)
Querida Alice,
Bonjour! Aqui estou sentada num café, bebericando um café au lait e observando esses estudantes franceses incrivelmente charmosos. Quase todos fumam, o que eu acho indecente, mas parecem tão intensos curvados sobre suas xícaras e conversando uns com os outros como se estivessem resolvendo os problemas do mundo! Até consigo entender uma palavra ou outra do que dizem, mas eles falam muito mais rápido do que nós falávamos aí, nas nossas aulas. Chega a parecer uma língua completamente diferente.
Minha família anfitriã, os Thibault, é superlegal. Eles fazem com que me sinta totalmente em casa. Tenho o meu próprio quarto e o meu próprio banheiro. Não é demais?
A maioria das minhas aulas — matemática, ciência, história — é em francês, e eu tenho aulas especiais de reforço pra desenvolver o meu francês mais rápido e poder acompanhar o ritmo dos outros alunos. Também tenho uma monitora pra me dar uma força na lição de casa. Ela é o máximo. Seu nome é Gianna, e tem dezenove anos. Mesmo sendo só três anos mais velha do que a gente, Gianna é tão madura e sofisticada! Você não ia acreditar no que ela veste pra ir à escola: parece até que está indo a um desfile de moda em vez de ao lycèe (é assim que eles chamam o colégio aqui).
Vou fazer compras com Gianna neste fim de semana. Ela disse que vai ser uma boa experiência de aprendizado pra mim, um bom jeito de praticar conversação e ter um contato mais íntimo com a cultura francesa. Vamos à Printemps, uma das grandes lojas de departamentos de Paris, e depois a uma das butiques favoritas dela. Não vejo a hora!
E quais são as novas por aí? Você tem visto o Emmett na escola? Ele está saindo com alguma garota? Imagino que sendo um terceiranista ele não tenha tempo pra meninas do segundo colegial como nós — exceto, claro, Tanya Denali. Conte tudo na próxima carta, e não me poupe dos detalhes trágicos.
Com amor,
Isabella
21 de setembro
Versalhes
Querida Alice,
Cá estamos em Versalhes, que fica a uns vinte quilômetros de Paris, numa excursão da minha classe. Aqui em Versalhes tem um palais (um palácio) construído por um rei da França há mais de três séculos. É imenso, muito maior que a mansão dos Cullen, e tem um corredor quilométrico com janelas ao longo de um dos lados e espelhos do outro. O teto é curvo como um arco, que nem um túnel, e há pinturas no forro. É deslumbrante.
Desde que cheguei à Franca vi um monte de construções maravilhosas, até bem mais antigas, mas esta aqui desbanca todas. Depois de passearmos bastante pelo palácio, a gente — o pessoal da minha classe e eu — se sentou nos jardins e fez um belo piquenique. Fiquei pensando em como antes de vir para cá eu não conseguia sequer imaginar uma casa maior ou mais bonita que a mansão dos Cullen. Mas comparada ao Palácio de Versalhes a casa deles parece menor do que a casinha em que meu pai e eu moramos.
Ops, o pessoal já está entrando no ônibus. Preciso ir.
Beijos carinhosos,
Isabella
30 de setembro
Do café da Escola Internacional
Querida Alice,
Já terminei de lanchar e ainda tenho um tempinho antes da próxima aula. Eu não ia mesmo conseguir esperar até de noite pra contar a você o que fiz. Decidi que já está na hora de esquecer Emmett Cullen de uma vez por todas. Não posso continuar alimentando essa obsessão que está me destruindo!
Acho que o fato de morar numa casinha nos fundos da mansão dele tornou as coisas muito piores. Ás vezes eu achava que conhecia o Emmett tão bem depois de observá-lo por todos esses anos que acabava tendo centenas de conversas imaginárias com ele dentro da minha cabeça. Até sonhava com Emmett. Mas na vida real, sempre que calhava de estarmos no mesmo lugar na mesma hora era como se eu fosse completamente invisível pra ele.
Eu sabia que se continuasse por mais tempo a ler a lista de qualidades que tinha escrito sobre Emmett e a admirar sua foto antes de dormir, como tenho feito todas as noites desde que cheguei aqui, nunca iria parar de amá-lo. Por isso — sei que você não vai acreditar — na noite passada rasguei a droga da lista e a droga da fotografia, e até mesmo o envelope em que eu guardava as duas, e joguei tudo no cesto do lixo.
Mas quando adormeci não consegui parar de sonhar com ele. Eu estava nadando com Emmett na piscina dos Cullen. Emmett usava um colete salva-vidas vermelho, e eu vestia um maiô atrevidíssimo (bem do tipo que Tanya Denali usaria). Estávamos brincando de pega-pega e expirrando água um no outro, nos divertindo à beça. De repente percebi que conseguia respirar debaixo d'água feito uma sereia, e Emmett também. Ficamos um tempo no fundo da piscina e então ele me beijou, ainda debaixo d'água
Aí eu acordei.
Alice, o que você acha que isso significa? Será que estou pirando de vez?
Quando acordei, peguei os pedaços da fotografia no cesto do lixo e juntei de volta com durex. A lista de qualidades eu deixei lá mesmo. Afinal, já sei de cor.
Saudades.
Grosses bises,
Isabella
20 de outubro
Paris
Querida Alice,
Arranjei um novo nome: Bella. Ninguém aqui na França consegue pronunciar direito o meu nome, e me cansei de ficar soletrando uma vez atrás da outra. Gianna sugeriu que eu adotasse um nome francês, e gostei da idéia.
O que você acha?
Eu adorei, e estou planejando manter esse nome mesmo quando voltar para Forks. Me sinto uma pessoa diferente aqui em Paris, e portanto é mais do que justo que eu tenha um nome novo também.
Escreva logo.
Com amor,
Bella
29 de outubro
Chez les Thibault
Querido papai,
Estou sentada aqui na escrivaninha do meu quarto na casa dos Thibault, dando um tempo nos estudos. Madame Thibault fez um jantar incrível pra gente hoje: galinha assada, verduras, arroz, salada e torta de maçã de sobremesa. Eu sei que falando assim não soa tão incrível, mas sei lá, parece que na França tudo tem um sabor melhor (sem querer menosprezar os seus talentos culinários, pai). Acho que é o jeito de eles usarem os temperos, ou talvez os ingredientes sejam mais frescos.
Às vezes vou ao mercado com madame Thibault. Ela não faz as compras em um supermercado como nós fazemos aí. São dúzias de barracas com diferentes frutas e verduras, e várias delas só têm queijos (alguns queijos são realmente fedidos, mas a maioria é uma delícia).
Madame Thibault também vai todos os dias à padaria pra comprar pão fresquinho. Hmmm, eu adoro! Tão crocante por fora e tão fofinho por dentro!
Mas não è só a comida e a língua que são diferentes aqui, pai. É tudo! Estou tão feliz por você ter me deixado vir! Eu sei que não deve ter sido nada fácil economizar o dinheiro necessário para eu poder passar este ano no exterior, e apreciei muito isso da sua parte.
Sinto que estou mudando rápido, um pouco a cada dia, e não só por estar aprendendo francês. Em parte é pelo fato de morar com os Thibault, especialmente madame Thibault. Ela é tão legal — ela própria diz que é minha maman française, minha mãe francesa. Sabe, pai, até vir pra cá eu nunca tinha percebido o quanto sentia falta de uma mãe. Não que você não tenha feito um ótimo trabalho me criando sozinho depois que a mamãe morreu. Mas é que agora, aqui na França, sinto que estou tendo uma oportunidade muito especial de amadurecer e aprender mais sobre mim mesma.
Acho que esse é o meu jeito cheio de rodeios de dizer obrigada a você.
Amo você, papaizinho.
Bella
P.S.: Por acaso você tem visto o Emmett Cullen? Diga a ele que mandei um oi.
Manhã do dia de Natal
Forks
Queridíssima Isabella,
Sem você fica bastante solitário por aqui, principalmente no Natal. Mas os Cullen ficaram com pena deste pobre e triste viúvo e me convidaram para ceiar. A ceia deles é sempre deliciosa e farta — tenho certeza de que com essa refeição vou poder ficar sem comer até o Ano Novo!
Me lembro de que há alguns anos eu me sentia constrangido como convidado na casa deles, já que os meus pais haviam sido empregados dos pais do sr. Cullen. Mas eles sempre me trataram como um vizinho, e não como o filho do antigo chofer e da antiga cozinheira da família. Além do mais, quando a sua mãe morreu e você era só uma criancinha eles foram especialmente amáveis. Abaixaram para quase nada o aluguel desta casinha nos fundos da mansão deles, que como você sabe era a antiga cocheira dos Cullen, e colocaram a babá dos garotos pra dar uma olhada em você também. Se não fosse por eles, acho que eu não teria conseguido terminar a faculdade de direito. Não sei por que tenho pensado tanto no passado nestes dias — deve ser por causa das férias, sempre um tempo de reminiscências.
Adoro receber as suas cartas e ler sobre as suas aventuras na França. A viagem de bicicleta pelo Vale do Loire deve ter sido fantástica. Eu preguei os cartões postais dos chateaux naquele mural em cima do meu computador. É difícil acreditar que havia gente morando nesses enormes castelos de pedra centenas de anos atrás. Fico muito feliz por você ter tido essa chance de vê-los.
A sra. Cullen sempre me pergunta por você. Ela manda beijos carinhosos, assim como o resto dos Cullen. Todos sentimos muito a sua falta, Isabella, especialmente no dia de Natal.
Com amor,
Papai
Dia de Ano Novo
Paris
Querida Alice,
Tive um réveillon maravilhoso. Minha monitora, Gianna, armou um encontro de verdade pra mim! Seus tios e primos vieram a Paris para passar as festas de fim de ano, e o primo de Gianna, Philippe, é só um ano mais velho que a gente — e é lindo! Ele me levou pra jantar num pequeno bistrô supercharmoso. Depois subimos ao topo da Torre Eiffel e de lá assistimos aos fogos de artifício. Foi demais!
Philippe até me beijou à meia-noite. Eu nunca tinha beijado um garoto fumante. Mas o mais estranho é que mesmo sendo tudo tão romântico, tão perfeito — fora o gosto de cigarro —, não senti nada de especial por Philippe. Acho que pra ele foi a mesma coisa. O que importa é que nos tornamos bons amigos, e Philippe me convidou pra visitá-lo lá onde ele mora, a Provença, no sul da França.
Gostaria tanto que você pudesse vir também! Você ia adorar tudo isto aqui, tenho certeza.
Amor e milhões de beijos,
Bella
P.S.: Você foi a alguma festa de réveillon? Se foi, quem mais estava por lá? Por acaso alguém com as iniciais Em.C.?
21 de Março
Paris
Querida Alice,
No sábado passado à noite eu saí com um dos garotos da minha classe de literatura francesa. Ele me levou à Disneylândia de Paris, e agente acabou ficando. Bernard não fala nada de inglês, mas meu francês já está bom o suficiente pra me comunicar muito bem com qualquer pessoa. Bernard me lembra um pouco o Emmett. Ele passou o braço por cima dos meus ombros em uma das voltas de trem-fantasma, e eu tentei imaginar que era o Emmett. Mas não funcionou. Não que isso tenha me surpreendido. Quero dizer, se fosse assim tão fácil encontrar um substituto pro Emmett, então é porque eu não estaria realmente apaixonada por ele, não é mesmo?
Vamos ter um bom feriado na semana que vem lá na escola, e vou aproveitar pra visitar o Philippe na Provença. Gostaria que você pudesse vir junto. Sinto falta de ter a minha melhor amiga por perto pra conversar. Responda logo.
Beijos,
Bella
19 de abril
Paris
Querida Alice,
Uau! O sul da França é de tirar o fôlego! Um monte de vilarejos com aquelas casinhas de pedra que fazem você se sentir na Idade Média (e na verdade algumas delas são mesmo da Idade Média). E a comida! A mãe de Philippe, madame Pujolas, é ainda melhor cozinheira que madame Thibault — e olha que isso não é pouca coisa!
O mais estranho é que apesar de ter a sensação de estar o tempo todo comendo, na verdade eu até perdi alguns quilos. Acho que é porque aqui eles comem menos carne e porções menores, e além disso ninguém lancha entre as refeições. Todo mundo conversa durante a jantar, comendo devagarzinho e saboreando cada bocado.
Voltei pra Paris na semana passada e me senti como se estivesse chegando em casa. Quando for independente acho que vou querer morar em Paris. É tão cosmopolita! Além do mais, não posso me tornar uma jornalista famosa morando toda a minha vida em Forks, atolada no meio do estado de Washington. Não há muitas notícias por ai pra se escrever a respeito.
Por falar em notícia, aí vai a maior de todas (deixei por último de propósito): tingi o meu cabelo! Gianna me levou ao cabeleireiro dela. Eu estava tão amedrontada que quando o colorista terminou morri de medo de me olhar no espelho. Mas ficou ótimo! Aquela cor de burro quando foge não dava mais pé. Ele continua sendo castanho, mas muito mais vivo, e agora tem também umas mechas douradas. Acho que iluminou bastante o meu rosto.
E não foi só a cor do cabelo que eu mudei: também fiz algumas inovações nas minhas orelhas. Gianna disse que elas são bonitas, e me convenceu a perfurá-las. Adoro os dois pequenos botões de ouro que estou usando agora. Daqui a umas duas semanas já vou poder usar qualquer tipo de brinco que quiser. A Gianna até já me deu de presente umas argolas de ouro chiquérrimas. Mal posso esperar pra experimentar. Ela sempre diz que eu tenho um jeito très élégante, muito elegante.
Gianna também quis me dar um conjunto de maquiagem novo pra combinar com a nova cor do meu cabelo, e me levou pra comprar quilos de cosméticos. Ela disse que as cores do meu estojo estavam todas erradas, e tinha toda a razão. Acho que eu andava usando rímel demais, e o meu batom era muito berrante. No dia seguinte, na escola, reparei que os garotos me olhavam com o canto do olhos quando eu passava por eles. Bernard me convidou pra sair de novo, mas recusei. Ele me lembra demais o Emmett, e eu estou fazendo de tudo pra parar de pensar nele.
Já faz um bom tempo que mandei ao Emmett um cartão-postal, mas até hoje ele não respondeu. Nem sei se chegou a receber. Daria pra você perguntar a ele na próxima vez que o encontrar? Tente fazer a coisa parecer casual, tipo "E então, você teve alguma noticia da Isabella?".
Escreva logo.
Saudades,
Bella
8 de junho
Paris
Querida Alice,
Você consegue imaginar a força que eu tenho feito pra me esquecer do Emmett? Pois bem, no outro dia eu estava conversando com a Gianna a respeito dele e ela não entendia por que eu quero esquecê-lo.
"Por que você simplesmente não vai atrás dele?", sugeriu.
Tentei explicar que no semestre que vem Emmett vai ser um sênior e eu vou ser apenas uma júnior. E que ele é o garoto mais rico e mais popular da Forks High School, e que eu sou, bom... nem a mais rica nem a mais bela das garotas.
Gianna disse que o segredo é ser misteriosa, se fazer mais tentadora e sedutora. Ela me mostrou como girar a cabeça para olhar para um garoto e como lhe lançar um sorriso misterioso, mais ou menos um meio-sorriso. Disse que nenhum homem consegue resistir a um sorriso desses. No dia seguinte eu pratiquei o meu sorriso misterioso na escola — e ela estava certa! Antes do dia ter terminado dois garotos já tinham me convidado pra sair!
As minhas provas finais são na semana que vem, e depois delas acabou-se o ano letivo. E agora, as notícias mais quentes do dia: papai disse que posso ficar com os Thibault por todo o verão! E o melhor de tudo é que eles estão indo para a Grécia em agosto e vão me levar junto! Estou tão excitada com isso! Não me esqueci de que nós duas estávamos planejando fazer algo juntas neste verão, mas, Alice, eu não podia perder essa chance. Não sei quando vou ter uma nova oportunidade de voltar a Europa, e muito menos de ir à Grécia. Espero que você não fique brava comigo...
Com amor,
Bella
20 de julho
Auvergne
Querida Alice,
No fim de semana passado fui com uma turma da escola fazer um passeio no campo, no Centre — é assim que eles chamam a região central da França. Fomos de ônibus até o topo do Le Puy-de-Dôme, um enorme vulcão extinto. Dava pra enxergar num raio de dezenas de quilômetros. Há muitos lagos e vulcões extintos naquela região. Do nosso ponto de observação os vulcões pareciam montanhas de sorvete verde com uma enorme colherada arrancada dos cumes.
Claro que isso me fez pensar no Depot e no quanto eu tenho saudades dos cremosos e deliciosos milk-shakes duplos deles. Acho que é absolutamente impossível encontrar um milk-shake decente em toda a França.
O interior deste país é tão diferente de tudo o que eu jà vi! Acho que também há vulcões nos Estados Unidos (perto de Forks com certeza não), só que nunca tive chance de ver nenhum. Estar em um lugar tão diferente faz eu me sentir diferente também. E aí eu me pergunto: se eu ficasse na França pelo resto da minha vida, será que sempre ia sentir falta dos sorvetes do Depot, ou no fim acabaria me esquecendo completamente de tudo relacionado a Forks? (com exceção de você, claro!)
Às vezes me sinto tão sozinha... Sei que soa estranho dizer isso logo depois de ter contado a você que fiz uma excursão com uma turma de amigos aqui. Mas sinto falta de poder olhar pela janela do meu quarto e ver a piscina dos Cullen, de ficar olhando o Emmett nadar crawl... Ele atravessava a piscina que nem uma lancha, deixando um sulco na água atrás de si (tudo bem, estou exagerando um pouquinho).
Mas em outros momentos não tenho nenhuma vontade de voltar pra casa. Sinto que aprendi muitas coisas neste ano que passou — sobre a vida, sobre mim mesma —, e tenho medo de que tudo isso fique no aeroporto de Paris quando eu for embora daqui.
Fiquei contente por você ter gostado do meu novo nome. Papai se recusa a usá-lo quando me escreve. Eu relembro a ele em todas as novas cartas, mas não adianta.
Hoje à tarde vou à piscina pública. Em geral as pessoas aqui adoram nadar, e há montes de piscinas públicas em Paris.
O que tem acontecido aí em Forks neste verão? Os Cullen foram para a sua casa de campo, como de costume? Tem alguém entrando de bico na piscina da mansão enquanto eles estão fora? Me conte todas as novidades.
Milhares de beijos e abraços,
Bella
9 de agosto
Mikonos
Querida Alice,
As ilhas gregas são um paraíso! Chegamos a Atenas na semana passada e ficamos lá dez dias. Foi fascinante, mas a cidade é tão fumacenta que chega a ser difícil respirar. Como se não bastasse o mal que isso faz à saúde das pessoas, a poluição está corroendo as ruínas da acrópole. Uma tristeza.
Nos últimos dias estivemos pulando de ilha em ilha, de barco de uma para a outra. Alguns desses dias nós passamos inteirinhos na praia, outros dedicamos a explorar as ruínas antigas. Comprei um livro sobre mitologia grega. É tão legal ler sobre um lugar quando você está nele de verdade! Gostaria que você estivesse aqui. Você ia adorar tudo — menos a comida, sempre encharcada de azeite de oliva (argh!).
Vou chegar aí em Forks alguns dias antes de as aulas recomeçarem. Não consigo acreditar que vamos ser juniores! Senti tanto a sua falta neste ano, Alice... Não vejo a hora de poder mostrar a você todas as roupas que comprei na França. Não têm nada a ver com as coisas que você pode encontrar nas lojas de Forks. Com estas roupas, o meu novo cabelo e o meu novo look, tenho certeza de que o Emmett não vai ser capaz de resistir. Veremos.
Com amor,
Bella
20 de agosto
Queridíssima Isabella,
Eu pretendia que o dia da sua volta ao lar fosse muito especial, mas infelizmente tenho de fazer uma viagem de negócios. Vou pegar um avião justo na sexta-feira, só umas poucas horas antes de você chegar. Perguntei à sra. Cullen se Emmett ou Edward não poderiam me levar de carro até o aeroporto e já aproveitar pra pegar você. Ela me garantiu que não vai ser nenhum problema. Que ironia, ter um dos Cullen nos servindo de chofer: que inversão de papéis!
Só vou ficar fora uma noite, de maneira que vamos poder passar juntos a maior parte do fim de semana antes de você recomeçar a escola segunda-feira.
Espero que Forks não seja entediante demais depois de um ano de Paris. Peguei alguns vídeos pra gente, e aperfeiçoei o meu molho bêarnaise. Estou tão feliz por você estar voltando!
Com amor,
Papai
22 de agosto
Paris
Querida Alice,
Não consigo acreditar que este meu ano no exterior está quase no fim. Continuo com medo de que quando eu chegar em Forks a nova Bella desapareça e eu volte a ser a velha e sem-graça Isabella — aquela menina de quinze anos desajeitada, deselegante e insegura que seguia Emmett Cullen que nem um cachorrinho pra todo canto.
Não vejo a hora de ver você! Os Thibault me ofereceram um despedida, e parecia que todo mundo sabia exatamente o que me dar de presente: roupas, brincos e mais roupas. Vou ser a júnior mais bem vestida da história da Forks High School!
Até breve!
Beijos,
Bella
N/A: Oie meninas
Eu sei que esse capítulo é como se fosse uma introdução, são as cartas enviadas e recebidas da Bella na França, mas no próximo capitulo, vai ser ela já chegando em Forks.
Adoroo essa história, espero que vocês também *-*
Para aqueles que eu avisei que iria postar na segunda, me desculpe, mas realmente não deu pra postar
Morreu nestes dias um vizinho nosso aqui :/
É triste quando um rapaz de apenas 24 anos morre, a gente nunca espera o fim de alguem mais novo,
por isso o choque =[
Enfim, Deus sabe o que faz
Espero reviews de vocês,
Bjcas,
Days3.
