Noites no meio de uma Guerra
Cap 1: A ideia de Dumbledore
Eram 3h da manha, mas o homem andando em círculos pela sala mais estranha do mundo não parecia se importar, ele não estava com seus pijamas, não, ele usava as mesmas vestes roxas com luas de sempre, este homem, para aqueles que não foram capazes de deduzir, era Alvo Dumbledore. De repente um barulho cortou o silencio inconfundível que a madrugada trazia, alguém estava batendo na porta.
- Entre
~~ alguns minutos antes do outro lado da porta ~~
Uma garota, de 15 anos cabelos cor de cobre e olhos verde, estava parada na frente da gárgula que levava a sala do diretor de Hogwarts, ela estava confusa e com sono, mas acima de tudo isso, ela estava ansiosa ao extremo, neste momento ela estava re-lendo pela 10ª vez a carta que ela havia recebido no 1º dia de aula:
Cara Cathy,
Por favor compareça em frente a gárgula que leva a minha sala as 3h da manha de amanha, não conte a ninguém, nem mesmo a Ron ou Hermione, e não deixe ninguém acordar com a sua saída, quando chegar aqui, espere, e não faça barulho, o professor Snape virá com a senha e ele entrará com você.
Afetuosamente,
Alvo Dumbledore
E cá estava ela, faltavam 1min30seg para 3h da manha, e nada do professor Snape... Ela estava nervosa, não sabia o porque daquela reunião, nem o porque de tanto sigilo, mas ela sabia que era importante, afinal, era uma carta de Dumbledore.
Exatamente um minuto e vinte e sete segundos depois um vulto preto apareceu no final do corredor, e em três segundos ele estava na frente de Cathy, que lhe perguntou baixinho:
- o senhor por acaso sabe o porque nós estamos aqui?
Ele a olhou sem nenhuma expressão aparente, e respondeu no tom mais baixo que sua voz grossa permitia:
- quem sabe se nós entrássemos o próprio orador dessa reunião pudesse nos dizer
Em seguida deu um olhar de puro veneno, e disse no mesmo tom a gárgula:
- Sementes de marchmellow
Imediatamente a gargula girou, e deu lugar a uma escada, a escada deu em uma magnifica porta de madeira, na qual Snape bateu sem hesitar, talvez, ansioso por entrar
- Entre - Disse um Dumbledore ainda mais ansioso
- Diretor - disseram Snape e Cathy juntos
- Sentem-se, sentem-se
Os dois obedeceram, e Dumbledore começou seu discurso:
- Os dois devem estar se perguntando o porque de tudo isso, bem, vou começar esclarecendo algumas coisas. Cathy, agora que Voldemort ressurgiu, eu devo lhe avisar que ele tentará entrar em sua mente
- Na minha mente? E ele pode fazer isso a essa distância?
- Eu temo que possa minha criança, e eu tenho que te proteger, se ele entrar na sua cabeça, ele pode descobrir tudo, sobre suas proteções, sobre os planos da Ordem, e sobre Sirius. Por isso é fundamental que sua mente esteja protegida. Eu poderia te ensinar Oclumencia, é verdade
- Então comecemos!
- Não, como eu estava dizendo você poderia aprender, mas levaria tempo, tempo este que nós não temos, mas felizmente eu encontrei um modo muito mais rápido e seguro para te proteger
Neste momento, Snape que estava totalmente indiferente a conversa, ficou totalmente confundido
- Mas do que diabos você está falando? Não existe outro modo, só Oclumencia.
- Ah você vai descobrir que existe sim, mas antes, Cathy, uma informação crucial para você: O professor Snape é um Oclumente do nível mais avançado. Agora, peço aos dois que leiam sobre essa forma que eu encontrei de proteger a mente de Cathy, é o parágrafo grifado
E sem dar um segundo para eles perguntarem qualquer coisa abriu diante deles um livro grande e antigo, no qual um parágrafo estava grifado de um verde-limão berrante, e neste parágrafo dizia:
Uma das maiores curiosidades que existem no Feitiço de Casamento é a conexão das mentes. Quando o casal opta por casar-se não só no papel, como também pelo Feitiço, uma das consequências é a ligação entre suas mentes, por exemplo, se um estiver em perigo, ele(ou ela) pode mandar uma mensagem por telepatia avisando o parceiro (a), outro exemplo é a prática da Oclumencia, se um dos dois for Oclumente, ele ou ela pode expandir a fortaleza de sua mente, para que proteja não só ele, como os dois. [...]
E a parte grifada acabava ai.
- Dumbledore?
- Sim Cathy?
- Do que é que você está falando?
- Casamento minha querida, eu sei que parece loucura, você é absolutamente jovem, e não ama o seu noivo, mas é extremamente necessário.
- Tudo bem, vamos por partes Dumbledore. Primeiro e mais importante, professor Snape, o senhor certamente não esta de acordo com isso
Ela virou-se para Snape, que estava 3 tons mais pálido que seu normal, e estava encarando Dumbledore firmemente, Snape então perguntou
- É o único jeito?
- Temo que sim Severo - Respondeu Dumbledore sem hesitar, ouve ai alguns segundos de silêncio e então...
- Então eu estou de acordo sim
Cathy quase caiu da cadeira, como ele havia cedido tão facilmente ela não sabia, mas ela decidiu por hora ignorar isso, e continuo com as perguntas que estavam presas em sua garganta
- E o que mais esse feitiço de Casamento implica? Quais serão as mudanças na minha vida?
- Fico feliz que tenha perguntado, pois bem, as primeiras coisas você já sabe Cathy, porque são as mesmas que o casamento muggle implica, isto é, um casamento normal. Em adicional, o feitiço assegura que vocês cumpram as promessas feitas durante os votos da cerimônia, e bom, ele também faz com que vocês tenham que passar ao menos 3h do dia juntos, e terão de dormir na mesma cama também, resumindo, terão de ser um casal, um verdadeiro casal
Foi a vez de Cathy ficar 3 tons mais pálida, e se não fosse pelo prestativo Dumbledore que lhe empurrou nas mãos um cálice com poção calmante ela teria desmaiado.
... Após alguns minutos de constrangedor silencio...
- Espera ai um minuto!
Disse Cathy num grito enquanto levantava da cadeira
- Isso significa que nós vamos ter que transar?!
A expressão de Cathy era uma mistura tão forte de nojo, repulsa e raiva, que ficava difícil dizer qual emoção dominava. Mas uma coisa era certa, ela acreditava fielmente que sua vida acabava ali, e por um breve momento ousou perguntar-se se outro combate com Voldemort não seria preferível...
