N/A: Antes de tudo, devo informar que esta é uma Fanfiction "Achele" (Dianna Agron/Lea Michele) apesar de estar marcada como Faberry.

Prevendo criticas do tipo "Elas são só amigas, que feio ficar fazendo isso...", Humpf. Questionar a sexualidade alheia é uma coisa que relaxaaaa a gente, Okey?. haha. Brincs. Eu só sei que nós não sabemos quase nada sobre elas, logo: Essa história não esta afirmando nada, só sugerindo...

Vai ter continuação? É pra ter! Mas não sei se isso vai acontecer logo... Então, por via das duvidas fiz o final desse capitulo bem "Final Feliz".

Não ficou das melhores... Mas vamos lá...


Ali estava eu, observando a moça loira que cochilava ao meu lado. Estávamos no avião, voltando pra casa depois de mais uma série de entrevistas. Ela tinha uma mão sobre meu joelho, eu me perguntava quando aquilo tinha começado... Aquela necessidade de sempre estarmos nos tocando, aquele olhar de admiração.
Nos conhecíamos a pouco mais de quatro meses. Há três morávamos juntas. De fato, meu carinho por Dianna Agron tinha sido instantâneo. Era impossível não gostar daquele olhar doce, daquele sorriso sincero, daquela simpatia. Havíamos nos tornado grandes amigas. Sim! Amigas! Apesar de sempre ouvirmos piadinhas dos nossos colegas de elenco e de termos consciência dos boatos que rolavam entre os fãs no que diz respeito a nossa sexualidade, nós nunca tocamos no assunto. Quando alguém nos falava alguma coisa, Dianna simplesmente olhava pra mim e sorria balançando a cabeça. No começo isso não me incomodava, mas agora, por que ela não fala o que ela pensa? Por que sempre foge, quando tento tocar no assunto?
No começo agíamos como amigas normais, falávamos sobre os caras bonitos do elenco, sobre nossos ex-namorados, eu contava à ela a quantas andava meu relacionamento com Theo, mas agora... Agora eu não consigo! Parece que há uma barreira entre a gente e tudo o que diz respeito a relacionamentos amorosos. Quando ela saiu com Sebastian Stan, ela não me contou! Parece absurdo, mas eu fiquei sabendo pela internet, algo que provavelmente acontecia no quarto ao lado do meu - Isso enquanto eu viajava a trabalho, Dianna não levava ninguém até nosso apartamento se soubesse que eu estava lá. E sem saber o por que, eu fazia o mesmo.
Algumas vezes eu me pegava olhando de um jeito diferente pra ela. Aquele belo corpo, curvas no lugar - apesar da falta de volume na parte de cima - ela era perfeita. Mas eu julgava que isso era culpa da necessidade. Theo estava longe e nosso relacionamento não funcionava mais, era minha culpa, admito, mas minha vida estava corrida demais pra pensar em namoro. A propósito, eu sinto atração por mulheres também, e Dianna sabia disso, por diversas vezes senti certa provocação nos toques dela, mas sempre acabava ridicularizando essa ideia, afinal, ela já havia me dito que era hetero. My Lady D. não mentiria pra mim, certo?

Ela abriu os olhos.

- Bom dia, My lady.

- Bom dia - Ela disse em um sorriso - Já chegamos?

- Não, mas falta pouco.

Ela se espreguiçou.

- Não vejo a hora de chegar em casa.

- Você está muito cansada? - Perguntei.

- Um pouco, porque?

- Hum, eu estava pensando em chamar o pessoal pra ir la em casa, ver um filme, sei la... Não temos feito mais isso.

Outra coisa que aconteceu com o tempo, parecia que nós nos bastávamos, passamos intermináveis fins de semana assistindo filmes, saiamos para jantar... A sós.

- Por mim tudo bem! - Ela disse sorrindo.

- Ótimo!

Ela continuo me olhando com um sorriso bobo no rosto.

- Que foi, D.?

- Eu sonhei com você!

Meu coração apertou contra meu peito.

- E como foi o sonho?

Ela parou de sorrir e envergonhada olhou pela janela.

- Divertido.

Algo me impediu de fazer mais perguntas. Talvez o medo de obter respostas que não satisfizessem minhas ilusões que nesse momento habitavam apenas meu inconsciente.

xXx

Mais tarde, estávamos na sala do nosso apartamento, eu descansava minha cabeça em seu colo enquanto ela afagava meus cabelos.

- Di Acho que vai acabar rolando mais do que um filminho. Eu comprei algumas bebidas, acho que vamos pedir pizzas... Você se incomoda?

Nós nos respeitávamos acima de qualquer outra coisa, por isso não havia como nossa convivência ser melhor.

- Claro que não! Estou precisando exceder limites mesmo.

Ela fitou meus olhos e eu sustentei o olhar. Me parecia que ela queria falar mais alguma coisa, mas a campainha tocou. Eram Cory e Mark. Mais alguns minutos e todos já haviam chegado. Nossa reunião transcorria normalmente, salvo alguns olhares que Dianna me lançava. Me parecia que ela estava sempre observando tudo que eu fazia, ela sempre ria de todas minhas piadas idiotas e procurava sempre um motivo pra encostar em mim. Eu estava tão incomodada com aquilo, que até maneirei na bebida com medo de fazer alguma besteira. Dianna, claro minha Lady, nunca foi de beber muito, e naquela noite não foi diferente. Percebendo isso, a questionei quando ela se sentou ao meu lado no sofá, enquanto o rapazes faziam um coreografia de YMCA já muito bêbados.

- Hey Di, e a história de exceder limites? Você não bebeu quase nada.

- Tenho medo de beber e não conseguir me controlar - Ela disse, virando de lado e colocando as pernas sobre as minhas.

Aquilo já estava me deixando nervosa e não pude evitar o tom impaciente na minha voz:

- Controlar o que, Dianna? - Nem me lembrava quando tinha sido a última vez em que a chamei pelo nome.

Ela me olhou por alguns segundos, com a expressão indignada. Balançou a cabeça e disse já se levantando.

- Você sabe, Lea! Você sabe! Merda.

Ela nunca tinha falado daquele jeito comigo e era muito raro Dianna falar uma palavrão. Isso chamou atenção de Naya que estava próximo.

- Hey, o que deu nela?

- Eu queria saber também.

Naya permaneceu me lançando um olhar de suspeita até dizer.

- Vamos lá, Lea. O que há entre vocês?

- Como assim?

- Okey, quando começaram os boatos, eu confesso que achei que fosse viajem desse povo. Mas agora! É mãozinha pra lá, carinho pra cá... E esses olhares de "Te desejo" que vocês vivem se lançando? Agora essa briguinha? Lea, eu sei muito bem que você tem seu pézinho no arco iris, mas a Dianna foi realmente uma surpresa.

- Naya! Eu e a Di não temos nada! Ela é hetero mew! E essa história de todo mundo ficar falando da gente já me cansou. Droga! Chega disso.

Aquele surto de Dianna havia me deixado surtada também. O que raios ela estava querendo dizer com "Você sabe!"? Por que raios as pessoas tem de ficar fazendo esses comentários idiotas?

Me levantei e fui até o banheiro, tinha que me acalmar.

A noite se estendia com risadas, brincadeiras... Até mesmo um novo casal se formou. Minha boca foi ao chão quando vi Kevin e Jenna no maior amasso ali no sofá. Mas Dianna nem sequer olhava pra mim. E eu não fazia a mínima ideia de qual tinha sido meu erro. Ela dançava animada com um Cory muito bêbado, na verdade animada até demais, não suportei o crescente ciúme no meu peito e levantei para novamente fugir para o banheiro. Fiquei por lá alguns minutos e tive uma surpresa quando abri a porta.

- Pensei que você não fosse sair daí mais!

- Ah, Mark, você poderia ter usado o outro banheiro.

- Não quero ir no banheiro Lea, quero falar com você. - Sua fala era arrastada denunciando o alto teor de álcool no seu organismo.

- Hum, diga!

Fui surpreendida com ele pegando minha cintura e me empurrando em direção a parede.

- Mark, o que você estava fazendo? - Eu só conseguia falar, já que com o susto meu corpo não conseguia reagir.

- Lea eu...

Nesse momento fomos surpreendidos por vozes no corredor. Eram Naya e Dianna que conversavam até o momento em que nos viram. Naya mantinha a boca aberta com um pequeno sorriso enquanto Dianna parecia apenas surpresa e nada feliz.

- Opa, parece que atrapalhamos alguma coisa, Naya. Podem continuar, deixaremos vocês sozinhos. - Dianna disse sarcástica.

- Di, nós não estamos fazendo nada! - Empurrei-o - Mark, o que você está fazendo?

- Lea, eu ia dizer que sempre te achei... Achei... - Ele não falava e a situação era um tanto constrangedora.

- Mark, fique quieto! vamos, eu te levo pra casa - Finalmente Naya havia feito algo que prestasse. Ela piscou pra mim enquanto o puxava pelo braço. Então ficamos eu e Dianna ali no corredor.

- Di, eu não sei o que deu nele.

- Você não precisa se explicar pra mim, Lea.

Como assim? Não precisava me explicar?

- Okey. Olha, não sei o que eu te fiz agora pouco. Mas, eu não quero que você fique brava comigo. Me desculpe?

Ela me olhou com um sorriso nos lábios.

- Claro, não consigo ficar de mal com você.

xXx

Quase todos haviam ido embora com excessão a Amber, Cory e Chris. O garoto não estava muito bem, e decidimos que era melhor ele passar a noite ali, juntamente com Amber que o acompanhava. Cory, bem, Cory vivia no nosso apartamento, dizia que o sofá era dele, e não foi diferente aquela noite.

- Amber, você pode dormir com o Chris na minha cama. Tudo bem se eu dormir contigo, Lea?

Demorei um pouco pra responder, estava surpresa, não sabia se aquilo era um ótima ou uma péssima ideia.

-Di, acho que você ficaria mais confortável no sofá comigo- Cory disse a abraçando.

Eu dei uma sorriso forçado.

- Tudo bem, você dorme comigo.- Disse separando os dois e a abraçando por trás - Aquilo era comum pra nós, mas daquela vez eu pude sentir o desconforto (ou não) de Dianna com meus braços envolvendo sua cintura.

Banhos tomados, dentes escovados, chegava a hora de nos deitarmos. Já havíamos dormido juntas outras vezes, claro, mas naquela noite havia certa tensão no ar.

Ela se deitou, enquanto eu apagava a luz. Me deitei ao seu lado, percebendo que ela mantinha as costas viradas para mim. Obvio que eu não conseguiria dormir, me virava de uma lado para o outro, enquanto ela estava lá quieta. Por fim bufei, olhando para o teto. Ela então se virou jogando seu braço sobre minha barriga e se aconchegando no meu corpo.

- Não consegue dormir?

- Não... Te acordei?- Falávamos aos sussurros.

- Não, também não consigo dormir, mas não sinto necessidade de ficar me jogando de um lado pro outro - Ela disse em um sorriso.

- Desculpa.

- Tudo bem...

Passaram-se alguns minutos de silêncio, eu afagava seus cabelos, enquanto ela acariciava minha barriga com pequenos círculos. Confesso que aquilo estava me deixando maluca.

- Lea - Ela disse erguendo a cabeça e fazendo nossos olhos ficarem na mesma altura - O que você pensa dos boatos que rolam sobre a gente?

Aquilo me surpreendeu, sempre que eu fazia essa pergunta pra ela, a resposta era "Não vamos falar sobre isso"

- Eu acho... Di, eu não sei o que eu acho... E você?

- Eu não sei também, só queria que eles parassem.

- Te incomoda?

- Me deixam confusa.

Nesse momento tudo fazia sentido pra mim, eu só tinha uma duvida.

- Di,

- Hum?

- O que aconteceu no seu sonho?

Ela sorriu. O sorriso mais lindo e mais sincero que eu já vi.

- Isso...

Ela ergueu-se alguns centímetros, aproximando mais nossos corpos, colocou uma mão na minha nuca e me beijou. Nunca havia sentido nada como aquilo, os lábios de Dianna eram indescritíveis, seu beijo era impecável. Naquele momento deixamos fluir um desejo há muito tempo escondido, camuflado em toques, implícito em olhares.
Logo todas minhas duvidas foram esclarecidas por um simples fato: Eu amava Dianna Agron.