Disclaimer: Absolutamente nada me pertence, vez que não me chamo Stephenie Meyer.
Resumo: Poucas garotas tiveram a oportunidade de realmente atiçar a curiosidade do conquistador barato Edward Cullen. Mas quando Isabella Swan chega em Forks, a vida dele vira de cabeça para baixo com essa doce tentação.
Capítulo I – Tentadoramente irresistível
[Edward]
A primeira reação que eu tive ao vê-la foi que eu havia morrido e ascendido ao paraíso. Clichê, eu sei. Ela era excepcionalmente linda. Os longos cabelos castanhos caíam em cascata pelas costas, seus olhos castanhos eram absurdamente brilhantes e a face estava levemente corada pelo vento frio que brincava nas maçãs do seu rosto. Eu estava apaixonado. Eu estava louco por uma garota desconhecida.
Depois do encontro na entrada da Universidade de Forks eu não a encontrei pelo resto do campus. Era difícil localizar uma pessoa que você não sabia o nome, nem, tampouco, sabia descrever com palavras. Para minha surpresa, ela veio ao meu encontro na aula de Química Laboratorial, bem, não ao meu encontro, ela sentou-se na cadeira ao lado.
- Espero que não tenha ninguém sentado nessa cadeira...
- Bem, antes não tinha... Agora que você se sentou, desculpe, não posso repetir o mesmo...
- Engraçadinho... – ela disse sem humor e sem me olhar, abrindo seu notebook e jogando os cabelos de forma que achei muito sexy para trás. Um leve arrepio surgiu na minha nuca.
- Prazer, Edward Cullen... – apresentei-me, estendendo a mão e olhando-a firmemente.
- Isabella Swan... Bella, para os íntimos... – ela disse em um sussurro, encontrando o meu olhar.
- Como eu posso me tornar tão íntimo assim? – respondi no mesmo tom. Ela sorriu desconcertada e se virou para frente.
- Você não pode... – dei um sorriso torto. Finalmente, uma garota que valia a pena.
[Bella]
Edward Cullen. O nome soou agradável nos meus ouvidos. Durante toda a aula, ele não parava de me encarar e soltar sorrisinhos estúpidos para tudo que eu fazia. De alguma forma, aquilo estava me irritando. Bastante. Até que eu não aguentei mais.
- Você não tem coisa melhor para fazer... Como, por exemplo, estudar?
- Oh, ela está irritada. – ele disse em meio a sorrisinhos enviesados.
- Você é sempre tão estúpido?
- Só quando eu estou perto de garotas bonitas...
Revirei os olhos. Definitivamente, ele estava brincando com a minha cara.
Decidi ignorá-lo. Era mais saudável.
- Então, de onde você veio? Você não estava por aqui semestre passado...
Continuei ignorando-o.
- Hum... Decidiu me ignorar então... Não é uma tática muito madura...
- Mas funciona. – o interrompi – É simples e me satisfaz.
Ele deu outro sorriso torto e... sexy.
- É bom estar descobrindo o que te dar prazer, Isabella...
Que cara abusado! Corei de vergonha. Eu realmente odiava ser chamada pelo meu nome completo, mas não daria o gostinho dele se sentir tão egocêntrico... Mais do que ele já era.
- Eu não imaginava que os caras de Forks fossem tão inconvenientes...
- Bem, eles geralmente não são... – soltei-lhe um olhar descrente – Eu não sou da cidade.
Suspirei. Ele era daqueles caras que tinham resposta para tudo. Graças aos céus, a aula terminou antes que eu tivesse que continuar me enrolando em perguntas desconcertantes com aquele ser pretensioso e torturador. Definitivamente, não fazia o meu tipo.
[Edward]
Assim que a aula acabou, Bella saiu rapidamente da sala de aula, com o seu cabelo esvoaçante, meio corada, meio irritada. Gostei ainda mais dela. Algo em sua aparência me atraía de forma inimaginável. Além de que nunca conhecera uma garota que se irritasse ou entediasse tão facilmente ao meu lado. Sem falsa modéstia, eu, geralmente, tinha um efeito contrário nas mulheres.
- Quem era ela? – Rosalie perguntou irritada, recostada na porta de carvalho da Biblioteca Central – não que ela estivesse estudando por lá – ela esperava Alice, minha irmã, que estava enfurnada em um dos corredores com seu novo namorado.
- Somente uma garota... – respondi simplesmente. Rosalie era muito ciumenta em relação a mim. Nós mantínhamos uma espécie esquisita de semi-relacionamento-aberto-até-demais.
- Hum... Somente uma garota? Você não costuma trocar mais do que um par de palavras com qualquer uma...
- Ela é... Interessante.
Rosalie fechou a cara. Para a minha salvação, Alice voltara do corredor em passos alegres e saltitou entre nós dois, segurando-nos pelos ombros.
- AH... – ela começou, entre suspiros – Jasper é demais!
- Quão demais? – Rosalie dirigiu-se a ela, mas continuou me fuzilando com o olhar.
- Os beijos são perfeitos, ele é romântico e o cheiro dele... Hum... O cheiro dele é realmente muito bom!
- E o sexo? – Rosalie continuou seca.
- Ugh! Eu não preciso ouvir isso! – fiz uma careta. Era desagradável imaginar minha irmã fazendo as coisas que eu costumava fazer com outras garotas.
- Nós ainda não transamos! – ela disse empolgada.
- Obrigado pela informação! – respondi sarcástico e recomecei a andar.
- Mas queremos! – ela completou corando.
- MUITO obrigado mesmo... – enfatizei meu desconforto.
Alice riu. – Nada que você ainda não tenha feito...
O refeitório estava lotado de pessoas, mas eu procurava por uma em especial: Isabella Swan.
- Ela não está aqui... – Rosalie sibilou entre dentes. Sentei-me com Alice enquanto Rosalie ia desfilar pelo salão com sua bandeja, escolhendo o que comer. Ou quem, seria o mais correto.
- Então, quem é a garota especial que fez Rosalie, a miss Barbie Universo, se sentir tão ameaçada assim? – Alice perguntou brincando.
- Isabella Swan... – entoei com desejo. Seus cabelos ainda brilhavam na minha cabeça...
- Bem... Quando você encontrá-la, me mostra... – ela disse simplesmente, balançando os ombros, antes de ir ao encontro de Jasper, o beijoqueiro romântico que a esperava na porta do salão, ávido por mais uma sessão de malhos.
Pena que Isabella Swan não estava por ali.
[Bella]
Fui direto para o setor administrativo da Universidade, para terminar de entregar os papéis da transferência que precisava para efetivar a matrícula e ganhar um tempo bônus para... fugir de Edward Cullen.
Incrível como o seu cheiro de perfume másculo e caro me seguiu pelo resto do caminho em que eu já estava fora do seu alcance. O fato era... Edward Cullen exalava sexo. Sexo selvagem, saboroso e sacana. Os três "s" proibidos. Juntos em uma só pessoa. Era quase irresistível. Respirei o ar puro do jardim. Ele era irritantemente sedutor.
- Oi! Você é nova por aqui... – não era uma pergunta.
- Todos os alunos dessa Universidade costumam se conhecer? – perguntei irritada. Não é possível. Quer dizer, o folder dizia mais de quatro mil alunos. Oi?!
- Prazer, eu sou Mike Newton...
- Isabella Swan... – apertei a mão oferecida, desgostosa.
- Então Isabella, você veio de...
- Phoenix. – respondi rápido, acompanhando-o pelo longo corredor.
- Legal! Seja bem-vinda, espero que não sofra muito com o frio de Forks...
Mike era uma pessoa agradável. E não parecia que queria me possuir a qualquer momento, como aquele ser... Cullen. E eu ainda precisava de alguém para me direcionar pelo campus enorme.
Ainda bem que Edward Cullen não estava por ali.
[Edward]
Na manhã seguinte, Rosalie era só sorrisos.
- Boa remessa de jogadores esse ano, quer dizer, vocês viram o tamanho dos braços daquele cara?
A visível transformação de humor de Rosalie tinha um objetivo bem mais obscuro do que apenas nos informar a respeito dos jogadores imensos de futebol. Ela ainda estava enraivecida comigo e sua tática mudou de "eu estou com ciúmes" para "eu vou te fazer ficar com muitos ciúmes". Bem, eu não preciso dizer que não estava dando certo.
Eu e Rosalie somos ingleses. Eu fui adotado ainda pequeno por um casal sem igual no mundo – Esme e Carlisle, meus pais. Alice fora adotada pouco tempo depois de mim e hoje nós somos mais do que irmãos, nós somos melhores amigos. Rosalie fora prometida como minha esposa, quando ainda éramos crianças, decisão tomada pelos meus verdadeiros pais antes de morrerem. Veja bem, tanto eles quantos os pais de Rosalie eram de um interior inglês realmente tradicionalista. O contrato dizia que nós deveríamos nos casar aos atingir os 22 anos de Rosalie. Bem, ela já está com 24 anos e nós não estamos casados.
Carlisle, por mim, lutara pela anulação do acordo naquela pequena sociedade. No início fora uma afronta à Rosalie, sempre tão certa de que o mundo girava ao seu redor. Apesar de não termos casado, Rosalie apareceu na porta de nossa casa ao completar 22 anos e desde então tem morado conosco. Meus pais a adoram e não tiveram coragem de despachá-la novamente para a Inglaterra depois que os pais dela também faleceram. Nós somos sua única família. No final, convenci-a de que não estava preparado para casar com uma mulher excepcionalmente linda, mas que não amava. Hoje, de uma forma ou de outra, nós continuamos atrelados um ao outro, com uma única regra: sem sexo. O que é até meio ridículo, já que a minha quase futura mulher já rodou por metade dos bonitões da elite de Forks.
Estacionei meu Volvo na vaga costumeira. Alice participava da conversa com acenos vazios na direção de Rosalie. Eu conhecia minha irmã o suficiente para saber que aquele tal de Jasper estava virando sua cabeça.
Logo que eu sai do carro, olhei-a. Carregava uma bolsa enorme no ombro, livros entre os braços e fechava a porta de uma lataria que alguém um dia ousou chamar de carro. Rosalie captou a direção do meu olhar em instantes.
- Edward, vamos... – ela sibilou mandona. Sorri sacana e sussurrei.
- Vejo vocês depois.
Andei sorrateiramente até Bella.
[Bella]
- Eu posso carregar seus livros... – Edward Cullen chegou com seu sorriso torto.
- Eu tenho braços. – sibilei teimosa, entre dentes. Uma ajudinha cairia até bem, mas não a dele.
- Sabe, eu nunca tinha conhecido uma garota tão teimosa... – ele disse divertido, arrancando os livros da minha mão com agilidade.
- O que você quer? – perguntei desconfiada. Parecia uma pergunta esquisita, mas eu não estava acostumada a ser perseguida por caras bonitões em Phoenix.
- Você não costuma fazer amizade com ninguém? Porque, sabe, é assim que as pessoas se conhecem... Interagindo...
Han? Amigo? Isso era esquisito. Edward poderia ter um rol de amigos bem mais legais do que eu.
- Você é estranho, Cullen... – enfatizei a formalidade.
- Você também, Bella.
Franzi a testa. Comecei a caminhar, ele me acompanhou. Como se livrar de um cara assim? Eu me senti extremamente desconfortável ao lado das suas roupas e cabelos perfeitos. E eu podia jurar que uma garota tropeçou nos próprios pés quando o viu passar.
- Você parece ser popular... – observei. Não era mentira, ele facilmente poderia se passar por um ator famoso, a julgar pelo comportamento das pessoas a sua volta. Eu me sentia, inclusive, vagamente inferiorizada.
- Que matérias você cursa? – ele recomeçou a conversa, casualmente.
- As básicas de Literatura Inglesa e História Moderna... – respondi automática, ainda imersa em pensamentos confusos.
- Então, você gosta de ingleses?
Arqueei uma sobrancelha.
- Por quê? Quer me apresentar algum?
- Na verdade, eu nasci na Inglaterra.
Corei violentamente com a informação. Eu deveria imaginar. Ele riu.
- É... Os ingleses são legais... E bonitos. – ele brincou.
Não pude deixar de sorrir.
- Então, o que você fazia na aula de Química Laboratorial?
- Eu faço algumas cadeiras aleatórias... Para expandir os horizontes, entende?
Não era mentira, mas não era completamente honesto. Os temas de química envolviam meu novo projeto literário para a bolsa acadêmica.
- Entendo... – ele disse superficialmente – Então, qual o seu próximo horário?
Minha mente se remeteu ao horário imenso que eu tentei decorar durante o jantar de ontem.
- Acho que Romantismo. – disse vagamente.
- Então eu vou com você! – ele decidiu.
- Claro que não! – respondi incomodada. Era só o que me faltava. Perseguição na sala de aula também!
- Porque não?
- Porque você tem aulas! – rosnei.
- Eu sei...
- E?
- Bella, eu quero ficar com você. Agora.
Suspendi a respiração. A voz sussurrante, porém firme, deixou-me em dúvida sobre o que ele realmente estava falando.
Voltei a andar completamente corada.
[Edward]
Suas bochechas coradas eram a visão preferida que eu tinha dela. Ainda. Dizem que nós só podemos emitir opinião sobre uma coisa que conhecemos por inteiro. E eu mal podia esperar por isso.
Era de se esperar que a classe de Romantismo estivesse cheia de universitárias sonhadoras e carentes. Um lugar bom para encontrar transa fácil. E a opinião não era só minha, com certeza. Observei dois ou três garotos espertos pagando de sensíveis.
Bella não parecia ser assim. Ela simplesmente gostava de Jane Austen e Lord Byron. Não do tipo fácil.
- Você assiste aulas chatas... – comentei entediado.
Ela revirou os olhos. Sorri da cena.
- Você me seguiu!
- Você me enganou! Pensei que você fosse legal... – brinquei.
24 horas e nem um beijo?
- Idiota.
- Bella, amigos não se xingam! – informei.
- É o que você pensa! – ela brincou.
Na verdade, eu me sentia estranhamente bem ao lado dela. Curioso, eu sei.
- Eu tenho uma idéia... – sussurrei no seu ouvido. Senti sua respiração fraquejar e os seus pêlos se eriçarem por completo.
Sorri.
- Você está atrapalhando o desenvolvimento da minha aula chata. – ela disse com a voz fraca.
- Bella... – chamei devagar.
- O que foi, Edward? – ela disse virando-se para mim. Sua respiração calma nas minhas bochechas. Eu poderia beijá-la bem ali. Sua boca era irresistível demais.
- Você quer sair hoje à noite? – encarei-a nos olhos. Pude vê-los brilhar levemente. Fácil?
- Não. – ela disse cortante, voltando a atenção para aula chata. Definitivamente, ela não era nem um pouco fácil.
Tentadoramente irresistível, talvez.
Merece reviews?
larizzaz
