I'd do Anything
Eu faria qualquer coisa
Estava dando as últimas ordens para o almoço quando ouviu o barulho de alguém entrar em casa. Seguiu até a porta.
Mu jogava a mochila na sala e ia para o quarto.
-Por que não me ligou? Eu iria buscar você.
-Vai cuidar da sua vida.
Suspirou:
-Quer comer alguma coisa?
-Nada que venha de você.
Foi para o quarto, bateu a porta com violência. Saga suspirou. Por que Mu tinha que ser tão arisco? Custava aceitar um carinho, um agrado?
I'd
do anything Eu faria qualquer coisa
To try to make you laugh Pra tentar te fazer rir
Voltou às suas obrigações, escutou o som ser ligado e o volume aumentar progressivamente. Esse menino ainda deixaria alguém surdo.
Entrou no quarto, ligou a música e se jogou na cama.
"O mundo é uma merda" - resmungou para si.
Lembrou-se
de si próprio, ainda pequenino, correr para Saga:
-Cadê
papai?
-À noite ele volta.
E realmente voltou. Mas não
estava ali.
"Ele não se importou comigo..." - fitou
demoradamente o objeto brilhante em suas mãos. - "Mas isso vai
mudar..."
And I just can't let you leave me
again E eu simplesmente não posso deixar você me abandonar de
novoHesitou ainda um pouco, mas sentou-se no colchão.
Deslizou a lâmina pelo pulso, falhando ao tentar conter um grito de
dor. O sangue jorrou abundante.
Como doía. Vacilou antes de
rasgar o outro, mas replicou para si: "tenho que fazer isso
antes de perder muito sangue."
O outro corte saiu menos
profundo e preciso que o anterior, e o grito, mais baixo: já estava
fraco.
Escreveu com o próprio sangue na parede "odeio a
todos" e deitou-se na cama, gemendo baixo, sentindo a
consciência se esvair, junto ao líquido vermelho que fugia de suas
veias.
-Mu,
abre a porta! - gritou, esmurrando o empecilho. A música
ensurdecedora provavelmente o privava de ouvir os chamados
insistentes de seu tutor. - Vou arrombar! - avisou antes de cumprir.
Entrou no quarto, vendo o pequeno anjo caído sobre os lençóis,
banhado em sangue.
-Mu!
And I can't think straight E eu não consigo pensar direito
Ajoelhou-se ao
lado do menino e constatou que ele cortara os pulsos.
-Meu Deus!
O que foi que você fez?
Apertou os punhos brancos e gritou para a
arrumadeira, ela não ouviu. Berrou outra vez, antes de arrancar o
som da tomada e fazê-lo de novo.
A mulher apareceu, a roupa meio
amassada, a vassoura numa mão, um pano úmido noutra:
-Senhor?
-Chame os bombeiros e a polícia, rápido!
-Por
quê?
-Mu cortou os pulsos! Rápido, senão ele morre!
A
senhora saiu correndo apressada.
-Meu anjo... - sussurrava,
tentando conter a hemorragia. - Você não pode morrer. Viva, para
mim.
This could
be Esta poderia ser
The one last chance A última chance
To make you understand De te fazer entender
Os bombeiros chegaram antes da polícia. Prestaram os primeiros socorros.
-Cadê os pais?- Perguntou o policial.
-O pai está trabalhando.
-E a mãe?
-Deve estar no quarto.
E estava. Dormindo. Tentaram acordá-la, mas foi em vão. Levaram o pequeno ao hospital, Saga sempre ao lado, tomando conta com os olhos.
-É parente? – indagou a moça da recepção.
-Não. Trabalho para a família.
-Tão preocupado...
-É um irmão pra mim.
A mulher sorriu, indicando o caminho que Saga deveria seguir.
Logo, foi procurado por um médico:
-Estamos com falta de sangue. Temo que ele não sobreviva.
-Tire o meu.
-Mas...
-Eu já sou doador. Faça!
O cara ficou meio sem saber como agir, se obedecia, se se atirava da ponte, sei lá o que ele pensou. O fato é que ele acabou cedendo.
Depois, Saga ficou ali, sentado, esperando.
And I'm here waiting E estou aqui esperando
And I'd anything for you E eu faria qualquer coisa por você
Foi chamado, para ele muito tempo depois, para ver o pequeno. Mu dormia tranqüilo, pálido, os punhos enfaixados, respirando pausadamente.
Sentou ao lado dele, acarinhando-lhe os cabelos tingidos, arriscou um beijo na face.
"Por que não te contei que te amo?" – Sussurrou.
Cuz so many things were left unsaid Porque muitas coisas não foram ditas
Ficou ali, na vigília, anotando todas as reações de Mu, que foram muito poucas – pra não dizer que não as houve – até o pai do paciente chegar.
-Boa noite, doutor.
-Como ele está?
-Muito fraco. Os médicos tiveram medo que não resistisse.
-É verdade que você doou sangue pra ele?
-Ah, é.
-Por que fez isso? – o homem estava sério, como se não falasse do filho, mas de um estranho.
-Eu... – Saga não entendia aquelas reações do patrão, mas já estava acostumado com elas. – Não podia deixá-lo morrer.
O pai, que também era juiz da comarca, ficou em silêncio, depois replicou:
-É verdade que foi tentativa de suicídio?
-Acredito que sim, doutor. Zilá não lhe mostrou?
-Mostrou o quê? – Zilá era a arrumadeira.
-Ele escreveu " odeio a todos" na parede do quarto.
-Escreveu na parede?!
-Sim, com sangue.
-Será que mancha?
Saga teve ímpetos de bater no patrão:
-Não sei, doutor. Mas isso não importa agora. Importa a vida de seu filho.
O homem ficou remoendo em silêncio aquelas réplicas veladas e depois perguntou:
-Por que você não fez nada pra impedir?
O empregado lançou um olhar longo para o menino e respondeu:
-Ele já ameaçou suicidar-se várias vezes. Nas primeiras vezes eu me desesperei. Mas ele nunca cumpriu. E hoje ele estava como sempre. Não ameaçou, não disse nada. E cortou os pulsos.
-Por que não me falou das ameaças?
-Eu comentei com a sua senhora e ela me pediu que não o importunasse com essas "bobagens". Disse-me ser "birra adolescente".
-Ele teria algum motivo pra isso?
-Pra se matar? Não.
-Namorada?
Saga sacudiu a cabeça.
-Drogas?
-Não, senhor. Ele andava triste, deprimido, ultimamente. Chorava por qualquer coisa, nada estava bem para ele – isso mesmo, o típico emo.
-Você fez algo que ele não gostou?
-Nada do que eu fazia ele gostava.
O juiz ainda crivou o empregado de perguntas, antes de voltar pra casa.
- Avise-me de qualquer mudança – recomendou.
-Assim será.
Por dias Mu ficou entre a vida e a morte. E Saga velando por ele, o tempo todo.
Nem dormiu, a cada ruído dava um pulo, preocupado.
I close my eyes Eu fecho meus olhos
I try to sleep Tento dormir
I can't forget you Não consigo te esquecer
Mu melhorava lentamente, piorava um pouco, voltava a melhorar, parecia estar brincando com ele.
Quando acordou, o pai acabara de voltar para casa, após breve visita.
-Hm.
-Mu!- Saga quase surtou de felicidade.
O olhar do garoto estava embaçado, ele via poucos contornos nítidos, as cores fracas.
-O anjo... –gemeu baixinho – que me tirou do inferno... – esticando a mão para o tutor, que tomou a mão oferecida e disse:
-Mu, meu pequeno Mu, você não está no céu. Você está vivo.
O emo arregalou os olhos imediatamente, constatando que o referido anjo era o seu tutor.
Will you remember me? Você se lembrará de mim?
Afastou a mão, como sobrevivera?
-O que faz aqui?
-Você está bem?
Não respondeu, surpreso. Era a primeira vez que Saga sorria ante uma pergunta grosseira sua.
Cuz I know... Porque eu sei...
-Como se sente?
Fixou o olhar no criado. Ele ainda ousava repetir a pergunta? Não respondeu. Fitou os próprios pulsos:
-Você me salvou?
-Sim – o sorriso não se desmanchava.
-Por quê?
-Eu gosto muito de você.
-Mentira – disse friamente. "Qual o problema com esse idiota?"
-Já que insiste... – Saga não alterou a expressão. – Por que sou pago para isso.
Arregalou os olhos outra vez. Devia ser verdade, mas... Por que aquela resposta doía?
I won't forget you Eu não te esquecerei
Depois de um silêncio, perguntou:
-Alguém veio me ver?
O rapaz fingiu tentar-se lembrar:
-Mmm... Deixe-me ver... Um amigo seu, um menino chamado Shaka.
-Mais alguém? – indagou, ansioso.
Saga sabia absolutamente aonde Mu desejava chegar:
- A sua tia...
-Só? – cortou, nervoso.
-Aquele seu amigo do prédio, o...
-Mais alguém?
Isso repetiu-se várias vezes. Mu, cansado, deixou o rapaz revelar todos os nomes conhecidos, alguns nem tanto, um a um. Quando parecia ter acabado, indagou:
-Meu pai esteve aqui?
-Ah, sim. Acabou de sair.
But now you're gone Mas agora você se foi
-Ele disse alguma coisa? – um brilho de esperança acendeu-se em seus olhos
-Disse que mandou pintar seu quarto de novo.
-Só isso? – perguntou, triste.
-Quis saber por que você tentou se matar.
-Ele chorou?
Saga bateu a cabeça, num gesto negativo.
O menino jogou a cabeça no travesseiro, desanimado:
-Devia ter-me deixado morrer.
-Por quê?
-Minha vida não vale nada mesmo. Meu pai me odeia.
-Ô, Mu...
Tentou abraça-lo, mas o garoto se esquivou.
I'm thinking about you Estou pensando em você
All the time O tempo todo
But you're out there Mas você está noutro lugar
-E a minha mãe?
-Ela não veio.
-Viu só? Eu não valho merda nenhuma.
-Verdade – Saga irritou-se, mas não demonstrou. – Não passa de um moleque chorão e mimado.
Profundamente ofendido, o menino fitou o tutor:
-Não pode falar assim de mim!
-Foi você quem disse. Eu só concordei.
Mu não respondeu. Afundou a cabeça no travesseiro e dormiu.
-Você é danado, hein?
-Eu?
-É, você. Tomou quase um litro de sangue.
Mu não respondeu.
-Aquele rapaz gosta mesmo de você.
-Por quê?
-O sangue era dele.
-Do Saga?!
-Por que a surpresa?
"Ele salvou minha vida. Doou sangue pra mim. Tudo isso por quê?"
Somehow I can't put you in the past Porque eu não consigo te pôr no passado
Lembrou-se de como o tutor tomou conta dele, brincou com ele, ninou-o e protegeu-o.
"Quando eu tinha medo ele dormia comigo... Eu gostava de ouvir histórias de piratas e de desenhar pra ele. Por que nos separamos?"
"Eu odeio você"!
"Vai cuidar da sua vida"!
"O que faz aqui"?
"Mentira".
As frases passaram por sua cabeça num instante.
"Então... - concluiu, assustado – a culpa é minha!"
"Eu iria buscar você."
" Como se sente?"
"Eu gosto muito de você".
"O sangue era dele".
Descobriu, mais assustado ainda, que o tutor tentara aproximar-se ainda,mas não lhe foi permitido.
-Eu sempre o tratei tão mal... – sussurrou para si.
O médico ouviu:
-Ainda dá tempo de consertar. Peça perdão.
Mu fitou, inseguro, o magistrado. Talvez tivesse razão. Saga era precioso demais para perdê-lo assim.
-Onde ele está?
-Eu o mandei para casa, dormir. Não fechava o olho desde que vocês chegaram aqui.
-Ele vai voltar... Não vai?
-Acredito que sim. Enquanto isso, descanse e pense no que vai dizer-lhe, quando isso acontecer.
I'll be waiting Estarei esperando
"Eu sou mesmo um idiota." Saga dizia
para si, enquanto rolava na cama, de um lado para o outro, insone.
"Como poderia pensar que um garoto de 15 anos poderia me
dar bola? E, ainda por cima, ele me odeia."
I close my eyes Eu fecho meus olhos
And all I see is you E tudo que eu vejo é você
I close my eyes Eu fecho meus olhos
I try to
sleep Tento dormir
I can't forget you Não consigo te esquecer
" ' - Saga, Saga! '
Abaixei-me para fitá-lo - apenas quatro anos ele tinha- e
indaguei:
'-O que foi?'
'-Tem uma coisa melecosa lá fora!'
'- O quê?'
'-Não sei. Vem
comigo.'
Segui-o. Era um anfíbio gordo e úmido.
'-É um sapo.' – expliquei.
'- Sapo?'
'-É. Ele come moscas e outros insetos.'
'-Argh, que nojo!'
'-Pode parecer asqueroso, mas evita que esses bichinhos perturbem - demais- a gente.
'- Você também é assim.'
Olhei-o, surpreso:
'- Como assim?
'- Faz um monte de coisas nojentas pra me proteger.' "
Suspirou. Era isso mesmo que queria, protegê-lo como a um bebê.
I'd do
anything Eu faria qualquer coisa
Just to hold you in my arms Apenas pra te segurar em meus braços
Mu aguardou ansiosamente a visita de Saga visita de Saga por três dias. Foi quando perdeu a esperança. Afundou a cabeça no travesseiro, desejando não acordar mais.
Saga ficou três dias sem ver seu pequeno.
Another day is going by Outro dia está-se indo
I'm thinking about
you Estou pensando em você
All the
time O tempo todo
But
you're out there Mas você não
está aqui
No quarto foi buscá-lo: o menino recebera
alta.
-Ele está bem mesmo?
-Um pouco
fraco. Mas creio que poderá se recuperar melhor em casa.
- O doutor que sabe.
-Estou receitando umas
vitaminazinhas pra ele ficar mais fortinho.
- Ele
estará em boas mãos.
O médico sorriu:
- Eu acredito.
Os olhinhos absurdamente azuis de Mu brilharam
ao avistar o empregado
entrando em seu quarto:
-Saga!
-Como se sente?
Queria dizer "melhor agora", mas não saiu:
-Vamos pra casa.
Empurrou a cadeira até o carro, tomou-o nos
braços, colocou-o no banco e
afivelou o cinto. Deu a partida.
I wrote this letter in my head Eu escrevi esta carta em minha mente
Mu tinha tudo pronto para dizer, na cabeça. Ensaiara milhares de vezes, escolhera cuidadosamente as palavras, mas elas estavam entaladas na garganta.
A indiferença de Saga, que simplesmente dirigia,sem sequer olhá-lo,aumentava a insegurança do menino, que acabou não dizendo nada.
Chegaram, finalmente, em casa.
Saga o mandou deitar-se e foi para a cozinha.
Mu correu para o quarto da mãe, mas ela não estava lá. Dirigiu-se para onde o tutor estaria e encontrou-o conversando com a cozinheira.
-Ela disse que ia sair – falou a mulher. – Eu a lembrei que o menino voltaria hoje. E sabe o que ouvi? "Ele precisa entender que a vida não é um mar de rosas. Está muito mimado." Como se alguma vez ela tivesse se preocupado com o filho.
O rapaz sacudiu a cabeça. O emo, escondido, observava a tudo.
-Ela está louca, né? – indagou a empregada.
-Sempre foi.
-Pobrezinho do menino. Órfão de pais vivos. É uma criança tão boazinha...
-Boazinha? – Saga estranhou.
-Ultimamente tem andado muito chato. Devem ser aqueles amigos dele. Mas ele é bonzinho.
Mu sentiu o coração apertar. Revelou-se e gritou:
-Não falem assim da minha mãe!
-Mu?! – exclamou Saga surpreso.
O pequeno soluçava.
Dreaming of dopping out of school Sonhando em fugir da escola
Foi abraçado. Não teve como recusar. O homem, antes de levá-lo para o quarto e sentá-lo na cama, pediu à cozinheira que fervesse um copo de leite para o pequeno.
-Mu – disse, fixando os olhos nos do menino.
-Minha mãe está louca?
-Não propriamente. Está perturbada.
-Desde que eu nasci!
-Mas ela te ama.
And leave this place E deixar este lugar
-E o meu pai? Ele nem se importa comigo!
-Mas eu me importo!
-Sei que não. Você tem pena de mim. Você e todo mundo.
Recebeu um novo abraço:
-Mu, será que mesmo depois de todos esses anos todos eu não significo nada para você? – disse quase ao ouvido. O menino sentiu o coração cavalgar-lhe no peito, empalideceu, avermelhou, seu corpo travou: não conseguia fazer um movimento. – Hein?
O emo queria dizer que o adorava, pedir perdão, beijá-lo... Peraí! Como poderia querer beijar quem o criara e devia amá-lo como amaria um filho?
Tinha certeza que Saga estava ouvindo seu coração.
-Você está bem, meu anjo? Está pálido.
Sentiu outro abraço. A cozinheira chamou. O leite estava pronto. O tutor foi buscá-lo:
-Já volto, minha criança.
Mu ficou ali, pasmo e trêmulo, até o rapaz voltar e dar-lhe o leite boca abaixo, sem o deixar relutar. O garoto fez uma careta: odiava leite puro.
-Saga... – disse.
-O que foi?
-Me perdoa? Eu fui ruinzinho demais com você esse tempo todo.
To never come back Para nunca voltar
-Perdoar? – o mais velho sorriu. – Eu nunca me ofendi com você.
Mu abraçou o tutor e lhe deu um selinho. Saga recuou, assustado. O emo baixou os olhos:
-De... Desculpe.
-Por que fez isso?
-Eu sempre quis...
Recebeu um beijo de verdade, daqueles de língua, úmido, apaixonado. Saga acariciava a boca quase infantil, mordia-lhe os lábios, lambia-os. Soltou-o somente quando percebeu o anjinho sem fôlego.
Together we forget all the rules Juntos quebramos todas as regras
-Saga... – gemeu o pequeno, recobrando-se.
-Me perdoe. Não pude me conter.
-Mas...
-Isso é errado, Mu. Não devíamos ter feito.
-Por quê?
-Você é só uma criança.
-Não. Eu já tenho 15 anos.
-Eu amo você.
-Hein?!
-Eu sempre quis você pra mim. Está disposto a lutar contra tudo e todos pra ficar comigo?
Mu não respondeu imediatamente:
-Eu não quero...
So now maybe after all these years Então agora, talvez depois desses anos todos
Saga, desiludido, preparou-se para levantar, mas foi impedido pela mão de Mu em seu braço:
-Eu não quero... – repetiu – ficar sozinho...
-Então...
-Vou lutar pra ficar ao seu lado.
Foi abraçado e beijado novamente.
I'd do anything Eu faria qualquer coisa
Just to fall asleep with you Apenas pra dormir com você
Saga deixou o tempo passar, acariciando aqueles cabelos roxos – pintados -, beijando o rosto macio e a boca rosada, repetindo "eu amo você" com ternura, embalando o ser amado,vendo-o adormecer devagar.
Ficou ali, com o anjo nos braços, até a noite, quando ouviu o patrão chegar.
Deitou o menino com cuidado para não acordá-lo, deu-lhe um beijo na face, repetiu "eu amo você" e foi trabalhar.
If you miss me have no fear Se sentir minha falta não tenha medo
I'll be here Estarei aqui
To hold you in my arms Pra segurar você em meus braços
Fim
